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Capítulo 3 - A primeira Noite

O jantar foi silencioso.

Eveline sentou-se à mesa longa, comendo sob o olhar atento de Maria e os poucos funcionários que transitavam discretamente pela casa. Marcus não apareceu para comer com ela. A mesa, embora farta, parecia um palco vazio. Nada ali era acolhedor, e cada mordida parecia feita por obrigação.

Depois do jantar, Maria levou-a de volta ao quarto. As malas já estavam no lugar, as roupas cuidadosamente organizadas no armário. A noite estava quente, e uma brisa morna entrava pela janela, balançando levemente as cortinas.

Eveline trocou-se por uma camisola leve de seda vermelha, que Claudia fizera questão de colocar no fundo da mala. O tecido macio grudava em seu corpo como uma segunda pele, destacando sua silhueta. Ela hesitou em se olhar no espelho, mas o fez. Pela primeira vez, se viu com os olhos de um homem. Um homem como Marcus.

Será que ele me deseja? Ou só me escolheu pelo ventre?

Bateu à porta. Um toque firme. Ela se sobressaltou.

Maria entrou.

— O senhor Marcus está esperando por você no quarto dele. — A mulher falou com gentileza, mas havia algo em seu olhar... compaixão.

Eveline assentiu devagar. O coração disparava. As mãos tremiam.

Seguiu os passos de Maria por um corredor escuro até a porta de madeira dupla, onde parou. Respirou fundo.

— Vá no seu tempo, menina. E lembre-se: ele pode parecer pedra por fora... mas até a rocha sente calor quando tocada com verdade.

A porta se fechou atrás dela.

O quarto de Marcus era vasto, decorado com móveis pesados, livros antigos e um cheiro amadeirado intenso. Ele estava ali, de pé ao lado da lareira, camisa semiaberta, a meia-máscara ainda em seu rosto.

Quando a viu, parou por um instante. A visão de Eveline ali, com a camisola delineando seu corpo, as curvas suaves, os seios firmes, a cintura delicada... fez seu sangue ferver. Ele tentou manter a postura, mas seu olhar traiu o desejo.

— Você veio.

— Foi o que você pediu — respondeu, sem conseguir esconder o tremor na voz.

— Sim. Pedi. Mas... não esperava que viesse assim.

Ela baixou os olhos. Marcus caminhou até ela devagar, sentindo o ar pesar entre eles. Quando parou a poucos centímetros, ergueu sua mão e — por instinto — ela recuou.

— Não tenha medo de mim — disse ele, baixo. — Eu só não sei... ser gentil. Não mais.

Eveline ergueu os olhos e seus olhares se encontraram. Havia dor ali, sim. Mas também um homem. Um homem carente, faminto de contato, mas cheio de barreiras.

— Posso... posso te tocar? — ela sussurrou.

Ele hesitou, mas assentiu lentamente.

As mãos delicadas de Eveline tocaram o peito de Marcus, sentindo os músculos sob a pele. Ele suspirou, fechando os olhos por um instante. Quando os abriu, era outro homem.

Aproximou-se. As mãos grandes deslizaram pela cintura dela, puxando-a para mais perto. Sua boca encontrou a dela num beijo intenso, urgente, cheio de uma paixão contida que agora explodia.

Eveline sentiu o mundo girar. O medo se misturava ao desejo e se dissolvia a cada toque, a cada beijo, a cada suspiro que escapava de seus lábios. Marcus a ergueu nos braços e a deitou sobre a cama, cobrindo seu corpo com o dele.

— Você é linda demais... — murmurou, enquanto beijava sua pele, seu pescoço, seus ombros.

As mãos dele descobriram os seios dela com carinho, com uma adoração inesperada. Brincava com eles, os acariciava, mordiscava com desejo e reverência. Eveline arqueava o corpo, rendida, os gemidos baixos escapando sem controle.

Ele a despiu devagar, com cuidado, como se não quisesse assustá-la, e ao mesmo tempo não pudesse mais esperar. Tocou suas partes íntimas com dedos habilidosos, levando-a à beira da loucura. Eveline nunca imaginou que pudesse sentir tanto prazer. Era tudo novo. Intenso. Ardente.

Quando ele finalmente se uniu a ela, o momento foi lento, profundo. O corpo dela o acolheu como se o esperasse há uma vida inteira. Ela gemeu, sentiu dor — mas também prazer. Marcus beijou sua testa, acariciou seus cabelos, e foi gentil. Muito mais do que ela imaginava que ele poderia ser.

— Eu não sabia que seria assim... — ela sussurrou, com os olhos marejados.

— Nem eu... — respondeu ele, enterrando o rosto em seu pescoço.

A noite se arrastou em gemidos, toques, sussurros. Eles fizeram amor como dois desconhecidos famintos que descobriram um abrigo um no outro. E ali, entre lençóis e cicatrizes, nasceu algo mais forte que desejo.

Uma fagulha. Um começo.

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