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Peter era um companheiro cuidadoso e dedicado. Helena se estabilizava, rapidamente, com a presença dele. Bruce não conseguia distinguir qual a interação deles que fazia aquele milagre se manifestar: o chefe, o amigo ou o amante. Ela era dona de complexidades difíceis de entender e observar, nitidamente.

Ele aprendia a cuidar dela, tirava suas dúvidas com Bruce e o corpo técnico. Aprendia a diagnosticar a crise que precisava de assistência médica e a que era questão de aguardar.

Na tarde do terceiro dia, Helena fechou os olhos e recostou no banco do passageiro, acomodando-se, aninhada. O movimento lhe dava enjôo. Não havia reagido a uma crise de abstinência, como esperado. Bruce definia que ela já havia passado aquilo e o corpo não se sensibilizava mais, havia se adaptado, como o veneno que se torna menos letal por seu consumo constante.

Ele a via de relance, o deserto ao fundo. Ela era deslumbrante. Peter estava feliz de levá-la para casa. Planejava construir a vida perfeita com
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