- Victor, você estava falando a verdade quando disse que foi aquela garota que te beijou? - Perguntei após o nosso beijo.
- Sim. Eu juro. - Falou quase adormecendo.
Eu sorri apenas e Victor acabou dormindo, também, estava doente e devia estar bem cansado. Ao acordarmos no dia seguinte Victor já estava se sentindo melhor, estava um pouco febril ainda, porém a febre estava bem mais baixa do que no dia anterior.
- Como você está se sentindo? - Perguntei assim que o garoto acordou.
- Melhor, também com um médico como você qualquer um melhora.
- Obrigado. - Falei ao sorrir envergonhadamente.
- Manuel, me perdoa. Eu juro que eu não quis ficar com aquela garota, foi ela que me beijou a força. Acredita em mim por favor.
Eu olhei bem no fundo dos olhos de Victor e algo dentro de mim me dizia que ele estava falando a verdade, eu pude ver sinceridade em seu olhar, e
Acordei com minha irmã chamando por mim, assustado perguntei o que havia acontecido, pois acabei demorando alguns segundos para lembrar dos últimos acontecimentos.- Eu estava morrendo de medo e me tranquei no meu quarto, sai só quando escutei o barulho do carro do Giovanni. - Falou minha irmã enquanto eu me levantava e me recordava do que havia acontecido minutos atrás.- Não me diga que aquele infeliz fugiu. - Falei indignado com aquela hipótese.- Se você quiser eu digo que não, mas a verdade é que ele fugiu sim. - Falou Karol.- Maldito!Eu e Karol estávamos vendo televisão quando a nossa mãe chegou do serviço e assim que isso ocorreu eu e minha irmã nos sentamos com ela para contar o que acontecera. Mamãe ficou chocada e chorou muito, não queria crer no que escutara e depois de desabar em lágrimas ela perguntou para minh
Nós morávamos na mesma rua e estudávamos no mesmo colégio desde a nossa infância. Eu sabia seu nome, a data de seu nascimento, onde ele morava e toda sua vida, já ele não sabia nem como eu me chamava, eu não existia para aquele rapaz. Victor era o garoto mais popular do colégio, na verdade não sei se popular era a palavra certa, pois ele não tinha muitos amigos, mas todo mundo sabia quem ele era, havia até boatos de que ele era garoto de programa, mas eu nunca acreditei nisso não, pois ele era lindo e hétero, podia ter a garota que ele quisesse num piscar de olhos, não precisava fazer isso para conseguir sexo com facilidade, aqueles olhos azuis já conquistavam tudo e um pouco mais. Eu, por minha vez, era gay assumido mas não era afeminado e nem nunca fui de expor isso para todo o mundo, mas o pessoal do meu convívio sabia que eu gostava de
Era quase 20h quando fomos para as nossas casas e combinamos de ir juntos para o colégio no dia seguinte e foi o que aconteceu, percebi então que de fato havíamos nos tornado amigos, o que me deixou muito contente.- Tem namorada? - Perguntou Victor enquanto íamos para o colégio.- Hã... Não. - Respondi timidamente. - E você?- Solteiro sim, sozinho nunca. - Brincou ao dar um leve sorriso malicioso. - Você não é virgem não, né?- Hã... Ah, não, claro que não. - Falei um pouco envergonhado. - E você também não é, né?- Óbvio que não. Perdi com treze anos. - Falou.- Legal. - Eu disse meio sem graça.Treze anos? Meu Deus! Eu com treze anos era uma verdadeira criança. Quem que perde a virgindade com treze anos? Só o Victor mesmo. Fiquei bem surpreso com su
Nós ficamos conversando um pouco na sala, eu, Victor e seus irmãos que pareciam ser bem legais, e eles eram tão divertidos quanto o irmão mais velho, acho que era de família.- Que tal a gente pedir algumas pizzas? - Sugeriu Victor após algumas horas de conversa.- Demorou. - Respondeu Chris bastante empolgado.Enquanto Victor ligava para uma pizzaria para pedir as pizzas, eu fiquei jogando vídeo game com o Chris e com a Ari e por coincidência ou não, era o meu jogo preferido: Crash. Eles gostavam do mesmo jogo que eu, era muito surreal isso. Ficamos jogando play até as pizzas chegar, o que aconteceu cerca de uma hora depois. Victor pagou as pizzas e eu até quis ajudar, mas ele se negou dizendo que eu era visita e seria tudo por conta dele, o entregador pegou o dinheiro e foi embora.- Atacar. - Gritou Ariele .Eu ajudei eles a colocar a mesa e começamos a comer at&e
O filme estava muito legal, embora muitas vezes eu tivesse ficado com medo e como se não bastasse isso Victor ainda ficava rindo da minha cara e dizia que eu estava parecendo uma garotinha, o que me deixou bastante irritado porque mesmo eu sendo gay odiava que falassem que eu pareço uma garota, o que não era verdade., as vezes, eu achava que ele fazia isso só para me irritar porque ele sabia que eu não gostava disso.Após o cinema eu peguei as minhas coisas na casa do Victor e voltei para a minha casa, mamãe e Karolayne queriam saber tudo que havia acontecido na casa de Victor e eu falei das pizzas, do filme que a gente vira em sua casa, só não mencionei a parte que a gente matara aula, porque senão mamãe ia matar seria eu. No ano passado eu resolvi matar aula com meus amigos porque a gente tinha prova de física e estávamos muito mal na matéria, então r
- Fala. - Falei ao atender o telefone.- Onde vocês estão? - Perguntou Giovanni.- Eu estou fazendo um lanche com um amigo e a Karol está na casa da Evelyn. - Tomeium gole de refrigerante.- Não vem muito tarde para casa que eu vi que vai cair um temporal hoje e pode deixar que eu busco a Karol. - Falou Giovanni que aparentemente parecia estar sóbrio.- Ok. Pode ir buscar a Karol. - Falei.Desliguei a ligação e guardei o celular no bolso traseiro da bermuda. Dei mais um gole em meu refrigerante.- Era meu padrasto. - Falei.- Ele vai buscar a sua irmã e você não se preocupa com isso? - Perguntou Victor.- Não. Pois ele parecia estar bem no telefone, conheço o jeito dele falar quando ele bebe e ele não havia bebido portanto a Karol não corre perigo com ele dessa vez. - Falei despreocupadamente enquanto terminava de comer.
Karol adorou Victor e logo já foi perguntando se podia andar de bicicleta com ele, que acabou aceitando, depois de percorrer quase o bairro todo paramos nossas bikes em um rio e começamos a nadar, Victor e eu nadamos apenas de bermuda e Karol nadou de roupa mesmo por ser menina, foi uma manhã e tanto, nos divertimos bastante, Victor era tão legal, eu estava tão feliz por finalmente sermos amigos.Voltamos para casa para almoçar, mas marcamos de sair à tarde.- Manuel, preciso te contar uma coisa. - Falou Karol com a voz trêmula enquanto almoçávamos.- Quando você me chama de Manuel é porque aí tem. O que foi dessa vez?- A minha professora quer falar com o meu responsável, só que mamãe trabalha o dia todo e Giovanni não é nada meu, então só sobrou você. – Falou Karol enquanto eu servia mais comida para ela.<
Chegamos lá antes do sinal tocar, a minha irmã me apresentou sua professora e depois foi brincar com os seus amigos. Engoli em seco de nervosismo por imaginar o que a professora da Karol podia querer comigo.- Por que não veio os pais da Karolayne? - Me perguntou a professora.A professora de Karol era uma moça jovem, loura de olhos castanhos e muito bonita, devia ter por volta de uns vinte e cinco anos e parecia ter muita paciência com seus alunos, não era a toa que minha irmã me falava muito bem dela.- O pai dela morreu há alguns anos e nossa mãe trabalha muito e não tem como faltar o serviço, mas pode falar comigo, eu sou irmão mais velho dela e passarei qualquer coisa para a nossa mãe. - Falei.- Ok. Sabe, a Karolayne sempre foi uma das minhas melhores alunas, sempre foi a primeira a acabar a tarefa, super inteligente, ela corrigia comigo todas as questõe