03- atualidade

O tempo parecia como se tivesse parado, o homem que puxei até mim fazendo com que nossos lábios se encontrasse não parecia ter achado ruim o que eu fiz.

Como nosso lábios estavam se encontrando de boca fechada, então era somente um selinho. Mas então em fração de segundo, o homem havia colocado a mão na minha nuca, e com nosso lábios ainda se tocando ele sussurrou.

— você tem que abrir a boca — sussurrou me encarando.

— o que ? — já estava tonta, apesar da bebida fraca, como não havia comido nada o dia todo, pareceu que subiu naquela hora, já que me sentia quente.

— você tem que abrir a boca pra minha língua entrar — sussurrou de uma forma em que parecia que fosse me devorar em qualquer momento.

Era hipnotizante e quando estava por abrir minha boca, ouvi a risada alta de meu marido e recobrei o sentido.

Olhei para a direção que meu marido estava antes e ele estava se aproximando da direção onde estava, soltei a gravata do homem na qual estava segurando.

— Desculpe, foi um engano! — disse já me apressando para sair da boate.

Assim que sai, chamei um táxi pra voltar, já que eles já estavam parados lá na frente e não corria o risco de ver Caio saindo enquanto pedia ou esperava um Uber.

Cheguei em casa, vi a mesa que havia colocado para pedir o divórcio.

sentei, comecei a comer a comida fria enquanto chorava.

Fui para cama e dormi, acordei no dia seguinte com algum batendo as panelas na cozinha, fui até lá, era Caio, preparando algo rápido pra ele comer.

— Ah, bom dia, acabou o leite? — perguntou remexendo na geladeira.

— Está na dispensa — respondi.

— Pega lá pra mim, ein, tem remédio pra ressaca?

— Você bebeu ontem? não disse que ia fazer horas extras

—Ah, o pessoal que ficou fazendo hora extra decidiu sair pra beber num barzinho familiar, então eu fui junto, acabei bebendo demais.

— Não temos remédio pra ressaca mais — disse mesmo sabendo que tinha sim.

— Falando nisso, você saiu ontem a noite?

Meu coração parou, e derrubei a caixinha de leite que ele havia pedido para eu pegar.

— Não, fiz janta e comi em casa, porquê? — pergunto pegando a caixinha de leite.

— Hmm, eu vi algum que parecia você, só que ela tava mais ajeitada, lá no barzinho.

— Assim, entendi.

— Vou voltar tarde hoje a noite, não me espere — Fala se apressando para sair da casa.

Apesar de ter descoberto 2 traiçõe sno mesmo dia e planejado me divorciar, ainda não o fiz, por que ainda me apego a alguém que claramente não me faz e nem quer o meu bem? Por que ainda insisto? Será que no fundo eu penso que ele pode mudar e ser uma melhor pessoa, que não foi em quase dez anos juntos.. quem sabe, a duvida toma conta e não sei que rumo tomar.

Eu seria capaz perdoar de fato a traição dele, ele era gentil, ele era amável, ou será que estou apegada a um Caio que não exite mais ou que nunca sequer existiu, tenho medo.

No fundo tenho medo, de sentir falta dele ou das pouquissimas coisas que ele ja fez por mim. Dou risada, mas de minha própria desgraça, porque no fundo, sei que ele não é bom e que o Caio que conhecia não é mais o mesmo que saiu por essa porta dizendo que ia trabalhar, me sinto perdida.

Enquanto estava no sofá perdida entre pensamentos e me sentindo uma derrotada, ouço um barulho, era de um telefone, mas não era o meu e com certeza não era o do meu marido, já que ele saiu e atendeu o telefone na rua, mas... que barulho é esse.

Andei pela casa, e o som parecia que vinha do cômodo que eu não tinha acesso, ironia, minha casa, mas ainda assim, tinha um cômodo restrito na qual eu não podia entrar de jeito nenhum.

Por algum milagre, a porta não estava trancada, talvez pela pressa de hoje cedo, ele se esqueceu de trancar, minha curiosidade falou mais alto, então entrei.

Era um escritorio, tinha as coisas que comprei para ele, tudo organizado, tinha nossas coisas de quando começamos a namorar, nossa foto no casamento, os livros e cadernos que comprei, as canetas que comprei a anos atras que até haviam acabado a tinta se encontravam lá, parecia que o tempo havia parado em nossa melhor época, antes de que ele quisesse se tornar advogado. Lá, poor algum motivo, me cheiravav a lembranças.

O telefone tocou mais uma vez, ele estava dentro da gaveta da escrivaninha dele, escrivaninha que achei que ele havia jogado fora, peguei o telefone, quem estava chamando era um contato com o nome A. nele, eu peguei e atendi.

Ficou um silêncio, esperei a pessoa do outro lado da linha responder, mas aparentemente ela tambem, então decidi quebrar o gelo.

—Alou? alguém aí ainda?

ainda em silêncio, eu vejo se a ligação ainda estava ocorrendo e de fato estava.

—Deve ter ligado sem querer, preciso ir — falo e quando vou pressionar o botão pra desligar ouço algo. — o que? disse algo?

— É você não é docinho? — diz a voz do outro lado do telefone.

Fiquei incrédula, primeiro a secretária, depois a prima e agora, um homem, não é possível.

— Sério, essa é a gota d'água, não bata esse filho da mãe me trair com a secretária e com a prima dele, agora com um homem também? — falei em tom de raiva, mas não gritei, na verdade, era para eu ter pensado isso e não ter falado em voz alta.

— Como é que é docinho? — a voz do outro lado parecia uma pessoa ofendida mas que se segurava para não dizer coisa pior. — só falei isso porque reconheci sua voz, não era você na boate na noite anterior?

Meu coração parou, eu havia esquecido.

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