Sem aviso, Chloe levou vários tapas, ficando atordoada.O rosto ardia, os ouvidos zumbiam, e ela via estrelas.Nunca na vida alguém tinha ousado encostar um dedo nela.Com fúria, ela começou a arranhar o braço da outra pessoa.As duas começaram a brigar.O motorista de Chloe, que estava escondido num canto, correu para separá-las.Só então Chloe percebeu que quem a agredira era a irmã mais nova de Lucas, Elisa Costa, e ficou boquiaberta.Camila também ficou surpresa ao ver Elisa.Com medo de que ela fosse ferida, Camila correu para protegê-la, colocando-a atrás de si.Ao ver os arranhões no braço de Elisa, Camila sentiu uma dor no coração. Pegou um curativo da bolsa e, com cuidado, colocou-o no braço dela, perguntando suavemente:— Doeu?Elisa respirou fundo de dor, mas disse:— Não se preocupe, cunhada. Ela não arranhou seu rosto, né?Camila balançou a cabeça e disse:— Não.Elisa olhou para Chloe com raiva e depois disse a Camila:— Com gente assim, não precisa ser educada. Dá logo u
Lucas chegou à empresa e ficou ocupado até o anoitecer. Ele ajustou a gravata e olhou friamente para o assistente:— Conseguiu o que pedi para investigar?O assistente respondeu:—— Sr. Lucas, investigamos o Sr. Daniel Ribeiro, mas ele não tem nenhum apelido conhecido. É chamado simplesmente de Daniel ou às vezes de Dani pela família.Lucas pareceu menos surpreso do que esperava.A presença de Pedro na vida secreta de Camila estava guardada no fundo, de seu coração. Ela não se envolveria com ele facilmente enquanto não se divorciasse. Ela era jovem, mas sempre agia com cautela.Lucas empurrou sua cadeira, levantou-se, abotoou seu terno e disse:— Vou trocar com outra pessoa o jantar com o Sr. Hugo esta noite. Tenho outros assuntos.— Entendido, senhor. — Respondeu o assistente, começando a organizar os documentos na mesa.Lucas saiu da empresa de Costa e dirigiu até a rua das antiguidades.Com o sol se pondo, o céu escurece. Ele ligou para Camila:— Estou do lado de fora do seu escritó
Pensando que Lucas estava em apuros, Camila pegou seu casaco e saiu apressada, sem dar explicações.Daniel, que estava na mesma mesa, notou sua expressão preocupada, pegou suas chaves e foi atrás dela para preguntar:— O que aconteceu?Camila forçou um sorriso:— Vou até o Bar Sereno. Vocês continuem a jantar.Daniel balançou as chaves e disse:— Eu te levo.Com o coração apertado, Camila aceitou a oferta.Vinte minutos depois, o carro parou em frente ao Bar Sereno. Camila saiu do carro e entrou apressada no hotel, o vento levantando a barra de seu casaco e revelando suas pernas delicadas.Ela subiu rapidamente até o terceiro andar.Ao abrir a porta, viu Chloe oferecendo uma colher de sopa a Lucas. Os dois estavam próximos, Chloe com bochechas coradas e um olhar apaixonado, alimentando Lucas com uma ternura evidente.Camila parou. Seus dedos apertavam a maçaneta com tanta força que os ossos ficavam brancos. A dor em seu peito era como uma facada, profunda e sangrenta.Ela olhou para Lu
Camila levanta o rosto e olha com calma para Lucas.— Sim, primo. — Seus olhos brilhavam com uma teimosia silenciosa.Uma pessoa que está acostumada a ser gentil, até mesmo quando se rebela, é silenciosa.Lucas, que pretendia repreendê-la, de repente não conseguiu. Ele sorriu levemente e disse:— Tá bom, primo então.Ele a puxou para perto.Camila não esperava e caiu em seus braços, sentindo o cheiro familiar de seu perfume misturado com álcool e cigarro, além de um aroma doce e estranho, o cheiro de Chloe.Ela se afastou, tentando sair dos braços dele.Lucas a segurou com firmeza, com um tom educado, mas distante, falou para Daniel:— Obrigado por trazê-la.Daniel respondeu:— De nada.Mas seus olhos estavam fixos no braço de Lucas sobre os ombros de Camila, sentindo que havia algo estranho entre eles.Lucas lançou um olhar frio para Daniel e puxou Camila até o elevador.Enquanto esperavam, Lucas olhou para os números mudando e perguntou distraído:— Ele está interessado em você?— Nã
Camila se agachou para pegar os cacos e disse para Lucas:— Não foi nada, só derrubei um vaso. — Deixa que eu faço isso, você pode se cortar. — Lucas entrou rápido no banheiro, puxando-a para o lado. Colocou o celular na pia e começou a pegar os cacos.Esqueceu completamente do telefone.Camila trouxe um balde de lixo e avisou:— Cuidado para não se cortar.— Minha pele é dura, não corta. — Lucas pegou os pedaços maiores e jogou no balde.Camila se agachou ao lado dele para ajudar:— Que bobagem, ninguém tem pele dura assim.Lucas a impediu:— Naqueles anos, eu tinha um temperamento terrível, quebrava tudo. Você sempre me ajudava a limpar. Deve ter sido muito difícil para você.Lembrando daqueles tempos difíceis, Camila quase chorou.Ela abaixou a cabeça e disse suavemente:— Não foi difícil, de verdade.Lucas olhou para os longos cílios dela por um momento e disse:— Você é boa demais para ser real.Lembrando-se do que Bruno Ferreira disse, Camila perguntou baixinho:— Você acha que
Camila ficou olhando para o teto, como se não tivesse ouvido nada. Lucas suspirou, deu uma tapinha suave no ombro dela e saiu.Fora do quarto, ele instruiu o segurança na porta:— Cuide bem da Camila. Qualquer coisa, me ligue imediatamente.O segurança respondeu imediatamente.Já no carro, o assistente de Lucas começou a relatar:— Verificamos todas as câmeras da área e, com a ajuda de algumas pessoas, conseguimos encontrar a responsável, Helena Fernandes. Quando a encontraram, ela estava em um táxi, tentando fugir.Lucas perguntou friamente:— Quem é essa pessoa?O assistente respondeu:— Helena é irmã de Ricardo Fernandes. Ele é o careca que sequestrou Sra. Camila para restaurar uma pintura e depois foi condenado por envolvimento com ladrões. A vigilância mostra Helena andando de motocicleta nos últimos dias, esperando uma oportunidade para se vingar da Sra. Camila.Lucas apertou os punhos até os nós dos dedos ficarem brancos.Eles chegaram ao local onde Helena estava detida.Ela tin
Já era tarde da noite e os dedos de Camila ainda doíam.Ela estava na cama, se revirando até finalmente pegar no sono. Lucas estava deitado ao lado dela, a abraçando.De repente, o celular de Lucas começou a vibrar. Temendo acordar Camila, ele colocou o aparelho no silencioso e, cuidadosamente, retirou o braço debaixo do pescoço dela para atender fora do quarto.No entanto, antes que ele pudesse sair completamente, Camila acordou.Ela abriu os olhos lentamente e perguntou sonolenta:— O que foi?Lucas apontou para o celular:— Vou atender um telefonema lá fora.— Atende aqui mesmo, lá fora está frio. — Camila sugeriu carinhosamente.Lucas assentiu e atendeu o telefone:— Carlos, aconteceu alguma coisa?Carlos Miranda, o irmão de Chloe Miranda, respondeu educadamente:— Desculpa ligar tão tarde. A mão de Chloe foi esmagada com um martelo, os quatro dedos da mão esquerda estão em fraturas múltiplas. Ela está em um estado muito ruim e chorando muito. Quer ver você. Você pode vir?Lucas fi
Ana foi atingida tão forte que quase desmaiou de dor. Instintivamente, ela segurou o nariz, atordoada.Não esperava que Camila, sempre tão gentil, fosse capaz de agir com tanta violência. Vendo o sangue em seus dedos, ela ficou furiosa e, gritando, avançou sobre Camila.A empregada correu para contê-la, mas Ana ainda tentava alcançar Camila, xingando-a com toda força.Nesse momento, os seguranças abriram a porta e separaram Ana de Camila.Lucas Costa entrou no quarto com seu assistente, o rosto fechado e sombrio. Ele olhou rapidamente para Ana e depois para Camila, certificando-se de que ela estava bem. Só então seu rosto relaxou um pouco.Ana estava segurando o nariz ensanguentado, reclamou para Lucas:— Olha só a sua querida esposa! Parece tão meiga, mas me atacou com um copo! Quase me matou!Lucas, sem mostrar emoção, respondeu:— Camila sempre foi calma e pacífica. Se ela reagiu assim, é porque você a provocou.Ele então se voltou para Camila e perguntou com suavidade:— O que ela