Consegui com muito esforço depois de anos trabalhando no pesado, conquistar minha casa própria, um carro bom e um marido amoroso.
Conheci Caio ainda no ensino médio, ele me pareceu um bom rapaz, me prometeu vida de princesa, que eu era única e que sempre estaria comigo. Acreditei nessas doces palavras. Quando acabou o ensino médio, eu passei em uma faculdade pública, mas ele não conseguiu, e teria que pagar por uma. Então ele deu a ideia de eu começar a trabalhar para pagar a faculdade dele e depois que ele se formasse, eu começasse a minha, como eu já tinha passado uma vez, seria fácil passar de novo e se eu não passasse me prometeu que pagaria pela minha. Mais uma vez, preferi acreditar nele, e trabalhei, trabalhei muito, estava exausta, tinha que trabalhar no meio de semana, fazer as tarefas de casa, cozinhar, e trabalhar aos fins de semana, pois ele quis fazer Direito e custava muito caro a faculdade. Ele não podia me ajudar em nada, já que estava estudando muito, embora, quando eu chegasse exausta em casa e pedia para ele esquentar a comida que eu deixa meio preparada, ele ficava bravo comigo, pois ele também estava cansado, isso dizendo ele deitado de um sofá rindo alto de alguma série que estava passando na tv. Mesmo assim, não desisti, já que ele havia me prometido que tudo mudaria quando ele se formasse, que era só aguentar mais um pouco. Quando ele conseguiu um estágio, achei que poderia sair dos serviços de fim de semana, como ele estaria recebendo, achei que ele ajudaria nas contas. Como estava enganada, ele ficou furioso, quando disse que havia pedido demissão do emprego dos fins de semana, e que eu precisaria de um pouco da ajuda dele. Soube que ele estava recebendo mil reais, eu só queria que ele pagasse a internet, 150 reais. Pela primeira vez, ele havia levantado a mão pra mim. Não chegou a bater, mais bem, ele socou a parede e quebrou muitas coisas, disse que eu não posso sair sem avisar de um serviço, e vir pedir dinheiro para ele de repente. "E se eu já tivesse planos com o dinheiro? como faria? tudo tem que ser avisado com antecedência" aos gritos dizia isso pra mim. embora eu só conseguia pensar... que planos? eu quempago tudo, eu que banco tudo, eu que estou me matando de trabalhar, enquanto ele estuda assistindo série na tv... estava cansada já. Quando disse que queria me separar e que eu não aguentava mais, ele se ajoelhou e pediu desculpas, que ele estava cansado também e que estressado por causa das provas complicadas da faculdade. Me neguei ao princípio e havia dito para ele ir embora até o fim de semana. No dia seguinte ele havia mudado, estava mais carinhoso, parecia que de fato estudava, estava mais presente, fazia a janta e lavava a louça, comprou flores e chocolates com meu cartão, dizendo que devolveria o dinheiro. Me pediu em casamento. Tola, aceitei. Aceitei ele de novo, pois pensava que isso foi só uma daquelas fases ruins que todo casal tem para fortalecer o namoro. Casamos no cartório, sem festas e sem parentes, só nois dois e 2 testemunhas, uma estudante da faculdade dele pra se passar de minha amiga, e a prima dele. Não demorou muito para voltar a rotina que estava antes. Tive que aguentar por 8 anos, pois ele reprovou nas matérias e ficou retido no ano, quatro anos antes de casar e mais quatro depois de casar. Mas ele se formou, não me chamou para a formatura dele, pois disse que eu estaria cansada e chamou a prima dele no lugar, eu teria arranjado tempo, afinal, meu marido depois de tanto tempo, havia se formado, estava orgulhosa dele, e aliviada, já que não teria que trabalhar tanto. porém ele havia dito que o salário era quase a mesma coisa de um estagiário depois de formado, e que eu teria que continuar mais um pouco sustentando a casa e ele. Os trabalhos eram pesados, estava cansada, pesquisei por mim mesma alguns trabalhos mais fáceis, e descobrir sobre escrever para ganhar dinheiro, ser escritora, então no pouco tempo livre que tinha resolvi começar a escrever. Mandei um email contendo o rascunho do que escrevi para a editora, e não muito tempo depois, aceitaram meu manuscrito. Depois de publicar online, e a resposta ao meu livro ser bem sucedida, pediram por mais, e ofereceram um contrato, o valor estava bom, pagava bem mais do que os 3 empregos que tinha. Eu só precisava bater metas e escrever livros com qualidade. Disse ao meu marido sobre a escrita, ele falou um monte sobre o trabalho ser enganoso e não der dinheiro, mas havia mostrado que tinha recebido dinheiro. Então ele disse que era pra eu fazer o que quisesse desde que eu conseguisse manter a casa. Resolvi tentar ser escritora. Fechei contrato. Tive meu próprio editor. E meus livros faziam sucesso. Escrevia sobre romance. Ironia? Eu sei, os romances eram sobre o que eu queria e não pude ter, o amor que queria que tivesse acontecido mas não aconteceu. Comecei a lançar cada vez mais livro e ganhar cada vez mais, entrei para os top 10 de escritores da editora no requisito qualidade e popularidade, embora eu fosse escritora anônima com pseudonome, gostavam do que escrevia. Ganhei dinheiro, mais que meu marido que havia sido promovido 2 vezes, ele não parecia contente com isso, acho que ele aproveitou isso e me deixou pagando tudo da casa ainda por conta disso. Com o dinheiro, comprei uma casa, coloquei em meu nome, ele não ficou muito contente com isso, queria que a casa estivesse no nome dele, mas consegui deixar no meu. Conquistei meu primeiro carro, embora meu marido tivesse pegado ele pra trabalhar, não liguei muito, já que trabalhava de casa. A única coisa que não entendia, era o que meu marido fazia com o dinheiro dele, após ser promovido duas vezes, pois o que ele gastava comigo era extremamente pouco. Até que um dia, na rua, eu descobri.Ele ganhava bem, mas eu não sabia com o que ele gastava, e ele ficava bravo quando eu perguntava sobre. Em um dia, que precisei sair de casa, para ir até a editora, pois estavam com planos para adaptar um de meu livros, precisam da opinião da autora. Esse dia não avisei ao meu marido que iria sair de casa, somente sai, até porque eu havia esquecido completamente da reunião que havia sido marcada a meses, e lembrei em cima da hora, peguei um Uber até a editora, todos eram bem simpáticos, finalizamos a reunião. Como havia passado muito tempo desde a última vez que tinha saído, resolvi andar um pouco, lá perto estava a empresa em que meu marido trabalhava. Resolvi passar por lá para comprimentar ele, mas não o encontrei, pelo contrário, soube de algo devastador. Ao chegar, e procurar por ele, a recepcionista respondeu educamente que ele havia saído para almoça com a namorada dele. ... Namorada? do que essa recepcionista está falando? penso comigo mesma enquanto me afundo
O tempo parecia como se tivesse parado, o homem que puxei até mim fazendo com que nossos lábios se encontrasse não parecia ter achado ruim o que eu fiz. Como nosso lábios estavam se encontrando de boca fechada, então era somente um selinho. Mas então em fração de segundo, o homem havia colocado a mão na minha nuca, e com nosso lábios ainda se tocando ele sussurrou. — você tem que abrir a boca — sussurrou me encarando. — o que ? — já estava tonta, apesar da bebida fraca, como não havia comido nada o dia todo, pareceu que subiu naquela hora, já que me sentia quente. — você tem que abrir a boca pra minha língua entrar — sussurrou de uma forma em que parecia que fosse me devorar em qualquer momento. Era hipnotizante e quando estava por abrir minha boca, ouvi a risada alta de meu marido e recobrei o sentido. Olhei para a direção que meu marido estava antes e ele estava se aproximando da direção onde estava, soltei a gravata do homem na qual estava segurando. — Desculpe, foi u
Meu coração parou e veio o flashback do que tinha acontecido " — você tem que abrir a boca — o que ? — você tem que abrir a boca pra minha língua entrar. " a lembrança foi tão impactante que acabei deixando o celular cair. No desespero, me abaixo para pegar o celular e na hora de levantar, bato com a cabeça na gaveta que havia deixado aberta. —AHHGR Ainda no chão agachada com uma das mãos na cabeça e a outra segurando o celular, ao olhar para a gavetana qual havia batido, vejo uns papéis grudado. ouço uns murmuros do outro lado do telefone, mas não entendi o que o tal A. estava dizendo, desliguei o telefone e o botei no chão. olhando para os papéis, no qual estavam colados, peguei eles e comecei a ler, palavra por palavra, folha por folha. Era um documento em que eu transferia meus bens tudo para o Caio, qualquer bem que adquirisse durante nosso relacionamento era dele. E pra piorar, eu achei o suposto documento em que eu assinei ao me casar, o que a certidão
— Um filho... HAHAHAHAAHAHAHAHAH — Comecei a rir histericamente — já sei, isso é uma pegadinha né, só pode, ontem e hoje foram os dias de me pregar uma peça, é isso né, onde descobri que ele me traía com a secretária dele que inclusive é conhecida como a namorada dele no trabalho, descobri que me trai com a prima dele também em uma boate, hoje descubro que a casa, carro que conquistei não são meus, ele me deu golpe, descubro que não estou casada e agora descubro que ele tem um filho de uns 5 anos, parece fazer sentido pra você? — Bom, se você coloca dessa forma, me parece um absurdo mesmo — diz ele concordando a cabeça junto comigo. — Tá zombando de mim? — Não, mas o que me interessa mesmo é dinheiro docinho, você que vai pagar? — Só pode estar brincando, ele que vai pagar. — Ah, tudo bem — o rosto dele que estava suave estampando um sorriso cínico, se fechou — Liga para ele. Ele agora parecia assustador, aquele momento a frase um lobo em pele de cordeiro nunca fez tanto sen