CAPÍTULO 3

Eu saí do meu quarto e fui até a porta do quarto dela, e tentei reconhecer a voz do cara que estava lá dentro com ela, e antes que eu pudesse derrubar a porta, ela começou a gritar o meu nome, como se tivesse fazendo sexo com ele pensando em mim.

— Você é doente garota? Para de gritar o meu nome, sua maluca, e manda esse cara ir embora agora.

Falei indignado, porém ela me ignorou e gritou mais alto ainda, falando todos os tipos de palavras que eu jamais ouvi de uma mulher.

Eu olhei pro corredor tentando acreditar que aquilo era só um sonho, mas logo eu reconheci aquela voz, e percebi que tudo aquilo realmente estava acontecendo, e ao perceber de quem se tratava, eu quis matar ele.

— Eu não acredito nisso!

— A vingança é um prato que se come frio Lucas.

A Kiara disse enquanto gargalhava alto do outro lado da porta.

Eu esmurrei a porta três vezes e fui pro meu quarto, eu fiquei andando de um lado pro outro pensando em matar aquele cretino que estava com a Kiara.

— Como ela foi capaz de ir pra cama com o meu pior inimigo? Ela vai me pagar caro.

Um tempo depois houve um silêncio total na casa, eu já tinha tomado um banho gelado, e ao sair do quarto me deparei com aquela cena deplorável.

A Kiara de mãos dadas com o Rubens.

O Rubens era o tipo de cara que não respeitava a namorada de ninguém, além de ser o ex da Suellen.

Esse cara infernizou muito a minha vida na tentativa de voltar com a Suellen depois de tê-la traído, ele fez merda mas não se conformou quando ela deu um pé na bunda dele. Tanto ele fez, que eu acabei perdendo o controle na época e entrei na porrada com ele, e isso sempre acontecia quando a gente se encontrava, nada me tirava da cabeça que ele vivia seguindo a gente só pra confrontar e intimidar ela.

Na nossa última briga, eu saí com a testa rasgada, e ele com o nariz esfolado, foi preciso três seguranças pra apartar a briga.

Então ao vê-lo na minha casa, eu pirei.

— Seu escroto, como você tem coragem de entrar na minha casa? Eu gritei.

Não durou 2 segundos e eu já estava socando esse cara dentro da minha própria casa, e a kiara tentando separar a gente.

— Para Lucas, por favor...

Eu dei um murro nele e ele devolveu, até a kiara começar a chorar e nós dois pararmos por conta própria.

— Tira esse cara daqui, antes que eu mate ele, e depois disso, nunca mais olha na minha cara kiara, você foi longe demais.

— O que foi Lucas? Tá indignado porque eu consegui ter a Kiara e você não?

Eu fui feito um bicho selvagem pra cima dele novamente, e esse cara nunca apanhou tanto na vida dele, o que ele disse me deixou fora de mim, e eu não sei de onde eu tirei tanta força pra esfolar ele daquele jeito.

Depois de vê-lo agonizando no chão de dor, eu voltei pro meu quarto com um ódio que eu nunca havia sentido antes, nem mesmo quando o motivo da briga era a Suellen.

As batidas na porta interromperam os meus pensamentos sombrios, e então a grande causadora de tudo abriu a porta que eu havia esquecido de trancar.

— Posso entrar?

— Vai pro inferno Kiara.

— Lucas, por favor, vamos conversar? Deixa eu ver o seu rosto?

— Sai daqui! Berrei.

Ela ficou assustada e acabou respeitando o meu espaço, eu estava com ódio dela.

Durante o dia eu só saí pra pegar comida e logo voltei pro quarto e fiz isso no dia seguinte também, pois tudo o que eu menos queria era olhar pra cara dela.

Ela bateu na porta por três vezes e eu ignorei todas elas.

Nada me tirava da cabeça que ela foi capaz de levar o meu pior inimigo pra dentro da nossa casa, ir pra cama com ele e ainda chamar ele pelo o meu nome.

Ele era tão filho da puta, que se aproveitou da situação pra me atingir, sabendo que eu certamente os ouviria.

A kiara era linda, ela nunca quis namorar sério com ninguém, e era cheio de caras correndo atrás dela. Pra ela era muito fácil conseguir qualquer um deles, ninguém teria coragem de dizer não pra ela.

Eu já estava cheio daqueles pensamentos e então eu resolvi ligar pra Suellen, eu pensei que ela não atenderia, mas atendeu.

— Fala Lucas?

— Oi, eu estou com saudades.

Ela ficou em silêncio, e eu continuei...

— Eu posso ir aí pra gente conversar?

— Deixa que eu vou aí. E desligou.

Eu fiquei surpreso, afinal ela deu uma resposta tão rápida que eu pensei que talvez ela quisesse dar uma nova chance pra gente.

Uma hora depois a Suellen tocou a campainha, eu saí do quarto correndo pra tentar impedir que a kiara abrisse a porta, mas ela já estava atendendo.

— O que você está fazendo aqui?

— Olha só você Kiara, resolveu andar vestida agora?

Antes que a kiara pudesse retrucar, eu pedi pra Suellen subir, enquanto a Kiara ficou me encarando como se tivesse ficado desapontada.

Foi estranho aquele olhar, mas eu não podia fazer nada além de ignorar, afinal eu não havia esquecido o que ela fez.

Ao entrar no quarto a Suellen foi logo perguntando com quem eu havia brigado e eu fui sincero.

— Com o Rubens.

— Como assim? Porquê?

— Porquê eu encontrei ele aqui em casa com a Kiara.

— Você brigou com ele por ciúmes da Kiara? Ela perguntou com um pouco de mágoa na voz.

— Não, é claro que não, eu só não gostei de ver ele dentro da minha casa.

— Você sente alguma coisa pela Kiara Lucas? Não minta pra mim.

— Eu não sei porque você colocou isso na cabeça amor, eu não sinto nada pela Kiara, eu já falei o motivo da briga, você sabe que eu não suporto o Rubens.

Ela não engoliu muito a minha explicação, mas não me questionou mais sobre isso.

Eu tentei beijar ela e ela cedeu.

Eu estava tentando a todo custo não pensar na kiara.

Apesar de eu gostar muito da Suellen, eu senti que a nossa ligação não era mais a mesma, mas eu continuei o beijo, pois no fundo eu acreditava que a gente pudesse tentar de novo.

Enquanto eu tentava ter um momento íntimo com ela, eu lembrei das palavras da Kiara enquanto estava com o Rubens, aquilo não deveria estar passando pela a minha mente, mas parecia algo que eu não tinha controle nenhum.

Enquanto eu beijava a Suellen e lutava pra não pensar na Kiara, a minha boca criou vontade própria e pronunciou o único nome que eu não podia pronunciar naquele momento...

— Como eu te desejo Kiara.

As palavras saíram da minha boca como navalhas afiadas, poderosas o bastante pra cortar o coração da Suellen ao ponto de destruí-lo.

Quando eu percebi a besteira que eu tinha falado, já era tarde, o olhar cheio de lágrimas da Suellen já deixava claro que ela já estava destruída.

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