Cris — E eu vou mover o mundo para manter Rachel presa na cadeia. — Ok, agora estou bem surpreso. — E vou ferrar com a vida da Ashley. — Ela range entre dentes. E Deus, vejo tanta raiva nos seus olhos, ódio na verdade e confesso que tenho medo de que toda essa merda mude a minha pequena de um jeito irreversível. — Jenny… — Aproximo-me cauteloso e a puxo para os meus braços, beijando levemente os seus lábios. — Eu tenho feito de tudo para mantê-la bem e confortável. — Eu sei e sou muito grata por isso. — Não precisa me agradecer, faço porque te amo. Mas eu gostaria de fazer um pedido. — Um pedido? — Meneio a cabeça em confirmação. — Me peça o que você quiser. — Quero vá ao hospital, mas não para trabalhar. — Cris… — Só me escute um pouco. — Levo o meu indicador a sua boca, fazendo-a se calar. — Visite a sua amiga e resolva o que tem que resolver. — Mas? — Saia um pouco com a Vick, se distraia um pouco. — Cris, eu não… — Por favor, Jenny você precisa disso! — insisto. Ela me
Jenny— Ainda não agradeci o que você fez por mim — falo assim que entro elevador HMS na companhia de Lara. Ela me lança um sorriso amigável.— Não precisa me agradecer, Jenny. Mas, eu não entendi, qual é o lance daquela louca? Porque ela fez aquilo com a Amber?Puxo a respiração. As portas se abrem e logo seguimos pelo largo corredor.— O tiro não era para Amber. — Ela me fita curiosa. — Era para mim.— O que?! — Lara parece estarrecida. — Por que ela faria isso com você?— É uma longa história e quem sabe um dia eu te conte tudo.— Claro, mas se quer um conselho, você deveria fazer defesa pessoal, sabe? O meu irmão tem uma academia onde treino há algum tempo.— Sério?—Sim, dá uma passadinha por lá qualquer dia desses. Se você gostar te dou uma forcinha. — Rio.— Agora está explicado a voadora que você deu em Rachel. — Brinco. Contudo, quando paramos na frente da porta da UTI, respiro fundo.— Como ela passou a madrugada? — Procuro saber.— Nada mudou, mas o doutor Ryan disse que el
Jenny— Jennifer?— Você está me dizer que o meu pai traía a minha mãe? — pergunto em choque.— Na simplicidade das palavras, sim. — Volto a me sentar.— Definitivamente eu não o reconheço — resmungo. — O que mais esse homem escondeu de mim todo esse tempo? — rosno, dessa vez irritada. — Se ele convivia com essa tal... Lauren, por que não se casou com ela ao invés de se casar com aquela louca e ambiciosa da Rachel? — questiono.— Porque a Lauren morreu no parto da filha, Jennifer. A Amber foi criada por uma tia. A Senhora Anne Parker. — Levo uma mão a boca sufocando um grunhido.Estou pasma, completamente estupefata e inteiramente embasbacada. E juro que não sei dizer essa uma boa ou má notícia.Espera…— Amber sabe que somos irmãs? — inquiro voltando a encará-lo.— Confesso que não sei. Só sei que o seu pai manteve tudo no mais completo sigilo, tanto pra você quanto pra ela. Devo dizer que me surpreendi quando soube do ocorrido e fiquei ainda mais surpreso quando vi que a vítima era
Jenny— Vamos para o shopping, chega de estresses por hoje, certo?Minha cunhada fala, ligando o motor do carro e não demora para adentramos um shopping lotado. Contudo, estou andando a esmo e cada vez mais perdida nos pensamentos, enquanto ela não para de falar. Juro que a sua empolgação não é capaz de me atingir e que não estou ouvindo uma palavra sequer que sai da sua boca. A verdade, é que estou me sentindo cansada e completamente sem ânimo, mas Vick é uma festa de entusiasmo e não tenho coragem de acabar com a sua alegria.Penso em Cris e me pergunto se ele já chegou em casa. Penso em ligar para ele e no ato, tiro o celular da bolsa. Contudo, fico frustrada ao perceber que ele descarregou.— Vick, será que não já chega? — ralho saindo de mais uma loja. — Você já comprou quase todo o shopping.— Você está certa, mas… eu preciso comprar só mais uma coisinha — retruca pensativa.Bufo mentalmente.— Será que eu posso te esperar na praça de alimentação? — Vick revira os olhos, achando
Jenny Me acomodo na mesa de madeira do quiosque. Um lugar bem reservado e escondido da visão de todos. Cris olha o Rolex no seu pulso pela terceira vez. Ele está nervoso e impaciente. Eu olho ao meu redor, o lugar está lotado. É sexta feira e as pessoas saem de casa para curtir o final de semana. Ao longe percebo uma figura com vestes diferentes no meio da multidão. Um homem na casa dos quarenta anos e cabelos curtos, com uma faixa grisalha na lateral da sua cabeça. Contudo, a sua aparência é bem jovial. — Acho que é ele — falo atraindo o olhar meu namora na direção do estranho. — Acho que não. O homem mais parece um CEO esbanjando sua riqueza do que um detetive particular. — Ele ralha no mesmo instante que o meu celular faz um sinal de mensagem. Suspiro para o número desconhecido, porém, a abro. … Estou aqui. Volto a olhar ao meu redor. Droga, tem muita gente usando agora! Resmungo mentalmente. Entretanto, o meu olhar se fixar no homem bem-vestido. Ele está procurando por alguém
Jenny— Vick, o que faz aqui?— O que você acha? Vou tirar os pombinhos dessa cama. E você, — diz apontando para mim. — Banho! E você, — Aponta para o Cris. — Ponha uma roupa. Nós vamos curtir essa noite. Sem opção, vou para o banheiro e tomo um banho demorado, e relaxante. Enquanto a água cai morna sobre o meu corpo penso em nossos momentos mais intensos. Sorrio pensando no Cris dizendo o meu nome com aquela voz rouca e cheia de desejo durante o nosso orgasmo.Deus estou perdidamente apaixonada por ele e tarada também.Que vergonha! Que vergonha!Que vergonha!Resmungo mentalmente, levando minhas mãos para o meu rosto e quando saio do banheiro, Cris já não está mais no quarto. Para minha decepção, é claro. Contudo, Vick sentada na cama agora bem arrumada e em cima
CrisO choro agudo se espalha pela sala de parto, fazendo o meu coração disparar em vida. |Eu já mencionei o quanto isso é gratificante? Eu simplesmente amo o meu trabalho!— Ele é um bebê saudável, mamãe — informo, após entregá-lo para a pediatra que está do meu lado e logo que ela começa a cuidar da criança, me preocupo em finalizar o meu trabalho. — Como estamos indo, Deise? — pergunto para a cardiologista que não para de avaliar a mãe, ansiosa para segurar o seu filho.— Está tudo em ordem, Doutor Ávila!— Perfeito! Viu, Senhora Davis, está tudo correndo muito bem! — A tranquilizo e após terminar o meu trabalho, passo os detalhes para as enfermeiras.Satisfeito, me livro das luvas, máscara e toca, descartando em uma lixeira. E depois de me higienizar, sigo direto para o meu consultório. Ainda tenho mais três consultas e preciso preencher alguns formulários. Não vejo a hora de todo esse tormento na vida de Jenny terminar e Jenny finalmente voltar a trabalhar comigo.— Boa tarde, se
Cris— O que aconteceu? — indago meio confuso.— Você desmaiou. — John fala, aparecendo no meu campo de visão. Encaro o Doutor Happer.— Eu… ouvi você falando com o Bem.— Sim, estávamos falando sobre a gravidez da namorada dele.— Disse que ela está mais...— Ativa sexualmente? Eu disse.O encaro quase que paralisado.Será?— Cris, o que foi? — David parece preocupado.— Nada — ralho me levanto abruptamente e passo praticamente voando pela porta.—Cris, para onde você vai? — Escuto John perguntar.— Preciso ir para casa.— Calma, assim não! — El me alcança assim que chego no elevador. — Cara, você acabou de desmaiar e...— Eu estou bem, John! Eu realmente preciso ir.Jenny grávida?