Destinada ao Rejeitado (Trilogia Destinada: Livro 1)
Destinada ao Rejeitado (Trilogia Destinada: Livro 1)
Por: FannyMotta
Início I

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         SELENE É ENGANADA

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—  Hoje, finalmente vamos ter o nosso deus ou deusa, o soberano da lua! —  Zeus fala alto para que todos os escutasse em silêncio.

A arena está perto do limite entre o céu e a terra, todos os deuses, até o do submundo está presente. 

— Meus filhos, Máni e Selene vão disputar o título —  Zeus pronuncia com o peito carregado de orgulho.

Máni e Selene são irmãos gêmeos, nascido sobre o eclipse causado pelo alinhamento de todos os planetas, isso acontece apenas de milênios em milênios. Durante quinhentos e cinquenta anos eles foram treinados arduamente para esse grande dia.

Máni, com seus cinco metros e oitenta e cinco centímetros de altura, tinha seus cabelos prateados, olhos de cor âmbar. Seu corpo é musculoso, queixo quadrado e sem um único fio de barba. Sua voz é grave, sua presença é dominante sendo capaz de ser sentindo por quilômetros de distância. No entanto, a gentileza nunca foi o seu maior forte, arrogante, mimado, sempre se achou superior; a palavra amor nunca fez parte de seu dicionário. Ele é um guerreiro extraordinário, a caça tem seu nome como descrição. Mas Selene, nunca ficou atrás e sim sempre um passo a frente dele; Máni não via isso com bons olhos.

Diferente de seu irmão gêmeo, Selene média quatro metros e sessenta e três centímetros de altura. Seus cabelos, assim como o de seu irmão, eram prateados, o cumprimento ia até a sua fina cintura. Seus olhos eram azuis, uma tonalidade escura, mas que transmitia tranquilidade, de sua pele irradiava uma luz azulada. Seu corpo magro, mas com todos os músculos definidos, ela era a melhor na caça, nos esportes, nas estratégias. Sua mestra fora a própria Atenas, a filha mais velha e preferida de Zeus. Selene é fascinada pelo amor, ao contrário de seu irmão, nunca desejou ser nenhuma deusa, tudo o que ela mais queria era ter um companheiro ao seu lado.

Selene escondia um segredo, no mundo mortal, ela encontrará o que sempre procurou. O amor veio na forma de um homem humano; ele sempre olhava para o céu, enquanto as estrelas brilhavam. Ela ficou dias o observando, seus cabelos negros que iam até a altura dos ombros esvoaçavam com o sibilar do vento noturno. Seus músculos fortes de árduos dias de treinos, a cor morena de sua pele, seus lábios carnudos e barba bem feita, ela estava fascinada pela beleza masculina a sua frente. Mas uma certa noite, ela resolveu se disfarçar de humana e o chamou pelo nome:

—  Licaão —  um som doce paira sobre o assobio calmo do vento enchendo os ouvidos do jovem rei, como se a mais belas das canções reasoasse em seus timpanos.

—  Quem é você? — em seus olhos era possível ver o quão impressionado estava com a formosura da mulher a sua frente. Nunca virá mais bela.

—  Me chamo Selene, o que tanto observa no céu? —  ela da alguns passos ficando lado a lado de Licaão.

—  Sinto falta da lua, já fazem anos que não a vejo no céu, conta os meses ficou praticamente impossível —  fala sincero.

A antiga deusa da lua faleceu, ela sucumbiu ao pecado da ganância e queria ser mais que uma mera lua contendo apenas destaque durante a noite, sua serventia era apenas para o benéfico dos humanos, sem nenhum reconhecimento. Ela queria ficar no lugar de Zeus, queria ser adorada, e assim uma guerra se inciou e rapidamente chegou ao fim; Zeus à matou em batalha, seu corpo caiu nas fontes abundantes da terra e fez as águas ficarem salgadas, para que os humanos sobrevivessem, Zeus criou entre os montes de terras água doce.

A lua sempre teve um papel importante, era essencial, quando a antiga deusa faleceu, o céu noturno ficou sem a sua governante. Zeus fez uma estrela substituta, mas ela também morreu a alguns anos. Por sorte, não falta muito para o novo soberano ser escolhido, e o céu voltar para seus tempos de glória.

—  Ela voltará a aparecer —  Selene fala convicta e Licaão olha para o perfil de seu rosto.

— Vindo de  você, não me resta dúvidas —  responde sorrindo.

As noites foram se seguindo, e os encontros já estavam com seis meses, todas as noites o casal se encontrava sobre o brilho das estrelas na praia. Selene suspirava e contava as horas para poder vê seu amado novamente. Mas esse segredo não durou muito, seu irmão descobriu e viu ali uma oportunidade de vence-la. A chantagem não era algo sem honra para Máni.

—  Desista da competição! —  impõe calmo enquanto caminha com ela pelos jardins de rosas brancas.

—  Não,  eu me preparei muito para esse dia, e eu não vou...

—  Irei contar para Zeus sobre suas fugidas para o mundo humano, e tenho certeza que o papai não ficará nada feliz com isso — ameaça sombriu.

No mesmo instante o corpo de Selene para de se mover, o ar parece ficar mais pesado, disfarça o leve tremor de seus dedos apertado suas mãos em punhos.

—  Está me chantageando? —  questiona com uma sobrancelha franzidas e a boca comprimida em um linha reta.

— Claro que não — ironiza —  Minha querida irmã, estou apenas deixando as coisas mais fáceis para nós dois —  Máni sorrindo deixando amostra seus dentes perfeitos.

— Não vejo como isso pode ser fácil —  diz entre dentes com o maxilar endurecido pela raiva.

—  Quando eu me torna o deus da lua, posso interceder para que você seja uma humana e assim poder viver ao lado de seu amado — Selene começa a se interresar nas palvras de seu irmão — No entanto, terá que me trazer um lobo —  seu sorriso se torna sombrio e isso fez Selene se arrepiar.

—  Por que um lobo? —  suas sobrancelhas se  juntam em confusão, e isso divertie Máni.

—  No dia da competição, teremos que nos presentear, eu quero um lobo, grande e preto, ele é diferente dos outros é maior e tem olhos vermelhos. Eu o quero. Assim nos dois sairemos felizes —  olha dentro dos olhos da irmã deixando claro que não esá aberto a nenhum outro tipo de negociação.

—  Promete que serei transformada em humana? —  suspira se dando por vencida, essa reação faz o sorriso de Máni se abrir ainda mais.

— Claro minha irmã, alguma vez eu já mentir? — passa o braço pelo ombro de sua irmã e seguiram para o castelo de seu pai, Zeus.

A esperança cegou Selene, ela não deveria ter acreditado nas palavras falsas de seu irmão gêmeo.

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