Thomas não tinha como apagar o passado, mas podia continuar tentando fazer com que ela relevasse, por isso, pediu mais uma vez:— Mais uma vez lhe peço perdão, a forma com que agi foi vergonhosa. Hoje consigo ver que meu orgulho e ganância, quase destruíram o que temos agora. — É verdade. Se você não tivesse feito o tratamento e mudado, provavelmente só veria Gabi com hora marcada e jamais chegaria perto de mim. — Agradeço muito a oportunidades que você está dando para nosso relacionamento, eu, realmente, a amo muito.Foram interrompidos pelo garçom que trazia os pratos de entrada. Os dois sorriram, mantendo o olhar , um no outro, com as emoções refletidas em suas faces, demonstrando segurança e compartilhamento de sentimentos.Enquanto jantavam, conversaram sobre coisas mais a menos e antes que viesse a sobremesa, alguns violinistas entraram e trocaram uma música suave. As luzes diminuíram e Thomas levantou-se, se colocando ao lado dela de joelhos, pegou uma caixinha no bolso de s
— Você não precisava voltar, Moisés. — Não se preocupe, patrão. Pensei que o senhor iria beber alguma vinho ou coisa assim e achei melhor voltar. Thomas sorriu, agradecido, por isso Moisés era seu motorista há tanto tempo, mais de cinco anos que tinha o mesmo motorista, pois ele pensava por si mesmo e tomava as atitudes certas e isso era muito mais valioso do que uma direção segura. A casa de Renata e ele desceu para ajudá-la, depois, não entrou, despediu-se dela ali na porta mesmo pois não queria correr o risco de fraquejar. — Não vai entrar? — É melhor não.— Agora estamos noivos. — lembrou ela, sorridente. — Mas ainda não estamos casados e eu quero manter a minha palavra. Falta pouco, vamos esperar.— Está bem, então. Boa noite e obrigada pela surpresa maravilhosa.Enquanto eles jantavam e viviam seu momento romântico, na delegacia, os manifestantes foram obrigados a sair pela equipe da Polícia Federal que chegou e consentiram pacificamente, ao verem na internet a exposição d
Já no presídio feminino Marcela com a garganta descansada assim que entrou na cela contendo oito mulheres, olhou em volta e saiu exigindo um lugar para si. Eram dois beliches e quatro colchões esticados no chão, o único local que sobrava era perto da grade e levaram um colchão para ela também. — Eu não vou dormir no chão, meus ossos não aguentam, quero uma cama. Todas as presas riram dela, assim como os presos fizeram com Donald. — Chegou a princesinha dos mananciais da grosseria. — Larga de ser mal educada, chegou e nem cumprimentou ninguém e já veio fazendo exigências, aqui não tem disso não.Ela virou o rosto para a grade e fez como o Donald, gritou, exigindo uma cela especial. As prisioneiras viram novamente, pois já estavam na cela especial. Como já era tarde da noite, todas elas te viraram para dormir e deixaram Marcela falar sozinha, pensando que ela ia se calar. Mas a mulher não se calou, queria porque queria uma cama, uma cela especial só para ela e sendo assim, aquelas
Cláudia concordou e achou melhor mudar de assunto.— Exatamente e isso está me dando uma canseira. Como está o seu vestido de noiva? — Você que é minha madrinha, deveria ter ido comigo, pare de pegar muitos casos, senão você vai acabar faltando ao casamento.— Você tem razão e eu já parei. Não perco esse casamento por nada neste mundo. — Minha mãe resolveu tudo, no final, o casamento será à tarde pegando o início da noite. Porque ela quer que haja dança.— Ela está certíssima, eu quero arrumar um namorado no seu casamento.Renata sorriu. — Pelo menos, você não vai encontrar nenhum Donald ou discípulo dele, por lá. Thomas tem dois amigos, Natan e Mark, de repente você gosta de um deles. — Hummm, vamos ver.As duas riram e Cláudia lembrou-se que ainda tinha que experimentar o seu vestido. — Preciso ir, amiga, vou fazer a prova do meu vestido, faltam poucos dias e não quero ficar mal vestida.— Pode ir, Thomas vem me buscar para me levar a um lugar que ele não quis dizer onde é, mai
Mercedes e Elisa estavam frenéticas, preparando os últimos detalhes do casamento e de repente os noivos sumiram. As duas correram para a casa de Renata e não os encontraram lá.— Onde foram esses dois? Precisamos ensaiar a entrada deles e marcarmos os lugares de cada um! — reclamou Elisa.— Será que ele programou o presente para hoje? — refletiu Mercedes em voz alta.— Presente? Que presente?— Não sei exatamente, mas ele perguntou muitas coisas sobre os gostos de Renata: qual estilo de decoração, modelo de casas e até se gosta de esportes.Elisa compreendeu exatamente o que o filho fez. Eram uma família que investia em imóveis e ela bateu palmas e deu gritinhos.— Já sei, já sei, é uma casa! Aquele menino levado, espero que seja um casarão que caiba a todos nós e aos netos que virão.Mercedes contemplou o entusiasmo da amiga, pasma pela revelação automática que ela teve, mostrando o quanto conhecia o filho. Porém ela também conhecia sua filha e ficou preocupada com a reação que teria
O som do salto batendo no chão, ecoava pelo corredor largo, comprido, luxuoso e vazio. Do elevador até a secretária do escritório do CEO, eram cerca de 30 metros e Renata achou bem longo. Marcou aquela entrevista meses atrás e estava ansiosa. O CEO da marca Nixor, era muito ocupado e difícil de encontrar, além de possuir uma agenda lotada. Se ela conseguisse sua atenção e até uma promessa, valeria a pena ter esperado tanto. Aproximou-se da recepcionista e apresentou-se:— Boa tarde, sou Renata Soares da One Propaganda e Marketing, tenho…— Sim, Senhora Soares, ele está com a agenda cheia, seja breve por favor e pode entrar. — disse a secretária, olhando para ela com indiferença, antes de Renata terminar de falar.Renata acenou e prosseguiu para a porta ampla, de vidro, que dava acesso ao escritório e de onde um homem de terno, aborrecido, saía. Entrou sem bater, não faria o empresário tão ocupado, perder tempo. Parou em frente a mesa, maior do que o normal e se apresentou.— Boa tard
Donald franziu as sobrancelhas e olhou de um para o outro, sem saber o que dizer e foi o próprio Thomas quem respondeu: — Estamos decidindo coisas importantes, senhora, não é coisa para mulheres.Se pudesse arregalar mais os olhos e a boca, ela teria arregalado, tal o espanto que teve com a fala machista do homem. Adicionou mais dois termos aos xingamentos que sempre fazia a ele em sua mente: machista e porco chauvinista.— Charles, chame os seguranças e tire esse homem daqui. — ordenou ela.— Nem pensar, Renata, sou eu quem estou fazendo negócio com ele, não se meta, ele está certo. Ela ficou paralisada com a atitude de Donald e olhou seriamente para ele, se perguntando se ele lembrou que todos os contratos feitos na empresa tinham que ter a assinatura dela. — Agora, senhora, retire-se para que os homens de negócio possam trabalhar. — ordenou Thomas.— Nem pensar… Muito subitamente, ela foi agarrada pelo homem, que a levou até a porta e a jogou do lado de fora, fechando a porta a
Marcela ficou chocada ao saber disso, não imaginou que Donald fosse tão irresponsável a ponto de não perceber que o contrato com a firma da esposa estava terminando e deixou que ela soubesse do caso deles e pedisse o divórcio, separando as firmas. — O prejuízo será tremendo e se ela souber desses contratos, pode procurar as empresas parceiras e fornecer parceria independente dos Peixotos. — concluiu o advogado.O telefone tocou e era Donald chamando o advogado. Marcela acompanhou o Dr. Pedreira, que era um senhor de meia idade muito experiente e conhecido no meio empresarial. Entraram no escritório e o advogado pessoal já tinha saído.— Bom dia, Donald. — o advogado era bem antigo na empresa, da época do pai de Donald e por isso tinha intimidade para tratá-lo pelo primeiro nome. — Na verdade, não está sendo um bom dia. Renata pediu o divórcio e eu dei. Quero saber como ficam os nossos negócios. — Não ficam. O contrato com a empresa dela expirou ontem e ela já manifestou o desejo de