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Capitulo 4 - O dia seguinte

O corpo de Eveline ainda tremia. A primeira vez deixara marcas que ela jamais esqueceria. Marcus, mesmo com seu jeito contido e palavras frias, havia sido intenso, dominador... e surpreendentemente carinhoso durante o ato. Mas, assim que seus corpos se separaram, a distância entre eles voltou a se instalar.

Ela observava de lado, deitada nua entre os lençóis, o homem que agora se levantava da cama, recolocava a camisa e virava de costas.

— Você pode ficar aqui. Amanhã, Maria irá te mostrar o resto da casa. — A voz dele voltou ao tom seco, formal. Quase impessoal.

Eveline sentou-se lentamente, os cabelos caindo sobre os ombros nus, os seios ainda sensíveis. A frieza dele depois de tanta entrega era como um tapa.

— É só isso? — a pergunta escapou de seus lábios sem que ela planejasse.

Marcus virou-se devagar, os olhos verdes a examinando como se ponderasse cada palavra.

— O que você esperava?

Ela baixou os olhos, engolindo o gosto amargo do silêncio que se seguiu. Ele não disse mais nada. Apenas saiu do quarto, deixando-a sozinha.

Mas naquela madrugada, a porta voltou a se abrir.

Marcus entrou sem dizer uma palavra, o olhar escuro, faminto, quase feroz. Eveline ainda estava acordada, deitada, com a camisola novamente no corpo. Quando o viu se aproximar, sentiu o calor subir de novo por suas coxas.

— Não consegui dormir — ele murmurou, já puxando a fina alça da camisola de seu ombro.

Sem pedir permissão, Marcus tomou sua boca num beijo faminto, puxando-a para perto com força. A camisola foi tirada num gesto só, como se o corpo dela fosse seu refúgio e também sua tortura.

— Você é um vício — ele murmurou contra a pele dela, descendo pelos seus seios com a boca quente. — Maldita seja por me fazer te querer tanto…

Eveline arfou, os dedos cravando nos ombros largos dele. Marcus lambeu, mordeu levemente, chupou os mamilos com intensidade, fazendo-a se contorcer de prazer. Sua mão escorregou entre suas coxas, acariciando-a com firmeza e precisão. O corpo dela o recebia com uma urgência quase dolorosa.

— Olhe pra mim — ele ordenou, enquanto a penetrava de uma vez.

Ela gemeu alto, os olhos se encontrando com os dele — havia um fogo ali, bruto, perigoso... mas também um homem quebrado, tentando não sentir.

A noite seguiu com selvageria e doçura. Marcus a tomou de várias formas, no centro da cama, encostada à parede, por trás enquanto ela se apoiava na penteadeira, sentindo o espelho tremer com o impacto. A cada vez que a tomava, murmurava coisas que ela não compreendia direito:

— Maldita... perfeita... minha…

Eveline se via entregue, nua não apenas no corpo, mas na alma. Mesmo que ele tentasse resistir ao sentimento, o corpo dele contava outra história. Na cama, ele era o oposto do homem frio que mostrava ao mundo.

Quando, finalmente, ela adormeceu em seus braços, o queixo dele repousou brevemente no alto da cabeça dela. Apenas por um instante, Marcus fechou os olhos... e quase se permitiu sentir.

Mas ao amanhecer, quando Eveline despertou sozinha no quarto, entendeu: o homem que a amava em silêncio na escuridão... era o mesmo que lhe daria as costas à luz do dia.

Eveline, desceu tomou cafe da manha sozinha, Marcus ja tinha saido cedo, como todos os dias, ela passou o dia na bibilioteca da fazenda lendo e cuidando das flores do jardim.

Quando Marcus voltou, chegou de surpresa, ao anoitecer.

Eveline estava lendo na varanda, usando um vestido leve, solto, que dançava com o vento e marcava a curva deliciosa de sua cintura e quadris. O cabelo preso de qualquer jeito, o rosto limpo… linda. Natural. Perigosa.

— Está livre esta noite? — ele perguntou, a voz mais baixa do que o normal.

Ela ergueu os olhos do livro, surpresa.

— Por quê?

— Quero te mostrar algo. Vista algo bonito. Algo... que te faça se sentir especial.

Ela não entendeu. Mas obedeceu.

Quando ela entrou no quarto, horas depois, encontrou-o à luz de velas. A banheira antiga da suíte principal estava cheia, a água com espumas perfumadas, pétalas de rosas vermelhas e duas taças de vinho ao lado. No canto, um balde de prata com gelo.

Marcus estava encostado à janela, de costas, apenas com calças pretas de linho, a camisa desabotoada. Quando se virou, os olhos o denunciaram: ele não estava ali apenas pelo prazer.

— Entre comigo — disse, estendendo a mão.

Ela tirou o vestido sem cerimônias. O corpo nu, oferecido, sem vergonha. Marcus a observou como se visse uma deusa diante de si. Entraram juntos na banheira.

A água quente envolvia seus corpos. Ele pegou um cubo de gelo e passou lentamente pelos ombros dela, escorrendo pela curva dos seios, fazendo-a arfar.

— Está fria... — ela murmurou, estremecendo.

— Mas eu posso te aquecer.

Ele levou a boca até os mamilos dela, agora duros e sensíveis, e deslizou o gelo entre os lábios antes de sugá-los. Eveline jogou a cabeça para trás, gemendo, agarrando os cabelos dele.

— Marcus…

— Shhh... — ele silenciou, enquanto sua mão afundava entre as coxas dela sob a água quente.

O resto da noite foi pura perdição. Fizeram amor na banheira, no tapete felpudo do quarto, na frente do espelho e por fim, na cama, com os corpos ainda úmidos e os lençóis grudando na pele.

Marcus não disse “eu te amo”. Mas seus gestos… gritavam.

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