Os corredores do palácio ecoavam com os murmúrios sobre a chegada da noiva, enquanto Magnus se encontrava nos jardins em seu assento especial projetado para permitir que ele ficasse sentado ou deitado. O rei havia mandado construir uma um pequeno suporte em forma triangular com uma roda na ponta, que podia ser movida facilmente. Quando colocada no chão com os apoio na parte de trás, permitia que Magnus escolhesse entre ficar deitado ou sentado. Os sussurros com seu nome alcançaram seus ouvidos, provocando uma crescente raiva,que logo foi aplacado por seus sentidos aguçados que capturam os passos de Fenrir se aproximando.
“Meu príncipe,já providenciei sua noiva?”Diz Fenrir ao sentar-se à sua frente com um sorriso.
"A mais bonita do reino", acrescentou, concluindo sua fala.Magnus o observou por um momento, sem entender por que Fenrir o tratava com tanta formalidade. Ele foi o único amigo que permaneceu ao seu lado após o acidente que tirou a vida de seus pais.
"Perfeito. Alistar ficará enfurecido quando eu apresentar minha noiva", Magnus disse, imaginando a expressão em seu rosto.
"Sabe que ele não permitirá isso", disse Fenrir com um sorriso de canto de boca. Magnus percebeu que ele tinha algo mais a dizer e esperou pacientemente.
"Sua noiva chegou hoje ao castelo", revelou Fenrir.
"Foi uma decisão do rei, ele case-se em meu lugar", retrucou Magnus com raiva.
"Você deveria ao menos vê-la", sugeriu Fenrir Magnus não tinha interesse em nada que viesse do rei.
"A verei amanhã, durante a apresentação. Se meus olhos estiverem bons, ainda está embasado", disse Magnus, esfregando os olhos. Na realidade, Alistar já havia assumido o trono de seu pai, tornando-se o alfa por conquista. Ele não governaria a sua vida. Passos apressados se aproximavam deles e Magnus e Fenrir se entreolharam. ele conhecia esses passos; era o conselheiro, que antes havia sido do seu pai.
"Meu príncipe, o rei deseja vê-lo", disse o conselheiro. Os batimentos cardíacos do homem mudaram consideravelmente ao se aproximar dele.
"Estou tomando banho de sol, irei encontrá-lo depois", respondeu Magnus, percebendo a importância do chamado.
"Meu príncipe, o rei deseja falar-lhe sobre sua noiva, que já está no castelo", disse o conselheiro cautelosamente.
"Eu não desejo esse casamento, e você sabe disso", respondeu Magnus, perdendo a paciência.
"Meu príncipe, entendo que não queira esse matrimônio. Se me permite dizer...", o conselheiro começou a falar, e Magnus assentiu para que continuasse.
"O rei está tentando fazer o melhor para o príncipe. Ele ficará ofendido com sua recusa", explicou o conselheiro. Essa forma de falar deixou Magnus furioso, e ele rosnou em resposta.
"O que o rei fez por mim em minha deficiência? Se Fenrir não tivesse pensado nessa cadeira, eu estaria preso em um quarto. Onde estava o rei quando eu precisei? Cresci com vocês dois, não me importo com ele. Diga-lhe que irei assim que terminar aqui, e se ele quer que eu me case, eu me casarei", ordenou Magnus. O conselheiro assentiu e saiu apressadamente, com o coração acelerado.
Fenrir olhou ao redor, buscando ver se havia alguém por perto. Percebendo que estavam sozinhos, ele se virou para Magnus com uma expressão preocupada.
"Vamos resolver aquele problema?" perguntou, com uma expressão de preocupação.
Eu entendo seus motivos, penso.
"Sim, precisamos intervir nisso", respondi, refletindo sobre a situação. Ele continuou falando, sua voz carregada de preocupação.
"Estou no rastro dele, mas sempre desaparece quando estou chegando perto. Isso me intriga", disse Fenrir, referindo-se ao lobo negro que atacou os pais de Magnus. Naquele maldito dia, momentos antes do coração do meu pai parar de bater, ele me revelou a existência de outro lobo.
"Sinto que ele está próximo", falei, pensativo.
"Você mencionou que o rei o alertou a ter cuidado no castelo. Algo está acontecendo aqui!", disse Fenrir, com um olhar preocupado, soltando um longo suspiro.
"Por isso, precisamos agir com cautela", acrescentei, consciente de que a cada dia que passava, sentia a necessidade de permanecer vigilante.
"Não vamos deixar o rei esperando mais", disse Fenrir, levantando-se e pegando meu suporte especial. Ele me empurrou pelos jardins e corredores em direção à sala do trono. Ao chegarmos, senti a tensão no ar. O coração do rei estava acelerado, e sua voz soava preocupada enquanto conversava com seu conselheiro de confiança, que parecia estar impregnado de medo.
"Não quero que isso vaze. Descubram quem é e eliminem-o", consegui ouvir o rei dizer durante a conversa, que foi interrompida assim que me viram entrar na sala, conduzido por Fenrir. Odeio a expressão de pena que ele sempre faz quando me vê.
"Ah, meu querido tio, se soubesse o que tenho preparado para você", pensei com determinação.
"Magnus e seu fiel escudeiro. Pensei que me fariam esperar mais", falou o rei com ironia.
“Meu rei sabe que sou adepto aos passeios de banho de sol” falou
com ironia igual.Contínuo
"Meu rei, se soubesse que era algo sério, teria vindo imediatamente", respondi, com um sorriso no canto dos lábios.
“ Sempre tão espirituoso,caminhe venha mais perto”ele fala ironizando com deboche a minha condição de aleijado.
"Claro", respondi, e Fenrir me empurrou ainda mais, aproximando-me dele.
"Olho para você e vejo seu pai", disse o rei com uma expressão séria e difícil de decifrar.
"Imagino como deve ser difícil", respondi, sem demonstrar emoção na voz.
"Serei direto. Sua futura esposa já está no castelo", disse o rei,esperando a aguardando reação do sobrinho,desde que seu irmão foi morto,cuidou dele não havia procurado se aproximar,porém sempre procurava saber dos seus passos o que não eram muitos,um leve sorriso passou nos seus lábios,mas o garoto cresceu e se tornou um problema para ele e para o Reino pois é cruel com seus servos.O afrontava sempre que podia,precisava dar um basta nisso.
"Suponha-se que eu deva aceitar suas ordens", disse, controlando minha raiva. O rei olhou para o príncipe à sua frente e suspirou profundamente, ciente de que aquela seria uma conversa difícil para ambos.
"Claro, tendo em vista sua condição, cego e aleijado", disse o rei com seriedade, tentando fazer o sobrinho lembrar de sua condição e aceitar seu destino.
"Sinto lhe informar que não quero que escolha nada sobre minha vida", rosnei, mostrando os dentes para ele.
"Infelizmente, você está dentro do meu castelo e fará o que eu ordenar. Se casará, e já está decidido", disse o rei com um semblante sombrio.
“Ou o que?” desafia o príncipe e continua: "Este castelo nunca foi seu, pertencia ao meu pai, e eu sou o herdeiro dele. É bom que não esqueça disso",disse com firmeza acrescentei, deixando toda minha raiva transparecer. Pude sentir sua pulsação acelerar e sua respiração ficar mais rápida.
"Não esqueço que você é filho dele! Então, meu nobre príncipe aleijado e cegueta, você vai aceitar sua futura esposa", disse o rei, desafiador e acrescentou com desdém. "Tendo em vista que a primeira já o rejeitou, e agora sua irmã está no lugar dela", acrescentou, descendo os degraus do trono em direção do príncipe.
"Acha que não sou capaz de conseguir uma esposa?", perguntei, rangendo os dentes de ódio. O rei respirou fundo.
"Magnus, tomei essa decisão apenas por causa de sua condição. Entenda, escolhi alguém de uma excelente família nobre", explicou o rei, tentando fazer com que eu compreendesse.
"Eu a rejeito! Eu já tenho uma escolhida", disse o príncipe em tom sério, fazendo o rei olhar para ele com surpresa, erguendo a sobrancelha cheio de dúvidas.
"Ora, Magnus, não me faça rir", disse o rei de forma debochada.
"Fenrir, leve-me daqui. Amanhã, eu a mostrarei no banquete. Eu poderei escolher minha futura esposa", afirmei, esperando que ele me tirasse da presença repugnante do meu tio.
"Peço permissão para nos retirarmos", ouvi Fenrir pedir, irritando-me ainda mais.
"Estão dispensados, mas quero que tragam sua escolhida e sua família amanhã", ordenou o rei, voltando para o trono outrora ocupado por seu irmão, Cedric.
Naquela tarde, no quarto do príncipe, Fenrir entrou e trancou a porta, como de costume. Magnus se levantou do seu suporte especial e caminhou pelo quarto.
"Por que pediu permissão naquela hora?",perguntou com raiva, sua respiração ofegante.
“Ele é o meu rei, devo respeito”Ao ouvir isso, Magnus se virou rapidamente e segurou o amigo pelo pescoço, mas ele permaneceu imóvel.
"Ele não é seu rei", disse Magnus soltando-o enquanto ele ajeitava suas roupas.
“E eu não sou seu inimigo.Sou apenas filho de uma família simples", afirmou Fenrir.
"Eu sei, acabei me descontrolando", disse o príncipe, indo em direção a uma passagem secreta que os levaria a uma densa floresta, longe do castelo. Magnus olhou para o amigo e disse:
"Vamos", assumindo sua forma na passagem, junto com seu amigo, correram em direção à saída.
Há dois dias, Gwendolyn era mantida reclusa em seu quarto no castelo. A única pessoa com quem ela tinha contato era a criada, que a olhava de forma estranha. No entanto, Gwendolyn já havia feito algum progresso com ela, conseguindo fazê-la conversar um pouco quando estavam juntas, mesmo que fossem apenas poucas palavras. A porta se abriu e o mesmo homem que a recebeu quando ela chegou entrou, olhando-a dos pés à cabeça. "O rei deseja vê-la amanhã no banquete, e o nosso príncipe estará presente. Esteja digna para essa ocasião", ele falou parado ao pé da porta, fitando-a,desviou o olhar para fora. "Entre". Ela estava curiosa para ver quem era e, em seguida, a criada entrou, mantendo a cabeça baixa e ficando ao lado do homem. Ele continuou a falar. "Olhe para ela, está horrível. É dessa forma que cuidam dela? Será castigada por esse relaxamento", ele disse, segurando a criada pelo braço. Gwendolyn pôde ver o medo nos olhos dela e decidiu intervir. "Meu senhor, peço perdão por estar
A corte dos lobos vikings estava reunida no majestoso salão do rei,na enorme mesa de pedra,um espaço amplo e adornado com tapeçarias,símbolos tribais pagãs e troféus de batalhas passadas.O ambiente estava carregado de tensão .O rei alistar aguardava o seu sobrinho,com sua escolhida e a família.Desde o confronto na sala do trono,o príncipe vinha se comportando pior do que antes com os criados,sua fama já corria fora dos muros do castelo,precisava dar um jeito nisso,foi pensando nisso que convocou Ulric e negociou sua filha em troca da dívida,mais não era apenas isso que o incomodava e sim os boatos que correm no reino,boa parte do comportamento do sobrinho se devia a isso,mas ele era o último dos seus problemas.O orador lhe tirou dos seus pensamentos. “Rei alistar,senhores nobres,lady gwendolyn de windsor de lúpus”Ele anuncia a chegada dela que entra com elegância genuína,sua cabeleira loira caindo em forma de cascata pelo seus ombros,seu vestido azul escuro de veludo contrastando c
"Trouxe o café da manhã", disse Lucy ao entrar no quarto e abrir as janelas, permitindo que o sol entrasse e iluminasse o rosto de Gwen, que puxou as cobertas para cobrir a cabeça. "Sai daqui, me deixa dormir,"disse Gwen, tirando o lençol da cabeça e olhando para ela com os olhos semicerrados. "Bom dia!", disse Lucy, puxando as cobertas e jogando-as para o lado, ao mesmo tempo em que Gwen as puxava de volta para se cobrir novamente. Mais uma vez, as cobertas foram retiradas. Vendo que sua amiga não a deixaria em paz, Gwen levantou-se e foi sentar-se à mesa para tomar seu café. "Bom dia!", resmungou Gwen entre os dentes. "Como foi o banquete?", perguntou a criada, recolhendo a roupa do chão e colocando-a de volta no roupeiro. "Você já sabe! Por que pergunta?", respondeu Gwen, comendo um pedaço de mamão. Na verdade, ela queria esquecer a noite passada. "Se quer saber, agradeça aos deuses por ele tê-la rejeitado", disse a criada, enquanto ia arrumar a cama. "Por que diz isso? Minh
Gwendolyn tinha se assustado com aquela mulher idosa e correu tão rápido que logo estava em frente ao castelo. Provavelmente, Lucy já tinha retornado do mercado do reino. Gwendolyn arrumou suas roupas e adentrou pelos portões, passando pelos guardas que a olharam com desprezo e nojo devido à rejeição do príncipe. Ela caminhava apressada, desejando chegar logo. Enquanto avançava, um lobo entre os soldados bloqueou seu caminho. "Para onde pensa que vai, imunda?" disse ele, impedindo sua passagem. "Ao castelo", respondeu ela, olhando para o lobo em sua frente. "Ouviram isso? Ela quer ir para o castelo", debochou o lobo, rindo, e os outros o acompanharam na risada. "Por favor, pode me deixar passar?", perguntou ela, revirando os olhos, irritada com aquele lobo insuportável, pensando para si mesma. "Acha mesmo que uma rejeitada como você pode se juntar aos nobres?", o soldado falou, se aproximando dela, o que a fez recuar um passo para trás. "Eu tenho um lugar melhor para você esque
“O que esta fazendo dentro do roupeiro”Ao ouvir a voz de Lucy, Gwen se assustou e soltou a pequena alavanca, fazendo a porta do roupeiro fechar. Saindo do roupeiro com um lençol e sob o olhar atento da criada, Gwen encolheu os ombros e disse: "Queria uma manta", erguendo a mão que segurava um grande lençol peludo. "Você me assustou!", disse Gwen sorrindo, deixando a manta sobre a cama e indo se acomodar junto à mesa. "Trouxe sua comida", disse Lucy, colocando a comida sobre a mesa e indo olhar o roupeiro. Com a desculpa de organizar as roupas, examinou o interior do móvel, mas não encontrou nada. Ela olhou para Gwen, que comia tranquilamente, e se perguntou o que ela realmente estava fazendo dentro do roupeiro. Achou essa atitude muito suspeita e comunicaria ao senhor Ziz, seu lobo superior. "O que foi? Por que está me olhando desse jeito?", perguntou Gwen, sentindo um cheiro estranho exalando da mulher à sua frente. "Não é nada, termine de comer", declarou Lucy, indo até a mesa
Assim que entram na passagem que leva direto para dentro do castelo,Magnus na forma de Lucius havia sentindo um perfume um cheiro peculiar,que não lhe era estranho,ele sentiu um coração mas provavelmente era algum rato.A medida que eles corriam pelas passagem o cheiro suave vinha em suas narinas o fazendo parar. “Porque parou “?Indagou Fenrir assim que eram no quarto pela passagem secreta. Voltando a sua forma humana Magnus caminha pelo quarto em direção a grande banheira após sua higiene,ele se vestir.Sentando em uma enorme poltrona “Então”Questionar o amigo olhando para ele. “Não era nada”Diz o principe pensativo.Então ouvir o amigo falar do que havia acontecido com a sua noiva substituta. Ele ouve calado Fenrir fala da mulher que ele havia rejeitado com muito entusiasmo. “Defendeu o menino e comprou comida e levou para o acampamento”Dizia ele empolgado “Ela foi à floresta negra,ninguém além de nós e os rebeldes entram lá,mas a velha assustou ela com suas coisas misticas” f
Cavalos negros e poderosos corriam pela floresta, suas crinas ao vento e olhos brilhantes refletindo a luz da lua. Movendo-se em perfeita harmonia, eles puxavam a carruagem enquanto pareciam dançar na escuridão. O som dos cascos e das rodas ecoava entre as árvores. O jovem príncipe observava curiosamente a paisagem que passava rapidamente pela janela, enquanto avançavam em direção ao Reino dos Corvos de Ferro, seu lar. "Meu marido, confia nele?",ele ouviu a sua mãe perguntar desviou os olhos da estrada, prestando atenção em seus pais. "São tempos difíceis, precisamos fazer alianças", respondeu o Rei com um semblante pensativo. "Meu marido, se permite falar" disse a Rainha,ele assentiu com a cabeça lhe concedendo permissão, “Ele não é de confiança,Meu senhor, por que o escolheu?",indagou ela sentada em sua frente. O Rei sabia que sua esposa era capaz de decifrar uma pessoa com apenas um olhar. "Era necessário naquele momento, mas planejo dispensá-lo, enviando-o para um Reino d
Traição não tão amiga assim Lucy percorria os corredores frios do palácio com passos apressados, mantendo seus olhos e ouvidos aguçados para qualquer ruído atípico. Era crucial que ninguém descobrisse o que ela estava prestes a fazer. No início, tinha reservas sobre Gwendolyn. Afinal, por que uma jovem tão encantadora se casaria com um homem considerado aleijado e inútil? Tal pergunta a incomodava desde que a conheceu, ciente de como essas jovens podiam ser dissimuladas. Porém, com o tempo, Lucy acabou desenvolvendo certa afeição por Gwen. Contudo usaria a informação dela para sua missão no castelo que é estritamente descobrir se Alistar realmente planejara a morte da Rainha Elizabeth.--- Seja forte, Lucy. Disse a si mesma ao se aproximar do salão do trono. Sabia que o Rei era um homem solitário. A informação seria sua chave para ganhar a confiança do rei, um passo essencial para desvendar a verdade e finalmente retornar para casa. Com uma respiração ofegante deu uma última olha