Traidores

CAPÍTULO 49

Maria Eduarda Duarte

O espaço era apertado, meu corpo estava inteiro quente. Maicon se trancou no banheiro e estava demorando, fiquei meio esquisita.

— Maicon? Está tudo bem?

— Sim, pode ir, logo estarei na mesa — sua voz estava muito estranha, séria como de costume, mas num tom mais baixo... comecei a me preocupar.

— Prefiro esperar você — não respondeu, mas fiquei esperando, inquieta.

Quando saiu eu também já estava pronta, havia passado os dedos entre os cabelos, arrumado bem o vestido.

— Maicon, o que foi? — minha voz era um fio de esperança. — Não entendo por que você está assim, mas não negue, sua feição o entrega.

Ele não se moveu, o olhar fixo em mim, mas a tensão no seu rosto parecia um pouco mais forte. Sua mão tremia, não de medo, mas de uma fúria que parecia estar prestes a se descontrolar.

— Não usei preservativo, não acredito que me descontrolei a esse ponto.

— Bom, eu nunca estive com ninguém sexualmente... — me lembrei
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