Helena, claro, sabia muito bem o que estava acontecendo. Por isso, ela não rejeitou diretamente a proposta. Quem não gostaria de dinheiro, não é? Mas ela também não era boba. Bruno, naturalmente, não daria aquilo de graça. O dinheiro dele não era fácil de se conseguir. Ela sorriu levemente e disse:— O que eu preciso fazer em troca?Bruno a olhou com franqueza, sem rodeios:— Colaborar com o Plano Mia, colaborar comigo na cama.— Bruno Lima!— Eu tenho necessidades fisiológicas como homem.Helena não aceitou imediatamente, mas respondeu com calma:— Vou pensar a respeito.Bruno então tirou um contrato do bolso e o entregou para ela.— Aqui está o contrato. Você pode levar para um advogado analisar. Se tiver outras condições, podemos negociar. Helena, não há sentimentos de amor entre nós, mas ao menos fomos casados. Pondere bem.Helena concordou em pensar, mas ainda assim decidiu ir embora. Disse que não ficaria para passar a noite. Bruno não a impediu.Naquela noite, ele ainda tinha
Depois que Helena se foi, Bruno foi a um lugar.O terraço do Edifício Coolidge.O vento da noite soprava forte, levantando os casacos negros de dois homens, como se fossem águias negras prestes a se lançar na caça. O clima entre eles estava tenso, sem que fosse possível dizer quem ganharia a disputa.Bruno, de costas para o vento, acendeu um cigarro e deu uma tragada profunda. Seu rosto magro, ainda mais marcado pela força do gesto, fazia seus traços parecerem mais intensos e profundos, aumentando a sua imponência.Depois de fumar metade do cigarro, Bruno olhou para Manuel e, com a voz gélida, disse:— Cancelaremos a parceria. E, sobre o processo de divórcio com a Helena, não será mais necessário seguir com ele por enquanto. Se algum dia eu precisar, outro advogado irá cuidar disso...Manuel, surpreso, perguntou:— Por quê?Bruno atirou o resto do cigarro no chão e o apagou com a sola do sapato. Seu tom de voz ficou ainda mais frio e cortante.— Manuel, você me pergunta o por quê?No i
Helena estava muito grata à Sra. Cunha.Ela ainda estava hesitando quando recebeu um telefonema da Mansão dos Lima, dizendo que o Diogo queria conversar com ela.Quem ligou foi Tomás. A família Lima era extremamente rigorosa em termos de etiqueta, e, naquele momento, Helena era uma convidada de Diogo. Assim, Tomás, mesmo como patriarca, foi educado e cortês ao falar com ela.Tomás disse:— Independentemente do que houve entre você e o Bruno, dê essa consideração a ele! Meu pai sempre gostou muito de você.Helena concordou....O início do inverno chegou.O jardim da família Lima era encantador em todas as estações do ano.Helena estacionou o carro e, assim que desceu, viu Tomás. Ele veio pessoalmente guiá-la até Diogo, demonstrando a importância que davam a ela.No caminho, Tomás conversou casualmente com ela, sem mencionar Bruno.Helena também não tocou no assunto.Ao chegarem ao escritório de Diogo, a secretária de Tomás apareceu e sussurrou algo em seu ouvido. Enquanto eles conversa
Helena se debateu um pouco, respondendo:— Ainda não decidi.— Então decida agora. — Disse Bruno.A voz de Helena esfriou:— Isso é uma ameaça ou uma tentativa de me convencer? Bruno, não me trate como uma idiota.Antes que Bruno pudesse responder, a voz de Diogo veio de dentro do escritório:— Se vocês querem exibir o amor de vocês em público, vão para outro lugar, não fiquem aqui irritando um velho solitário como eu.Seguiu-se um longo silêncio...Bruno baixou a cabeça e olhou para Helena. Depois, segurou sua mão e a conduziu até seu carro enquanto dizia:— Vou te levar para ver o Filipe.Assim que entrou no carro, Helena percebeu que era o familiar Maybach preto. Era o carro que ela e Bruno usavam nos dois primeiros anos de casamento, quando ainda dependiam um do outro e só tinham um ao outro. Muitas lembranças intensas vieram à tona.Helena sorriu levemente. Para alcançar seus objetivos, Bruno realmente não poupava esforços.Ela colocou o cinto de segurança e disse em um tom indife
Helena não demonstrou muito orgulho, apenas se levantou do divã macio, foi até a mesa e serviu um copo de água morna para Bruno. Ela se sentou à beira da cama de bambu e entregou a ele, dizendo calmamente:— Você dormiu por duas horas, já são quase quatro da tarde.— Está com pressa? Você tem algum encontro marcado?Bruno pegou o copo, mas em vez de beber, o colocou no criado-mudo ao lado. Em seguida, puxou Helena para si, a segurando firmemente contra seu peito, separados apenas pelo fino casaco de caxemira.Seu corpo era quente e firme. Helena se sentiu desconfortável e protestou:— Me solta.Mas, sentindo a maciez dela entre seus braços, como Bruno poderia soltá-la tão facilmente?Ele roçou os lábios contra o rosto dela, sua voz rouca e envolvente, carregada pelo efeito do álcool:— E então, já decidiu sobre nós?Helena não queria falar sobre isso, mas Bruno insistia.Ele a beijava sem parar, seu rosto levemente ruborizado pelo vinho, a expressão era irresistivelmente sedutora. Ele
Às oito da noite, Helena e Bruno retornaram à Mansão Belezas.Depois de tantos dias, tudo parecia igual, mas as pessoas já não eram as mesmas.As empregadas da mansão sempre gostaram de Helena. Ao saberem que a senhora da casa havia voltado, todos se alinharam no hall de entrada para recebê-la com entusiasmo:— Senhora, bem-vinda de volta!— Parabéns ao senhor e à senhora por terem se reconciliado.— O jantar já está pronto. Os senhores vão comer juntos?Helena esboçou um leve sorriso, mas seu semblante demonstrava cansaço.Bruno a segurava suavemente pela cintura, desempenhando o papel de marido atencioso. Ele instruiu os empregadas:— Deixem a senhora de vocês descansar um pouco primeiro, sirvam o jantar daqui a uma hora. — Quando os empregadas se dispersaram, Bruno olhou para Helena e disse com doçura. — Foi um dia longo. Que tal tomar um banho antes?Helena assentiu levemente, mantendo a frieza em sua atitude.Bruno, que normalmente não era paciente, conteve seu temperamento naquel
Já fazia muito tempo que a Helena não o abraçava de forma espontânea.O homem abaixou as pálpebras. Seus cílios longos e densos caíram sobre a pele de seu rosto magro, tremendo levemente, com um toque masculino difícil de descrever.Meia hora depois, o carro de Bruno parou em frente a um prédio de apartamentos de luxo.Camila, afinal, havia se mudado daquela mansão e agora morava em um apartamento de 260 metros quadrados. Sua vida era ociosa, passava no Grupo Glory apenas para marcar presença e, no resto do tempo, se dedicava a tratamentos de beleza e compras. Bem, era a vida padrão de uma amante mantida.A secretária Juliana já estava esperando.Assim que o carro de Bruno parou, ela correu para abrir a porta para o chefe. Bruno saiu do carro com um leve franzir de testa, questionando:— O que ela está aprontando agora?Juliana explicou com um sorriso contido:— O senhor não quis atender as ligações dela, então ela parou de comer e beber e começou a quebrar coisas. Nem o Sr. Marco nem
No meio da noite, Bruno retornou à Mansão Belezas. Após estacionar o carro, ergueu o olhar para a suíte principal no segundo andar.As luzes já estavam apagadas.Ele encarou aquela escuridão por alguns segundos antes de soltar o cinto de segurança e sair do carro.O mordomo noturno veio ao seu encontro, surpreso:— O senhor voltou? A senhora acabou de dormir. Gostaria que eu preparasse algo para o senhor comer?— Apenas um macarrão simples já basta. — Respondeu Bruno com indiferença.Vendo o patrão retornar, a empregada ficou contente pela patroa e, esfregando as mãos, se dirigiu à cozinha.Bruno tirou o casaco e o jogou sobre o encosto do sofá. Enquanto aguardava sua refeição, pegou o celular e tratou de alguns assuntos de trabalho. Mas, sem perceber, começou a deslizar o dedo pelo álbum de fotos.Quando o mordomo trouxe o prato de macarrão, não pôde evitar dar uma olhada e comentou com um sorriso:— A senhora está ainda mais bonita do que antes.Bruno sorriu de leve, perguntando:— V