CAPÍTULO 45 Maria Eduarda Duarte Fiz questão de vestir o meu melhor vestido. Claro que é discreto, mas é um modelo exclusivo, não chega até o joelho, é justo, e tem um casaco que faz conjunto. Coloquei a bota e passei uma maquiagem... que pena ter quebrado aquela sombra. Arrumei os cabelos e fui até a sala procurando meu marido. Quando me viu, Maicon tossiu. — Aonde você vai? — me olhou dos pés a cabeça. — Como assim? Combinamos de sair, você não vai se arrumar? — agora fui eu quem o olhou por inteiro, ele sempre é tão bonito, mesmo com uma roupa mais casual. — Só vamos almoçar, pra mim está ótimo — balancei a cabeça concordando. — Está bonito assim, jeans te cai muito bem — falei e ele ficou me olhando, então começou a andar na direção da porta. — Não vamos de Maserati? — perguntei quando ouvi o alarme de um carro comum de uso da máfia. — Não — disse apenas, e não questionei. Ele já havia dito que eu não andaria mais no precioso carro.
CAPÍTULO 46 Maria Eduarda Duarte Maicon fechou a cara para Sabrina e respondeu secamente: — Eu vou me sentar aqui — olhou pra mim — Querida... pode ir onde combinamos, ok? — só que Sabrina segurou meu braço quando fui sair. — Eu não entendi, você está com esse cara? Não tem vergonha de frequentar um lugar como esse com ele? — olhei sem saber o que dizer. — Por que eu teria, Sabrina? — respondi com outra pergunta, já meio impaciente, ela já estragou as coisas uma vez, não gosto dela. — Como é? — Maicon se aproximou, e com a raiva do seu rosto, vi que apertaria o pescoço dela até a morte. Então Sabrina me puxou bem perto dela. — Não ouviu nada do que eu disse? Não é porque ele agora é Consigliere e consegue pagar para comer num lugar como esse, que vai deixar de cheirar a lixo — sussurrou no meu ouvido, fiquei imóvel, sentindo a raiva me consumir. Maicon me afastou dela. — O que disse pra minha esposa? — a encarou. — Que precisam sair dessa mesa,
CAPÍTULO 47 Maria Eduarda Duarte A raiva me consumia, e eu sentia que se não me controlasse, poderia fazer uma cena ainda mais vergonhosa. O restaurante estava lotado, com o murmúrio das conversas ao fundo e o tilintar dos talheres, mas para mim, tudo parecia um borrão distante e todos me olhavam. Apenas a fúria dentro de mim era clara e presente. Olhei para Maicon, que estava me observando com um olhar divertido. A necessidade de despejar o que estava entalado na minha garganta era grande, mas o olhar daquelas pessoas precisava parar. — Fala pra esse povo parar de me olhar, Maicon! O show já acabou, que saco! — reclamei quando me sentei na cadeira, soltando todo o ar pela boca. Ele olhou para os lados e me pareceu suficiente, não sei qual o tipo de influência que ele tem aqui, mas as pessoas foram disfarçando enquanto eu mexia no guardanapo, como se nada estivesse acontecendo. Meu coração batia forte, e eu podia sentir a tensão no ar. As pessoas ao redor a
CAPÍTULO 48 Maria Eduarda Duarte — Mas que droga de calcinha que só serviu pra causar alvoroço! — peguei a peça minúscula de uma vez e vesti enquanto o encarava. Ele apontou para o pequeno sofá de couro preto que estava perto do espelho, mas não me mexi. — Coloque os joelhos ali — apontou para o assento — E as mãos ali — agora apontou para o braço. Quis perguntar o motivo, mas sempre fiquei curiosa pra fazer isso, sorri e fui até lá, eu queria saber como era a sensação. Logo senti o Maicon atrás de mim, assim que fiquei de quatro. Ele subiu as mãos pela minha bunda, ergueu bastante o meu vestido, e quando pensei que me acariciaria, levei um belo puxão de cabelo, e um tapa no traseiro. — Vai me matar, italiana? Vou continuar te batendo, estou louco para bater em você, agora me diga... — senti sua mão entrar por baixo da calcinha e deslizar no meu clitóris. — Nãooo... ai Maicon — praticamente gemi, sentindo prazer, então do nada ele tirou a m
CAPÍTULO 49 Maria Eduarda Duarte O espaço era apertado, meu corpo estava inteiro quente. Maicon se trancou no banheiro e estava demorando, fiquei meio esquisita. — Maicon? Está tudo bem? — Sim, pode ir, logo estarei na mesa — sua voz estava muito estranha, séria como de costume, mas num tom mais baixo... comecei a me preocupar. — Prefiro esperar você — não respondeu, mas fiquei esperando, inquieta. Quando saiu eu também já estava pronta, havia passado os dedos entre os cabelos, arrumado bem o vestido. — Maicon, o que foi? — minha voz era um fio de esperança. — Não entendo por que você está assim, mas não negue, sua feição o entrega. Ele não se moveu, o olhar fixo em mim, mas a tensão no seu rosto parecia um pouco mais forte. Sua mão tremia, não de medo, mas de uma fúria que parecia estar prestes a se descontrolar. — Não usei preservativo, não acredito que me descontrolei a esse ponto. — Bom, eu nunca estive com ninguém sexualmente... — me lembrei
CAPÍTULO 50 Maicon Prass Fernandes Eu sempre soube que tipo de mulher aquela Sabrina era, desde quando eu a deixei nua esperando por mim e descobri logo depois que esteve com a Maria Eduarda, então não permiti que voltasse a se aproximar, nem ela, nem a italiana, embora o Don tenha me pedido para se casar com ela. . Ao sair daquele banheiro, fiquei revoltado. Como pude ser tão imprudente? De maneira nenhuma posso ser pai, não quero que uma criança cresça sem mim, talvez eu não chegue nem a conhecer meu próprio filho. É uma raiva brutal, um verdadeiro fogo queimando dentro do peito, chegou a doer, mas dessa vez não era pelo motivo habitual. Eu deveria ter tomado mais cuidado, ter usado a cabeça em vez de agir como um idiota. Agora, estou aqui, pensando se engravidei a Maria Eduarda. E, como se não bastasse, minha saúde está em jogo, com esse problema cardíaco que pode me levar a qualquer momento. Preciso de um novo coração para continuar respirando, e ag
CAPÍTULO 51 Maria Eduarda Duarte (Um pouco antes da briga) O dia foi cansativo, quando cheguei em casa só queria o meu banho e ver o Colt. “Caramba, como me aproximar? Agora ele está acordado.“ Quando vi que o Maicon havia saído do local onde ele estava, fui até lá. Coloquei uma das camisas dele de mangas compridas e me aproximei, porque normalmente os cachorros conhecem o cheiro do dono, talvez eu tivesse mais chances cheirando a Maicon. — Colt? Sou eu... lembra de mim? — ele levantou as orelhas e ficou me olhando. Tive medo, mas não demonstrei, segui caminhando e falando — Como você está, amigão do Maicon? Estiquei a mão, na esperança que ele cheirasse, e deu certo. Ele parecia curioso com a manga comprida da camisa que passava pelas minhas mãos, ficando soltas pra ele. — Você não pode levantar, né? Eu roubei algo lá da cozinha pra você, você quer? É um pedacinho de carne, o que acha? — joguei praticamente a carne que estava na outra mão perto dele
CAPÍTULO 52 Maicon Prass Fernandes Estranhei ao acordar e ver Maria Eduarda sentada, olhando meu pau. Sorri, coloquei os braços pra trás, com os pulsos na nuca. — Está gostando da vista? — ela se assustou tanto que praticamente saltou para fora da cama. — Que isso, quer me matar? — Seu olhar apavorado me deixou mais curioso que ela. — Maria Eduarda, me diz com sinceridade, o que tanto olhava aqui? — fiz menção com o olhar. — Nada de mais, foi sua voz que me assustou. Só vim dizer que o café está pronto, mas você dormiu sem nada, e acordou com isso em pé, quis ver de perto — levantei o tronco e sentei na cama, sentindo meu coração acelerar. — Você fez o quê? — Fiz café, oras! Mas hoje arrumei a mesa e ajudei a Ivete com os bolinhos — olhei no relógio e vi que havia dormido demais. — Acordei sem fome — levei a mão até meu pênis e vi como ela observou meu movimento. — O que está fazendo? O bolinho vai esfriar, e você vai comer, porque sua mãe ligou e d