Jenny Me acomodo na mesa de madeira do quiosque. Um lugar bem reservado e escondido da visão de todos. Cris olha o Rolex no seu pulso pela terceira vez. Ele está nervoso e impaciente. Eu olho ao meu redor, o lugar está lotado. É sexta feira e as pessoas saem de casa para curtir o final de semana. Ao longe percebo uma figura com vestes diferentes no meio da multidão. Um homem na casa dos quarenta anos e cabelos curtos, com uma faixa grisalha na lateral da sua cabeça. Contudo, a sua aparência é bem jovial. — Acho que é ele — falo atraindo o olhar meu namora na direção do estranho. — Acho que não. O homem mais parece um CEO esbanjando sua riqueza do que um detetive particular. — Ele ralha no mesmo instante que o meu celular faz um sinal de mensagem. Suspiro para o número desconhecido, porém, a abro. … Estou aqui. Volto a olhar ao meu redor. Droga, tem muita gente usando agora! Resmungo mentalmente. Entretanto, o meu olhar se fixar no homem bem-vestido. Ele está procurando por alguém
Jenny— Vick, o que faz aqui?— O que você acha? Vou tirar os pombinhos dessa cama. E você, — diz apontando para mim. — Banho! E você, — Aponta para o Cris. — Ponha uma roupa. Nós vamos curtir essa noite. Sem opção, vou para o banheiro e tomo um banho demorado, e relaxante. Enquanto a água cai morna sobre o meu corpo penso em nossos momentos mais intensos. Sorrio pensando no Cris dizendo o meu nome com aquela voz rouca e cheia de desejo durante o nosso orgasmo.Deus estou perdidamente apaixonada por ele e tarada também.Que vergonha! Que vergonha!Que vergonha!Resmungo mentalmente, levando minhas mãos para o meu rosto e quando saio do banheiro, Cris já não está mais no quarto. Para minha decepção, é claro. Contudo, Vick sentada na cama agora bem arrumada e em cima
CrisO choro agudo se espalha pela sala de parto, fazendo o meu coração disparar em vida. |Eu já mencionei o quanto isso é gratificante? Eu simplesmente amo o meu trabalho!— Ele é um bebê saudável, mamãe — informo, após entregá-lo para a pediatra que está do meu lado e logo que ela começa a cuidar da criança, me preocupo em finalizar o meu trabalho. — Como estamos indo, Deise? — pergunto para a cardiologista que não para de avaliar a mãe, ansiosa para segurar o seu filho.— Está tudo em ordem, Doutor Ávila!— Perfeito! Viu, Senhora Davis, está tudo correndo muito bem! — A tranquilizo e após terminar o meu trabalho, passo os detalhes para as enfermeiras.Satisfeito, me livro das luvas, máscara e toca, descartando em uma lixeira. E depois de me higienizar, sigo direto para o meu consultório. Ainda tenho mais três consultas e preciso preencher alguns formulários. Não vejo a hora de todo esse tormento na vida de Jenny terminar e Jenny finalmente voltar a trabalhar comigo.— Boa tarde, se
Cris— O que aconteceu? — indago meio confuso.— Você desmaiou. — John fala, aparecendo no meu campo de visão. Encaro o Doutor Happer.— Eu… ouvi você falando com o Bem.— Sim, estávamos falando sobre a gravidez da namorada dele.— Disse que ela está mais...— Ativa sexualmente? Eu disse.O encaro quase que paralisado.Será?— Cris, o que foi? — David parece preocupado.— Nada — ralho me levanto abruptamente e passo praticamente voando pela porta.—Cris, para onde você vai? — Escuto John perguntar.— Preciso ir para casa.— Calma, assim não! — El me alcança assim que chego no elevador. — Cara, você acabou de desmaiar e...— Eu estou bem, John! Eu realmente preciso ir.Jenny grávida?
Cris— Escute, eu comprei uma cartela de anticoncepcional, mas eu… eu… me esqueci de tomar! Ah, minha santinha, o que eu faço agora?Tenho vontade de rir. Sabia que ela ia ficar surtadinha e ela ficou. Faço menção de ir abraçá-la e de acalmá-la, mas ela se afasta de mim e volta a andar de um lado para o outro.— Eu não queria. Eu juro que não foi de propósito. Cris, por Deus eu juro que eu não fiz de propósito! — Meu coração se parte quando ela une as suas mãos e começa a chorar.Droga!— Ei, vem cá! — Encurto a nossa distância e a seguro nos meus braços, beijando a sua boca várias vezes. — Está tudo bem! Está tudo bem! — Tento convencê-la disso, mas ela faz que não com a cabeça.— Eu não quero que pense
CrisNa manhã seguinte…— Não! — Alex Corona ralha perplexa, olhando de mim para a Jenny do outro lado da sua mesa. — Cris Ávila pelo amor de Deus, você engravidou a minha melhor residente? — retruca com fingida irritação. Dou de ombros — De verdade, estou muito feliz por você, Cris! Você merece essa felicidade e com a Jennifer então— Ela abre um sorriso amplo agora.Sorrimos e tenho o cuidado de segurar a mão da minha namora, para beijá-la.— Então, vamos a consulta? — Alex liga o seu modo profissional e logo nos animamos. —Jennifer, pode me dizer qual foi a última data da sua menstruação?— Nove de setembro. — Alex olha de mim para a minha namorada.— Oh, isso é…— Dois meses. — Jenny completa a frase da médica.— Isso. Vocês são rápidos, hein! Sente enjoos ou algum incomodo?Percebo a minha Tempestade corar com essa pergunta e eu sei bem os seus motivos.Seguro o riso, porém, Alex arqueia as sobrancelhas aguardando a sua resposta.— É… eu sinto... muita fome. — Jenny responde um ta
Jenny— Ai, meu Deus! Ai, meu Deus! — grito praticamente saltando para fora da cama. — Acorda, Cris! — peço e corro para a closet. — Cris, acorda por favor! — insisto, largando algumas peças de roupas em cima do colchão e sorrio quando ele resmunga preguiçoso.— Por favor, só mais cinco minutos! — Ele se vira para o outro lado da cama. Meu sorriso se amplia— Eu recebi um telefonema do hospital. a Amber finalmente acordou! — Seguro a minha explosão de felicidade. Contudo, o meu namorado me lança um olhar cansado de dar pena. — Tudo bem, você pode dormir mais um pouco, mas eu estou indo para o hospital — aviso deixando um beijo rápido no seu rosto e corro direto para o banheiro.— O que você disse? — Cris parece despertar do seu sono eterno. —Espere, eu vou com você.— Não precisa, Doutor Gostosão, eu posso ir sozinha. Eu quero que fique naquela cama e que descanse bastante — falo quando ele invade o banheiro, porém, o envolvo com os meus braços e o beijo calidamente na boca, a final,
Jenny— Lembro-me que fiquei com tanta raiva dele e jurei para mim mesma que ia precisar dele para ser feliz. Eu mudei, Jen, mudei tudo que ele mais ele gostava em mim.— Eu queria ter feito o mesmo que você fez, talvez não tivesse sofrido tanto — confesso com amargor.— Mas eu não consegui cumprir a minha promessa.— Como assim?— Quando fiz dezoito senti saudades. Queria pelo menos ver a sua imagem e voltei a pesquisar. Foi quando te vi o artigo sobre o acidente e o nome Jennifer Reinhold me chamou a atenção. Então comecei a pesquisar por você, mas não tinha muitas fotos suas. Depois de alguns anos descobri que você era tão desprezada quanto eu e resolvi que era hora de aparecer na sua vida. Por coincidência estamos fazendo o mesmo curso então ficou mais fácil para mim. O destino deu mais um empurrão quando descobri que você tinha acabado de se mudar para NY e que estava morando sozinha.— Aí você apareceu do nada naquele pátio enorme e cheio de estudantes, puxou assunto comigo e..