Quem é Tarso Narravo? Muitos perguntam quem sou eu, só posso dizer que sou um homem de personalidade forte e que não deitei e nem deito para ninguém passar por cima de mim, nem mesmo a minha mãe.
Classificado com a ovelha negra daquela família por ela, nunca cedi as exigências da minha mãe Elis Narravo, é por isso que fui excluído por ela desde adolescente, hoje com 32 anos não sou mais um garoto, totalmente sem medo enfrentei muitas adversidades para conseguir tudo o que eu tenho hoje sem nem um centavo vindo da minha família. Totalmente aventureiro viajei para alguns países e de cidade em cidade, experimentando sabores e amores alguns chamam-me de playboy por não temer a nada e nem ninguém, e sempre levando o sobrenome da minha querida família a escândalos. Mas o que nem todos sabem que por debaixo dessa figura despojada e tido por muitos como louco, vive alguém que trabalhou bastante e que obteve êxito em tudo o que construíu até aqui, hoje posso trabalhar com que eu amo, sou dono de inúmeras lojas autopeças e acessórios de automóveis, amo carros e sou apaixonado pelo que eu faço e ao meu lado vivo acompanhado do meu irmão do coração Yan, um louco como eu sempre tenho que ter um amigo centrado para auxiliar-me o conheci na rua perambulando e dei a ele a oportunidade de estudar e ser advogado e hoje ele cuida de tudo para mim, inclusive dos meus processos pessoais. Várias pessoas trabalham comigo e tudo o que eu tenho está no nome do Yan, para que a minha família pense que em todo esse tempo eu não consegui nada e infelizmente hoje é dia de ir para a empresa para nos reunirmos e Yan já estava esperando-me. — Eu pensando que você estava dormindo Yan? Logo cedo aqui? — Pergunto estranhando. — Vim avisar que comprei a casa esquisita que você mandou em Dallas e não é muito longe da casa da sua mãe como você pediu. — Ótimo. — Falo sorrindo. — Ótimo Tarso, o que você está aprontando agora? O seu nome não sai dos jornais sempre envolvido em polêmicas, fontes disseram-me que na sua última orgia sua mãe passou mal e foi para o hospital, não entendo o porquê faz isso, parece que ama ver o nome da sua família em escândalos. — É desse jeito que eu quero o sobrenome Navarro bem movimentado e que a minha mãe pense que estou na pior e que nunca fui ninguém na vida, só quero que mamãe se arrependa do que um dia ela fez comigo. — Até quando pretende ficar assim cheio de remorso, você já é um homem e lembre-se que você já acumula inúmeros processos desde a adolescência e sempre chegará um dia em que ficará impossível soltar você. — Não estou cheio de remorso, eu só quero que ela se lembre que ela ainda tem um filho. — Tarso vou dar a minha opinião, desse jeito você só vai causar mais irá ao coração da sua mãe. — Quero fazer uma surpresa para ela, só isso, mas tarde vou jogar futebol americano e após vou para a boate, vim só resolver dois ou três problemas aqui e vou curtir a vida. — O seu nome deveria ser problema. — Yan fala. — Se prepara que vem mais. — Falo sorrindo. Ele fica a olhar-me e com paciência continuamos a conversar, ele faz questão de lembrar-me que temos uma viagem a fazer para Dallas, sorriu porque é hora de voltar às minhas origens tenho alguns amigos para rever por lá, já estou ansioso para movimentar as coisas por lá. UM MÊS PASSOU-SE Amanhã é dia de viajar para a minha cidade e lógico que hoje é dia de despedida na boate e a noite foi daquele jeitinho regado a muita dança, beijos, sexos e muita bebida Yan como é um bom rapaz não quis vir para a orgia comigo, bebi que nem um louco só sei que estou com uma mulher ruiva e uma loira que não sei nem o nome delas. No dia seguinte o meu celular chama incessantemente, abro os meus olhos lentamente, a cabeça pesava toneladas, olho para o lado e outro e vejo que estou num quarto de motel, dou um pulo da cama, vejo uma camisinha jogada no chão, pelo menos acho que usei o bendito preservativo, visto a minha roupa completamente perturbado o celular continua a chamar e vejo ser Yan — Onde está você Tarso? Esqueceu da viagem? Estou preocupado contigo. — Yan pergunta preocupado. — Nem eu mesmo sei onde estou, parece ser um motel, a cama é redonda. — Falo segurando a cabeça. — Cara você não toma jeito, o seu carro está no estacionamento da boate, disseram-me que você esteve lá ontem, pelo menos manda-me a localização para eu ir buscar-te. — Se acalma Yan, vou mandar-te está pior que eu que estou perdido. — Falo queixando-me. Mandei a localização para ele e o mesmo manda a mensagem confirmando que estou num motel afastado da cidade e penso que dessa vez ele está certo passei dos limites. Não demorou muito Yan chegou e estou ainda deitado com a cabeça prestes a explodir e falo. — Yan desculpas por perdermos a nossa viagem. — Estou de boa cara, mas não custava nada avisar que iria virar a noite com mulheres, você está todo chupado, olha o seu estado está caótico nunca te vi assim é daqui direto para o hospital. — Yan levanta-me. — Não quero ir para hospital nenhum. — Resmungo. — Nesse estado você não tem opção Tarso, o que é uma ida ao hospital, quando você passa a noite com duas mulheres estranhas arriscando a própria vida. — Yan fala sério. — Não exagera Yan, está parecendo um padre dando sermão. Yan em silêncio ajuda-me a levantar e hoje eu estava um completo morto, e o pior que ele não estava brincando levou-me para um hospital tomei vários remédios e depois levou-me para a minha casa e tomei um banho e dormir. Quando acordei já era noite e não lembrava se já tinha dormido tanto na vida, estava sem dor de cabeça, e com bastante fome e devagar desci e Yan estava trabalhando no computador ele ao ver-me. — Mandei preparar um leve jantar para você. — Obrigado pelo que fez por mim hoje e sempre. — Relaxa Tarso quando tiver melhor viajaremos. — Yan fala. A minha cozinheira preparou uma sopa fortificante e como as minhas malas estavam prontas viajamos no dia seguinte para a cidade da minha mãe e de surpresa cheguei tendo a certeza que as coisas não serão mais as mesmas com a minha chegada.O despertador toca cedo porque em meio a minha vida corrida como administradora de um hospital tenho que tentar manter a minha vida o mais saudável possível, fazer exercícios e alimentação é preciso.Saio para praticar exercícios, mas ao voltar tomo banho e arrumei-me rapidamente tomei café, sozinha porque a minha irmã Alicia deve ter ido dormir com o seu namorado após o plantão e eu sigo sozinha nesse apartamento e cheia de trabalho, mas se não fosse por Elis e esse trabalho eu e Alicia não estaríamos onde estamos, não posso reclamar! Somente agradecer.Entrei no meu carro e fui diretamente para o hospital e ao chegar falo com todos os colaboradores e vou diretamente para o meu escritório e uma pilha de pastas já estão esperando-me.Respiro fundo analisando cada pasta e algumas delas são contratações de novos profissionais para trabalhar aqui, ponho os óculos e o celular começa a chamar, é Elis Navarro ligando para o meu celular o atendi imediatamente.— Bom dia, senhora Ellis.— Bom
Recuperei-me do porre que tomei e deu certo para viajarmos e em algumas horas estaremos em Austin e quando chegamos já tinha um motorista nos esperando e a minha vontade era de sair para badalar, mas como continuo recuperando-me do último porre, amanhã tem mais coisas divertidas para fazer inclusive rever alguns amigos e Yan observa-me. — Por que me olha assim Yan? — Pergunto durante o caminho. — Estou pensando na reação quando a sua mãe souber que você está aqui! — Até eu queria ver, dona Elis vai se arrepiar dos pés a cabeça. — Você foi tudo de ruim mesmo Tarso? Recuso-me acreditar que você é tão temido por aqui, você tem várias passagens pela polícia, mas eu não sinto que você seja assim. — Não sou um santo, poucas pessoas conseguem enxergar a nossa alma, o nosso coração lembra de como nos conhecemos e viramos amigos, a gente só tinha sonhos e não era dinheiro, é por isso que até hoje somos amigos. Bato levemente no seu ombro e fomos para um hotel descansar e no dia segu
O bom de trabalhar nesse hospital é que não tenho tempo de pensar em mim, somente no próximo subo e desço nos elevadores resolvendo todo e qualquer problema burocrático daqui e das outras unidades depois da senhora Elis eu que respondo por tudo. Nunca sonhei em administrar tamanho hospital, mas com o tempo aprendi a amar e a entender que nem tudo na vida é como a gente quer e a minha realidade vem desde que eu sou criança. Vivo somente para ajudar os outros até o dia que Deus me permitir. Voltar para a casa sempre é maravilhoso, deito-me no sofá e estico as pernas e a campainha toca, bufo olho a hora no relógio e imagino que não possa ser Alicia uma hora dessas, pois ela está com o seu namorado, surpresa também não é, levantei com todo o sacrifício e ao abrir a porta deparo-me com Alicia aos prantos. — Minha irmã o que aconteceu porque está assim? — Pergunto aflita. — Castro terminou comigo? — Alicia fala chorando. — Mas isso não é tão ruim assim Alicia você é jovem, tem vi
Após ser preso tive direito ao menos um telefonema até porque no passado fui um visitante assíduo dessa delegacia e agora voltei, liguei imediatamente para Yan em plena madrugada quero ver se ele é o meu amigo é agora. O telefone chama, chama e enfim Yan atendeu. — Tarso, Alô? — Yan fala do outro lado da linha. — Estou preso Yan quero você aqui e agora. Ouvi só a sua respiração do outro lado da linha, e desligou o telefone e sem muita conversa alguns minutos foram necessários e ele finalmente chegou se identificando e ao ver-me ela põe a mão na cintura. — Você está aqui de propósito, não é? Yan pergunta. — Lógico que não Yan, aquela turma toda é para você defender pode pagar a fiança de todos. — Tarso, você é o homem mais louco que conheci na vida e o pior sem limites, sem rédeas. Sorriu debochando dele e Yan em plena madrugada começa soltando a turma, menos Kell porque a Ferrari é minha, na cela de frente para a dele Kell e eu discutimos devido à aposta e enfim chegamos
Passei um momento em choque após a senhora Elis exigir que me case com Tarso eu não estava acreditando levantei-me do sofá e fiquei em silêncio por alguns minutos e só assim a voz voltou. — A senhora está brincando, não é senhora Elis? é, eu e Tarso não temos nada a ver um com outro, não tem outra maneira. — Falo nervosa e a senhora Elis me interrompi. — Não tem Emília, o acordo foi feito anos atrás que um dia eu cobraria tudo o que investi em você e na Alicia e caso não aceite o que estou impondo, dê adeus ao seu cargo geral dos hospitais Navarro e Alicia, a sua residência em um dos melhores hospitais dessa cidade que você sabe muito bem que não há melhor do que o meu hospital. — Eu aceito, a senhora sabe da gratidão que tenho por apostar tão alto em mim e na Alicia e não serei ingrata a tal ponto, o que vou ter que fazer? Sabe que Tarso vai recusar o casamento como uma desconhecida. — Pergunto aflita. — Você é uma garota de ouro, Emília, você é meiga, linda, doce, educada, pa
Penso e repenso no que a minha mãe falou, bufo de raiva só em pensar que estou nas mãos dela, esmurro a parede, quem diabos é Emília, quem será essa mulher e o quanto ela recebeu para viver essa farsa do meu lado.Já estava com fome e não aceito comida daqui não posso confiar em ninguém, maldita hora que esse juiz foi se envolver com a minha mãe, pergunto-me por onde anda Yan não estou acreditando que pela primeira vez terei que ceder a ela.E enfim Yan aparece com uma marmita, ele olha-me desolado e fala.— Pelo menos consegui mais uma visita, sabia que a sua mãe conseguiu impedir a minha entrada aqui, subornei um pouco e aqui estou eu, odeio trabalhar assim, mas às vezes não tenho saída.— Estou morrendo de fome Yan, a minha mãe veio aqui. — Falo — Sério e aí o que conversaram? — Yan pergunta.— Ela quer que eu me case com uma mulher que nem sei quem é, segundo ela para tentar limpar a minha imagem e o nosso bendito sobrenome.— Sério isso? Casamento como uma mulher que você não co
Ao sair do hospital eu não andava, flutuava porque eu não me sentia bem, e no estacionamento Allan e Esaú os dois ao me ver vem na minha direção. — Emília! — Grita Allan. Olho para trás em silêncio e os espero, pelo semblante deles já sei que eles devem estar sabendo o que está acontecendo e os mesmos cercam-me. — Algum problema que eu posso ajudar? — Pergunto disfarçando um pouco a minha tristeza. — É você que irá casar com Tarso? — Esaú pergunta. — Sim, — respondo baixando a cabeça. — O que está acontecendo? Mamãe foi capaz de propor uma loucura dessa? — Allan pergunta. — Meninos sei que vocês estão sem entender nada, a única coisa que peço é que vocês me entendam e no momento certo vocês irão saber o porquê estou fazendo tudo isso, e só assim vocês poderão julgar-me. — Falo totalmente perdida. — Mas Emília. Entrei no meu carro e o dirijo completamente perdida, jamais seria capaz de pôr os filhos da senhora Elis contra ela, sei que se eles descobrirem um dia a verda
Deito-me na cela olhando a foto da Emília, estou sem acreditar que ainda vou ter que passar a noite aqui, mas enfim aguardarei até amanhã, Yan não voltou mais para me dar alguma notícia, e acabei adormecendo. No dia seguinte acordei com o agente policial chamando. — Acorda playboy está solto, o seu advogado está esperando. — Já era sem tempo, estou louco para tomar um banho. — Falo levantando-me. Saio de cabeça erguida e Yan já me esperava para conversar comigo e pelo que vejo parece que ele não dormiu bem também! — Tarso por favor venha vamos conversar procurei a sua mãe, ela quer que você case em dois dias, casamento tradicional, com tudo o que tem direito e mais ela quer o seu passaporte para ter a certeza que não vai fugir e nem causar mais uma vergonha, a sua carteira de habilitação está suspensa e não poderá se ausentar da cidade. — Um verdadeiro prisioneiro, quero muito ir para o hotel, tomar um banho e beber um café bem forte, já que estou livre, quero ir até à casa da m