A voz de Gwendolyn soava triste, porém firme."Eu me casarei!Se isso salvar sua vida. Farei o que for preciso para preservar nossa família."
As palavras de Gwendolyn chocaram Guinevere. Ela não esperava que sua irmã se oferecesse em seu lugar. Isso despertou uma raiva ainda maior em Guinevere, agora que Gwendolyn se tornaria a salvadora da família. A cada dia, Guinevere a odiava mais.
O pai delas segurou a mão de Gwendolyn e disse:
"Filha, você tem um compromisso!”Essa atitude revoltou ainda mais Guinevere. Gwendolyn balançou a cabeça, tentando esconder suas lágrimas.
"Ele terminou comigo", as lágrimas escorriam pelo rosto de Gwendolyn. Seu pai olhou para ela, sem compreender nada.
"Como? Quem ele pensa que é para fazer isso? Falarei com ele!", exclamou ele indignado, jogando o guardanapo na mesa.
Gwendolyn enxugou suas lágrimas e disse:
"Não há necessidade, pai."
"Mas o que aconteceu nesta casa, na minha ausência?", falou o pai em tom sério, olhando para as duas.
"Gwen estava se agarrando com um oficial e ele viu. Que vergonha", disse Guinevere, lançando um olhar zombeteiro para a irmã. Gwendolyn preferiu manter-se calada.
“logo estarei pronto para ir.” Gwendolyn levantou-se, determinada, e dirigiu-se ao seu quarto para arrumar suas coisas. A verdade era que ela não conseguiria viver perto dele, com todo esse amor em seu peito. Fala indo em direção ao seu quarto sem seguida por seu pai.
"Explique isso, Gwen", seu pai falou, entrando no quarto e sentando-se no pequeno sofá. Gwendolyn interrompeu o que estava fazendo.
"Um oficial me beijou e ele viu, então ele me rejeitou. Mas pai, eu não tenho culpa!", explicou ela.
"Que oficial é esse? Mandarei prendê-lo. Como ousa tocar em você?", disse ele revoltado. Ele não aceitaria que a honra de sua filha fosse manchada impunemente.
"Pai, não quero mais falar disso. Além do mais, irei para o castelo", falou Gwendolyn, dando um sorriso tímido. Ela estava disposta a fazer qualquer coisa para ajudar seu pai. Agora era sua vez de retribuir o que ele fez por ela a vida toda.
"Tem certeza de que deseja fazer isso, minha filha?", perguntou seu pai.
""Sim, será melhor para mim. Talvez eu consiga esquecê-lo longe daqui", respondeu ela, voltando a arrumar suas coisas.
"Escreverei uma carta explicando tudo, entregue-a assim que chegar", disse seu pai, levantando-se e saindo do quarto. Gwendolyn concluiu a tarefa de arrumar suas coisas e encontrou-se com seu pai, que lhe entregou uma carta. Uma carruagem aguardava, e os serviçais guardaram suas bagagens. Ela se despediu dele, entrou na carruagem e partiu em direção a uma nova vida. Talvez, quem sabe, ela encontrasse a felicidade.O Castelo Corvo de Ferro erguia-se com imponência, sua arquitetura gótica e sombria destacando-se contra o céu. Cercado por uma muralha imponente, parecia ser uma fortaleza impenetrável. Gwen admirava cada detalhe, desde as torres altas e afiadas até as janelas cobertas de trepadeiras, conferindo um ar misterioso ao lugar. Enquanto ela observava, a enorme ponte de acesso começou a se mover lentamente, descendo gradualmente para permitir a passagem da carruagem. Gwen sentiu um arrepio percorrer sua espinha enquanto a carruagem atravessava a ponte, adentrando os portões maciços do castelo. Ela mal podia acreditar no rumo que sua vida havia tomado.
Gwen seguiu os passos do guia, maravilhando-se com os vitrais coloridos que retratam histórias antigas e figuras nobres. Foi levada para uma sala de espera logo após os portões de entrada, um amplo espaço iluminado por candelabros pendendo do teto alto. As paredes eram revestidas por painéis de madeira escura, conferindo um aspecto imponente e austero ao ambiente.
“A senhorita espera aqui”disse o homem colocando suas malas no chão,deixando ela sozinha, caminhou observando tudo em volta com curiosidade. Uma enorme porta se abriu e um homem alto entrou na sala.
Um homem alto entrou na sala.
"Guinevere Windsor", chamou o homem com um semblante sério.
"Gwendolyn Windsor, aqui está uma carta do meu senhor explicando tudo", falou, entregando o papel tremendo. Os olhos do homem recaíram sobre o papel por um tempo antes de olhar para ela.
"Venha, esteja pronta para conhecer o rei e o seu futuro marido", disse ele, guiando-a por um corredor que se estendia em várias direções. Ele abriu uma enorme porta, colocando-se de lado.
"Este é o seu quarto. Esteja preparada e saia somente quando for chamada. Estamos entendidos?", perguntou ele, olhando para ela.
"Sim, senhor. Aguardarei aqui", respondeu Gwendolyn, observando-o fechar a porta. Ela estava encantada com o quarto, uma verdadeira obra-prima de luxo e elegância. O teto alto, ricamente ornamentado com molduras douradas e afrescos intrincados, conferia uma sensação de nobreza. Gwen respirou fundo, confiante de que não era o que havia planejado, mas tinha certeza de que sua vida seria diferente. Se ela fosse paciente, talvez pudesse até ser feliz e, quem sabe, esquecer Galahad.
A porta abriu e uma criada entrou.
"Boa tarde, senhorita Windsor. Lhe servirei", falou a moça, mantendo-se em pé ao lado da porta.
"Pode me chamar de Gwendolyn", pediu Gwendolyn, sorrindo para a criada, que aparentava ser mais nova que sua irmã.
"Vou desfazer suas malas e preparar seu banho", disse a criada, caminhando até as malas e começando a desfazê-las. Gwendolyn estava admirada com a enorme cama no centro do quarto, ornada com cortinas de veludo ao redor. Móveis de madeira nobre se destacavam, e uma penteadeira elaborada com espelho oval e gavetas adornadas com puxadores de ouro abrigava finos frascos de perfume e joias brilhantes.
"Permita-me ajudar", falou Gwendolyn, indo até a jovem que a olhou com incredulidade, como se ela a tivesse ofendido.
"Senhorita, por favor, esse é meu trabalho", respondeu a criada. Gwen se aproximou da moça com cautela,não querendo causar nem um tipo de incômodo.
"Não quero atrapalhar seu trabalho, apenas queria ajudar e talvez pudéssemos ser amigas", disse Gwendolyn. A jovem olhou para ela como se ela tivesse dito algo estranho e voltou ao seu trabalho. Depois de arrumar as coisas no enorme guarda-roupa, a criada preparou um banho para Gwendolyn. Em seguida, ajudou-a a escolher uma roupa.
"Esteja preparada a qualquer momento, o rei pode chegar e querer vê-la", avisou a criada antes de sair, deixando Gwendolyn sozinha mais uma vez. A jovem caminhou até a janela e olhou para os imensos jardins lá fora. Suspirou, pois sua vida seria diferente ali, mas estava confiante de que tudo daria certo em sua nova jornada.
Gwendolyn dirigiu-se à cama e deitou-se um pouco para relaxar. O colchão parecia envolvê-la em sua maciez. Sua mente vagou para seu antigo relacionamento e lágrimas escorreram pelo seu rosto. Se ao menos ele tivesse a escutado, ela poderia ter lhe explicado tudo, mas ele apenas a rejeitou e partiu. Com esse pensamento, adormeceu, sonhando com as possibilidades que o futuro poderia trazer.Logo conheceria o Príncipe.
Os corredores do palácio ecoavam com os murmúrios sobre a chegada da noiva, enquanto Magnus se encontrava nos jardins em seu assento especial projetado para permitir que ele ficasse sentado ou deitado. O rei havia mandado construir uma um pequeno suporte em forma triangular com uma roda na ponta, que podia ser movida facilmente. Quando colocada no chão com os apoio na parte de trás, permitia que Magnus escolhesse entre ficar deitado ou sentado. Os sussurros com seu nome alcançaram seus ouvidos, provocando uma crescente raiva,que logo foi aplacado por seus sentidos aguçados que capturam os passos de Fenrir se aproximando. “Meu príncipe,já providenciei sua noiva?”Diz Fenrir ao sentar-se à sua frente com um sorriso. "A mais bonita do reino", acrescentou, concluindo sua fala.Magnus o observou por um momento, sem entender por que Fenrir o tratava com tanta formalidade. Ele foi o único amigo que permaneceu ao seu lado após o acidente que tirou a vida de seus pais. "Perfeito. Alistar fi
Há dois dias, Gwendolyn era mantida reclusa em seu quarto no castelo. A única pessoa com quem ela tinha contato era a criada, que a olhava de forma estranha. No entanto, Gwendolyn já havia feito algum progresso com ela, conseguindo fazê-la conversar um pouco quando estavam juntas, mesmo que fossem apenas poucas palavras. A porta se abriu e o mesmo homem que a recebeu quando ela chegou entrou, olhando-a dos pés à cabeça. "O rei deseja vê-la amanhã no banquete, e o nosso príncipe estará presente. Esteja digna para essa ocasião", ele falou parado ao pé da porta, fitando-a,desviou o olhar para fora. "Entre". Ela estava curiosa para ver quem era e, em seguida, a criada entrou, mantendo a cabeça baixa e ficando ao lado do homem. Ele continuou a falar. "Olhe para ela, está horrível. É dessa forma que cuidam dela? Será castigada por esse relaxamento", ele disse, segurando a criada pelo braço. Gwendolyn pôde ver o medo nos olhos dela e decidiu intervir. "Meu senhor, peço perdão por estar
A corte dos lobos vikings estava reunida no majestoso salão do rei,na enorme mesa de pedra,um espaço amplo e adornado com tapeçarias,símbolos tribais pagãs e troféus de batalhas passadas.O ambiente estava carregado de tensão .O rei alistar aguardava o seu sobrinho,com sua escolhida e a família.Desde o confronto na sala do trono,o príncipe vinha se comportando pior do que antes com os criados,sua fama já corria fora dos muros do castelo,precisava dar um jeito nisso,foi pensando nisso que convocou Ulric e negociou sua filha em troca da dívida,mais não era apenas isso que o incomodava e sim os boatos que correm no reino,boa parte do comportamento do sobrinho se devia a isso,mas ele era o último dos seus problemas.O orador lhe tirou dos seus pensamentos. “Rei alistar,senhores nobres,lady gwendolyn de windsor de lúpus”Ele anuncia a chegada dela que entra com elegância genuína,sua cabeleira loira caindo em forma de cascata pelo seus ombros,seu vestido azul escuro de veludo contrastando c
"Trouxe o café da manhã", disse Lucy ao entrar no quarto e abrir as janelas, permitindo que o sol entrasse e iluminasse o rosto de Gwen, que puxou as cobertas para cobrir a cabeça. "Sai daqui, me deixa dormir,"disse Gwen, tirando o lençol da cabeça e olhando para ela com os olhos semicerrados. "Bom dia!", disse Lucy, puxando as cobertas e jogando-as para o lado, ao mesmo tempo em que Gwen as puxava de volta para se cobrir novamente. Mais uma vez, as cobertas foram retiradas. Vendo que sua amiga não a deixaria em paz, Gwen levantou-se e foi sentar-se à mesa para tomar seu café. "Bom dia!", resmungou Gwen entre os dentes. "Como foi o banquete?", perguntou a criada, recolhendo a roupa do chão e colocando-a de volta no roupeiro. "Você já sabe! Por que pergunta?", respondeu Gwen, comendo um pedaço de mamão. Na verdade, ela queria esquecer a noite passada. "Se quer saber, agradeça aos deuses por ele tê-la rejeitado", disse a criada, enquanto ia arrumar a cama. "Por que diz isso? Minh
Gwendolyn tinha se assustado com aquela mulher idosa e correu tão rápido que logo estava em frente ao castelo. Provavelmente, Lucy já tinha retornado do mercado do reino. Gwendolyn arrumou suas roupas e adentrou pelos portões, passando pelos guardas que a olharam com desprezo e nojo devido à rejeição do príncipe. Ela caminhava apressada, desejando chegar logo. Enquanto avançava, um lobo entre os soldados bloqueou seu caminho. "Para onde pensa que vai, imunda?" disse ele, impedindo sua passagem. "Ao castelo", respondeu ela, olhando para o lobo em sua frente. "Ouviram isso? Ela quer ir para o castelo", debochou o lobo, rindo, e os outros o acompanharam na risada. "Por favor, pode me deixar passar?", perguntou ela, revirando os olhos, irritada com aquele lobo insuportável, pensando para si mesma. "Acha mesmo que uma rejeitada como você pode se juntar aos nobres?", o soldado falou, se aproximando dela, o que a fez recuar um passo para trás. "Eu tenho um lugar melhor para você esque
“O que esta fazendo dentro do roupeiro”Ao ouvir a voz de Lucy, Gwen se assustou e soltou a pequena alavanca, fazendo a porta do roupeiro fechar. Saindo do roupeiro com um lençol e sob o olhar atento da criada, Gwen encolheu os ombros e disse: "Queria uma manta", erguendo a mão que segurava um grande lençol peludo. "Você me assustou!", disse Gwen sorrindo, deixando a manta sobre a cama e indo se acomodar junto à mesa. "Trouxe sua comida", disse Lucy, colocando a comida sobre a mesa e indo olhar o roupeiro. Com a desculpa de organizar as roupas, examinou o interior do móvel, mas não encontrou nada. Ela olhou para Gwen, que comia tranquilamente, e se perguntou o que ela realmente estava fazendo dentro do roupeiro. Achou essa atitude muito suspeita e comunicaria ao senhor Ziz, seu lobo superior. "O que foi? Por que está me olhando desse jeito?", perguntou Gwen, sentindo um cheiro estranho exalando da mulher à sua frente. "Não é nada, termine de comer", declarou Lucy, indo até a mesa
Assim que entram na passagem que leva direto para dentro do castelo,Magnus na forma de Lucius havia sentindo um perfume um cheiro peculiar,que não lhe era estranho,ele sentiu um coração mas provavelmente era algum rato.A medida que eles corriam pelas passagem o cheiro suave vinha em suas narinas o fazendo parar. “Porque parou “?Indagou Fenrir assim que eram no quarto pela passagem secreta. Voltando a sua forma humana Magnus caminha pelo quarto em direção a grande banheira após sua higiene,ele se vestir.Sentando em uma enorme poltrona “Então”Questionar o amigo olhando para ele. “Não era nada”Diz o principe pensativo.Então ouvir o amigo falar do que havia acontecido com a sua noiva substituta. Ele ouve calado Fenrir fala da mulher que ele havia rejeitado com muito entusiasmo. “Defendeu o menino e comprou comida e levou para o acampamento”Dizia ele empolgado “Ela foi à floresta negra,ninguém além de nós e os rebeldes entram lá,mas a velha assustou ela com suas coisas misticas” f
Cavalos negros e poderosos corriam pela floresta, suas crinas ao vento e olhos brilhantes refletindo a luz da lua. Movendo-se em perfeita harmonia, eles puxavam a carruagem enquanto pareciam dançar na escuridão. O som dos cascos e das rodas ecoava entre as árvores. O jovem príncipe observava curiosamente a paisagem que passava rapidamente pela janela, enquanto avançavam em direção ao Reino dos Corvos de Ferro, seu lar. "Meu marido, confia nele?",ele ouviu a sua mãe perguntar desviou os olhos da estrada, prestando atenção em seus pais. "São tempos difíceis, precisamos fazer alianças", respondeu o Rei com um semblante pensativo. "Meu marido, se permite falar" disse a Rainha,ele assentiu com a cabeça lhe concedendo permissão, “Ele não é de confiança,Meu senhor, por que o escolheu?",indagou ela sentada em sua frente. O Rei sabia que sua esposa era capaz de decifrar uma pessoa com apenas um olhar. "Era necessário naquele momento, mas planejo dispensá-lo, enviando-o para um Reino d