O alfa ainda tentava absorver tudo o que Valentim havia lhe dito sobre muito possivelmente ter que levar Ayla antes do previsto para o Reino Garou. O Lorde Sombrio temia pela segurança dela e dos Greenwood depois do episódio com as bruxas, havia outros covens, e certamente achavam que Ayla era uma ameaça. Falava-se em levar Ayla, mas ele deveria permanecer no mundo humano e não estava disposto a aceitar isso. Imaginava que os pais dela também não aceitariam bem essa mudança de planos, e por mais que Mason soubesse que pensavam no bem-estar e segurança de sua Luna, não o agradava a possibilidade de ficar longe dela.- Como está o General? - referia-se ao pai de Ayla, um lobo tão ou mais antigo que Valentim, de poucas palavras, decisões rápidas e temperamento volátil.- Você sabe - Valentim disse, aceitando o chá que Stacy lhe oferecia, agradecendo a bruxa com o olhar - Emrick Kester não é do tipo que se emociona, ele apenas me agradeceu por levar a ele a notícia que sua filha havia sob
Houve uma comoção na casa dos Greenwood. Ayla emudeceu diante das palavras do General, Rose precisou ser amparada, pois sentiu-se mal e Aidan, que havia acabado de sair do hospital, e estava recuperado, pareceu achar tudo aquilo um grande engano.– O senhor não vai levá-la – disse Aidan, aproximando-se de Ayla – o senhor não pode vir até aqui, achando que pode entrar em nossa casa e levar nossa filha embora.– Ela é minha filha, e não sairei daqui sem ela – Emrick encarou Aidan, que se colocava a frente de Ayla.– Senhores, por favor – Valentim disse, tentando controlar a situação, pois conhecia bem o temperamento de Kester, e o pouco que conhecia de Aidan era suficiente para que tivesse certeza do quanto ele amava a filha – vamos nos acalmar, se não pelos senhores, mas por Ayla.– Valentim – ela tocou o braço do Lorde Sombrio que a olhou por um momento, entendendo que ela precisava de ajuda.– Senhores, talvez queiram saber o que Ayla acha disso – ele apontou uma poltrona para Emrick
Ayla retornou dois dias depois e quando Mason parou a moto em frente a casa dos Greenwood, Rose veio recebê-los, feliz em ver que ela estava bem. Havia conversado com seu alfa e tomado algumas decisões, que talvez lhe desse tempo para que fizesse o que desejava antes de partir para o outro lado névoa, e então estava disposta a chegar a um acordo, que fosse justo para todas as partes envolvidas.Ela mesma tomou a iniciativa e disse a Rose que organizaria um jantar, que pretendia chamar para a ocasião Valentim, o General, Stacy, Ivan e Padre Simon. Não ligaria, enviaria convites, escritos por ela mesma, e enfatizando que seria um momento de entendimento, então, não deveriam vir armados, escoltados, ou com reservas sobre quem estaria presente. O ideal era que fossem todos com um bom apetite, a mente e o coração aberto, tanto para ouvir como para falar.Passou o dia exercitando sua bela caligrafia enquanto decidia com Rose o que iriam preparar para os convidados. Em nenhum momento foi que
Ayla estava conferindo se estava tudo certo para o jantar, esperta, havia consultado Stacy, que conhecendo os sombrios convidados para a ocasião, disse a ela o que gostavam de comer e beber. Fez o seu famoso pudim, e pediu a Mason que providenciasse algumas garrafas de vinho da campina, queria ter certeza de que seus convidados notariam que tudo foi feito para agradá-los. Escolheu um bonito vestido azul, simples, de mangas longas, e usava botas de cano baixo, confortáveis, Rose prendeu seus cabelos em uma trança, e deu a ela algo que Ayla não tinha ideia que guardava. Uma pulseira, simples mostrando as fases da lua entre dois pequenos diamantes.– Era da sua mãe – Rose disse visivelmente emocionada – ela disse que eu saberia o momento de entregar a você, e não me ocorre um melhor do que este jantar.– Eu nem sei o que dizer – Ayla olhou para a joia que sua mãe colocava em seu pulso.– Hoje a noite, algo me diz, que nós duas estaremos ao seu lado – Rose sorriu para Ayla, deixando-a ter
O alfa estava na delegacia quando Sylvie bateu a porta, e entrou logo em seguida, falando apressadamente sobre o boato pela cidade, de que ele estaria se desligando de suas funções e que partiria em poucas semanas. Ela falava sem parar, e o xerife parou o que estava fazendo para tentar prestar atenção.– O senhor e a Srta. Greenwood terminaram? – ela perguntou, sem nem disfarçar que a ideia a agradava – é por isso que está saindo da cidade?– Não... – pensou se era aquilo que as pessoas estavam comentando – na verdade eu pedi a mão de Ayla ao Sr. Greenwood.– Oh ... – a moça parecia chocada – tão rápido, xerife – um sorrisinho dissimulado brincou em seus lábios – ela não está grávida, está?– Não que isso lhe interesse, Sylvie, mas não, não está – achava confuso que alguns humanos se sentissem na obrigação de se unir porque a mulher estaria ou não esperando um filho, em seu mundo, filhos fortaleciam uniões. No caso de alguns humanos, pareciam ser inclusive motivo de separação.Gostava
Passava das onze da noite quando Ayla olhou para a névoa a sua frente enquanto achava que já havia chorado o suficiente ao se despedir de Cassie e Anne. Não teve coragem de olhar para trás quando deixou a casa da família, e mesmo que Aidan e Rose estivesse ali, apoiando-a, ela sabia que mesmo que ninguém tivesse culpa, vê-la ir para longe deles, partiria seus corações. Mason também esteve calado durante o trajeto, não havia maneira de tornar fácil uma despedida. Sua vida havia mudado completamente, e não havia como recuar, seu lugar não era ali. Ayla tinha plena consciência de que muitos gostariam de estar em seu lugar, afinal viviam mais, eram mais fortes, mais rápidos, contavam com uma aliança entre outros seres capaz de mantê-los ocultos, sem falar que estava indo para outro reino sabendo que sua linhagem era respeitada e temida, ostentando o título de Luna.No dedo anelar direito a lembrança de que seu Alfa logo estaria com ela, e a certeza de que seriam felizes. Mas também haviam
Os primeiros dias de Ayla no Vale Minguante foram de uma adaptação um pouco mais difícil do que ela esperava, a verdade é que ela mal saía do quarto, estava apavorada, e Valentim deu a ela o espaço que ele como ninguém sabia que ela precisava. Até que pensou que talvez um pouquinho de treino, como Mason vinha fazendo com ela, pudesse deixá-la mais à vontade, afinal, era uma atividade a qual ela já estava habituada. E foi após uma manhã de treinamento que Valentim a apresentou a Celeste Sable, a quem Ayla já conhecia de nome. Era uma moça muito bonita, como seus cabelos loiros escuros, rosto delicado e olhos esverdeados. Celeste vestia-se de maneira simples, mas muito elegante, e não demorou a notar que ela não tinha uma queda por Valentim, e sim um verdadeiro penhasco!Com Celeste, passou passava a maior parte do tempo aprendendo sobre os costumes no Reino Garou e estava surpresa em como eles conseguiam estar tão ligados à tradições antiquadas como o quanto aderiram a tecnologia fora
Mason adorou ver os olhos de Ayla se iluminando quando ela teve a primeira vista da Campina Dourada, o sol já estava alto, os parreirais carregados, uvas prontas para serem colhidas, em parte seriam vendidas a outros reinos e a produção de vinho deveria aumentar nos próximos meses. A uvas da campina tinham uma leve coloração dourada o que dava a impressão à luz do dia de que nas proximidades da casa principal, onde Mason vivia, era que realmente a campina era dourada. Estava feliz por finalmente levá-la para casa, e a ideia de ela cumpriria lindamente o papel de Luna o agradava, pois durante sua apresentação a corte, ela havia deixado uma ótima impressão.A casa não devia nada a de Valentim, e também parecia um palacete, e como ambos já eram esperados, encontrou seu funcionários todos os aguardando quando chegaram. Percebeu que Ayla ficou ligeiramente nervosa pois todos os olhos voltaram-se para ela, mas assim que ele foi a apresentando, relaxou e comportou-se de maneira encantadora,