Divorciada e Deslumbrante
Divorciada e Deslumbrante
Por: Clara Menezes
Capítulo 1
Depois de uma intensa noite de amor, Camila Santos estava suando muito. Ao contrário de antes, Lucas Costa não foi tomar banho. Ele a abraçou por trás, apertando-a com força, como se quisesse fundi-la ao seu corpo.

Camila quase se derreteu em seus braços. Sentia-se surpresa, nervosa, excitada e um pouco triste.

Três anos de casamento, e essa foi a primeira vez que ele a abraçou assim. Ela teve a sensação de estar sendo profundamente amada.

Seu coração batia forte. Lentamente, ela se virou e o abraçou com força, um sorriso doce e radiante no rosto, como se estivesse abraçando o mundo inteiro.

Eles ficaram assim por muito tempo.

Lucas a soltou e sentou-se. Tirou um cigarro, acendeu e deu uma longa tragada.

A fumaça envolveu seu rosto lindo, obscurecendo suas expressões e pensamentos. Ele estava tão absorto que não percebeu quando o cigarro quase queimou seus dedos.

Camila tossiu suavemente:

— Você não tinha parado de fumar?

Lucas apagou o cigarro, seus olhos profundos fixos nos dela. Após um momento de silêncio, ele disse:

— Camila, vamos nos divorciar.

Como um choque!

Camila congelou, seu coração ardente gelou instantaneamente.

Com o rosto pálido, ela olhou para ele, a voz tremendo ligeiramente:

— Fiz algo ruim?

— Não.

— Então, por que quer se separar?

— Desculpe. Chloe já voltou.

Chloe Miranda, ex-namorada de Lucas.

O coração de Camila foi dilacerado. Três anos inteiros de convivência diária, de apoio mútuo, e ela não podia competir com o retorno daquela mulher!

Lucas não a amava. Esse era seu maior erro!

Com uma sensação de perda, fracasso e tristeza inundando-a, Camila mordeu os lábios, o corpo tenso.

Ela se esforçou para se vestir, e se preparou para se levantar.

Lucas segurou seu ombro e perguntou gentilmente:

— Para onde vai?

Camila segurou as lágrimas e respondeu:

— Vou fazer o café da manhã.

— Já fez tudo antes, hoje deixe-me fazer. Descanse um pouco mais.

A voz de Lucas era calma e gentil.

Camila concorda, deitou-se e cobriu os olhos úmidos com o lençol.

As lágrimas caíam como um rio interminável, sem parar.

Ela nunca soube que amar alguém poderia doer tanto, a ponto de ele ser um pedaço de carne arrancado de seu coração.

A dor a fez tremer, apoiada na parede, chorando convulsivamente.

Ela perdeu a noção do tempo até que Lucas a chamou para o café da manhã lá embaixo.

Camila respondeu e usou água fria para lavar os olhos várias vezes.

Mas, por mais que lavasse, seus olhos permaneciam vermelhos e inchados, ainda cheios de lágrimas.

Descendo as escadas, Camila encontrou Lucas esperando por ela no restaurante.

Ele vestia um terno sob medida, elegante e sofisticado, com calças escuras que destacavam suas longas pernas. Sua presença exalava uma aura refinada e nobre, e ele simplesmente brilhava apenas por estar lá.

Camila sentou-se silenciosamente à mesa. Lucas inclinou-se ligeiramente, olhando para seus olhos avermelhados com uma expressão especialmente suave.

— Já chorou?

Camila levantou o rosto e forçou um sorriso.

— Quando lavei meu rosto, acidentalmente coloquei limpador facial em meus olhos. Vai ficar pronto logo.

— Se cuida da próxima vez. Vamos comer. — Lucas sentou-se ao lado dela, pegando o garfo para a Camila.

Camila pegou o garfo e abaixou os olhos, observando os dedos bonitos dele.

O café da manhã suntuoso exalava um aroma delicioso, mas nenhum tocou na comida.

Nunca uma refeição foi tão triste.

Meia hora depois, a comida continuava intocada.

Camila colocou o garfo de lado, apoiou-se na borda da mesa e levantou-se, dizendo suavemente:

— Vou arrumar minhas malas.

Lucas apertou o garfo e disse:

— Não precisa ter pressa.

Camila sorriu amargamente. “É tudo assim, não preciso ir embora logo, tenho que esperar para ser levada embora?”

Ela subiu as escadas e começou a arrumar as malas. Após arrumar as malas por um tempo, ela desceu com a mala.

Lucas se aproximou e estendeu a mão para pegar a mala.

— Deixa que eu pego.

— Não precisa. — Camilla pegou sua mala e saiu.

Ao atravessar o jardim, olhando para as plantas e árvores familiares, ela não conseguiu evitar o sentimento de tristeza. “Somos todos humanos, é natural ter sentimentos.”

Três anos se passaram. O chamado amor que cresce com o tempo, no fim, foi só dela.

Ela o amava tanto, com toda a sua alma, tanto com paixão quanto com afeição. Qual é o significado?

É hora de deixar ir.

Dois caminharam até a porta, um carro já esperava do lado de fora.

Lucas entregou um cheque:

— Obrigado por me acompanhar nos últimos três anos.

Camila ficou de pé teimosamente, sem saber se deveria aceitar.

Lucas empurrou o cheque para dentro da mala dela e disse:

— Pegue, vai precisar de dinheiro no futuro.

— Sim. — Camila respondeu e levantou a cabeça, olhando avidamente para seus lábios bonitos, nariz alto e olhos expressivos.

Lembrando-se na cama, ele cobriu seus olhos com os olhos, e desde então o céu estava cheio de estrelas, ela sentiu dor no coração, não podia falar.

Ela pensou, nesta vida, um dia ela seria capaz de parar finalmente de amá-lo.

Três anos? Dez anos?

Talvez uma vida inteira.

Parece fácil se apaixonar por alguém, mas é difícil, muito difícil, esquecê-lo.

Lucas olhou para ela por um momento, de repente a puxou para seus braços, seu rosto estava calmo, mas seus olhos estavam cheios de emoção.

— No futuro, vai enfrentar dificuldades sozinha, me ligue se precisar.

Lágrimas surgiram, foram engolidas, Camila disse:

— Sim.

— Nos primeiros dois anos, minha saúde não estava boa, meu temperamento era terrível, você sofreu muito.

— Não faz mal.

— Cuide-se bem.

— Você também. — Camila levantou lentamente a mão, abraçou-o como se fosse uma despedida de vida ou morte.

De repente, ela o soltou.

Ela o empurrou, secou rapidamente o rosto, pegou a mala e virou-se para sair.

Ela estava saindo quando ouviu Lucas perguntar:

— Quem é Pedro Silva?

O coração deu um leve tremor. Camila abaixou lentamente o pé que levantou.

Memórias antigas desabaram como uma avalanche.

Ela estava tão triste que mal conseguia falar.

Ouvindo Lucas dizer novamente:

— Ele é muito importante para você, né? Desculpe por tomar três anos de sua vida, desejo-lhe felicidade.
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