CAPÍTULO 51 Maria Eduarda Duarte (Um pouco antes da briga) O dia foi cansativo, quando cheguei em casa só queria o meu banho e ver o Colt. “Caramba, como me aproximar? Agora ele está acordado.“ Quando vi que o Maicon havia saído do local onde ele estava, fui até lá. Coloquei uma das camisas dele de mangas compridas e me aproximei, porque normalmente os cachorros conhecem o cheiro do dono, talvez eu tivesse mais chances cheirando a Maicon. — Colt? Sou eu... lembra de mim? — ele levantou as orelhas e ficou me olhando. Tive medo, mas não demonstrei, segui caminhando e falando — Como você está, amigão do Maicon? Estiquei a mão, na esperança que ele cheirasse, e deu certo. Ele parecia curioso com a manga comprida da camisa que passava pelas minhas mãos, ficando soltas pra ele. — Você não pode levantar, né? Eu roubei algo lá da cozinha pra você, você quer? É um pedacinho de carne, o que acha? — joguei praticamente a carne que estava na outra mão perto dele
CAPÍTULO 52 Maicon Prass Fernandes Estranhei ao acordar e ver Maria Eduarda sentada, olhando meu pau. Sorri, coloquei os braços pra trás, com os pulsos na nuca. — Está gostando da vista? — ela se assustou tanto que praticamente saltou para fora da cama. — Que isso, quer me matar? — Seu olhar apavorado me deixou mais curioso que ela. — Maria Eduarda, me diz com sinceridade, o que tanto olhava aqui? — fiz menção com o olhar. — Nada de mais, foi sua voz que me assustou. Só vim dizer que o café está pronto, mas você dormiu sem nada, e acordou com isso em pé, quis ver de perto — levantei o tronco e sentei na cama, sentindo meu coração acelerar. — Você fez o quê? — Fiz café, oras! Mas hoje arrumei a mesa e ajudei a Ivete com os bolinhos — olhei no relógio e vi que havia dormido demais. — Acordei sem fome — levei a mão até meu pênis e vi como ela observou meu movimento. — O que está fazendo? O bolinho vai esfriar, e você vai comer, porque sua mãe ligou e d
CAPÍTULO 53 Maicon Prass Fernandes Era aquela infeliz, aquela que se passou pela segurança da minha irmã Rebeca... ela estava ali, bem na minha frente, com uma arma apontada para a minha mulher e o meu cachorro. Que porra! Essa infeliz teve acesso ao meu sistema todo de segurança, porque a deixei responsável pela minha esposa, foi a minha irmã que enviou e tinha total confiança. Só não esperava que ela fosse uma usurpadora de merda e me daria tanta dor de cabeça. Não sei se ela me viu, mas o Colt latiu muito, olhei pra ele que estava enfurecido latindo para aquela mulher. Segundos foram suficientes, logo vi que Maria Eduarda aproveitou a distração da falsa segurança com o Colt, e meteu um chute tão alto na mão daquela mulher, que derrubou a arma de uma pessoa treinada como ela pra longe, e Duda a empurrou. — Maledetta! — a italiana gritou. Fiquei sem ar, maldito momento desse coração me deixar na mão, pensei que não conseguiria chegar, foi horrível, senti
CAPÍTULO 54 Maicon Prass Fernandes (Cenas fortes, tortura e execução. Não leia se você não se sente bem.) — O que está acontecendo aqui? Por acaso, essa é a sua segurança? — questionei Rebeca que nos encarou firme, enquanto eu dei dois passos e pisei na cabeça da que estava baleada no chão. — Graças a Deus eu tenho a melhor, não preciso arrancar meus próprios cabelos! Virgínia percebeu a tempo a emboscada, não conseguiu se defender, mas estava de colete e pulou por conta própria no rio — Rebeca falou olhando pra todos os lados. — Então, ela não foi atingida? — questionei, observando a mulher. — Não, não foi. O que acha que eu estava fazendo durante esse tempo? As unhas? Não, estava procurando por ela que levou dias pra conseguir voltar sem ter nada, nem um celular, nem dinheiro... enfim, se eu não soubesse que tipo de pessoa trabalha comigo, teria vindo antes, acabar com a raça de quem fez isso, mas fui atrás dela. Quero esmagar os miolos dos figlios de Putt
CAPÍTULO 55 Maicon Prass Fernandes Virgínia continuou arrancando as unhas da infiltrada, Duda ajudou e começou jogando água fervente. — Quer ajudar, cunhada? Aposto que já deve estar doida para acabar com a florzinha! — Rebeca perguntou à italiana, fazendo menção à Vanessa. — Tem razão! — Maria Eduarda pegou alguns itens no armário, segurou uma faca e deu para a Virgínia. — Pode cortar, quero costurar — fiquei olhando, não era a primeira vez que ela fazia isso, pelo jeito gostava, mas aprendeu onde? — AHHHHH! — A infiltrada gritava feito louca, e eu aproveitei para descansar, não forçar meu corpo, já tenho tantas mulheres com sede de vingança hoje aqui, que vou me poupar. Também não quis fazer o teste de compatibilidade com Vanessa, é pequena demais para o tamanho do coração dar certo, e tentou matar o Colt, também a italiana, é inútil tentar. Virgínia foi cortando a pele da prima e Maria Eduarda costurando, ela fazia com uma tranquilidade incrível, como
CAPÍTULO 56 Maria Eduarda Duarte Mil coisas passavam pela minha cabeça, mas, no fundo, eu queria ter ficado lá e terminado aquilo com elas, mas esse Consigliere do diavolo atrapalhou. — O que a sua irmã vai fazer com o Anton? — perguntei enquanto andávamos, aposto que não quis que eu visse o cara sem roupa. — Vai assustar. Rebeca é campeã nisso — falou naturalmente, fazendo eu respirar fundo e o encarar, parando em pleno corredor. “Eu sabia! Que vontade de dar uma pisada daquelas no Maicon, agora!“ — Por que não quis ficar até o final? Pensei que ela iria mesmo mandar estuprá-lo — disse entre dentes. — Não, acho que não — ele também parou agora, colocou o braço acima da minha cabeça me encurralando — Não está preocupada com aquele cara, né? Anton não vale... — Não, ficou louco? — o fuzilei. — Só perguntei — respondeu e tive vontade de voltar lá e pegar aquela agulha e fio pra usar nele, só que Maicon passou a mão na testa, seus olhos estavam parcialmente
CAPÍTULO 57 Maria Eduarda Duarte — Como não sabe, Maicon? Eu tenho consciência do que aconteceu agora, acho que te devo desculpas. A Sabrina inventou histórias, sabe... — ele soltou parcialmente minha cintura, mas ainda me manteve ali com ele. — Quanto a isso, você me humilhou diante de todos. O que Sabrina pode ter dito e te feito acreditar, nunca vai tirar a sua culpa — ele disse, a voz um rosnado contido. — Fez de mim um palhaço, me senti o pior ser humano da terra, entenda um pouco da vergonha que senti e a grandeza daquelas palavras. A minha mente viajou longe, me trazendo as lembranças daquele dia: Estávamos no "Il Palazzo", um dos restaurantes mais exclusivos de Roma, local onde havíamos combinado de se encontrar, antes que Sabrina me dissesse quem ele realmente é, quando vi que Maicon apareceu. Cheia de ódio e repulsa pelo que ouvi da Sabrina, guardando com ímpeto a frase onde ele saía com tantas mulheres, decidi que o afastaria de uma vez por toda
CAPÍTULO 58 Maicon Prass Fernandes Estou num inferno de emoções, dividido entre o desejo que sinto por essa mulher, a grande chance da minha morte se tornar uma realidade, e a m*****a lembrança daquele dia no restaurante. Eu ainda vejo com toda a clareza, como àquela peste me humilhou, na frente de todo mundo. Suas palavras foram afiadas, calculadas pra me esfaquear onde mais dói. Essa humilhação é uma ferida que ainda sangra, e por mais que eu tente esquecer, a cena volta, trazendo uma mistura de ódio e sede por vingança. Mas, porra, algo em mim ainda gosta dela. É como se meus sentimentos fossem burros demais pra serem racionais. Tento me convencer de que devo odiá-la, que essa mágoa deveria ser suficiente pra matar qualquer resquício de sentimento, mas o coração insiste em não me obedecer. Merda de coração que só me ferra! Cada vez que aquela mulher sorri ou me lança aquele olhar, algo dentro de mim volta a pegar fogo. Como eu ainda posso gostar dela depois de tudo? Será