O La Verve era tudo o que eu esperava de um restaurante cinco estrelas: ostentação, luxo e um refinamento que beirava o exagero. Lustres de cristal pendiam do teto alto e as mesas eram cobertas por toalhas brancas impecáveis. As cadeiras eram forradas com veludo escarlate, combinando com o tom das paredes, e um jazz lento e suave tocava ao fundo, criando uma atmosfera sofisticada, mas para mim, incrivelmente entediante.
Pelo menos o jazz não doía em minha audição como outros barulhos humanos. As mesas ao nosso redor estavam ocupadas por casais humanos elegantes, mas nada neles se comparava à presença de Scarlett. Minha noiva, com sua beleza lupina inatingível, chamava atenção de todos ali sem nem mesmo tentar. O garçom se aproximou da mesa com passos treinados, equilibrando habilmente duas bandejas prateadas. O cheiro da comida refinada invadiu meus sentidos, mas ao contrário dos humanos ao redor, não me causava nenhuma emoção. Comida humana sempre foiEla sorriu levemente, como se tivesse ganho alguma discussão silenciosa. Seus lábios, pintados de vermelho profundo, se curvaram enquanto ela apoiava o garfo no prato e entrelaçava os dedos sob o queixo. — Então, o que aconteceu hoje? — perguntou, sua voz estava cheia de curiosidade. — Não me diga que os caçadores voltaram a te rastrear. Eu a encarei por um momento, tentando decidir o quanto contar. Mas, ao final, qual era o ponto de esconder? Scarlett era tão imersa no nosso mundo quanto eu. — Eles voltaram, sim — disse, com um tom casual, como se estivesse discutindo o clima. — Pegaram meu rastro perto do centro da cidade. Tive que despistá-los em uma floricultura. Scarlett soltou uma risada breve, incrédula. — Uma floricultura? Você? Revirei os olhos, mas não pude deixar de sorrir. — Acredite ou não, funcionou. A porta de vidro fumê escondeu minha entrada, e o cheiro das flores mascarou meu rastro por
A taça de vinho parou a meio caminho da minha boca, e antes que pudesse impedir, engasguei, tossindo baixo. — Ethan? — Scarlett perguntou, arqueando uma sobrancelha perfeitamente desenhada, o garfo ainda na mão. A atenção de algumas pessoas próximas se voltou para mim. Controlei a tosse, sentindo o calor subir pelo meu pescoço até as orelhas. Maldição. — Desculpe — disse rapidamente, tentando me recompor. — Eu me distraí por um momento. Ela não parecia convencida. Seus olhos verdes estavam fixos em mim, esperando por uma explicação. Eu precisava inventar algo rápido. — É que... — Olhei para ela, e então me forcei a sorrir, um sorriso torto e cheio de falsa confiança. — Eu percebi o decote do seu vestido. O olhar de Scarlett suavizou imediatamente, e um pequeno sorriso brincou em seus lábios. Ela inclinou o corpo para frente levemente, deixando que o tecido elegante de seu
O garçom voltou naquele momento, interrompendo a tensão crescente entre nós. Ele colocou o recibo e o cartão sobre a mesa, e eu assinei rapidamente, sem sequer olhar o montante. Scarlett aproveitou a pausa para se levantar, os saltos altos batendo no chão de madeira com um som ritmado. — Você parece muito confiante de que eu confiaria meu cartão a você — provoquei, seguindo-a enquanto ela se movia para fora do restaurante. Ela se virou parcialmente, lançando um olhar por cima do ombro enquanto caminhava em direção à saída. — Talvez você devesse — respondeu ela, a voz carregada de um desafio sutil. Scarlett começou a andar mais rápido, quase como se estivesse me provocando a segui-la. Eu sabia que ela não estava realmente correndo, mas o balanço deliberado dos quadris e o ritmo dos passos eram suficientes para me fazer acelerar. — Vai me deixar para trás agora? — perguntei, a voz carregada de ironia, enquanto me apressava para alcançá
Ela se virou para mim, os seus lábios já prontos para encontrar os meus. O beijo foi quente, faminto, como se estivéssemos ambos tentando dominar um ao outro. Minhas mãos deslizaram de sua cintura para seus quadris, puxando-a contra mim enquanto ela retribuía com igual intensidade. Porra! Caminhamos às cegas pelo corredor, batendo contra as paredes enquanto nossos corpos se chocavam. Scarlett riu contra os meus lábios quando minhas costas bateram contra uma estante, derrubando um pequeno objeto de decoração. — Seja mais cuidadoso, Ethan — murmurou ela, mordendo meu lábio inferior antes de voltar ao beijo. — Quem precisa de decoração? Essas coisas estão apenas em meu caminho... — rebati, agarrando-a novamente enquanto nossos passos nos levavam para mais perto do quarto. Quando finalmente cruzamos a porta, empurrei-a para dentro, deixando-a tropeçar levemente antes de cair na cama com uma risada. Eu a o
Continuei beijando e mordiscando por seu corpo até chegar no meio de suas pernas, onde comecei a lamber perigosamente perto de sua buceta. Abri mais as pernas dela fazendo ela soltar uma exclamação de surpresa, mas logo gemeu baixinho quando eu pus as mesmas pernas em meus ombros. Minha língua fazia movimentos lentos no exterior de sua buceta, fazendo com que ela ficasse molhada sem que eu tivesse lambido onde ela realmente queria. O sabor de Scarlett era doce, mas ao mesmo tempo misturado com seu suor. Porra, ela era gostosa demais. Abri sua buceta com minha própria língua, me deliciando com aquela buceta molhada e quente, ela gemia sem conseguir se conter, mas isso ainda era pouco. Eu queria fazer ela gritar meu nome. Rosnei quando achei o clitóris, era aquele lugar que fazia qualquer mulher estremecer. Dei a devida atenção ali, chupando, sugando e lambendo na intensidade certa. A minha língua rodeava aquele pequeno monte de nervos como se
O sol ainda estava nascendo, e eu já estava acordando, pois sempre gostei de acordar nas primeiras horas da manhã. A janela estava aberta e a brisa que entrava carregava o aroma das flores do jardim, misturado ao cheiro de orvalho da manhã. Scarlett dormia ao meu lado, o rosto pacifico e belo como sempre, com os seus cabelos loiros espalhados sobre o travesseiro.Eu me movi com cuidado, para não acordá-la, afastando os lençóis e deslizando para fora da cama. Não precisei de muito tempo para chegar a conclusão que Scarlett poderia um pouco mais, ainda mais depois da noite cheia de diversão que tivemos.Abri a porta do quarto devagar, saindo para o corredor silencioso. A casa começava a despertar, mas o andar superior ainda estava tranquilo. Caminhei descalço pelo chão de madeira polida, descendo as escadas que levavam ao hall principal.Ao atravessar a grande porta de vidro que dava para o jardim, fui recebido por uma visão que sempre me fazia respirar fundo e sorri
— Estou, Colin. O que foi agora?— Você precisa ver o seu tablet. Agora.— Pode ser mais específico?— Não por telefone. Só veja o e-mail que te mandei. É urgente.Olhei para Scarlett, que me observava com curiosidade, antes de suspirar.— Certo. Vou verificar.— Problemas? — Scarlett perguntou, com a sobrancelha arqueada.— Espero que não. Mas algo me diz que o dia está prestes a ficar mais complicado.Eu me levantei, pegando o tablet na mesa ao lado, enquanto Scarlett continuava desfrutando do café da manhã. Ergui a mão para pedir que ela esperasse, minha atenção ainda focada em Colin.— Qual é a dessa urgência toda? Se isso for mais uma das suas piadas, Colin, eu juro que...— Não é uma piada! — ele me interrompeu, o tom mais firme agora.A seriedade na voz dele me fez apertar os olhos, tentando entender o que estava acontecendo.— Certo, vou dar uma olhada.— O que está acontecendo? — Scarlett perguntou, me estudando com o
Ethan Whitmore O cheiro de sangue impregnava o ar, aguçando meu olfato e fazendo meus instintos lupinos vir à tona. A floresta ao nosso redor era um santuário intocado pelos humanos, um lugar onde a natureza ainda reinava soberana e nos dava a liberdade de sermos os lobos que éramos. A luz do luar se filtrava por entre as folhas das árvore, criando sombras no solo úmido e coberto de folhas caídas. O ar era carregado com o perfume de pinheiros, terra molhada e a presença distante de um alce, nossa presa. Eu amava o poder que a caçada trazia. Não era a fome que me movia, mas a excitação de sentir minha força, minha conexão com meus irmãos, com a terra e com a fera que habitava dentro de mim. Éramos uma matilha, sempre unidos. Porra, lobos nunca estão sozinhos. Corríamos juntos em movimentos sincronizados. Minhas patas, ainda em meu corpo de lobo, se moviam em silêncio sobre o chão de terra macia. Meu pelo marrom escuro se camuflava entre os troncos e as sombras da florest