Meu coração parou e veio o flashback do que tinha acontecido
" — você tem que abrir a boca — o que ? — você tem que abrir a boca pra minha língua entrar. " a lembrança foi tão impactante que acabei deixando o celular cair. No desespero, me abaixo para pegar o celular e na hora de levantar, bato com a cabeça na gaveta que havia deixado aberta. —AHHGR Ainda no chão agachada com uma das mãos na cabeça e a outra segurando o celular, ao olhar para a gavetana qual havia batido, vejo uns papéis grudado. ouço uns murmuros do outro lado do telefone, mas não entendi o que o tal A. estava dizendo, desliguei o telefone e o botei no chão. olhando para os papéis, no qual estavam colados, peguei eles e comecei a ler, palavra por palavra, folha por folha. Era um documento em que eu transferia meus bens tudo para o Caio, qualquer bem que adquirisse durante nosso relacionamento era dele. E pra piorar, eu achei o suposto documento em que eu assinei ao me casar, o que a certidão de casamento, no papel dizia que não era válido e que só era uma amostra de como seria o autêntico. Tentei processar ali mesmo as informações, eu sei que fui burra só me casar com uma pessoa como ele, burra ao me dedicar anos de trabalho para uma pessoa que me traiu, agora...amém ter percebido que a bolada de papéis que assinei eram documentos de transferência. Burra. Passei mal, a tontura foi tão forte, que cheguei a cair de vez no chão, pensava comigo mesmo, eu devia ter dedicado minha vida a mim, e não por outra pessoa. Comecei a chorar, eu não entendo nada de documentos ou o que eu assinei, só sei que parece que nunca fui casada e que tudo o que eu tenho não são meus, era desesperador, documentos e essas coisas burocráticas eu deixava para meu marid- Caio, ele aproveitou que não entendo de leis e nem nada do tipo e passou a perna em mim. EU MEREÇO, EU MEREÇO , gritava e berrava aos prantos. depois se ficar um tempo deitada me lamentando o tempo perdido com o cafajeste do Caio. Me levantei. Dessa vez decidida a ir embora, a sumir sem nem dizer adeus, pois já estava cansada suficiente de muitas decepções uma atrás da outra e assim deixar tudo o que era meu para trás. Arrumei minhas malas. Depois que arrumei minhas malas, levei para a sala, sentei no sofá e vi o dia indo embora e o entardecer, vi a sala ficando em tons alaranjados e o silêncio que ela fazia, vi o quão solitário era não só a casa se não que eu também. Sem uma amiga pois ele tinha que ser o único e sem um parente já que eles não aprovavam meu relacionamento. Então, em meu momento de serenidade, ouço alguém bater na porta. Achei estranho já que Caio havia dito que chegaria tarde, mas era apenas 19:30 da noite ainda. Fui abrir a porta para ver quem era. Assim que abro a porta, um homem, alto, forte, com tatuagens cobrindo todo o braço está parado em minha varanda. — É... desculpe, como posso ajudar? — pergunto me posicionando atrás da porta deixando apenas uma brecha para conversar. — Assim, você me decepciona — diz ele com um sorriso cínico — é a casa do Caio né — diz ele forçando a porta e entrando dentro da casa. Ele entrou, olhou ao redor da casa se limitando a ficar apenas na sala,e então se sentou no sofá. — Isso é invasão de propriedade — falo tentando impor alguma autoridade — se você não se retirar, vou chamar a polícia. O homem sentado a frente, ficou me encarando em silêncio, olhando de cima abaixo como se estivesse me analisando. Como o encarar de volta. Mas ele apenas solta um riso de lado. — Você fica bonita brava docinho. Docinho, docinho, essa palavra Ecou na minha cabeça, até que lembrei, era o homem do telefone o tal do A. — Senhor... A.? é isso, você é o homem que ligou mais cedo pro meu marido — Marido? você é casada com o Caio? — Sim — responde imediamemte por puro hábito — Quero dizer, NÃO, na verdade não sei, não quero falar sobre isso. — Então docinho, Caio, tem assuntos pendentes com a organização a qual faço parte, pode me dizer onde ele está? — Assuntos pendentes, do que você está falando? — Ele deve muito dinheiro sabe e já está atrasado. — Dinheiro do que você está falando? como que ele vai pegar dinheiro, quando que foi isso, eu que sustento ele e com o salário dele é difícil pensar que ele pegou dinheiro emprestado. — Hmm... geralmente eu não revelo informações sobre nossos clientes, mas vou fazer uma exceção pra você docinho. Há 5 anos ele pediu uma quantia enorme, ele veio pagando sempre com atraso e com atraso vem juros. — 5 anos? não faz sentido, estamos juntos há mais de 10 anos, trabalhei muito para não deixar faltar nada dentro de casa e nem pra ele. — sabe como é, filhos são caros. ... o silêncio percorreu a sala, enquanto o homem continuava me encarando, fiquei como estátua, cai de joelhos no chão, minhas pernas e braços estavam moles. — Filho? de quem? do Caio? — minha voz mau saía, estava sem forças até para falar. — Oh céus, não sabia que ele tinha um filho docinho? — Um filho? um filho... UM FILHO!! — gritei. Acho que foi sorte a minha, a única coisa que não tinha com esse homem que achava que era meu marido era um filho, embora sempre quisesse ter e ele sempre insistir em ter, um filho é a única coisa que me recusei a dar a ele. Na minha situação de antigamente, não poderia me dar ao luxo de ter uma criança e trabalhar todos os dias da semana para sustentar o homem que dizia que estudava para me dar uma vida melhor.— Um filho... HAHAHAHAAHAHAHAHAH — Comecei a rir histericamente — já sei, isso é uma pegadinha né, só pode, ontem e hoje foram os dias de me pregar uma peça, é isso né, onde descobri que ele me traía com a secretária dele que inclusive é conhecida como a namorada dele no trabalho, descobri que me trai com a prima dele também em uma boate, hoje descubro que a casa, carro que conquistei não são meus, ele me deu golpe, descubro que não estou casada e agora descubro que ele tem um filho de uns 5 anos, parece fazer sentido pra você? — Bom, se você coloca dessa forma, me parece um absurdo mesmo — diz ele concordando a cabeça junto comigo. — Tá zombando de mim? — Não, mas o que me interessa mesmo é dinheiro docinho, você que vai pagar? — Só pode estar brincando, ele que vai pagar. — Ah, tudo bem — o rosto dele que estava suave estampando um sorriso cínico, se fechou — Liga para ele. Ele agora parecia assustador, aquele momento a frase um lobo em pele de cordeiro nunca fez tanto sen
Consegui com muito esforço depois de anos trabalhando no pesado, conquistar minha casa própria, um carro bom e um marido amoroso. Conheci Caio ainda no ensino médio, ele me pareceu um bom rapaz, me prometeu vida de princesa, que eu era única e que sempre estaria comigo. Acreditei nessas doces palavras. Quando acabou o ensino médio, eu passei em uma faculdade pública, mas ele não conseguiu, e teria que pagar por uma. Então ele deu a ideia de eu começar a trabalhar para pagar a faculdade dele e depois que ele se formasse, eu começasse a minha, como eu já tinha passado uma vez, seria fácil passar de novo e se eu não passasse me prometeu que pagaria pela minha. Mais uma vez, preferi acreditar nele, e trabalhei, trabalhei muito, estava exausta, tinha que trabalhar no meio de semana, fazer as tarefas de casa, cozinhar, e trabalhar aos fins de semana, pois ele quis fazer Direito e custava muito caro a faculdade. Ele não podia me ajudar em nada, já que estava estudando muito, embora
Ele ganhava bem, mas eu não sabia com o que ele gastava, e ele ficava bravo quando eu perguntava sobre. Em um dia, que precisei sair de casa, para ir até a editora, pois estavam com planos para adaptar um de meu livros, precisam da opinião da autora. Esse dia não avisei ao meu marido que iria sair de casa, somente sai, até porque eu havia esquecido completamente da reunião que havia sido marcada a meses, e lembrei em cima da hora, peguei um Uber até a editora, todos eram bem simpáticos, finalizamos a reunião. Como havia passado muito tempo desde a última vez que tinha saído, resolvi andar um pouco, lá perto estava a empresa em que meu marido trabalhava. Resolvi passar por lá para comprimentar ele, mas não o encontrei, pelo contrário, soube de algo devastador. Ao chegar, e procurar por ele, a recepcionista respondeu educamente que ele havia saído para almoça com a namorada dele. ... Namorada? do que essa recepcionista está falando? penso comigo mesma enquanto me afundo
O tempo parecia como se tivesse parado, o homem que puxei até mim fazendo com que nossos lábios se encontrasse não parecia ter achado ruim o que eu fiz. Como nosso lábios estavam se encontrando de boca fechada, então era somente um selinho. Mas então em fração de segundo, o homem havia colocado a mão na minha nuca, e com nosso lábios ainda se tocando ele sussurrou. — você tem que abrir a boca — sussurrou me encarando. — o que ? — já estava tonta, apesar da bebida fraca, como não havia comido nada o dia todo, pareceu que subiu naquela hora, já que me sentia quente. — você tem que abrir a boca pra minha língua entrar — sussurrou de uma forma em que parecia que fosse me devorar em qualquer momento. Era hipnotizante e quando estava por abrir minha boca, ouvi a risada alta de meu marido e recobrei o sentido. Olhei para a direção que meu marido estava antes e ele estava se aproximando da direção onde estava, soltei a gravata do homem na qual estava segurando. — Desculpe, foi u