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O LAÇO ENTRE COMPANHEIROS FICA MAIS FORTE
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Nos olhos de Selene era visível o amor e a magoa se mesclando, mas acima da emoção, ela ia de acordo com a justiça, e por mais que amasse Licaão, ela nunca permitiria que ele continuasse com o mal comportamento que deixava marcas físicas e emocionais no corpo da fêmea.
— Preste atenção, ela é a sua companheira e sem ela você não vai sobreviver, como castigo por tudo de mal que você a fez — ela olha firme para os olhos do licantropo a sua frente — Irei intensificar o laço entre vocês, toda dor que sua companheira sentir, você também sentirá, se ela ficar triste, você ficará pior, seu papel é protege-la e ama-la, o papel dela é te auxiliar, ama-lo e cuidar dos filhotes.
— Se eu sinto tudo o que ela sente, quando ela morrer eu também morrerei?
— Não, dependendo da forma que morrer, mas a saudade pode matar, os dois lado — Selene fala enigmática.
Os olhos do licantropo se arregalaram, para ele, ela não podia está falando sério, aquilo só poderia ser uma brincadeira. Mas a deusa estava falando seríssimo, ela se aproximou dele e colocou sua mão sobre o pescoço, o calor emanado de sua mão percorreu por todo o corpo de Licaão o fazendo suspirar ao sentir o toque, uma luz prateada encobriu a região e o gruindo de dor não a assustou, quando ela retirou a mão, a primeira letra do nome da licantropo fêmea apareceu, o macho estava arfando de dor ainda se recuperando.
— Quero apenas que ambos sejam felizes, isso é meu presente para vocês — assim que falou ela desapareceu da frente de Licaão e voltou a sua forma de lua no grande céu, que essa noite está sem as estrelas.
O licantropo logo se recuperou, ele sabia exatamente porque tinha virado um lobisomem, sabia que fora o irmão gêmeo de sua amada que o fez cair nessa desgraça, Máni fez questão de esclarecer como ele iria morrer pela flecha da mulher que lhes roubou o coração. No entanto, Licaão não morreu e ele jurou que fara isso ser uma benção. Sua fêmea gerou oito filhotes, quatro machos e quatro fêmeas, ele sabia que foi a deusa da lua, que ela os fez para se tornarem companheiros. Mas o ódio que ele sentia, era demais, ele se viu obrigado a viver eternamente agrandando sua companheira, mesmo que ela tivesse sido feita para ele, o seu coração já pertencia a outra e não tinha espaço para mais nenhuma.
Licaão criou seus filhotes e contou várias historias, contou sobre Máni e sua irmã, também contou que a deusa da lua foi quem os criará. Licaão fez divisões entre suas crias. Quando chegaram aos dezesseis anos de idade, eles foram postos para se enfrentarem, o mais forte foi eleito, o que iria herdar o seu lugar quando morresse, e como esperado, o mais velho foi o mais forte, ganhando o título de alfa genuíno. O segundo mais velho ganhou o título de alfa, porém chefe apenas de sua família/alcateia, o terceiro ficou com o título de beta, e o quarto não tinha força bruta como os demais, era magro e fraco, não caçava e se recusa a matar qualquer ser que fosse, o filho mais novo era submisso e muito sensível. Licaão o denominou como ômega.
A deusa da lua observava tudo de cima, não aprovou completamente o regime constituído por Licaão, mas não podia ficar interferindo. A companheira do alfa genuíno carregava os traços da deusa da lua em sua forma lupina, com seus pelos brancos e olhos azuis escuros, essa companheira ganhou o nome de genuína lunam, de seu ventre era gerado o licantropo mais forte de toda a especie, tendo a capacidade de ter apenas uma cria, sendo a segunda no comando de toda a espécie, sua dominância perde apenas para o seu companheiro. A companheira do alfa, foi denominado de velut luna, do seu ventre era gerado todos os licantropos de sua alcatéia, sendo eles capaz de ser, alfa, beta ou ômega; sua pelagem é branca com as patas pretas. A companheira do beta recebeu o título de lunae, com a pelagem marrom com uma mancha branca sobre as costas, ela só pode emprenhar se o macho alfa morrer e seu companheiro ocupar o seu lugar, ela terá que matar atual velut luna. E por último a fêmea do ômega é chamada de luna cimex, sua cor é prata, seus olhos cinzas e é a de menor estatura, quase do tamanho de um lobo comum, seu ventre é seco, apesar de portar grande beleza, ela não serve para reprodução, com tudo, mesmo o casal ômega sendo os mais fracos, devem ser protegidos.
Mas os anos se passaram, Licaão veio a falecer ao completar seu milênio de vida, ele e sua companheira morreram juntos. Seus filhos fizeram alterações no regime, e a deusa da lua foi posta como segundo plano. Mais anos se passaram, e cada vez mais eles deixam a deusa em esquecimento. Os licantropos ficaram maus, caçavam e comiam os humanos, e isso não agradou a Zeus nem um pouco, eles faziam os humanos de escravos, os ômegas de empregados e as luna cimex de prostitutas, várias alcateias surgiram, mas poucas ainda se lembravam da deusa da lua.
Ela não podia permitir que as coisas continuassem assim, quando o casal de genuínos foi copular em suas formas lupinas, a lua brilhou intensamente e apenas a voz da deusa pode ser ouvida.
— Voltem para o caminho certo, ou a linhagem de vocês encerrará — essa foi a promessa em resumo.
Mas eles não a ouviram e continuaram em seu caminho errado, a deusa se viu obrigada a cumpriu a promessa, mas não conto a ninguém o que havia nas entrelinhas do destino que ela preparou.
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☾- genuína lunam = Lua genuína, a verdadeira, companheira do genuíno, fica abaixo apenas do genuíno alfa.
☾- velut luna = como a lua, companheira do alfa.
☾- Lunae = lua crescente, companheira do beta, seu ventre só fica fértil na falta do genuína ou da velut.
☾- Luna cimex = erro da lua ou inseto da lua, a mais baixa entre as fêmeas sem nenhum tipo de valor nobre.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ UM BEBÊ NO LUGAR DO LICANTROPO~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~— Que sorte você tem irmã — Rubi falou olhando para o céu.Esmeralda nada respondeu, realmente ela teve muita sorte, nascida e destinada a se torna uma velut luna enquanto sua irmã caçula é apenas uma luna cimex, que mesmo que encontrasse um companheiro, não teria valor nobre dentro da matilha.— Espero que tenha muitos filhotes, com certeza não irá demorar muito — sua voz soa calma e em seus lábios vermelhos naturais um singelo sorriso os enfeita.Rubi ama a sua irmã e esse amor é recíproco, dentre todas é a única que nunca a tratou mal, no entanto, Esmeralda não tinha poder de livrar sua irmã caçula de todo mau que acontece com ela dentro da matilha, e um exemplo disso são os hematomas em seus braços, há cerca de três dias as fêmeas bateram em Rubi como forma de se livrarem de sua raiva.Os lobos solit
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ MARI VAN HELSING ADOTA A CRIATURA~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~A pesar da ordem ser clara, Rubi não a acatou e nesse exato momento, ela declara a todos que renega a alcatéia.Apesar de seu corpo ser muito menor, e suas presas não serem afiadas como as dos outros membros, Rubi em sua forma lupina não exitou ao se jogar em cima do licantropo que mordia a sua irmã.— Fuja! Salve a criança — falou se posicionando em posição de ataque para defender a sua irmã mais velha.— O que pensa que está fazendo!? — rosnou o lobo que levanta do chão e sacode o corpo para tirar o excesso de neve.— Não irei permitir que mate a minha velut luna! Terão que passar por cima de mim primeiro! — falou firme, em seus olhos dava para ver o fervor de suas palavras, fidelidade a sua velut luna e acima de tudo a sua irmã.— Ela não é mais a velut luna, é uma traidora! Traidores não merecem compai
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ O NASCIMENTO DA FÊMEA MANCHADA DE SANGUE~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~O vento frio chicoteou a janela, os baques causados pelos granizos nas madeiras maciças acabaram assustando a genuína lunam que se encolheu por instinto para defender a sua barriga grande, cheia com o filhote mais forte de toda a sua raça. O herdeiro.— Parece que alguém enfureceu os deuses — sussurrou em pensamentos e lambeu a barriga, afim de mostrar ao filhote que estão fora de perigo.Suas acaricias com a barriga foram interrompidas pelo som da pesada porta arranhando o chão.— Venha, Kathe, trouxe o jantar — o genuíno adentrou o quarto com um grande pedaço de carne de carneiro ainda com sangue fresco na boca.Kathe logo saio da cama e foi ao encontro de seu companheiro, sua boca salivou ao inalar o delicioso cheiro que emanava ardido da carne e o filhote em seu interior se remexeu.— Sua barriga está muito
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ POR QUE ELE TÊM DOIS?~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~⏳ Sessenta luas depois⏳Mais um inverno deixava o chão fofo com um grosso cobertor branco de neve, os flocos que caiam das nuvens brilhavam conforme os fracos raios do pôr do sol banhava o solo gelido.— Até quando vai ficar aí? — Margareth questionou se sentando na cama com seu livro na mão.— Por que eu tenho dois? — respondeu a pergunta com outra pergunta sem tirar os olhos dos flocos caindo e derretendo ao tocar no chão.— Dois o que garoto? — virou a página de seu livro.— Dois nomes, não entendo — se debruçou sobre a janela, a tempos aquilo vinha o aborrecendo e não saber a resposta o deixa irritado.— Pergunte a quem te deu, agora me deixe terminar de ler meu livro, estou na melhor parte!— Outra coisa que não entendo, por que você gosta de ler esses livros? Eles se que
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ LÁGRIMAS DE ÓDIO ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ No exato momento em que Mari abriu a boca para começar a contar a verdade para o jovem sentando ao seu lado na cama, um vento gelido e forte soprou abrindo as janelas de madeira do pequeno quarto em um baque alto assustando Occisor, Mari se levantou em silêncio e fechou as janelas passando o trinco. Mais uma vez respirou fundo, apesar de muitos a enxergarem como um ser frio e sem coração ( e realmente ela não tinha um), ela se preocupava demais, tanto com Occisor quanto com Margareth. Eles eram a sua família, e por eles era capaz de tudo. — Você sabe o que é uma velut luna? — Mari questionou ainda de costa para Occisor. — Sim, li em um dos livros de Margareth que a fêmea com esse título é a companheira do macho alfa — em sua voz dava pra sentir o orgulho. Isso era nítido para qualquer um, Occisor amava dar uma de int
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ A FILHA DO GENUÍNO ALFA~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~A mesa de refeição estava farta, nas paredes de pedra escura da grande sala, a cada quinze metros, uma tocha acessa com o fogo dançante sobre elas e os últimos raios de sol iluminavam a sala de refeições. O casal genuíno foi o primeiro a se alimentar, quando terminaram foi a vez dos casais betas e depois pelos casais ômegas. Quando a mesa estava praticamente vazia, com apenas ossos e restos, é que foi liberada para a refeição da última.— Agora pode se servir, Bloodstain — ordenou o genuíno para sua cria, que não tirava os olhos da mesa, sua boca salivava e seu estômago roncava cada vez que via alguém mastigar qualquer pedaço de carne que fosse, mas aguardou pacientemente pela sua vez.— Tá bom, papa...— Já disse para não me chamar assim! — gritou o genuíno interrompendo a pequena mão de pegar um dos ossos sobre
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~COMBATE CORPO A CORPO~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~— Mari, por favor me diz quando? — Margareth insistia mais uma vez.— Acabou de amanhecer, por....— Você prometeu, Mari — Margareth cruza os braços na altura dos seios — Eu pensei que você fosse mulher de palavra, mas pelo que estou vendo você...Mari revira os olhos, não faz nem meia hora que os tímidos raios de sol nascente passaram pelas janelas e Margareth já estava em seu pé a atormentando com a promessa que fez a dez anos.Quando salvou a pequena criança com dez anos de ser escravizada ou devorada pelas bestas licantropianas, para conseguir tira-la da profunda depressão que apossava do corpo dela, Mari prometeu treina-la e transformá-la para que se vingasse. Porém, Mari pensou que com o tempo ela iria desistir dessa idéia, no entanto, nada tiraria isso da cabeça de Margareth, e isso frustrava imensamente
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ UM LIVRO DE HISTÓRIAS ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ Fazem exatos trinta minutos que o sol saiu, mas se mantém escondido por detrás das nuvens densas e cinzas. Os sons de passadas ecoam pelo chão de pedra no extenso corredor, andando de forma firme estava o casal de genuínos. Na entrada da sala, dois escravos eram responsáveis por abrir e fechar as pesadas portas. Quando o casal se posicionou em frente a porta, os escravos as abriram e o barulho chamou a atenção de todos. — Todos já estão aqui? — questiona o genuíno alfa ao adentra na sala de reunião. — Sim, os sete alfas, senhor — o ômega respondeu de cabeça baixa. — Muito bem, agora pode se retirar. — Com sua licença. O ômega faz reverência a todos os alfas e sai da grande sala fechando a porta. O genuíno alfa se assenta na cabeceira da grande mesa, e a genuína lunam se senta na direita de seu companheiro. — Já conseguiu um