Penso e repenso no que a minha mãe falou, bufo de raiva só em pensar que estou nas mãos dela, esmurro a parede, quem diabos é Emília, quem será essa mulher e o quanto ela recebeu para viver essa farsa do meu lado.
Já estava com fome e não aceito comida daqui não posso confiar em ninguém, m*****a hora que esse juiz foi se envolver com a minha mãe, pergunto-me por onde anda Yan não estou acreditando que pela primeira vez terei que ceder a ela. E enfim Yan aparece com uma marmita, ele olha-me desolado e fala. — Pelo menos consegui mais uma visita, sabia que a sua mãe conseguiu impedir a minha entrada aqui, subornei um pouco e aqui estou eu, odeio trabalhar assim, mas às vezes não tenho saída. — Estou morrendo de fome Yan, a minha mãe veio aqui. — Falo — Sério e aí o que conversaram? — Yan pergunta. — Ela quer que eu me case com uma mulher que nem sei quem é, segundo ela para tentar limpar a minha imagem e o nosso bendito sobrenome. — Sério isso? Casamento como uma mulher que você não conhece que loucura é essa. — Se eu não aceitar, irei ficar preso para sempre aqui porque fui considerado alguém perigoso para a sociedade logo eu. — Ela não está mentindo Tarso, além de mim, contratei mais um advogado para te ajudar, mas o juiz está irredutível, não era melhor você aceitar o casamento com essa moça, sossega por aqui, determinamos um tempo para isso terminar. — Descubra quem é Emília, o que ela faz, como ela é jeito comportamento, o que gosta e o que não gosta, ela aceitou casar comigo, muito bem a senhorita Emília vai conhecer quem é o Tarso. — Vai aceitar então casar para sair daqui? — Yan pergunta. — Traga-me informações da tal e então darei-lhe a resposta. — O respondo e ele sai. Enquanto saboreava a deliciosa comida que ele trouxe para mim, fiquei pensando em como agir com uma esposa e então desconhecida, mas sou avisado que tenho visita e quando me levantei para olhar quem é, Allan está em pé e emocionado a minha frente. — Meu irmão quanta saudades Tarso. — Allan queria tanto abraçar-te. — Falo bem emocionado. — Tarso quando vai sair daqui o meu irmão? — Allan pergunta enxugando as lágrimas. — Em breve Allan quando eu casar. — Casar!? Tarso casando, os meus parabéns, irmão. — Não estou casando porque quero, fui obrigado por Elis Navarro. — Mamãe não faria isso! — Allan a defende. — Faria isso e muito mais, deixaria eu aqui impossibilitado de ser solto, o juiz é o namorado dela ou você não está sabendo? — Pergunto. — Ela namora o juiz, isso eu sei, mas não acredito que mamãe te forçaria a casar e quem é a mulher? — Allan pergunta. — Emília você conhece? — Pergunto curioso porque alguém tem conhecê-la. — Não pode ser a Emília que estou pensando, não pode ser! Recuso-me acreditar em tal coisa. — Fala quem é ela Allan? — Pergunto desnorteado. — A visita acabou! — O agente policial fala alto. Allan foi embora e não falou quem é Emília e fico louco com as mãos na cabeça, se eu não sair daqui eu vou quebrar tudo, ando de um lado para outro e a paciência vai faltando a cada segundo, minutos, horas sem ter a minha liberdade. As horas se passavam e nenhuma notícia, nada e já era noite quando Yan chegou em silêncio e entregou-me um envelope. — Até que enfim chegou! — Falo aliviado e abro o envelope rápido. A primeira coisa que vejo é a fotografia de uma mulher que parece mais uma menina, os seus olhos verdes escuros, rosto angelical que exala inocência, cabelos claros, pele branca, percebo que ela é muito delicada, leio a ficha e descubro que a mesma tem 30 anos, é graduada e pós-graduada em administração e economia numa das melhores faculdades da cidade, mora num apartamento no bairro nobre e hoje está à frente de todos os hospitais,Navarro ocupando um alto cargo que era ocupado pelo meu pai e a minha mãe, Emília Santiago só tem uma irmã então médica que trabalha no hospital Navarro. — Então essa é a Emília, não preciso mais ler nada, ela deve ser pior que a minha mãe! Para dona Elis confiar um cargo de tamanha competência nas suas mãos. — Tarso a garota faz anos que está cuidando do que é seu, querendo ou não você faz parte da família você é herdeiro de todo esse patrimônio dirigido por Emília. — Já vejo um puxa-saco na minha frente, será que você está cego Yan, essa garota é uma aproveitadora ela quer aproveitar esse maldito casamento para entrar de vez na família e ficar com algum dos hospitais. — Falo exaltado. — Tarso não fale isso, se Emília fosse assim já teria casado com algum dos seus irmãos. — Pelo que vejo parece ser uma intocável e cheia de frescuras, mas no meu mundo ela vai aprender ter o pé no chão, sabe se ela cria animais como gatos e cachorros. — Falo já imaginando mil planos para ela. — Ela mora num apartamento em que não se pode criar animais de estimação. — A famosa Emília talvez não gosta de animais, Yan compre ou adote quatro gatos, algumas mulheres não curtem animais em casa e ela parece uma delas. — Enlouqueceu de vez para que quer quatro gatos, Tarso, já vai aprontar e ainda nem saiu da cadeia. — Adote os gatos e a casa que eu ia reformar, não vamos mais! Emília quer casar, então casamos, mas ela terá que morar comigo lá e com gatos e talvez um cachorro. — Não acredito que vai morar naquela casa podendo ir morar num ambiente melhor, Tarso você é rico? — Yan fala baixinho para ninguém ouvir. — Ninguém precisa saber disso, a tal Emília tem que começar a navegar por outros mundos, mundo esse de gente simples que não são ricas, vou virar o mundo dela de cabeça para baixo. — Tenho medo quando fala assim, porque a sua maturidade ficou nos dedos, parece que não cresce. — Yan fala sem paciência. — Yan sei o que estou fazendo, ligue para a minha mãe e avise que pode marcar o casamento. — Falo sorrindo. Yan sai deixando-me sozinho com a fotografia da Emília, lembro o quanto o meu pai sonhava que eu administrasse os hospitais e eu nunca quis e nem quero, e hoje está tudo nas mãos de uma estranha, muita coisa mudou após a sua partida. Desde já me preparo para viver as mais novas aventuras que esse casamento vai proporcionar-me. #adicione a biblioteca, comenta e compartilha #sigam o meu perfil de autora.Ao sair do hospital eu não andava, flutuava porque eu não me sentia bem, e no estacionamento Allan e Esaú os dois ao me ver vem na minha direção. — Emília! — Grita Allan. Olho para trás em silêncio e os espero, pelo semblante deles já sei que eles devem estar sabendo o que está acontecendo e os mesmos cercam-me. — Algum problema que eu posso ajudar? — Pergunto disfarçando um pouco a minha tristeza. — É você que irá casar com Tarso? — Esaú pergunta. — Sim, — respondo baixando a cabeça. — O que está acontecendo? Mamãe foi capaz de propor uma loucura dessa? — Allan pergunta. — Meninos sei que vocês estão sem entender nada, a única coisa que peço é que vocês me entendam e no momento certo vocês irão saber o porquê estou fazendo tudo isso, e só assim vocês poderão julgar-me. — Falo totalmente perdida. — Mas Emília. Entrei no meu carro os deixando ali e dirijo completamente perdida, jamais seria capaz de pôr os filhos da senhora Elis contra ela, sei que se eles descobrirem um dia a
Deito-me na cela olhando a foto da Emília, estou sem acreditar que ainda vou ter que passar a noite aqui, mas enfim aguardarei até amanhã, Yan não voltou mais para me dar alguma notícia, e acabei adormecendo. No dia seguinte acordei com o agente policial chamando. — Acorda playboy está solto, o seu advogado está esperando. — Já era sem tempo, estou louco para tomar um banho. — Falo levantando-me. Saio de cabeça erguida e Yan já me esperava para conversar comigo e pelo que vejo parece que ele não dormiu bem também! — Tarso por favor venha vamos conversar procurei a sua mãe, ela quer que você case em dois dias, casamento tradicional, com tudo o que tem direito e mais ela quer o seu passaporte para ter a certeza que não vai fugir e nem causar mais uma vergonha, a sua carteira de habilitação está suspensa e não poderá se ausentar da cidade. — Um verdadeiro prisioneiro, quero muito ir para o hotel, tomar um banho e beber um café bem forte, já que estou livre, quero ir até à casa da m
Se já estava nervosa ao ver Tarso pessoalmente, mudei de cor quando ele falou sobre a lua de mel foi impossível os olhos não arregalar com tamanha ousadia do mesmo, mas Elis me garantiu que ele estava brincando e após ele sair conversarmos sento-me no sofá e a senhora Elis me olha. — O porquê está assim Emília, se acalme, Tarso não vai te fazer nenhum mal. — Senhora Elis como me sentir segura Tarso saiu da cadeia. — Falo preocupada. — Dou-lhe a minha palavra Emília, deixa de ser medrosa, vamos para a guerra, só se preocupe em estar pronta para esse casamento e deixe que com Allan e Esaú eu me entendo, não fique se explicando para ninguém e vá para onde Tarso for e nade conforme a maré, um dia Tarso vai ceder a alguém. Fico mais insegura ainda com as suas palavras ao entrar no carro, respiro fundo e lembro do sorriso do Tarso, lembro do que conversei com a senhora Elis, pelo menos já comprei o vestido. Dirigi rapidamente para o trabalho e ao chegar imediatamente enviei uma mensagem
Quem pensava que eu não ia convidar os meus amigos da periferia estavam todos enganados, mandei convite para geral, roupa e tudo porque os conheço e sei que eles não viriam se misturar ao meu mundo real, a minha mãe quase desmaiou quando pedi os convites para enviar a eles e se não causar impacto não sou eu. Se eu pudesse teria feito uma despedida de solteiro, a minha vida também não será um mar de rosas do lado da mulher correta que vive só para estudar e trabalhar. Acordei e Yan já me esperava ele estava mais perfeito que eu que sou o noivo. — Yan bom dia você vai casar também? — Pergunto porque sei como irritá-lo. — Você é demais Tarso, olha a hora! Fica estranho a noiva chegar antes do noivo. — É já eu fico arrumado e lindo, acordei de bom humor. — Falo. Como sempre bebi água e comi uma fruta, tomei banho e na hora de vestir-me pedi ajuda a Yan porque não sei nem como usar uma gravata. Ele vem até o meu quarto e começa a arrumar-me e no pequeno espelho olho-me passo a
Ao chegar na igreja vejo Tarso no altar, o coração b**e aceleradamente. Alicia segura forte na minha mão e sorrir, foi difícil fingir naturalidade enquanto todos os olhares estavam sobre mim, analisando cada movimento meu! Tarso parece tão tranquilo não transparece nenhuma emoção, enquanto eu tento segurar as lágrimas e principalmente quando o padre fala sobre termos a sorte de encontrar alguém que nos ame como a gente é, sem máscaras, de alma limpa e um dos meus sonhos é esse encontrar alguém como o padre descreveu e aqui estou do lado do Tarso, um homem fora da curva para não chamar de louco. Estava suando frio durante a troca de alianças, Tarso segurou a minha mão para pôr a aliança, ele beija a minha mão num gesto sedutor, tento disfarçar o quanto fiquei sem graça. Mudei de cor quando o padre disse que o Tarso podia beijar a noiva, senti um frio na barriga com o toque do Tarso sobre o meu rosto e a medida em que a sua boca se aproxima da minha, sinto borboletas no estômago e ele
Adoro causar terror em Emília principalmente quando a encaro e a mesma desvia o olhar dos meus olhos, ela até fingiu simpatia e tratou todos os meus amigos de igual para igual. Fui beber e curtir a minha festa de casamento e Emília por longe observava-me. Curtir o meu casamento não estava nem aí para nada, afinal esse seria o meu único casamento, nunca tive vontade de casar. Durante a festa observo Yan sempre por longe acho que ele não está legal, aqui não é o lugar e nem o momento para conversarmos. Assim como Emília, eu já estava cansado, bebi um pouco a mais, e ao terminar a nossa festa de casamento tive que aceitar a carona da Emília afinal estou sem carro, quero que ela pense que sou pobre. Estava mais ansioso do que Emília para chegar em casa para ela ver o seu lar e cena melhor não poderia existir do que abrir a porta e dá de cara com os cinco gatos a nos esperar, sorriu ao ver a cara de espanto da Emília. Estava adorando todo o susto que estou causando nela principalmente
Enquanto Tarso dormia embriagado eu fui até o meu apartamento vestida de noiva ainda bem que o prédio estava tranquilo e quase ninguém me viu assim, ao entrar na sala do meu apartamento sento-me no meu sofá e que saudades vou sentir daqui, mas apressei-me em trocar de roupa e organizar as minhas malas com alguns documentos. Joguei a mala no carro e fui para um supermercado e qual noiva nesse mundo que acabou de casar está fazendo compras para ela e para uns gatos, passo a mão na testa em tamanha humilhação, mas enfim é o meu destino. Comprei bastante, alimentos e rações para os gatos, água, comprei mais travesseiros e voltei para a casa, pus as compras na mesa da cozinha e fui dar comida aos gatos e em seguida tomei um banho eu necessitava estar limpa precisava retirar toda a maquiagem subi para o quarto vizinho ao do tarso e ao abrir a porta vejo que tem muita bagunça nele, essa casa precisa urgentemente de uma organização. Ao entrar no banheiro o chuveiro está quebrado, só me rest
Emília saiu da minha frente com raiva de tudo o que falei, afinal só falei verdades, vejo o quanto as mulheres adoram se vitimizar, e Emília sabe que estou certo, olho para a pequena mesa e vejo a chave do seu carro e uma louca ideia passa pela minha cabeça de sair de casa se eu ficar trancado nessa casa eu vou morrer sufocado. Subi para o meu quarto e olho o corredor sem acreditar que a Emília vai dormir no quarto totalmente empoeirado como esse, mas enfim não posso preocupar-me com ela. Vesti uma roupa e um casaco, liguei para Kiko me esperar numa boate perto da sua casa e ao chegar lá ele já estava esperando-me sem entender o que está acontecendo. — Qual pessoa acabou de casar e não está com a sua mulher Tarso o que houve irmão? — Kiko pergunta. — O meu casamento foi uma farsa, Kiko, de mentira! Se não casasse com aquela mulher estaria preso até agora. — Falo pondo as mãos no bolso. — Tarso que loucura é essa, meu irmão, Tarso mesmo assim você não deveria estar aqui, te entendo