Ouço os passos dele logo atrás de mim. Ele está convicto de que consegue me pegar de alguma forma. Só que eu fui treinado pra isso, entro pra matar ou morrer, mas dessa vez será somente para matar. Rick: aqui! — ouço ele me chamar de novo de cima da laje — sobe aqui. Ele estende a mão para mim, e eu sinto algo vibrar dentro do meu bolso. Nem me deu conta que estava trazendo o celular. Eu subo, me abaixo e olha na minha frente, algo que eu jamais imaginaria ver um dia, não pessoalmente, cara a cara. Badá: caralho… — analiso a máquina a minha frente — onde tu conseguiu uma dessa?Rick: foi um presentinho que vejo lá de fora. Tá te esperando tenho um tempo, uma boa oportunidade pra usar. — ele da dois tapinhas no meu ombro e sorri — toda sua, pai!Carregada até em cima, reluzente pra caralho. Uma metralhadora browning. Isso arma pra guerra, difícil conseguir quando não se tem um investidor. Badá: consegue rastrear o rádio deles? — pergunto e ele afirma com a cabeça — Então faça isso
MaviEstou com a arma apontada pra onde ele mandou tem um tempão. Meu estômago já revirou várias vezes. Eu passei de uma menina que só ficava dentro de casa, pra uma grávida de um bandido e agora, segurando uma arma pra ferir quem for que passe por aquela porta. Os passos havia parado, mas então voltou. Começo a me tremer exatamente igual quando sai da cadeia na primeira vez que visitei o Badá. Está escuro dentro do quarto, somente uma luz que entra pela janela, mas vem da rua, e não é o suficiente pra clarear aqui dentro. Ouço o clique na porta e fecho os, quando ela se abre totalmente, eu atiro com as mãos trêmulas. Badá: Maria! — ele grita e eu abro os olhos assustados — Tu ta maluca?Mavi: Meu Deus! — me levanto assustada jogando a arma em cima da cama, enquanto ele tateia a parece procurando o interruptor pra acender a luz — você é maluco ou o que? Badá: tu poderia ter me matado! — ele segura o braço e eu vejo o sangue descer — foi de raspão. Mavi: deixa eu ver… — ele tira
Badá Samuel passa o dia todinho com a gente. Se divertiu abessa, mas ainda não sei como falar pra ele que vai ter um irmão, e que esse irmão também é filho da mulher que ele pediu em casamento. Só rindo de uma porra dessa. Eu estaciono do outro lado da rua da casa da mãe dele. Tá torrando minha paciência e enchendo meu saco pra caralho, coisa que ela nunca foi de fazer, tá fazendo agora. Quando eu tava lá dentro e mandava algum menor entregar uma grana pra ela, ela mandava devolver dizendo que não precisava do meu dinheiro. Agora mete marra porque soube que vou ter outro filho, tá possessa e eu não tô entendo legal onde ela quer chegar com isso. Eu fecho a porta do carro e atravesso com Samuel que já está quase dormindo em pé de tão cansado. Comeu todas besteiras possíveis e nadou mais que golfinho na praia, tem nem como o moleque não ficar cansado. Ela já espera do lado de fora com um bico formado, coisa que de quem comeu e não gostou. Badá: tá entregue. — aviso a ela. Erica
MaviO desespero do homem é tão grande, que acaba me desesperando também. Ele nem se quer me deu espaço pra eu tomar um banho ou ao menos prender o cabelo, e já saímos de casa correndo. Ele está impaciente na recepção do hospital, da pra ver de longe enquanto meu nome ainda está longe de ser chamado. Mavi: tá tudo bem, cara. Relaxa. Badá: sangue nunca tá tudo bem. Mavi: você é muito pessimista. Badá: AE! — ele da um grito na recepção que até eu me assunto, a recepcionista olha pra ele assustado — vai demorar muito pra minha mulher ser atendida? Ela tá grávida e sangrando. — deveria ter dito isso quando fez a ficha dela. — ela responde. Badá: que diferença faz agora? É uma emergência de qualquer forma. Ninguém sai de casa essa hora da noite pra passear no hospital, qual foi mano? Tá me tirando?— Senhor, o médico já vai atender ela. Badá: senhor tá no céu. Se demorar mais 10 minutos pra ela ser atendida, vou metralhar essa porra tudo aqui. Mavi: para com isso. — falo entre os
Ele ficou ofendido por ter dito que era do tempo do dinossauro, ou está fazendo isso só pra me provocar. Uma mão fechada em meu pescoço como se fosse a porra de um colar, enquanto sua língua passeia pelo meu pescoço, sinto seus dentes cravar em minha pele ao ponto de doer. Mavi: caraca… — reclamo — sua estava brincando. Badá: Já tá pedindo arrego? — ele sussurra em meu ouvido. Mavi: você sabe que eu nunca peço. Badá: que ótimo. Quero te foder em todas posições possíveis.Ele beija minha boca com uma certa necessidade, que sinto uma ardência no meu lábio inferior quando seu dente arrasta. Ainda estamos vestidos, mas o calor que percorre meu corpo me faz querer ficar pelada mais rápido que nunca. Badá: que vestido do caralho. — ele reclama por ser tão colado ao meu corpo. Irritado, ele rasga o vestido ao meu corpo como se fosse um fino papel, e eu olho para ele incrédula. Mavi: Badá! — ele me olha sorrindo, nada de luz apaga quando o assunto é nós dois — você não pode rasgar min
4 meses depois…Mavi O dia amanheceu quente como o inferno, e com a barriga já crescendo, eu sinto mais calor do que nunca. Tenho uma ultra marcada para semana que vem, pra ver como esse bebê está. Ainda não sei o sexo, e de verdade, também não me importo muito com isso, o que vier para mim, está feito. O ruim disso tudo é a perseguição de Erica quanto a mim. Eu não sei o que se passa na cabeça dela, e também não corro pra tentar entender porque eu não fiz absolutamente nada. Frustração por eu não ter ouvido seus conselhos? Talvez. Mas ela tem que entender que não é minha, não pode interferir em minha e agir como se fosse, até hoje não aceitou o fato de que estou grávida do mesmo homem que é pai do filho dela. O ruim disso tudo é minha relação com Samuel, porque de verdade, eu amo esse menino mais que qualquer coisa. E ela está dificultando meu contato com ele de qualquer forma, mesmo quando Badá teima em trazer ele aqui pra casa, ela não para de ligar um minuto sequer. Pego o c
Um vestido colocado em meu corpo, porque definitivamente nada mais me cabe. Helen sai primeiro do carro, porque já avistou Rangel de longe, e eu saio logo depois esperando Badá. Ele aciona o alarme do carro e entrelaça sua mão a minha, estou preparada para os olhares que cairão em cima de nós dois, mas eu não ligo. Sinto sua mão espalmar minha bunda, abaixando meu vestido a cada passo que eu dou. Mavi: para com isso. Badá: tá muito curto, não tinha outra roupa pra tu vim não?Mavi: não. Seu filho vai ser um gigante feito tu, e aí? Nada me serve!Badá: então amanhã a gente sai pra comprar roupa pra você. Ando com ele antes de chegar na multidão, ele para conversando com uns amigos e Helen vem em minha direção toda sorridente, maior barrigão e andando feito uma pata. Helen: eu já estou fome. Mavi: eu também, quero comer churrasquinho. — Badá escuta de longe, ele pode está muito concentrado na conversa, mas sempre prestando atenção em mim — viu Laura hoje?Helen: Vi mais cedo. Tá
MaviSamuel pula de alegria no banco de trás do carro. Eu nunca vi essa criança tão feliz em toda minha vida. Samuel: Maria, eu gosto muito de ficar com você e meu pai. Mavi: eu também amo ficar com você, meu amor. — me viro encarando sua alegria contagiante — vamos nos divertir muito essa semana, vou fazer bolo pra você, assistir filmes juntinhos. Samuel: Jura?Mavi: Juro, promessa de dedinhos! Samuel: E meu pai?Mavi: Ele também. Badá: Me excluíram e agora lembraram que tô aqui. Que isso, perdendo minha mulher pro meu próprio filho. — Samuel cai na gargalhada e Badá liga o carro — ri não, pela saco. Vai procurar sua novinha. Samuel: A Maria é velha, pai. Mavi: Velho é teu pai! — sinto uma movimentação estranha em minha barriga e reclamo. Badá: Que foi?Mavi: Se mexeu. — pego sua mão colocando em minha barriga e ele para o carro esperando, quando não demora muito pra mexer de novo — sentiu?Badá: caralho… primeira vez que sinto um bebê mexer…Mavi: sério?Badá: papo reto, ant