Conseguimos disfarçar bem, fomos falar com o Léo que estava acompanhado da recém esposa e do André, e eu evitei demonstrar o quanto estava incomodado com a presença dele.Quando o Léo olhou pra Kiara, ele estranhou os olhos dela vermelhos.— Estava chorando mãe?— É claro Léo, que mãe não choraria no casamento de um filho?Ele sorriu, e eu também, mas por dentro eu estava triste por saber que aquelas lágrimas foram causadas pela nossa conversa.— Obrigada por deixar tudo lindo Kiara, eu sei que você fez o papel de uma mãe, e apesar de eu ficar triste por não ter tido a minha mãe por perto nesse momento tão importante, eu estou feliz por você ter tornado esse momento possível, e pode ter certeza que eu farei o seu filho muito feliz.A Vitória tinha uma delicadeza na voz, e uma emoção no olhar, e isso fez a Kiara voltar a chorar e abraça-la.— A sua mãe saiu sem falar com vocês, Vitória?O André perguntou.— Sim papai, eu não vi mais ela depois dos votos, a gente se enterteu falando com
O meu primeiro destino foi Paris. A cidade do amor parecia um bom começo, embora tivesse deixado o meu amor pra trás.Depois de hospedado em um bom hotel, com excelente localização, eu pensei em como viveria aquele ano deixando claro pra Kiara as minhas intenções e que em nenhum momento pensava em desistir dela.Foi então que a ideia surgiu na minha mente de forma natural, ela precisava se sentir amada, e foi exatamente isso o que eu fiz, em todos os momentos, pois em todos os lugares que eu ia, eu pensava nela.Eu liguei pra uma Floricultura perto da nossa casa, e encomendei rosas vermelhas e mandei que escrevessem um cartão, mandei entregar a noite, pois eu sabia que ela estaria em casa nesse horário...Meu amor...Fazem apenas alguns dias, e eu já estou morrendo de saudades, principalmente por visitar lugares que você gosta e não ter você aqui comigo.Hoje eu caminhei pelos Jardins de Luxemburgo, senti a magia da Torre Eiffel iluminada à noite, e me perdi nas galerias do Louvre.
Algumas semanas após o incidente em Praga, minha vida parecia um redemoinho. O peso do que aconteceu com Viviane ainda pairava sobre mim, e eu mal conseguia dormir, o mais difícil foi ignorar todas as ligações do Léo e da Viviane, eu não queria ter que lidar com os olhares supostamente acusatórios deles, embora já tivesse sido confirmado que a culpa não era minha, eu não deixava de senti culpa, e o meu ano sabático havia se tornado em um pesadelo.Meus pensamentos estavam sempre com Kiara, e eu até cheguei a pensar que ela me ligaria, mas ela foi a única a não ligar, e eu também não mandei mais nenhum buquê de rosas, afinal, depois da morte da Viviane eu voltei pra Paris, e não visitei mais nenhum outro lugar, eu estava praticamente vegetando e sentindo pena de mim mesmo.Dois meses depois, eu decidi finalmente atender as milhares de ligações que o Léo fazia por dia, e a minha voz quase não saía.— Oi filho.— Pai? Meu Deus pai, por onde o senhor anda? Como você some desse jeito?— De
Ali estava ela, Kiara, com um olhar misto de expectativa e determinação.— Kiara, meu amor...A minha voz saiu rouca, carregada de tudo o que eu sentia naquele momento, era algo inexplicável, eu não conseguiria definir o que senti nem se eu tentasse.— Eu senti tanto a sua falta, Lucas. Ela disse, caminhando em minha direção e envolvendo os braços ao redor do meu pescoço.Meus olhos se encheram de lágrimas enquanto eu a abraçava com força, sentindo o calor e a familiaridade de seu corpo contra o meu. Finalmente, ela estava comigo.— Eu realmente preciso de você nessa viajem.Falei no ouvido dela, e ela se afastou um pouco e olhou no fundo dos meus olhos, o amor estava lá, eu reconheceria aquele olhar mesmo com a passagem de um trilhão de anos.— Eu vou pra qualquer lugar que você for.Ela disse com um sorriso nos lábios.Eu a beijei com toda a minha saudade acumulada, até sermos interrompidos pelo taxista que pigarreou...Nós começamos a rir e eu ajudei a colocar a mala dela no táxi.
Acho que quando um cara chega na fase adulta, tudo o que ele deseja é não sair por aí fazendo merda, e eu bem que tentei seguir um padrão de vida consciente, e longe de bucetas e bundas que não fossem da minha namorada. Mas a evolução dos anos fizeram das mulheres seres absurdamente perigosos e de atitudes, que por muitas vezes colocam o homem em uma situação bastante difícil, afinal como um homem iria conseguir fugir de uma mulher obstinada a tê-lo? Principalmente quando essa mulher mora na mesma casa que ele?Definitivamente a minha mãe deveria continuar exercendo o papel de onça protetora, mas ela estava longe de descobrir que estava colocando uma predadora dentro da nossa casa.Ter uma meia irmã não parecia algo ruim, eu até que gostei da idéia, mas eu não sabia que ser homem nessa geração de mulheres malucas iria fazer de mim alguém que eu sempre lutei pra não ser, um verdadeiro inconsequente. Chegou o dia do casamento da minha mãe com um amor da juventude dela, eles já moravam
Eu dei as costas pra ela sentindo cara vibração do meu corpo, era como se além da minha mente ele também tivesse possuído pelo espírito de vingança.Pelo vidro da sala eu via a reação dela, pasma e ao mesmo tempo sem entender o que eu quis dizer. Meu padrasto e minha mãe trabalhavam juntos em uma empresa que tinha filiais espalhadas por 13 países. Suas funções obrigavam eles a passarem mais tempo viajando, do que em casa, e aconteceu deles precisarem viajar logo quando eu iria começar o meu processo de vingança. Eu não chegava a ser um deus grego, mas existiam umas garotas que viviam dando em cima de mim, e por eu estar solteiro, eu estava disposto a dar uma chance pra elas, a começar pela Marcela.Eu a chamei pra ir na minha casa a noite, bem na hora da novela da Kiara, claro que o meu convite foi algo especial que eu havia preparado pra Kiara.Quando a kiara percebeu que se tratava da melhor amiga dela, ela teve um ataque de fúria e começou a gritar comigo e com ela. Foi épico. —
Eu saí do meu quarto e fui até a porta do quarto dela, e tentei reconhecer a voz do cara que estava lá dentro com ela, e antes que eu pudesse derrubar a porta, ela começou a gritar o meu nome, como se tivesse fazendo sexo com ele pensando em mim.— Você é doente garota? Para de gritar o meu nome, sua maluca, e manda esse cara ir embora agora.Falei indignado, porém ela me ignorou e gritou mais alto ainda, falando todos os tipos de palavras que eu jamais ouvi de uma mulher.Eu olhei pro corredor tentando acreditar que aquilo era só um sonho, mas logo eu reconheci aquela voz, e percebi que tudo aquilo realmente estava acontecendo, e ao perceber de quem se tratava, eu quis matar ele.— Eu não acredito nisso! — A vingança é um prato que se come frio Lucas.A Kiara disse enquanto gargalhava alto do outro lado da porta.Eu esmurrei a porta três vezes e fui pro meu quarto, eu fiquei andando de um lado pro outro pensando em matar aquele cretino que estava com a Kiara.— Como ela foi capaz de
Eu mal tinha terminado a frase, e já me encontrava no chão, com um chute na boca do estômago que me deixou sem ar.— Suellen, por favor, me perdoe, eu não sei o motivo de eu ter pronunciado o nome dela.A Suellen voou em cima de mim com uma força e um ódio que eu nunca tinha visto antes. A medida que ela ia me batendo, ela ia chorando e gritando, como se tudo o que ela quisesse fazer era me matar. — A quanto tempo você fica comigo pensando nela? Não acredito que você foi capaz de me chamar de Kiara, chega a ser nojento você me beijar e pensar nela. Que tipo de doente é você? Isso só pode ser um pesadelo, eu confiava em você e você acabou com tudo.Eu aguentei tudo sem segurá-la, eu deixei que ela extravasasse toda a raiva dela em mim, pois eu sabia o quanto aquilo era pesado de se ouvir, eu no lugar dela estaria me sentindo um lixo.Ela se cansou de me bater e saiu de perto de mim com o rosto vermelho. Eu me mantive em silêncio, sentado no chão, rasgado do peito até o pescoço, fora