CAPÍTULO 56 Maria Eduarda Duarte Mil coisas passavam pela minha cabeça, mas, no fundo, eu queria ter ficado lá e terminado aquilo com elas, mas esse Consigliere do diavolo atrapalhou. — O que a sua irmã vai fazer com o Anton? — perguntei enquanto andávamos, aposto que não quis que eu visse o cara sem roupa. — Vai assustar. Rebeca é campeã nisso — falou naturalmente, fazendo eu respirar fundo e o encarar, parando em pleno corredor. “Eu sabia! Que vontade de dar uma pisada daquelas no Maicon, agora!“ — Por que não quis ficar até o final? Pensei que ela iria mesmo mandar estuprá-lo — disse entre dentes. — Não, acho que não — ele também parou agora, colocou o braço acima da minha cabeça me encurralando — Não está preocupada com aquele cara, né? Anton não vale... — Não, ficou louco? — o fuzilei. — Só perguntei — respondeu e tive vontade de voltar lá e pegar aquela agulha e fio pra usar nele, só que Maicon passou a mão na testa, seus olhos estavam parcialmente
CAPÍTULO 57 Maria Eduarda Duarte — Como não sabe, Maicon? Eu tenho consciência do que aconteceu agora, acho que te devo desculpas. A Sabrina inventou histórias, sabe... — ele soltou parcialmente minha cintura, mas ainda me manteve ali com ele. — Quanto a isso, você me humilhou diante de todos. O que Sabrina pode ter dito e te feito acreditar, nunca vai tirar a sua culpa — ele disse, a voz um rosnado contido. — Fez de mim um palhaço, me senti o pior ser humano da terra, entenda um pouco da vergonha que senti e a grandeza daquelas palavras. A minha mente viajou longe, me trazendo as lembranças daquele dia: Estávamos no "Il Palazzo", um dos restaurantes mais exclusivos de Roma, local onde havíamos combinado de se encontrar, antes que Sabrina me dissesse quem ele realmente é, quando vi que Maicon apareceu. Cheia de ódio e repulsa pelo que ouvi da Sabrina, guardando com ímpeto a frase onde ele saía com tantas mulheres, decidi que o afastaria de uma vez por toda
CAPÍTULO 58 Maicon Prass Fernandes Estou num inferno de emoções, dividido entre o desejo que sinto por essa mulher, a grande chance da minha morte se tornar uma realidade, e a m*****a lembrança daquele dia no restaurante. Eu ainda vejo com toda a clareza, como àquela peste me humilhou, na frente de todo mundo. Suas palavras foram afiadas, calculadas pra me esfaquear onde mais dói. Essa humilhação é uma ferida que ainda sangra, e por mais que eu tente esquecer, a cena volta, trazendo uma mistura de ódio e sede por vingança. Mas, porra, algo em mim ainda gosta dela. É como se meus sentimentos fossem burros demais pra serem racionais. Tento me convencer de que devo odiá-la, que essa mágoa deveria ser suficiente pra matar qualquer resquício de sentimento, mas o coração insiste em não me obedecer. Merda de coração que só me ferra! Cada vez que aquela mulher sorri ou me lança aquele olhar, algo dentro de mim volta a pegar fogo. Como eu ainda posso gostar dela depois de tudo? Será
CAPÍTULO 59 Maicon Prass Fernandes O cara aparece na porta da minha casa, sem aviso, sem sequer uma ligação antes. Estou na minha poltrona, o couro frio contra as minhas costas, mas é o peso das armas nas minhas mãos que realmente me dá conforto. Vejo ele através do vidro fosco da janela, a silhueta maldita que eu já deveria ter apagado da memória. Ele entra sem cerimônia, com aquele ar de quem acha que ainda tem algum direito de estar aqui. Não entendo o que ele quer, mas não gosto nada da sensação que me toma. Eu sou o consigliere do Don, e nada passa por mim sem que eu saiba antes, ele não tem mais nada a ver com a minha mulher. — O que você quer aqui? — Minha voz sai firme, mas meu sangue está fervendo por dentro. Ele nem parece surpreso com o tom, ou com o fato de eu estar armado. Ele me encara de volta, desafiando, como se tivesse algum direito de estar no mesmo espaço que eu, na minha casa, perto da minha mulher. — Vim ver a Maria Eduarda, as coisas ficaram
CAPÍTULO 60 Maria Eduarda Duarte — Maicon, eu imagino que deva estar nervoso..., mas eu não sei o que ele veio fazer aqui, e como viu, eu nem quis ouvir, agora sou casada com você. — Segurei o braço dele que olhou pra minha mão e ficou mais sério que de costume. — Me sirva uma bebida! — imediatamente fui até o bar e comecei a servir a que vi ele beber outro dia. — Você entende que não tenho nada a ver com isso, né? — insisti. — Será, Maria Eduarda? Você o respondeu como se já se falassem, e sinceramente... o que um cara como ele teria pra falar com você? — colocou um braço sobre meu ombro e o outro virou o copo de bebida — Sirva mais. — Eu disse que não aceitaria ofensas, Maicon! Se estou dizendo, deveria acreditar em mim — busquei a garrafa e o servi com o copo na sua mão. — Estou farto, sabe! Tem momentos que sinto que preciso de um basta, e aqui dentro esse cara não entra mais, não se o assunto for você, porque agora é minha, minha Maria Eduarda! — falou ma
CAPÍTULO 61 (Lembre-se que essa história é apenas ficção, não repita as loucuras dos personagens) Maria Eduarda Duarte Meus lábios deslizaram, senti aquilo escorregando até a minha garganta, não entraria inteiro como imaginei. Estranhei ao começo, mas a sensação era gostosa, ainda mais olhar pra ele e vê-lo completamente inerte ao resto, concentrado apenas em mim, ignorou até a bebida e isso me deixou bem. Era ótimo ter sua atenção só pra mim, misturada com o desejo, a adrenalina e textura daquele órgão duro, que agora eu conseguia sentir de forma mais íntima. Maicon prefere sempre manter o controle. Sua mão continuou no meu cabelo e a cada vez mais, ele dominava meus movimentos, me fazendo também me sentir um brinquedo, porém um brinquedo satisfeito, correspondido e íntimo dele. Completamente sexy, chegou a um ponto que ele entrava e saía de dentro de mim e não era mais eu quem o chupava. — Vou te foder de verdade, ragazza! Gosto de ter controle sobre v
CAPÍTULO 62 Maria Eduarda Duarte Fiquei ali parada, imaginando que Maicon se afastaria para trabalhar, mais sei que, na verdade, ele gosta de tudo, menos de ficar perto de mim, a não ser se for para fazer sexo. Dei espaço a ele, demorei para aparecer no escritório, e quando fui vê-lo, estranhei que ele estava bem-arrumado, usava sua melhor roupa, cabelo perfeitamente penteado, mas havia algumas garrafas de bebida abertas sobre a mesa e uma delas vazia. — Está bebendo tanto... algum motivo especial? — perguntei com receio, ele me lançou um olhar um pouco pesado. Maicon levantou da cadeira segurando um copo e me fez uma pergunta: — Se nunca esteve com ninguém... como sabia o que eu queria? Como fez exatamente como deveria ser? — comecei a procurar por respostas na minha cabeça. — E... eu imaginei — ele veio perto de mim e ergueu um celular na frente do corpo. — Eu sei o que andou vendo Maria Eduarda... — Ah, meu Deus, não fique chateado, eu nem sabia qu
CAPÍTULO 63 Maicon Prass Fernandes Enquanto Maria Eduarda fala, noto que há algo diferente nela. Finalmente, depois de tudo, ela parece estar arrependida de verdade. Aqueles olhos que naquela vez me olharam com desprezo, agora mostram uma vulnerabilidade que eu não esperava. E por mais que eu tenha endurecido meu coração ao longo dos anos, não posso ignorar o impacto disso em mim. Seguro a sua mão e há uma faísca ali, um calor que me lembra de quem eu era antes de tudo desmoronar... o pobre, mas sorridente catador de reciclagens, que via a vida de forma tão simples e, ao mesmo tempo, difícil. As palavras da italiana me fizeram duro, mas isso não significa que eu não saiba reconhecer quando alguém realmente quer fazer as coisas certas. Ela me humilhou, sim, mas eu também não sou perfeito. Se vamos recomeçar, vai ser do meu jeito, e espero que ela saiba disso. Não por fraqueza, mas porque, diabos, se é pra encarar o inferno, prefiro ter Maria Eduarda ao meu lado do q