Mason foi para a fronteira e tanto ele quanto a fera estava alertas, e a bloodline libertou toda a raiva que sentia desde que Ayla esteve nas mãos de Nick Wolfram, deixou-o matar e perseguir os malditos rebeldes, mestiços e quem tivesse coragem de cruzar seu caminho, deixando para trás uma trilha de corpos e horror por onde passava. Mas, isso não era o suficiente, estavam inquietos, sentindo-se como se lhes faltasse algo. Mason voltou a forma humana, muito antes do que costumava, irritado pois sabia que sua presença na masmorra não seria o ideal para Ayla, pois em plena Lua Cheia poderia induzi-la a uma dolorosa meia transformação, já que havia o feitiço que impedia que ela se tornasse loba. Ele mesmo já havia passado algumas noites em uma, não era o lugar para Ayla, e aquilo estava deixando-o louco. Imaginava se ela estava com medo, se havia passado por alguma mudança, cada vez mais certo que deveria ter insistido com ela para que desistisse daquela ideia. Vestiu-se rapidamente, um j
Mason entrou na delegacia irritado. A marca ardendo em seu ombro, e a ideia de ir atrás de Ayla imediatamente parecia-lhe cada vez mais tentadora, mas definitivamente, por mais que estivesse louco por ela, a ideia de largar tudo para uma foda rápida no meio do dia era inconcebível. Era a porra de um alfa, afinal! E ainda que tivesse a impressão que seu lobo estava furioso por não se deixar levar pela luxúria, resistiria. Ou, pelo menos, lutaria bravamente contra seus desejos. Bateu a porta da sala, estava tenso, mal humorado. Que loba atrevida, afinal nem havia passado pela transição e se sentia no direito de marcá-lo. Nunca. Ninguém havia feito isso.Bebeu um grande gole do café que pegou no bistrô e o gosto de caramelo pareceu delicioso, então, tentou afastar Ayla de seus pensamentos mais uma vez, e concentrar-se no trabalho, o vandalismo correndo solto na cidade, em propriedades locais, como por exemplo a propriedade dos Devoe, uma tentativa de invasão na casa dos Kent. Havia bruxa
Ayla sentiu-se feliz por poder aproveitar a noite na boate, que estava bem movimentada, com as garotas e Mason, que a observava do bar enquanto ela dançava. Os efeitos da Lua Cheia estavam mais brandos, apesar de achar que com ou sem ela, a atração entre ela e o alfa só aumentava, e nem em suas fantasias mais escondidas havia imaginado um lobo entrando pela janela de madrugada para dormir com ela. Ele definitivamente despertava nela um fervoroso desejo, e claro, um pouquinho de ciúmes, como naquele instante, quando uma garota sentou-se ao seu lado no bar, sorrindo como uma tola e inclinando-se para Mason.Ele retribuiu o olhar de Ayla, pediu licença e foi ao seu encontro, fazendo várias mulheres olharem em sua direção, ele sabia realmente lidar com a impressão que causava, com a diferença que agora, seu interesse era somente nela, e não em todo rabo de saia que achasse atraente. Ele aproximou-se, e apontou discretamente para o anel superior, onde estavam alguns sombrios, então o acomp
Mason olhava para Stacy preparando o chá, enquanto aguardavam Ayla chegar. Estava preocupado com a situação que enfrentariam, o drama adolescente entre garotas, porém, estavam perto demais de conseguir o tal grimório. Não se importava com o drama naquele instante, que as garotas se entendessem depois, o importante para ele, era que retirassem de Ayla o feitiço que deveria ter controlado sua fera, pois a ideia de vê-la em correntes novamente deixava-o possesso.Ela não demorou, e logo chegou ainda vestida com a roupa da torcida, feliz, e contando sobre algum êxito escolar, enquanto Stacy perguntava se estava com fome, e oferecia a ela algo para comer, havia frutas, sanduíches, mas Ayla pediu apenas um pouco do chá, que tinha lá, claro, sua função. A conversa com o besouro não era novidade para Ayla, que ainda não entendia como a bruxa manter suas lembranças intactas com os insetos. Stacy explicou a ela, que o besouro era apenas um elemento do feitiço que os silenciava para o mundo exte
Ayla deixou a casa de Mason, depois de tentar convencê-los de que a única pessoa capaz de pegar o grimório de Ash era ela. Sama não iria ouvi-los, porque eles não conheceram Ash, eram as duas que compartilhavam algum tipo de ligação com o bruxo, mesmo que ele já estivesse morto, e dentro do que fosse possível, tentaria mostrar a amiga que não seria capaz de fazer qualquer feitiço que ele tivesse criado. Mas, antes de sair para onde quer que a aprendiz de bruxa estivesse, teria que se acalmar, e Stacy e Mason, querendo protegê-la, faziam com que se sentisse sufocada. Tinha certeza que Samarina não faria nada contra ela. Eram amigas, afinal, e acreditava que quais fossem os motivos que a levaram a pegar o livro sem pedir permissão, poderiam falar sobre isso, e tudo seria esclarecido. Antes de passar pelo portão de casa, enviou uma mensagem para Sama. "Eu sei que está com o livro. Estou indo buscá-lo." Nem precisou ver se ela havia visualizado, pegou a chave do carro e seguiu para a casa
Com o grimório aos cuidados de Stacy e Nalyh, Mason tratou de intensificar o treino físico de Ayla, o que para ela não era tão difícil, devido a genética e claro, o fato de que torcedoras costumam ser muito aptas para atividades físicas. Achava Ayla preguiçosa, e então exigia um pouco mais dela quando achava que já tinham corrido o suficiente, ela concordava, reclamando, mas o acompanhava. Sua maior urgência era fazer com que ela manejasse alguma arma com o mínimo de habilidade, e soubesse princípios básicos de defesa pessoal. Não teria tempo suficiente para prepará-la adequadamente, e isso teria que acontecer depois da transição, e sabia que dependesse de quem fosse seu mestre do outro lado da névoa, havia muitos sombrios que gostariam de atormentá-la nesse processo. Fosse por antigas desavenças suas, ou por não a achar digna depois de ter sido criada por humanos. Se no mundo humano, Ayla seria considerada forte, do outro lado da névoa, seria uma presa fácil para qualquer um, e não t
Ayla tentava conversar com a moça, depois de fazê-la sentar-se em um banco de pedra um pouco mais perto das árvores, para evitar que alguém a visse, o parque não era um lugar movimentado aquele horário, mas não queria dar margem à curiosidade de cidade pequena. Ela perguntava pelo "lorde", mas quando Ayla ou Mason tentavam fazer com que falassem quem era esse tal lorde, ela simplesmente não conseguia falar, e seguia balançando o corpo de forma mórbida, como se por alguns momentos estivesse entrando lentamente em um transe, então olhava para Ayla novamente e perguntava sobre o lorde.– Esse lorde – Ayla disse calmamente – é um lobo – viu que ela confirmou com a cabeça – é Lorde Valentim? – não achava que fosse ele, mas tinha que começar por algum lugar, e sabendo que era o título pelo qual Valentim era conhecido em seu mundo, foi sua primeira opção.– Não. Valentim é bom – ela respondeu, a voz era baixa, e sem emoção – o lorde não gosta dele.– Então, o lorde a quem você está falando é
Mason tentou de alguma forma entender que motivo Nick Wolfram teria para enviar lobos para atrás de garotas desse lado da névoa. Para ele não fazia sentido, afinal conhecia bem o sobrinho do rei, e ele não era o tipo de sombrio que se importava com o que acontecia deste lado da névoa. Ainda assim, tinha homens fiéis ao que estivesse propondo, afinal garotas haviam sido encontradas mortas, em sua percepção, era apenas Nick querendo vingança por achar que havia lhe tomado Ayla.Foi até a propriedade Devoe e entrou na mata a fim de ver se conseguia mais alguma informação com a garota, que Stacy havia lhe dito, que voltou para lá. Andou por entre as árvores a vegetação alta seguindo uma trilha por onde geralmente a família costumava passar e também e pessoas usavam como um trajeto mais rápido para o rio aonde podiam se pescar. Porém, quem não conhecesse o caminho poderia facilmente embrenhar-se na mata e até mesmo ter dificuldades para voltar. Já havia liderado algumas buscas de pessoas q