Jenny— Ainda não agradeci o que você fez por mim — falo assim que entro elevador HMS na companhia de Lara. Ela me lança um sorriso amigável.— Não precisa me agradecer, Jenny. Mas, eu não entendi, qual é o lance daquela louca? Porque ela fez aquilo com a Amber?Puxo a respiração. As portas se abrem e logo seguimos pelo largo corredor.— O tiro não era para Amber. — Ela me fita curiosa. — Era para mim.— O que?! — Lara parece estarrecida. — Por que ela faria isso com você?— É uma longa história e quem sabe um dia eu te conte tudo.— Claro, mas se quer um conselho, você deveria fazer defesa pessoal, sabe? O meu irmão tem uma academia onde treino há algum tempo.— Sério?—Sim, dá uma passadinha por lá qualquer dia desses. Se você gostar te dou uma forcinha. — Rio.— Agora está explicado a voadora que você deu em Rachel. — Brinco. Contudo, quando paramos na frente da porta da UTI, respiro fundo.— Como ela passou a madrugada? — Procuro saber.— Nada mudou, mas o doutor Ryan disse que el
Jenny— Jennifer?— Você está me dizer que o meu pai traía a minha mãe? — pergunto em choque.— Na simplicidade das palavras, sim. — Volto a me sentar.— Definitivamente eu não o reconheço — resmungo. — O que mais esse homem escondeu de mim todo esse tempo? — rosno, dessa vez irritada. — Se ele convivia com essa tal... Lauren, por que não se casou com ela ao invés de se casar com aquela louca e ambiciosa da Rachel? — questiono.— Porque a Lauren morreu no parto da filha, Jennifer. A Amber foi criada por uma tia. A Senhora Anne Parker. — Levo uma mão a boca sufocando um grunhido.Estou pasma, completamente estupefata e inteiramente embasbacada. E juro que não sei dizer essa uma boa ou má notícia.Espera…— Amber sabe que somos irmãs? — inquiro voltando a encará-lo.— Confesso que não sei. Só sei que o seu pai manteve tudo no mais completo sigilo, tanto pra você quanto pra ela. Devo dizer que me surpreendi quando soube do ocorrido e fiquei ainda mais surpreso quando vi que a vítima era
Jenny— Vamos para o shopping, chega de estresses por hoje, certo?Minha cunhada fala, ligando o motor do carro e não demora para adentramos um shopping lotado. Contudo, estou andando a esmo e cada vez mais perdida nos pensamentos, enquanto ela não para de falar. Juro que a sua empolgação não é capaz de me atingir e que não estou ouvindo uma palavra sequer que sai da sua boca. A verdade, é que estou me sentindo cansada e completamente sem ânimo, mas Vick é uma festa de entusiasmo e não tenho coragem de acabar com a sua alegria.Penso em Cris e me pergunto se ele já chegou em casa. Penso em ligar para ele e no ato, tiro o celular da bolsa. Contudo, fico frustrada ao perceber que ele descarregou.— Vick, será que não já chega? — ralho saindo de mais uma loja. — Você já comprou quase todo o shopping.— Você está certa, mas… eu preciso comprar só mais uma coisinha — retruca pensativa.Bufo mentalmente.— Será que eu posso te esperar na praça de alimentação? — Vick revira os olhos, achando
Jenny Me acomodo na mesa de madeira do quiosque. Um lugar bem reservado e escondido da visão de todos. Cris olha o Rolex no seu pulso pela terceira vez. Ele está nervoso e impaciente. Eu olho ao meu redor, o lugar está lotado. É sexta feira e as pessoas saem de casa para curtir o final de semana. Ao longe percebo uma figura com vestes diferentes no meio da multidão. Um homem na casa dos quarenta anos e cabelos curtos, com uma faixa grisalha na lateral da sua cabeça. Contudo, a sua aparência é bem jovial. — Acho que é ele — falo atraindo o olhar meu namora na direção do estranho. — Acho que não. O homem mais parece um CEO esbanjando sua riqueza do que um detetive particular. — Ele ralha no mesmo instante que o meu celular faz um sinal de mensagem. Suspiro para o número desconhecido, porém, a abro. … Estou aqui. Volto a olhar ao meu redor. Droga, tem muita gente usando agora! Resmungo mentalmente. Entretanto, o meu olhar se fixar no homem bem-vestido. Ele está procurando por alguém
Jenny— Vick, o que faz aqui?— O que você acha? Vou tirar os pombinhos dessa cama. E você, — diz apontando para mim. — Banho! E você, — Aponta para o Cris. — Ponha uma roupa. Nós vamos curtir essa noite. Sem opção, vou para o banheiro e tomo um banho demorado, e relaxante. Enquanto a água cai morna sobre o meu corpo penso em nossos momentos mais intensos. Sorrio pensando no Cris dizendo o meu nome com aquela voz rouca e cheia de desejo durante o nosso orgasmo.Deus estou perdidamente apaixonada por ele e tarada também.Que vergonha! Que vergonha!Que vergonha!Resmungo mentalmente, levando minhas mãos para o meu rosto e quando saio do banheiro, Cris já não está mais no quarto. Para minha decepção, é claro. Contudo, Vick sentada na cama agora bem arrumada e em cima
CrisO choro agudo se espalha pela sala de parto, fazendo o meu coração disparar em vida. |Eu já mencionei o quanto isso é gratificante? Eu simplesmente amo o meu trabalho!— Ele é um bebê saudável, mamãe — informo, após entregá-lo para a pediatra que está do meu lado e logo que ela começa a cuidar da criança, me preocupo em finalizar o meu trabalho. — Como estamos indo, Deise? — pergunto para a cardiologista que não para de avaliar a mãe, ansiosa para segurar o seu filho.— Está tudo em ordem, Doutor Ávila!— Perfeito! Viu, Senhora Davis, está tudo correndo muito bem! — A tranquilizo e após terminar o meu trabalho, passo os detalhes para as enfermeiras.Satisfeito, me livro das luvas, máscara e toca, descartando em uma lixeira. E depois de me higienizar, sigo direto para o meu consultório. Ainda tenho mais três consultas e preciso preencher alguns formulários. Não vejo a hora de todo esse tormento na vida de Jenny terminar e Jenny finalmente voltar a trabalhar comigo.— Boa tarde, se
Cris— O que aconteceu? — indago meio confuso.— Você desmaiou. — John fala, aparecendo no meu campo de visão. Encaro o Doutor Happer.— Eu… ouvi você falando com o Bem.— Sim, estávamos falando sobre a gravidez da namorada dele.— Disse que ela está mais...— Ativa sexualmente? Eu disse.O encaro quase que paralisado.Será?— Cris, o que foi? — David parece preocupado.— Nada — ralho me levanto abruptamente e passo praticamente voando pela porta.—Cris, para onde você vai? — Escuto John perguntar.— Preciso ir para casa.— Calma, assim não! — El me alcança assim que chego no elevador. — Cara, você acabou de desmaiar e...— Eu estou bem, John! Eu realmente preciso ir.Jenny grávida?
Cris— Escute, eu comprei uma cartela de anticoncepcional, mas eu… eu… me esqueci de tomar! Ah, minha santinha, o que eu faço agora?Tenho vontade de rir. Sabia que ela ia ficar surtadinha e ela ficou. Faço menção de ir abraçá-la e de acalmá-la, mas ela se afasta de mim e volta a andar de um lado para o outro.— Eu não queria. Eu juro que não foi de propósito. Cris, por Deus eu juro que eu não fiz de propósito! — Meu coração se parte quando ela une as suas mãos e começa a chorar.Droga!— Ei, vem cá! — Encurto a nossa distância e a seguro nos meus braços, beijando a sua boca várias vezes. — Está tudo bem! Está tudo bem! — Tento convencê-la disso, mas ela faz que não com a cabeça.— Eu não quero que pense