Capítulo - 3

Era um lindo sábado, desde cedo o sol brilhava em sua plenitude. Ana ao acordar, faz a sua higiene, veste uma roupa confortável e segue para o quarto de suas garotinhas. Depois de cuidar delas, ela volta para o seu quarto e cuida de suas coisas, arrumando e limpando tudo, não achava justo outra pessoa limpar o seu quarto.

Quando Helena e Fernando estavam em casa era sempre assim pois, eles faziam questão de ficar com as filhas, a liberando dos cuidados com elas. A tarde decidiram ficar todos na piscina e nessa hora Ana ajudou a tomar conta delas.

Ana ainda se sentia envergonhada na frente de Fernando, por mais que ele a tratasse bem e a deixasse a vontade, já em relação a Murilo o sobrinho dele que também morava na casa, se sentia mais a vontade, eles até assistiam filmes juntos, geralmente na companhia das gêmeas.

Ana estava com Aurora e Ágata na piscina, quando Aurora pede para ir ao banheiro. Ana sai e veste um short por cima do maiô que vestia e seca um pouco Aurora antes de levá-la ao banheiro, enquanto faz isso ela vê alguém falando com Fernando e Helena.

Ana o achou tão bonito que fica o olhando sem se dar conta disso, mas em um dado momento ele também a olha, a deixando sem graça, ela desvia o olhar, sentindo o rosto queimar, não sabia quem ele era, mas com certeza era amigo de Fernando pela forma entusiasmada com que os dois conversavam.

— Ágata, se comporte. Fique no raso até eu voltar. — ela pede, achava difícil a mais mais nova das gêmeas obedecer, mas não custava falar.

Antes de levar Aurora ao banheiro, Ana vai em direção a Helena, com a intenção de avisar onde estava indo, assim eles poderiam observar Ágata que iria continuar na piscina com boias nos braços. Ao se aproximar percebe que o amigo de Fernando a olha novamente.

— Helena, vou levar Aurora ao banheiro.

— Boa Tarde! Me chamo Luiz e você é? — A pergunta dele a faz se sentir ainda mais envergonhada, fazendo com que sinta o seu rosto queimar novamente.

— Ana. Muito prazer — responde sem o olhar.

— O prazer é todo meu, Ana — Luiz responde, brincando com Aurora em seguida, e ela dá graças a Deus quando Aurora diz estar apertada, assim, ela pôde fugir do olhar do tal Luiz, que não fazia questão de disfarçar que a olhava.

Luiz era amigo de Fernando e Helena, ele estava devendo uma visita ao casal para conhecer as filhas deles, ele e Fernando se conheciam desde muito jovens e Fernando tinha sido padrinho dos dois casamentos fracacassados pelos quais Luiz tinha passado. Logo que ele chegou na casa de Fernando, o seu olhar é atraido por uma jovem que estava na piscina, ela tinha o sorriso mais lindo que ele já tinha visto, era espontâneo e ingênuo.

Ele cumprimenta o amigo e continua olhando aquela jovem que não devia ter mais de 20 anos, mas idade para ele não era problema, aos 36 anos teria um relacionamento sem nenhum problema com uma jovem de 20, pensa já com vontade de se aproximar daquela jovem de sorriso bonito.

Ele percebe o olhar dela em direção a ele e lhe sorri, mas acredita que ela nem percebeu, pois quando os seus olhares se encontraram ela desviou o olhar, mas não demorou a se aproximar, segurando pela mão uma pequena cópia do seu amigo Fernando. A criança tinha os olhos verdes iguais aos do pai, ele ainda não conhecia as filhas do amigo, mas olhar aquela menininha ali o olhando era ter certeza que era uma das filhas do amigo, mas o seu olhar logo volta para quem está com ela.

— Helena, vou levar Aurora ao banheiro. — Era nítido que ela estava envergonhada, mas timidez não fazia parte da vida de Luiz, por isso logo se apresenta.

— Boa Tarde! Me chamo Luiz e você é? — A pergunta a faz ficar com o rosto corado, provando a ele que era mais tímida do que imaginou.

— Ana. Muito prazer — Ele sorri ao ver que ela nem para ele olha.

— O prazer é todo meu, Ana.

Luiz faz questão de frisar o prazer, mas decide não insistir com a conversa, ao invés disso, resolve brincar com Aurora, pois pelo tamanho e a semelhança com o pai, aquela era Aurora. Ele fica olhando as duas se afastarem sem conseguir tirar os olhos da jovem tímida. Aquela jovem despertou algo bom dentro dele.

— Vocês estão de parabéns, as meninas são lindas, mas quem é a belezinha? — Pergunta interessado.

— Tira o olho Luiz, Ana é para casar — Helena logo lhe puxa a orelha.

— E quem disse que eu não quero me casar. — Responde rindo — Estou cansado de estar solteiro. Gosto de ter uma mulher em casa me esperando.

— Deve ser por isso que se divorciou duas vezes — Fernando fala rindo do amigo.

— Foram elas que se divorciaram de mim, preferiam ser divorciadas do que viúvas, assim disseram — Responde desanimado — Vida de policial não é fácil, saímos de casa, mas nunca podemos garantir que iremos voltar.

Luiz aos 36 anos já tinha se divorciado duas vezes, e depois do segundo divórcio decidiu esquecer a história de casamento, mas não porque os divórcios o tenha deixado traumatizado, mas por querer se casar novamente quando encontrasse a pessoa certa, que o aceitasse como era, sem viver o criticando por ser brincalhão e por ser policial, mesmo que tenham se casado com um.

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