Capítulo - 4

Quando a noite chega Luiz precisa ir embora, ele tinha um outro compromisso e não podia ficar com os amigos, mas antes de ir queria encontrar uma oportunidade de falar com a jovem tímida de sorriso bonito. Não só o sorriso, ele a achou toda linda, tinha uma beleza inocente que o encantou. Luiz já podia se imaginar a escondendo em seus braços, como gostava de fazer e sempre era recriminado por suas ex.

Luiz sorri com os próprios pensamentos, Ana era tipo mignon e isso o atraia, ela tinha os cabelos longos e cacheados, os seus olhos eram castanhos escuros e tinha um jeitinho tímido que a deixava encantadora.

Nem sempre a beleza estava em uma bela roupa ou em uma boa maquiagem, mas sim na simplicidade, não que ele não gostasse de mulheres bem vestidas e arrumadas, mas isso não era tudo, assim Luiz pensava. As mulheres com quem costumava sair eram sempre lindas e vaidosas, assim como as suas ex esposas que apesar de lindas se tornaram insuportáveis depois do casamento, com críticas e crises de ciúmes, o fazendo as vezes nem querer ir para casa, preferindo ficar na rua até tarde bebendo com os amigos.

Uma delas de tudo reclamava, talvez por isso não tenham ficado casados nem um ano, já que ele a ignorava para não brigarem e isso a fez pedir a separação.

Ana parecia ser diferente, em relação a vaidade. Ao chegar percebeu que ela estava vestida com um maiô simples e ao trocar de roupa, vestiu um short jeans e uma t-shirt estampada. Mesmo se vestindo com simplicidade, mesmo tendo os cabelos presos em um coque frouxo e sem usar sequer um batom, conseguia ter uma beleza ímpar, ele já podia se imaginar soltando e cheirando aqueles longos e lindos cabelos.

Só podia estar delirando, pensa rindo dele mesmo, tinha a conhecido há poucas horas e já estava enfeitiçado por sua beleza.

Ana estava sentada na beirada da piscina com os pés na água quando Luiz se aproxima dela novamente, ficando de cócoras ao seu lado, por não estar esperando, Ana se assusta ao vê-lo tão perto.

Luiz nem acreditou na oportunidade que surgiu quando a viu ali sozinha. Ele tinha ido buscar o seu celular que havia ficado na área externa e a viu ali sentada. Ela estava distraída, brincando com os pés na água e ele sorriu ao ver a cena.

— Olá! — Ana o olha sem jeito, mas não responde — Parece que você não gosta muito de falar, mas não se preocupe, eu falo por nós dois — Fala rindo — Será que você me daria o seu número de telefone? — O olhar que Ana lança para ele, o faz encontrar de imediato uma desculpa – Quero comprar o presente de aniversário das gêmeas e queria te pedir ajuda, não quero perguntar aos pais, sabe como é que é — Luiz continua rindo, mas Ana não parece estar disposta a dar o seu número e muito menos lhe sorrir — Prometo que não vou te incomodar, você já pode ir pensando no presente e quando eu te ligar você me diz o que eu posso comprar para elas, o que acha?

— Tudo bem, o meu número é... — Ana pensa um pouco e, sem muita certeza, dá o seu número de telefone, o fazendo sorrir ainda mais e Ana pôde ver como ele era bonito, muito bonito.

— Te ligo! — Luiz se levanta e ela o olha — Foi um prazer te conhecer. Nos falamos depois, até outro dia.

Ana não responde, mas sorri para ele, era um sorriso tímido, mas não deixava de ser um sorriso, Luiz pensa, se sentindo feliz, ainda sem acreditar que ela lhe olhou e sorriu para ele pois, ela não parecia gostar muito de sorrir, isso é, pelo menos para ele, já que com as meninas ela sorria o tempo todo, como ele ficou observando.

Ana fica olhando ele se afastar, com um sorriso bobo, pensando como seria bom se os homens fossem honestos e não fossem capazes de esconder quem eles realmente eram.

Luiz era um moreno de quase dois metros, tinha um sorriso lindo e um jeito de conquistador, o que Ana não gostou, não iria mais cair nas lábias de ninguém, antes só do que mal acompanhada, pensa voltando a olhar para a água que molhavam os seus pés. Ela já tinha ajudado Helena a cuidar das gêmeas, e quando se reuniram na sala, ela fugiu para a área externa novamente, ela se sentia a vontade morando ali, eles nunca a criticavam quando ela fugia para ficar sozinha, mas Helena sempre a procurava para conversar com ela.

— Vem Ana, hoje teremos rodízio de pizza. — Helena se aproxima a chamando.

— Daqui a pouco eu entro, você precisa de ajuda com as meninas.

— Elas estão com o pai, não se preocupe. Vim te chamar porque não gosto que fique muito tempo sozinha. — Ana se levanta, depois de secar os pés com uma toalha.

— Então vamos, não quero que se preocupe comigo — Responde sorrindo.

— Outra coisa, Luiz te achou bonita — Elas estavam entrando em casa de braços dados.

— Duvido muito — Ana responde com o seu sorriso de sempre, sem acreditar no que Helena disse.

— Até quando vai se achar feia Ana? Você é linda e tem um sorriso encantador.

— Não exagera Helena — Ana solta uma risada — Não acredito que aquilo tudo me achou bonita.

— Hummmm... aquilo tudo? — Helena ri do jeito que Ana fala, lhe dando um esbarrão de propósito — Luiz é gente fina, mas preciso ter uma conversa com ele antes.

— Não fale sobre o meu passado, por favor. — Ana pede, deixando o sorriso morrer.

— Calma, não é nada disso. Sei pelo que você passou e é por isso que eu não quero que Luiz se aproxime de você por curtição. — Ana sorri um sorriso triste.

— Obrigada Helena por ser essa amiga, sempre se preocupando comigo, mas acredite, eu não desejo me envolver com ninguém.

— Ana, você tem o direito de ser feliz, tem o direito de ser amada.

— Mas não vai ser com aquele gigante lindo, sou muito feia para ele.

— Nunca mais diga isso, nunca mais. Tudo bem? Você é linda — Ana apenas confirma com a cabeça, sem acreditar no que Helena dizia.

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