5. TARSO

Após ser preso tive direito ao menos um telefonema até porque no passado fui um visitante assíduo dessa delegacia e agora voltei, liguei imediatamente para Yan em plena madrugada quero ver se ele é o meu amigo é agora. O telefone chama, chama e enfim Yan atendeu.

— Tarso, Alô? — Yan fala do outro lado da linha.

— Estou preso Yan quero você aqui e agora.

Ouvi só a sua respiração do outro lado da linha, e desligou o telefone e sem muita conversa alguns minutos foram necessários e ele finalmente chegou se identificando e ao ver-me ela põe a mão na cintura.

— Você está aqui de propósito, não é? Yan pergunta.

— Lógico que não Yan, aquela turma toda é para você defender pode pagar a fiança de todos.

— Tarso, você é o homem mais louco que conheci na vida e o pior sem limites, sem rédeas.

Sorriu debochando dele e Yan em plena madrugada começa soltando a turma, menos Kell porque a Ferrari é minha, na cela de frente para a dele Kell e eu discutimos devido à aposta e enfim chegamos a um acordo a Ferrari será vendida e a metade do dinheiro será doado para um orfanato e já amanhecendo ele foi solto e eu fiquei na cela.

Dormir e quando acordei não sabia que horas eram, mas Yan vinha entrando.

— Agora é a minha vez, Yan? — Pergunto animado.

— Infelizmente não, o juiz negou o seu Habeas corpus e o pagamento da fiança, eu falei Tarso.

— Conversa com a porra desse juiz, compra ele se possível.

— Tive a oportunidade de conversar agora a pouco com o juiz que se chama Elvis Fakin, a sua ficha de travessuras aqui é extensa e para piorar mais o seu dia ele está namorando a sua mãe.

— É o quê? — Pergunto alto.

— Descobri isso muito antes de quase chorar aos pés dele, você está nas mãos da sua mamãe, mas não me ouve faz o que dá na cabeça.

— Droga está explicado agora. — Grito totalmente transtornado na cela.

— Se acalma Tarso farei o que estiver ao meu alcance, já entrei com todos os recursos.

— A, mas se a senhora Elis deixar eu preso, juro que farei uma rebelião no presídio.

Falo e Yan foi chamado porque o seu tempo acabou e fico com as mãos na cabeça tentando acalmar-me deito-me e com o passar das horas chega comida e água, mas não bebi, não confio em ninguém, a minha uma hora dessas deve querer matar-me não posso confiar.

— Visita para você playboy. — O agente policial fala.

Levanto-me depressa pensando ser Yan, mas pelo, o som dos passos sei que é uma mulher! Ela veio sorrindo olhando com nojo a cela que estou e a nos encararmos ela diz:

— Você como sempre querendo chamar atenção com o seu vandalismo e rebeldia já é um homem adulto e não se cansa de afrontar-me de querer jogar na lama o nome da minha família.

— Da nossa família até onde sei ainda faço parte dos navarros. — Falo sorrindo para deixá-la nervosa.

— O seu sonho é matar-me de raiva, não é Tarso? Mas não vai conseguir só fim falar uma coisa e pela primeira vez manterei a minha palavra, só sairá dessa cadeia de casamento marcado.

— Você que não está com as suas faculdades mentais em dia.

— Só conheço um louco aqui e esse é você! Se quiser ser um cidadão de bem, sairá daqui para casar com Emília, caso contrário permanecerá aqui porque você foi considerado um perigo para a sociedade.

— Não vou casar com ninguém, não quero viver uma farsa, está ouvindo, não quero ser que nem você e o papai, seja lá quanto tenha pagado essa mulher para viver essa farsa do meu lado, não perda o seu lindo dinheiro comigo, não vou aceitar.

— Essa é a sua última palavra, estou querendo limpar o lamaçal jogado no sobrenome Navarro e mostrar para todos que você agora vai ser um homem de família.

A minha mãe sai da cela e fico mais nervoso ainda, quem ela pensa que é para vir ditar regras sobre a minha vida, pouco me importa se sou alguém perigoso, quero mais é que tenham medo de mim mesmo.

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