ALESSANDRO PETROV - Eu vim aqui uma vez quando eu era mais nova...mudou muito. - diz olhando a fachada da boate. - Com quantos anos? - Pergunto franzindo o cenho e tento não me apegar ao sentimento de incômodo e ciúme que começa a se apossar de meu interior ao pensar nas inúmeras possibilidades de Angelina longe de mim em uma boate. - Dezessete...- Diz sorrindo sem mostrar os dentes e seu olhar nostálgico me faz prender a respiração por um segundo. - Foi uma das melhores noites da minha vida...eu até usei uma identidade falsa.- Ok... Fora da lei. - Digo a guiando para dentro ao apertar sua mão possessivamente, o que faz ela notar meu incomodo e se calar imediatamente. - Preciso te falar uma coisa. - digo quando chegamos na área vip, onde o som está mais baixo e a área é mais reservada. - O que? - Me olha curiosa depois de varrer o local com os olhos. - Sei que não é o momento e nem vamos falar de trabalho...mas eu queria te falar qual será seu presente de casamento.- Tem prese
BARRY O'CONELL Suspiro frustrado quando solto o ar pelos lábios com os olhos atentos aos ponteiros do meu relógio de pulso.Meu corpo b**e contra algo pequeno e um som de coisas caindo contra o chão me coloca em alerta quando vejo que esbarrei em uma mulher. Ela segurava uma pilha de pastas que foram contra o chão, se espalhando pelo piso.— Aí me perdoe senhor... Me desculpe. - ela pede com pressa e posso notar que sua voz está embargada.Seguro seu pulso, a impedimento de abaixar para pegar os papéis e eu o faço, o entregando tudo empilhado. — Foi erro meu. - sorrio sem mostrar os dentes. Ela tem a pele cor de chocolate, cerca de 1,60 de altura, seus cabelos castanhos escuro tem o mesmo tom de seus olhos redondos e estão presos em um penteado, algum tipo de coque que deixa seus cachos definidos por cair envolta de seu rosto firmado por traços finos e delicados. — Eu estava distraída, eu sinto muito. - limpa as lágrimas e sorrio de volta.— Vamos dividir a culpa, estávamos distraí
BARRY O'CONELL______________________________________________Dia seguinte...Meu caminho se cruza com o da moça da noite passada, Camila, que anda apressada com pastas nas mãos e um sanduíche embalado.— Cuidado para não derrubar as coisas novamente. - digo com bom humor quando passo por ela.— Ah Barry... Oi. - Abre um sorriso.— Está melhor? - pergunto me referindo a noite anterior.— Ah, sim... - Soa envergonhada. — Me desculpe a propósito.— Não tem pelo que se desculpar. - Digo para acalma-la.— Horário de almoço? - olho do pequeno sanduíche embalado que ela segura de volta para seu rosto.— Ah, não. Eu só peguei alguma coisa para não desmaiar. Eu tenho muito trabalho, agora senhor Petrov tem mais responsabilidades e eu também. — Eu não chamaria "alguma coisa para não desmaiar" de refeição. - solto uma risada nasal. — Trabalha diretamente para o Alessandro Petrov? - pergunto curioso.— Sim, Eu sou a secretária dele.— Do que é o sanduíche? - aponto.— Nada demais... Pão integral
BARTY O'CONELLAssim que a abro da minha sala temporária, a encontro com uma expressão que parece feliz e tímida ao mesmo tempo. — Boa tarde...- cumprimento.Ela se jogar em meus braços a toda velocidade me pega de surpresa.— Obrigada...Ainda sobre o efeito da surpresa diante sua ação, lentamente acabo Retribuindo o abraço. — Pelo que? - sorrio de lado.— Me desculpe. - Pede ao afastar o corpo do meu, se recompondo e voltando a postura habitual. — Pelas flores... São lindas e minhas favoritas — Como sabe que fui eu que mandei as flores? - cruzo os braços olhando para baixo, devido a nossa altura ser muito distante uma da outra.— Porque só você teria a sensibilidade de lembrar que eu disse que nunca recebi flores na vida. Ninguém mais iria se importar.— Toda mulher merece receber flores, ao menos uma vez na vida...e eu não poderia ignorar isso. Que bom que gostou. - coço a sobrancelha envergonhado.Eu e Camila construímos uma boa amizade durante esses dias, e por afeto a ela e
ANGELINA PETROV — Aí meu Deus!.- ajudo a criança de cabelos ruivos até a altura dos ombros a se levantar, seu rosto é cheio de sardas e sua testa coberta por uma franja. sorrio quando ela sorri para mim em agradecimento com alguns dentinhos faltando e um brilho no olhar que apenas uma criança com toda sua inocência é capaz de oferecer, correndo de volta para o meio parque até sumir da minha visão. — Acho que esse é o quinto pote de sorvete que eu compro...vou ter que passar muito tempo na academia quando voltarmos para perder as calorias. Eu comi como um refugiado de guerra. - me sento ao lado de Alessandro, o oferecendo mais um sorvete.— Não se preocupe... Vai perder calorias de outra maneira. - Diz malicioso.Acabo rindo quando levo a colher a boca.— Viu aquela menininha? Era muito parecida comigo quando era criança.— Suas bochechas eram mais fofas. - Diz sorrindo e eu deito a cabeça em seu ombro em um gesto de carinho por um instante antes de voltar a postura. — Eu era uma g
ANGELINA PETROVSuspiro quando me levanto da cama, esticando os braços e tentando esvaziar a mente por um segundo. Hoje eu volto para o trabalho, hoje acaba minha paz, minha lua de mel...meu tempo e de Alessandro dedicados vinte quatro horas por dia um ao outro. O momento que eu tanto temia, chegou. Passo pelo quarto com um micro sorriso no rosto, é lindo e fico feliz ao pensar que vai ser meu para sempre. Faço o caminho até o banheiro da suite, ligando a banheira com água quente e deixo encher enquanto pego os sais de banho. Eu tenho que estar linda hoje, vou resolver muitas pendências...e a principal delas, é ela: Jhoana. Prometi a mim mesma quando fui para a lua de mel que ela nunca mais faria mal a mim e Alessandro, e vou cumprir isso. Hoje vai ser a última vez que ela cruza meu caminho.[...]Ao sair do banho enrolada na toalha, caminho até o closet a procura de uma roupa apropriada para o clima de hoje.Depois de passar quinze minutos abrindo e fechando gavetas e armários, op
ANGELINA PETROV Me abaixo no chão evitando encostar meu joelho na poça de sangue, meu rosto já está sujo o suficiente. Levo meu dedo coberto pelo líquido vermelho até o pescoço dela e vejo que sua pulsação não existe mais, e ao parar para reparar em sua cabeça, vejo que o estrago foi feio, o que me gera um incomodo tão grande que a careta de pavor e nojo que fiz se desfaz e se transforma em uma ânsia que me faz correr pela casa até achar um banheiro, me jogo de joelhos no chão e vomito tudo na privada. Pesco o telefone no bolso indo na chamada rápido e aguardo na linha enquanto tento recuperar a minha respiração.— Alô? — Mãe...mãe...- Digo ofegante e com a voz trêmula, quase chorosa. Eu nunca havia tirado uma vida antes, nunca me imaginei de fato fazendo isso, por mais que na realidade em que vivo isso fosse óbvio que aconteceria um dia, mas o plano era evitar o máximo e caso fosse necessário, terceirizar a tarefa. Não estou arrependida, apenas desnorteada.— Angelina? Você está
Alessandro PetrovMeus dedos passam por cima do rosto de Angelina por cima do vídeo que cobre a foto do porta retrato em cima da minha mesa. Ela vestida de noiva ao meu lado em nossa festa casamento...por mais que não tenha sido no melhor clima, foi o meu dia de grande vitória.Ela finalmente foi minha...a promessa que fiz a mim mesmo desde que me entendo por gente foi cumprida.ANOS ATRÁS...Me sento na cama, desistindo de ficar deitado.— Nádia? - Suspiro, tentando controlar minha irritação, já é a terceira ligação que fiz para ela, e só agora atendeu. — Oi? - Diz soando ainda mais irritada do outro lado. — Uma hora dessa...eu estava fazendo meu skin care noturno.— Vai ser rápido, não é com você que eu quero falar. Angelina não me atende, deve estar sem bateria...enfim, quero falar com ela, passe para ela. — A Angel não está aqui...Fico em silêncio por alguns instantes.— Como assim não está? Ela saiu daqui dizendo que ia na sua casa. — E ela veio, eu ajudei ela a se arrumar pa