Acordei deitada no peito de Alessandro, nossos corpos quentes cobertos por grossas cobertas, e isso nos últimos dias tem sido uma das melhores partes de estar aqui, de estar ao lado dele. Seu cheiro, sua pele e toque são tão quentes, confortantes... acolhedores. O meu sono tem sido leve, calmo. Sua carícia no meu cabelo até eu adormecer e suas mãos correndo das minhas costas até minha bunda pela manhã, alisando até causar arrepios tem me dado o primeiro e último riso do dia. Me agarro as coisas boas, e sei que tentar ignorar as obrigações que me chamam é prejudicial, só que essa bolha onde eu só foco no que me alegra é viciante de tão segura, e eu não quero estoura-la e deixar a gravidade me levar direto para o chão. Volto para a realidade. Sentada na mesa só apartamento de Esther para o café da manhã, ela chamou eu, Nádia e Ana.— Eu jantei hambúrguer, então...um café da manhã caseiro e saudável está sendo minha salvação. - Nádia come o bolinho como se ele estivesse lhe causando um
Saio da cozinha correndo para a sala enquanto o interfone toca varias vezes, quase sem fôlego pelo caminho longo de um cômodo para o outro, nesse enorme apartamento, eu atendo - Senhorita O'neill, tem um homem na recepção querendo te ver. Ele se chama Romeu, diz que está com uma encomenda para a senhorita.Romeu? Por que ele veio trazer essa encomenda aqui? Eu já havia mandado avisar que infelizmente eu não iria mais precisar dos serviços dele. - Não tem como ele deixar aí e eu desço para pegar depois?...Não posso vê-lo...se Alessandro descobrir...- Ele disse que é algo importante e tem que entregar pessoalmente a senhora. Posso deixa-lo subir? - Diga a ele que eu desço para pegar com ele, então. - peço.- Só um minuto, Senhorita...- coloca o telefone no mudo. - Ele disse que é melhor subir para entregar... é algo muito particular segundo ele. Se a senhora não quer recebe-lo, posso mandar a segurança o retirar...O que pode ser tão importante? Eu não comprei nada que foi para a s
Após o ocorrido de ontem, de Alessandro ter colocado uma aliança no meu dedo, não disse mais nada.Quando quando fomos dormir, eu, incapaz de fazer ele se sentir rejeitado ao manda-lo dormir na sala, apenas esperei que ele caísse no sono e levei uma coberta e um travesseiro para o andar de baixo, e foi onde dormi. Um sono tão pesado, profundo e conturbado pelos horrores que eu tinha visto e escutado, que nem notei quando já era de manhã e Alessandro havia partido e me deixado sozinha.Ao me arrumar, querendo sair sem saber para onde, para casa de Esther, para sede, até a casa de Lana, atrás de Nádia...ou sair para tomar um café, pensar em qualquer lugar, mesmo sem alguém para conversar...a porta estava trancada, e não havia chave nenhuma para que eu pudesse sair, ao ligar para o porteiro e perguntar se ele podia abrir com uma cópia, porque eu "acidentalmente" acabei presa em casa, ele disse que não poderia segundo ordens do senhor Petrov.E o que me restou, foi me resignar e ficar em
A porta dupla de madeira rangequando a abro, dando de cara com a sala de treino enorme e vazia, branca, gelada e parcialmente escura. Não tem ninguém aqui também, não tem ninguém em lugar algum, em nenhuma das salas, não tem nem mesmo os seguranças na entrada. Onde foram todos?- Barry?...- minha voz ecoa da porta para o resto do cômodo. - Barry? - vou mais para o meio, a porta se fechando sozinha atrás, rangendo mais e se misturando com o eco da minha voz. Meus tênis brancos de treino fazendo um barulho leve no chão, mas que indicam cada passo que dou emdeterminada direção. Parando no meio exato da sala de treino, olho para um lado e para o outro. Ele não veio? Ele nunca falta... talvez tenha se atrasado, mas ele também nunca se atrasa. Começo a lentamente, Hesitante, a caminhar na direção da porta do lado norte que dá acesso ao vestiário.Faço o caminho todo pela longa sala até chegar a está porta, a qual eu abro com cuidado, todos as cabines de chuveiro estão com a porta abe
O som do rum derramando no segundo copo acaba quando o líquido chega a metade. Levo meu copo aos lábios, bebendo um gole para saborear e o outro levo até Estevan, sentado em sua mesa.— Imagino que ela não tenha aceitado bem isso. - Diz, tomando do copo.— Não. — Ela parecia bem quando falou com ela? - Noto sua preocupação, seu corpo se tensionando. — Toda vez que eu ligo para ela, está tão feliz e calma que eu me pergunto se não está fingindo. Queria poder dizer a ele que ela não estava bem, estava desesperada, desamparada e perdida. Só que não posso fazer isso. É um direito dela contar sua situação ao pai, de dizer ou não toda a verdade. De dizer que Petrov quer obriga-la a se casar.— Só não vou agora porque as chances de você indo no meu lugar e tendo mais resultados ao descobrir o que está acontecendo por minhas costas, é maior. Há muito tempo sinto que ela esconde as coisas de mim, e de você acredito realmente que ela não fará isso. Só que eu juro, não vou demorar a ir atrás d
Sorrio para ele sem mostrar os dentes, seus olhos focados na estrada e os meus mudando o foco para o vídro, encarando o lado de fora. Nós conversamos muito, e estamos estáveis, eu diria bem só que acho que seria exagerar um pouco. Ainda estou traumatizada com a morte que presenciei, e com ele ter colocado a vida da minha família em perigo daquela forma, e também por ter usado dessa vulnerabilidade para decretar que vamos nos casar, só que do que adianta eu ficar chorando por isso? Não vai mudar nada. Vou começar a ir atrás dos preparativos do casamento. Estou com mais ânimo para isso do que para contar para o meu pai, meu maior problema há dias. Já contei para o Barry, para mim isso é um passo, eu confio que ele não vai contar ao meu pai sem a minha permissão, o problema é que ele não gostou nada do que eu contei e está vindo para cá antes da reunião. Isso tem um grande potencial de dar errado, e eu vou ter que ser muito cuidadosa para manter a situação entre ele e Alessandro sob c
Corro para o sofá com um tablet na mão e pulo ao seu lado para cair sentada de bunda, olhando ele sorridente.- Devo imaginar que sua cabeça ruiva está com mil pensamentos...- diz me olhando de esguio, já que a atenção está no notebook em seu colo. - Isso. - fecho o aparelho em seu colo com força para que ele me dê atenção e isso faz ele soltar o ar pela boca e se espreguiçar, sorrindo ao final, vendo que, não vou desistir até que ele olhe para mim e ouça o que eu tenho a contar. Eu demando muita atenção, e todos ao meu redor sabem disso. - O que houve?- Hoje eu e as meninas entramos em um impasse. A Esther queria comer comida espanhola e Nadia italiana, e na dúvida decidimos ir comer em um restaurante brasileiro. - começo.- E foi mágico....foi a coisa mais incrível que já experimentei. E tem um negócio, feito de chocolate que eu trouxe...se chama brigadeiro.- Eu amo saber do seu dia, amor... - Assente mas parece não entender o porquê estou contando. Bufo. - E eu decidi que o b
Alessandro Petrov Entro em seu quarto e noto que ela está no closet, então tiro meus sapatos e terno, me sentando na cama esticando minhas pernas ao recostar-me na cabeceira da cama, esperando ela sair.— Que susto! - Exclama ela, puxando o ar quando me.— Pensei que fosse contra o código secreto das mães dizer que seus filhos são feios.Ela acaba rindo e balanço a cabeça. — Não, não é esse. o código secreto para filhos feios é "o importante é que ele tem muita saúde".— Só porque sou parecido com papai. - brinco.— Faz tempo que não me deito na sua cama. - Digo olhando para os lençóis, nostálgico. — eu gostava de ficar aqui com você...— Você é muito lindo, embora eu não precise dizer...eu sempre irei te lembrar. - vem na direção da cama, se sentando na beira da mesma. — Também sinto falta disso...agora você não é mais a criancinha que deitava aqui para assistir filmes e ouvir histórias. Agora você é um homem tão grande....e que me dá mais trabalho do que quando era criança. - ela