— Um filho... HAHAHAHAAHAHAHAHAH — Comecei a rir histericamente — já sei, isso é uma pegadinha né, só pode, ontem e hoje foram os dias de me pregar uma peça, é isso né, onde descobri que ele me traía com a secretária dele que inclusive é conhecida como a namorada dele no trabalho, descobri que me trai com a prima dele também em uma boate, hoje descubro que a casa, carro que conquistei não são meus, ele me deu golpe, descubro que não estou casada e agora descubro que ele tem um filho de uns 5 anos, parece fazer sentido pra você?
— Bom, se você coloca dessa forma, me parece um absurdo mesmo — diz ele concordando a cabeça junto comigo. — Tá zombando de mim? — Não, mas o que me interessa mesmo é dinheiro docinho, você que vai pagar? — Só pode estar brincando, ele que vai pagar. — Ah, tudo bem — o rosto dele que estava suave estampando um sorriso cínico, se fechou — Liga para ele. Ele agora parecia assustador, aquele momento a frase um lobo em pele de cordeiro nunca fez tanto sentido. O ambiente que estava descontraído agora estava tenso. Pego meu telefone e começo a ligar para Caio, felizmente ele me atende. — Eu disse que ia chegar tarde hoje — em tom raivoso — o que você quer? — Um... tal de senhor A. está aqui, ele disse que você está devendo algo. — Droga, ele te disse alguma coisa? te fez algo? — em tom de preocupação. — Não me fez nada, mas me disse... que você tinha um filho. — disse olhando para o homem sentado no sofá me encarando. — Merda não acredita em nada do que ele disse, é tudo mentira. — Ele... me disse que você tinha uma amante em seu trabalho e que você pegava sua prima também. A cara do senhor A. fica confusa e ele aponta o dedo pra ele mesmo. — Eu? — sussurrou. O ignoro virando pro lado para ouvir a resposta de Caio. — Tudo mentiras, sabe que eu nunca faria isso com você né amor. suspirei e levantei um sorriso cínico. — Eu só acredito no que vejo. — Sim meu amor e essa é uma das suas melhores qualidades que você tem, chama a polícia e- — Eu te vi — interrompo o afrontando. O silêncio tomou conta do telefone, acho que eu já não conseguia esperar mais e queria acabar tudo logo, nem que fosse por telefone. — Vi você com sua secretária, vi você com sua prima na boate ontem a noite, de fato a pessoa que você viu no suposto barzinho era mesmo eu, vi os documentos na sua sala e agora descubro que você tem um filho — desabafo no telefone. — Calm- — Nem somos casados não é — digo o interrompendo. — Ahh, isso tudo é culpa sua!! — O que você disse Caio? Caiu começou a gritar do outro lado do telefone ao ponto de poder ouvir tudo da sala em que o senhor A. e ela estava. — A CULPA É SUA, VOCÊ QUE QUIS ME BANCAR, VOCÊ QUE QUIS CONTINUAR COMIGO, VOCÊ NÃO QUIS ME DAR UM FILH- — VOCÊ ME TRAI E A CULPA É MINHA? — É, a culpa é toda sua, você é muito inocente que qualquer um poderia te passar a perna facilmente assim como peguei a sua casa que agora é minha, te fiz de burro de carga e tudo o que você fazia era continuar rindo, a culpa é sua por não ser atraente suficiente, custava você se arrumar um pouco? tive que ir atrás de algo que não tinha em casa, você era bonita mas agora tem uma gorduras que me dão ânsia, você não é mais atraente e a culpa é sua, e ainda por cima, como tem coragem de ir atrás de outros homens enquanto me tinha? você é uma vagabunda mesmo indo em boates tarde da noite, ein, sua put- Enquanto eu estava imóvel ouvindo queixa por queixa, o senhor A. se levantou do sofá foi até em minha direção, tomou o celular da minha mão. — Não não, crítica ela não, a culpa é sua. E seguinte, já que claramente não a quer, vou pegar ela para mim, espero que não se importe. E por causa desse vacilo teu, tem 2 meses para me pagar tudo o que deve, TUDO. — Não calma aí, isso é entre eu e ela, marido e mulh- O senhor A. j**a o telefone na parede fazendo o se quebrar. Me espantei ao princípio, o homem que estava no sofá se encontrava passado bem a minha frente, eu praticamente estava em transe ouvindo tudo o que Caio falava, que não havia percebido. — Então, agora podemos resolver meu assunto já que quase resolvemos o seu — diz ele bem próximo de mim. — que assunto seu? — responde me afastando para trás. —Hmm, vai se fazer de desentendida? assim você me machuca— diz ele se aproximando no mesmo ritmo em que me afasto. — Não sei do que você está falando eu- — quando vejo cheguei na parede. — Docinho, sabe o quão feliz eu estava depois de ouvir sua voz no telefone desse merda? — diz ele praticamente me pressionando contra a parede. — Depois que você saiu sem nem acabarmos com nossos assuntos, me senti desesperado. Uma mulher aparece na boate — diz colocando a mãos em minha bochecha — me seduz — a mão vai descendo para o ombro passando pelo pescoço — e vai embora sem nem dizer o nome. Apesar ele ter olhado em meus olhos o começo da conversa, seus olhos começaram a seguir suas mãos enquanto descia, quando chegou na parte do ombro pro peito, ele começou a descer só no toque do seu dedo indicador, passou pelo peito, descendo até a barriga, quando chegou na barriga, ele olhou para mim com uma expressão séria, uma em que não havia a muitos anos, como... se me desejasse. — Você... veio atrás de mim? — não é óbvio? como eu disse... temos assuntos pendentes docinho.Consegui com muito esforço depois de anos trabalhando no pesado, conquistar minha casa própria, um carro bom e um marido amoroso. Conheci Caio ainda no ensino médio, ele me pareceu um bom rapaz, me prometeu vida de princesa, que eu era única e que sempre estaria comigo. Acreditei nessas doces palavras. Quando acabou o ensino médio, eu passei em uma faculdade pública, mas ele não conseguiu, e teria que pagar por uma. Então ele deu a ideia de eu começar a trabalhar para pagar a faculdade dele e depois que ele se formasse, eu começasse a minha, como eu já tinha passado uma vez, seria fácil passar de novo e se eu não passasse me prometeu que pagaria pela minha. Mais uma vez, preferi acreditar nele, e trabalhei, trabalhei muito, estava exausta, tinha que trabalhar no meio de semana, fazer as tarefas de casa, cozinhar, e trabalhar aos fins de semana, pois ele quis fazer Direito e custava muito caro a faculdade. Ele não podia me ajudar em nada, já que estava estudando muito, embora
Ele ganhava bem, mas eu não sabia com o que ele gastava, e ele ficava bravo quando eu perguntava sobre. Em um dia, que precisei sair de casa, para ir até a editora, pois estavam com planos para adaptar um de meu livros, precisam da opinião da autora. Esse dia não avisei ao meu marido que iria sair de casa, somente sai, até porque eu havia esquecido completamente da reunião que havia sido marcada a meses, e lembrei em cima da hora, peguei um Uber até a editora, todos eram bem simpáticos, finalizamos a reunião. Como havia passado muito tempo desde a última vez que tinha saído, resolvi andar um pouco, lá perto estava a empresa em que meu marido trabalhava. Resolvi passar por lá para comprimentar ele, mas não o encontrei, pelo contrário, soube de algo devastador. Ao chegar, e procurar por ele, a recepcionista respondeu educamente que ele havia saído para almoça com a namorada dele. ... Namorada? do que essa recepcionista está falando? penso comigo mesma enquanto me afundo
O tempo parecia como se tivesse parado, o homem que puxei até mim fazendo com que nossos lábios se encontrasse não parecia ter achado ruim o que eu fiz. Como nosso lábios estavam se encontrando de boca fechada, então era somente um selinho. Mas então em fração de segundo, o homem havia colocado a mão na minha nuca, e com nosso lábios ainda se tocando ele sussurrou. — você tem que abrir a boca — sussurrou me encarando. — o que ? — já estava tonta, apesar da bebida fraca, como não havia comido nada o dia todo, pareceu que subiu naquela hora, já que me sentia quente. — você tem que abrir a boca pra minha língua entrar — sussurrou de uma forma em que parecia que fosse me devorar em qualquer momento. Era hipnotizante e quando estava por abrir minha boca, ouvi a risada alta de meu marido e recobrei o sentido. Olhei para a direção que meu marido estava antes e ele estava se aproximando da direção onde estava, soltei a gravata do homem na qual estava segurando. — Desculpe, foi u
Meu coração parou e veio o flashback do que tinha acontecido " — você tem que abrir a boca — o que ? — você tem que abrir a boca pra minha língua entrar. " a lembrança foi tão impactante que acabei deixando o celular cair. No desespero, me abaixo para pegar o celular e na hora de levantar, bato com a cabeça na gaveta que havia deixado aberta. —AHHGR Ainda no chão agachada com uma das mãos na cabeça e a outra segurando o celular, ao olhar para a gavetana qual havia batido, vejo uns papéis grudado. ouço uns murmuros do outro lado do telefone, mas não entendi o que o tal A. estava dizendo, desliguei o telefone e o botei no chão. olhando para os papéis, no qual estavam colados, peguei eles e comecei a ler, palavra por palavra, folha por folha. Era um documento em que eu transferia meus bens tudo para o Caio, qualquer bem que adquirisse durante nosso relacionamento era dele. E pra piorar, eu achei o suposto documento em que eu assinei ao me casar, o que a certidão