O som do motor do carro cruzando os portões da fazenda fez o coração de Eveline acelerar.

Ela estava no jardim, ajoelhada junto às roseiras, as mãos sujas de terra, os cabelos presos num coque frouxo, usando um vestido leve que moldava sua silhueta como uma segunda pele.

O carro preto estacionou em frente à casa. Marcus desceu com o olhar tenso, a expressão carregada pelo cansaço da viagem. Vestia uma camisa azul escura dobrada nos cotovelos, os primeiros botões abertos. O rosto estava mais fechado que de costume.

Mas seus olhos... seus olhos a procuraram imediatamente.

Eveline se levantou devagar. Os olhos de Marcus cravaram-se nela como ferro em brasa. Os minutos pareceram se arrastar enquanto ele caminhava em sua direção. Mas ao chegar perto, sua expressão permaneceu rígida.

— Como passaram os dias?

— Em silêncio — ela respondeu, secando as mãos na barra do vestido. — Como sempre.

Ele não disse nada. Apenas entrou.

O jantar foi quase mudo. Maria, que percebeu a tensão no ar, foi discreta ao sair mais cedo. Marcus não tirava os olhos de Eveline. O jeito como o vestido leve delineava os seios, a cintura fina, as coxas torneadas... Ele lutava contra o impulso de puxá-la ali mesmo, sobre a mesa.

— Vejo que tem aproveitado o jardim — comentou, tentando soar desinteressado.

— Melhor que passar os dias esperando por um marido que não se importa — respondeu ela, provocando.

Os olhos verdes de Marcus brilharam com um toque de raiva e desejo. Ele largou os talheres e levantou-se.

— Venha comigo.

— Agora? — Eveline mal teve tempo de reagir quando ele a puxou pela mão, guiando-a até o escritório.

Assim que a porta se fechou, Marcus virou-se e a encarou. Estava furioso. Estava faminto.

— Você sentiu minha falta? — sua voz era grave, abafada pela tensão no peito.

— Isso importa pra você?

Ele avançou. Segurou-a pela cintura, encostando-a contra a estante de livros. A madeira gelada tocou suas costas, ela soltou um leve gemido, enquanto a boca dele descia quente pelo seu pescoço.

— Importa. Maldita seja... eu passei noites pensando em você — sussurrou entre beijos e mordidas. — Em cada curva desse seu delicioso corpo, em cada gemido, em como você fica molhada quando eu te toco…

Eveline arfou, o corpo inteiro em chamas.

— Eu... eu também pensei em você — confessou, a voz falhando.

Marcus rasgou os botões do vestido, puxando a peça para baixo, revelando os seios fartos e nus. Ele se ajoelhou diante dela, arrancando sua calcinha com os dentes, e a boca dele foi onde ela mais precisava, como voce molhadinha minha safada, eu quero te chupar ate voce gozar em minha boca.

— Marcus... ah... — ela gemeu alto, agarrando os cabelos dele, sentindo ondas de prazer subirem como marés violentas.

Quando a levantou nos braços, levou-a até o sofá do escritório, deitando-a com cuidado antes de penetrá-la com uma força que só vinha de quem passou dias com desejo acumulado.

Ali, sobre os livros, com os olhos cravados nos dela, ele a tomou como se quisesse tatuá-la em sua alma.

— Você é minha. Não quero outro homem olhando pra você. Nem te tocando. Nunca. Entendeu? — rosnou contra seus lábios.

Eveline, mesmo submissa ao prazer, sentiu o coração se apertar.

Era desejo. Era obsessão. Mas ainda não era amor.

Depois do clímax, ele a segurou por alguns minutos em silêncio. Mas como sempre... quando tudo passou, Marcus levantou, vestiu-se em silêncio e disse:

— Boa noite.

E saiu, deixando-a ali, nua, satisfeita… e devastada.

Nos dias seguintes, Marcus manteve o mesmo padrão: distante durante o dia, intenso e possessivo à noite. Mas Maria, com seu olhar atento, percebeu.

— Esse homem tá mais mexido que café requentado, menina — disse certa manhã, com um sorriso maroto. — Pode não dizer com a boca… mas o corpo dele grita por você.

Eveline sorriu de leve. Mas no fundo, ela sabia: estava se apaixonando por um homem que ainda não sabia como amar.