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NASCE O PRIMEIRO LICANTROPO
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— Não me decepcione Máni -— Poseidon grita euforico. Foi ele quem ensinou tudo a Máni, mas nem ele próprio sabia o quão baixo seu discípulo iria para conseguir o que desejava.
Novamente o silêncio reinou e Zeus continuou:
— Vamos para a primeira parte — Zeus anda ficando de frente para os outros deuses e de costas para os irmãos — Como é o costume, os competidores caçarão um para o outro. Irão descer até às terras humanas, e sacrificarão dois animais — ele volta seu olhar para os dois atrás de si — Desejo boa caçada, Podem ir.
E assim foram, Máni caçou um esquilo para presentar a sua irmã. Um roedor, pequeno e sujo, para Máni era a representação perfeita de sua irmã. Já Selene, adentrou fundo na floresta em busca do lobo, seu coração palpitava, ela precisa de muito esforço para realizar tal tarefa; não demorou a encontrá-lo, ele estava comendo. Seus olhos se arregalaram ao ver o tamanho do animal, nunca tinha visto criatura tão grande e bela no mundo humano, isso é sureal, chaga até ser um crime matar tal animal, no entanto, Selene estava disposta a cometer este crime se é o preciso para viver ao lado de seu grande amor.
Respirando fundo, ergue seu arco e flecha mirando no animal distraído com sua presa. O som do uivo sofrido do animal foi tão alto que até os deuses puderam escutar lá de cima no Olimpo e estranhar tal grunhido antes nunca ouvido em tal proporção.
Quando Selene volta para o salão, Máni já estava lá á sua espera com um sorriso macabro em seu rosto, Selene era forte e apesar do tamanho gigante do lobo negro, ela conseguiu carrega-lo em seu ombro. Contudo, quando ela pôs a fera ferida no peito sobre o chão, outro gruindo escapa de sua garganta. O grande lobo negro vai diminuindo de tamanho, todos observam boquiabertos com a cena. O grande lobo diminui até se transformar em um humano, as lágrimas inundam os olhos de Selene ao ver seu amado com a fecha cravada em seu peito. Licaão a olha, em seus olhos tinha apenas amor, um amor que estava morrendo, Selene o estava matando e isso a estava estraçalhando por dentro.
Selene entendeu o que seu irmão queria, ele nunca gostou dela, e conseguiu feri-la da forma mais baixa que poderia existir. Selene sempre admirou os lobos, sempre gostou de ouvir os uivos dos belos animas para a lua cheia, mas aceitou matar um para poder ficar com o seu amor, no entanto, foi inocente, nunca pensou que seu irmão fosse capaz de tal atrocidade.
Selene cai de joelhos no chão, o ódio em seu ser cresce a ponto de ficar incontrolável. Seus olhos ficam vermelhos, ela decide se vingar, e para isso se transforma em uma grande loba branca, todos os deuses se levantam de seus assentos e observam Selene correr na direção de seu irmão. Máni é pego de surpresa, sem ter tempo de reagir ou se defender, ela finca seus dentes do pescoço de Máni, ele tentou se soltar, apertando com força a mandibola da irmã transformada, mas ela sempre foi mais forte, e hoje essa evidencia ficou para sempre registrada. Ela arranca a cabeça de seu irmão, na frente de todos os outros deuses, sua pelagem totalmente branca como a neve, agora estava manchada de vermelho. E ainda em forma de loba, ela voltou para perto de seu amado que agoniza no chão frio, ela se deita ao lado de seu amado e uiva o mais alto que pôde, todos entenderam a sua dor.
Zeus com seu imenso poder obriga Selene a voltar ao normal e ela abraça fortemente o humano dono de seu coração. Zeus ama Selene, ela é a sua filha mais nova, e a ver sofrer daquele jeito o fez sofrer também. A morte de Máni já era algo que Zeus previu, mas deixou que suas escolhas ditassem seu futuro.
— Você agora é a deusa da lua, lance um encantamento nele, e ele não morrerá — fala brando, ele apenas queria que ela suportasse o fardo de não poder amar da melhor forma possível.
Selene sabia o que fazer, ela agora era a deusa da lua, tinha seus próprios poderes. Fechando os olhos e colocando sua mão sobre a cabeça de Licaão ela falou:
— Você agora é metade homem, metade lobo, será uma espécie sobre humana, seus anos serão multiplicados, poderá viver por até um milênio. Sua força será exuberante, todos os seus sentidos serão cem vezes melhor do que qualquer humano. Serei eu quem ditará o seu destino, o destino de seus filhos e assim será para todo o sempre, geração após geração. Serei sua deusa absoluta. E agora você será o primeiro licantropo a existe nessa terra. O primeiro a ser regido por mim, o primeiro adorador da deusa da lua.
Ao terminar suas palavras, Licaão fechou os olhos e a flecha sumiu de seu peito. Seu corpo foi desaparecendo e ele já não se encontrava mais entre os deuses.
— Obrigada pelo presente, pai — Selene agradece a Zeus com um sorriso grato e sofrido, seu corpo começa a desaparecer.
A noite cai, Selene se levanta em sua forma de lua cheia recebendo os uivos de Licaão como se fossem uma linda canção.
Mas os anos foram passando, ela viu a tristeza crescendo de solidão em seu amado. O amor era algo sublime para Selene, e ela decidiu criar a companheira perfeita para o seu licantropo, mesmo que isso lhes partisse o coração. Ele teria alguém para ser o seu pilar, a sua auxiliar, e ficariam juntos por toda a vida e que nem a morte os separará. Um não será capaz de viver sem o outro enquanto ambos estiverem vivos.
E assim, em uma noite de lua cheia, Zeus concedeu a ela o poder de poder criar, uma única criatura. Ela criou a primeira fêmea licantropo, com cabelos negros e olhos azuis, seu cheiro era doce para Licaão, ele sentiria por ela um desejo que se não a tive cairia sobre a loucura, a deusa fez os companheiros para ser um amor genuíno.
Mas Licaão, quando ganhou a sua companheira, ele não a tratou como deveria, nem na hora do acasalamento ele a tratou bem, e isso deixou a deusa da lua extremamente triste, ele parou de uivar para ela, seus planos agora era de apenas fazer sua espécie crescer e tomar o controle de tudo. Então, na tentativa de faze-lo mudar o compartamento, Selene desce do céu, no mesmo instante a lua desapareceu, ela foi ao encontro de seu amado que choroa quando a vê.
— Meu amor...
— Não — Selene o interrompe falando de forma serena e branda — O seu amor está dentro da sua toca, alimentando a sua ninhada, você também deveria está lá.
— Eu... Não consigo ama-la — as palavras de Licaão a deixam triste, criou a fêmea exclusivamente para ele e ele a trata dessa forma.
O dever do macho é cuidar da sua fêmea, era isso que Selene queria.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~O LAÇO ENTRE COMPANHEIROS FICA MAIS FORTE~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~Nos olhos de Selene era visível o amor e a magoa se mesclando, mas acima da emoção, ela ia de acordo com a justiça, e por mais que amasse Licaão, ela nunca permitiria que ele continuasse com o mal comportamento que deixava marcas físicas e emocionais no corpo da fêmea.— Preste atenção, ela é a sua companheira e sem ela você não vai sobreviver, como castigo por tudo de mal que você a fez — ela olha firme para os olhos do licantropo a sua frente — Irei intensificar o laço entre vocês, toda dor que sua companheira sentir, você também sentirá, se ela ficar triste, você ficará pior, seu papel é protege-la e ama-la, o papel dela é te auxiliar, ama-lo e cuidar dos filhotes.— Se eu sinto tudo o que ela sente, quando ela morrer eu também morrerei?— Não, dependendo da forma que
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ UM BEBÊ NO LUGAR DO LICANTROPO~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~— Que sorte você tem irmã — Rubi falou olhando para o céu.Esmeralda nada respondeu, realmente ela teve muita sorte, nascida e destinada a se torna uma velut luna enquanto sua irmã caçula é apenas uma luna cimex, que mesmo que encontrasse um companheiro, não teria valor nobre dentro da matilha.— Espero que tenha muitos filhotes, com certeza não irá demorar muito — sua voz soa calma e em seus lábios vermelhos naturais um singelo sorriso os enfeita.Rubi ama a sua irmã e esse amor é recíproco, dentre todas é a única que nunca a tratou mal, no entanto, Esmeralda não tinha poder de livrar sua irmã caçula de todo mau que acontece com ela dentro da matilha, e um exemplo disso são os hematomas em seus braços, há cerca de três dias as fêmeas bateram em Rubi como forma de se livrarem de sua raiva.Os lobos solit
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ MARI VAN HELSING ADOTA A CRIATURA~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~A pesar da ordem ser clara, Rubi não a acatou e nesse exato momento, ela declara a todos que renega a alcatéia.Apesar de seu corpo ser muito menor, e suas presas não serem afiadas como as dos outros membros, Rubi em sua forma lupina não exitou ao se jogar em cima do licantropo que mordia a sua irmã.— Fuja! Salve a criança — falou se posicionando em posição de ataque para defender a sua irmã mais velha.— O que pensa que está fazendo!? — rosnou o lobo que levanta do chão e sacode o corpo para tirar o excesso de neve.— Não irei permitir que mate a minha velut luna! Terão que passar por cima de mim primeiro! — falou firme, em seus olhos dava para ver o fervor de suas palavras, fidelidade a sua velut luna e acima de tudo a sua irmã.— Ela não é mais a velut luna, é uma traidora! Traidores não merecem compai
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ O NASCIMENTO DA FÊMEA MANCHADA DE SANGUE~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~O vento frio chicoteou a janela, os baques causados pelos granizos nas madeiras maciças acabaram assustando a genuína lunam que se encolheu por instinto para defender a sua barriga grande, cheia com o filhote mais forte de toda a sua raça. O herdeiro.— Parece que alguém enfureceu os deuses — sussurrou em pensamentos e lambeu a barriga, afim de mostrar ao filhote que estão fora de perigo.Suas acaricias com a barriga foram interrompidas pelo som da pesada porta arranhando o chão.— Venha, Kathe, trouxe o jantar — o genuíno adentrou o quarto com um grande pedaço de carne de carneiro ainda com sangue fresco na boca.Kathe logo saio da cama e foi ao encontro de seu companheiro, sua boca salivou ao inalar o delicioso cheiro que emanava ardido da carne e o filhote em seu interior se remexeu.— Sua barriga está muito
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ POR QUE ELE TÊM DOIS?~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~⏳ Sessenta luas depois⏳Mais um inverno deixava o chão fofo com um grosso cobertor branco de neve, os flocos que caiam das nuvens brilhavam conforme os fracos raios do pôr do sol banhava o solo gelido.— Até quando vai ficar aí? — Margareth questionou se sentando na cama com seu livro na mão.— Por que eu tenho dois? — respondeu a pergunta com outra pergunta sem tirar os olhos dos flocos caindo e derretendo ao tocar no chão.— Dois o que garoto? — virou a página de seu livro.— Dois nomes, não entendo — se debruçou sobre a janela, a tempos aquilo vinha o aborrecendo e não saber a resposta o deixa irritado.— Pergunte a quem te deu, agora me deixe terminar de ler meu livro, estou na melhor parte!— Outra coisa que não entendo, por que você gosta de ler esses livros? Eles se que
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ LÁGRIMAS DE ÓDIO ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ No exato momento em que Mari abriu a boca para começar a contar a verdade para o jovem sentando ao seu lado na cama, um vento gelido e forte soprou abrindo as janelas de madeira do pequeno quarto em um baque alto assustando Occisor, Mari se levantou em silêncio e fechou as janelas passando o trinco. Mais uma vez respirou fundo, apesar de muitos a enxergarem como um ser frio e sem coração ( e realmente ela não tinha um), ela se preocupava demais, tanto com Occisor quanto com Margareth. Eles eram a sua família, e por eles era capaz de tudo. — Você sabe o que é uma velut luna? — Mari questionou ainda de costa para Occisor. — Sim, li em um dos livros de Margareth que a fêmea com esse título é a companheira do macho alfa — em sua voz dava pra sentir o orgulho. Isso era nítido para qualquer um, Occisor amava dar uma de int
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ A FILHA DO GENUÍNO ALFA~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~A mesa de refeição estava farta, nas paredes de pedra escura da grande sala, a cada quinze metros, uma tocha acessa com o fogo dançante sobre elas e os últimos raios de sol iluminavam a sala de refeições. O casal genuíno foi o primeiro a se alimentar, quando terminaram foi a vez dos casais betas e depois pelos casais ômegas. Quando a mesa estava praticamente vazia, com apenas ossos e restos, é que foi liberada para a refeição da última.— Agora pode se servir, Bloodstain — ordenou o genuíno para sua cria, que não tirava os olhos da mesa, sua boca salivava e seu estômago roncava cada vez que via alguém mastigar qualquer pedaço de carne que fosse, mas aguardou pacientemente pela sua vez.— Tá bom, papa...— Já disse para não me chamar assim! — gritou o genuíno interrompendo a pequena mão de pegar um dos ossos sobre
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~COMBATE CORPO A CORPO~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~— Mari, por favor me diz quando? — Margareth insistia mais uma vez.— Acabou de amanhecer, por....— Você prometeu, Mari — Margareth cruza os braços na altura dos seios — Eu pensei que você fosse mulher de palavra, mas pelo que estou vendo você...Mari revira os olhos, não faz nem meia hora que os tímidos raios de sol nascente passaram pelas janelas e Margareth já estava em seu pé a atormentando com a promessa que fez a dez anos.Quando salvou a pequena criança com dez anos de ser escravizada ou devorada pelas bestas licantropianas, para conseguir tira-la da profunda depressão que apossava do corpo dela, Mari prometeu treina-la e transformá-la para que se vingasse. Porém, Mari pensou que com o tempo ela iria desistir dessa idéia, no entanto, nada tiraria isso da cabeça de Margareth, e isso frustrava imensamente