CAPÍTULO 72 Maria Eduarda Duarte — Espera, você agrediu a Ingrid? — não acreditei quando minha sogra falou isso. Olhei para todos, Ingrid se calou, meu coração bateu acelerado. — Apenas conversamos, e digamos que o clima esquentou — Falei de uma vez, paciência tem limite. — Você não pode confundir aqui com o que vive em Roma, Maria Eduarda! Não é porque entende bem a nossa língua que sabe dos costumes, aqui é Brasil — minha sogra me repreendeu. — Mãe, agora não! — Maicon disse a ela e veio até a mim. — Não filho, ela tem que entender as coisas, inclusive você deveria ter explicado melhor. Agora agredir uma moça daqui, uma pessoa boa, com condições inferiores, isso não dá. — Me senti lesada, precisava me defender. — Sarita, eu não disse nada a respeito disso, eu trataria uma sociality da mesma maneira. Qualquer uma que fizesse o que ela fez para o meu marido e dissesse o que ela me disse, levaria na cara, e seu filho sabe muito bem disso, ele me conhec
CAPÍTULO 73 Maicon Prass Fernandes Que porra de confusão eu me meti! Pensei que essa história com a Ingrid já havia acabado, que merda! É claro que eu sabia que Maria Eduarda não havia machucado o pé, mas confesso que seu jeito tão diferente e carinhoso me fizeram ficar ali perto dela de um jeito diferente. (...) Já no hotel, eu conversei com a minha mãe no corredor, sem que ninguém, nem a italiana ouvisse: — Mãe, eu realmente não quero nada com a Ingrid... — Filho eu sei. Eu até pensei que era pelo seu caráter, ou o compromisso com o Don, mas confesso que estou confusa. — Por que, mãe? — Porque sei muito bem a raiva que ficou dela todo esse tempo, mas também vi hoje, como a defendeu em alguns momentos e como olha pra ela... Maicon, você nunca olhou assim pra ninguém... continua apaixonado por sua esposa? — senti a garganta secar, engoli seco. — Eu... eu nunca estive, do que está falando? — Olha, talvez antes só gostasse, mas algo mudou. Por acaso
CAPÍTULO 74 Maicon Prass Fernandes — Você é muito dominador, senhor Fernandes... — ela sussurrou ao tentar soltar os braços que prendi com minha mão esquerda. — E você gosta, italiana? — esfreguei meu corpo ao dela, devagar, roçando minha boca com precisão na dela sem beijá-la. — Eu gosto... — seu jeito de dizer não foi completamente convincente. Pelo seu tom havia mais alguma coisa ali. — Gosta ou não gosta? — ela parou tudo o que fazia ao mover o corpo e me olhou nos olhos. — A única coisa que não gosto, é de você me deixar sozinha depois. Se prometer que vai ficar, pode fazer o que quiser, eu não ligo. Fui soltando seus braços devagar, passando as mãos por trás das suas costas e num movimento firme, ergui seu quadril pra mais perto de mim. — Eu gosto que me obedeça, italiana. Prometo não sair desse quarto sem você, mas me deixe te tocar — afirmei. — Ótimo... e o que quer de mim, consigliere? Se pedir com jeito, quem sabe eu não faça? — O combinad
CAPÍTULO 75 Maicon Prass Fernandes Naquele momento eu precisava ter certeza que ela era minha... que aquele calor, aquela presença, eram só pra mim. Eu mal a toquei e erguendo suas pernas, fiquei dentro dela. — Nossa, tá muito duro! — senti com suas palavras e expressões. — Goza no meu pau, italiana! — ela se ajeitou sobre a cama sob gemidos, eu percebi a tensão em seus músculos, uma mistura de desejo e entrega. Soltei suas pernas, ficando parcialmente sobre ela, a beijando. Passei as mãos pelos seus cabelos segurando firme enquanto aprofundava o beijo, agora mais intenso, quase selvagem. Eu estava tomando o que era meu, diferente do jeito que sempre fiz, sem pedir permissão sem me segurar. Maria Eduarda não é como as outras, talvez eu esteja começando a entender alguma coisa do que a minha mãe falou... ela é minha esposa. Maria Eduarda sempre soube despertar o lado mais feroz em mim, aquele que o mundo teme, mas que ela aceita sem evitar na hora do desej
CAPÍTULO 76 Maria Eduarda Duarte O Maicon guarda coisas demais pra ele, até seu corpo tem notado sua falta de cuidado, ele não para nunca. Percebi que ele gostou bastante do meu toque ali no peito, provavelmente seja algo muscular, a massagem ajudou. . — Vem vamos deitar na cama... — ele me chamou quando desliguei o chuveiro. — Estou com fome, na verdade... — sorri sem graça. — Pode deitar, eu vou buscar a comida — ele disse naturalmente, provavelmente já desencanou com o assunto do preservativo, embora eu não quis preocupar mais o homem, contando que esqueci a cartela do anticoncepcional em casa, mas depois eu compro outro. Estreitei os olhos vendo o Maicon enrolando uma toalha na cintura e saindo do banheiro. — Não precisamos ir até a mesa? — perguntei confusa, colocando um roupão. — Vai me dizer que nunca comeu na cama? — sorriu descontraído, fiquei sem graça de questionar. Não entendi muito o que ele quis dizer, mas fiz conforme diss
CAPÍTULO 77 Maicon Prass Fernandes — Tem certeza senhor? Essas pessoas são seus convidados? — o gerente perguntou com cara de espanto, olhei para alguns rostos conhecidos ali. — Claro que sim. Sirva tudo o que eles quiserem comer, e que sejam muito bem tratados — disse fuzilando aquele homem. — Muito bem, fiquem à vontade! — o homem falou alto e esperei até que todos entrassem, inclusive a Ingrid, agora com um vestido comportado que foi altamente analisado por Duda quando ela entrou. — Viu só, meu filho... — minha mãe me puxou e disse no meu ouvido — Sua esposa me procurou, pediu para convidar todos em seu nome. Espero que já tenha se lembrado como seu pai me tratava. Inclusive na noite em que não pudemos entrar aqui. — Sim, mãe... eu me lembro. Ele foi no mercado e comprou coisas diferentes, tentando reproduzir as batatas daqui. Não deixou que você cozinhasse e ainda serviu seu prato e os nossos — lembrei do coração bom do meu pai. — Então agora, não esqueç
CAPÍTULO 78 Maicon Prass Fernandes — Calma, porque está tão agitada? — me aproximei só pra sentir os empurrões da italiana a todo vapor. — Você... você vai se vestir agora mesmo, consigliere! Ou eu vou ligar para o Don e contar que o seu homem de confiança precisa de psiquiatra! — ela começou a bater no meu peito muito brava, olhei ao redor e as atendentes tentavam disfarçar o riso. Soltei as minhas coisas num canto e puxei a minha italiana enfurecida para um dos provadores imediatamente, a peste nem respirava direito. Fechei as cortinas, a prensei contra a parede, cheguei bem perto, e num tom normal a provoquei: — Não tem nada que você já não tenha visto aqui... para de causar que não quero problemas — ela me bateu nos ombros me empurrando, estava muito enciumada. — Você quer acabar com o passeio, né? Eu não vou deixar você sair daqui desse provador pelado. Caramba, nem sua arma está usando, o que deu em você, maledetto? — passou as mãos nos cabelos, complet
CAPÍTULO 79 Maicon Prass Fernandes Senti a mão de Maria Eduarda no meu ombro, como se ela quisesse me acalmar, mas era tarde demais para isso. — Está tudo bem? — Ela perguntou, mas eu já estava longe de ficar bem. — Tudo ótimo! — Respondi, ainda encarando o Gilberto, aquele desgraçado que estava pedindo para levar uma surra. Ele percebeu que o clima tinha azedado e tentou sair de fininho, como o rato que é. — Rapaz... não é à toa que é ciumento. Mas fica sussi que eu já entendi, vou circular! Falô! — Levantou, se achando o tal, tentando fingir que estava tudo certo. Nem me dei ao trabalho de responder. Só fiquei olhando para ele, com os punhos cerrados, pensando se valia a pena ou não quebrar a cara dele ali mesmo. O encarei até que saísse, pensando se me virava ou não. Aquela peste devia estar rindo de mim, agora. — Meu consigliere lindo... ciumento, possessivo... olha pra mim! — A voz de Maria Eduarda cortou meus pensamentos como uma lâmina.