10 de fevereiro 11:30Olho para a tela do celular e o indicador de chamada mostra que a ligação é do Barry. Sorrio.— Oi...achei que tinha me esquecido de vez.— Se eu tivesse alzheimer teria uma boa chance de que você seria a última pessoa que eu esqueceria. - sua risada rouca soa do outro lado. — Você é um fofo. Estou com saudades...— Como estão as coisas por aí? Com seu relacionamento e o russo?— Muito difíceis... Barry. Estou muito confusa, me sinto bipolar, meus sentimentos mudam toda hora e minha mente troca de pensamento de um segundo para o outro. Uma hora penso que tudo bem ficar aqui, estou acostumada com ele é o melhor para minha família, que a culpa é minha então que eu lide. Outra hora que isso não é vida, que meus pais não me criaram para sobreviver e sim viver, que eu não mereço passar por isso e que fui aprisionada pelo homem que confiei a vida toda. As vezes acho que posso ama-lo, as vezes acho que não...— E o que sente por ele agora? — É meio vergonhoso falar d
ALESSANDRO PETROV — E aí ele disse que vai ter que cancelar a carga desse mês....- Assinto a explicação de Eric enquanto andamos pelo hall. Esther nos vê e na hora desliga o celular de forma apavorada. O que chama a atenção de Eric na hora. — Olá, meninos. - Ela dá sorriso nervoso e muito suspeito enquanto guarda o celular na bolsa, tentando equilibrar em sua mão um gigantesco buquê de rosas vermelhas.— Com quem estava falando? - Eric a Questiona. — Com a Angel...— Com Angelina? - Franzo o cenho.— E por que desligou tão rápido? Algo que não podíamos ouvir? - ele diz encarando o buquê.— É claro que não, Eric. Que ideia...— Está dado ao romantismo agora? - Debocho de Eric olhando para as flores.— Ainda bem que chegou nesse assunto. De quem são essas flores?Ela fica em silêncio olhando para mim, suas bochechas se movem e eu franzo o cenho com sua longa encara em mim, parece estar com medo. — São minhas... - Diz engolindo em seco.— Esta com flores. - Olho dele para ela. - E
13 de fevereiro 13:45PMDesço as escadas rapidamente, quase caindo e vejo ele sentado no sofá, com uma bebida escura no copo. - Bebendo essa hora?- Eu perdi um carregamento. - Diz com desgosto de si mesmo, seus lábios franzindo em desprezo. - Meu pai surtou... Se eu não posso cuidar de um carregamento, como vou cuidar da máfia dele? - Ei...- balanço a cabeça, tocando seu ombro e acariciando antes de me sentar em seu colo, a bebida ainda na outra mão. - Isso acontece, e ultimamente anda acontecendo tanto... é estranho, a Nádia também sofre com isso. Não é só você, e você é ótimo no que faz...existem falhas, com certeza ele também já falhou.- Não quando se vai ser o chefe, Angelina. não quando se tem tentas pessoas sobre sua proteção. - bufa, seu olhar perdido no líquido dentro do copo. - Não quero falar sobre isso...- Estou com uma notícia meio chata.... - dou um sorriso amarelo. - Acabei de saber que a reunião com os americanos foi adiada por um mês, no mínimo.- Por quê? Sabe
Olho para a xícara onde Jhoana despeja o café e depois apenas uma colher de açúcar, ela sabe que gosto de amargo. - Sua mãe ligou hoje para cá. - Ela diz me entregando a xícara fumegante. - Por que não passou para mim? - Pergunto franzido o cenho. - Você estava em uma reunião... E não passei porque imaginei que não quisesse falar com sua mãe. - Imaginou? - Questiono arqueando a sobrancelha. - Eu te conheço, Alessandro. - Sorri para mim. - Sei que desde que aquela menina... - Diz com desconforto. - Chegou... Você e sua mãe não estão mais se dando bem... Suspiro, ela tem razão. - Está tudo muito confuso entre ela e eu... Angelina é minha mulher mas é afilhada da minha mãe e parece que minha mãe não gosta muito da ideia de nós dois justos. - Bufo frustrado. - Novidade seria se ela quisesse... - Comenta. - Do que está falando? Ela me encara com dúvida e abre um sorriso novamente. - Não cabe a mim falar sobre sua relação com sua mãe... - Eu
Acordei deitada no peito de Alessandro, nossos corpos quentes cobertos por grossas cobertas, e isso nos últimos dias tem sido uma das melhores partes de estar aqui, de estar ao lado dele. Seu cheiro, sua pele e toque são tão quentes, confortantes... acolhedores. O meu sono tem sido leve, calmo. Sua carícia no meu cabelo até eu adormecer e suas mãos correndo das minhas costas até minha bunda pela manhã, alisando até causar arrepios tem me dado o primeiro e último riso do dia. Me agarro as coisas boas, e sei que tentar ignorar as obrigações que me chamam é prejudicial, só que essa bolha onde eu só foco no que me alegra é viciante de tão segura, e eu não quero estoura-la e deixar a gravidade me levar direto para o chão. Volto para a realidade. Sentada na mesa só apartamento de Esther para o café da manhã, ela chamou eu, Nádia e Ana.— Eu jantei hambúrguer, então...um café da manhã caseiro e saudável está sendo minha salvação. - Nádia come o bolinho como se ele estivesse lhe causando um
Saio da cozinha correndo para a sala enquanto o interfone toca varias vezes, quase sem fôlego pelo caminho longo de um cômodo para o outro, nesse enorme apartamento, eu atendo - Senhorita O'neill, tem um homem na recepção querendo te ver. Ele se chama Romeu, diz que está com uma encomenda para a senhorita.Romeu? Por que ele veio trazer essa encomenda aqui? Eu já havia mandado avisar que infelizmente eu não iria mais precisar dos serviços dele. - Não tem como ele deixar aí e eu desço para pegar depois?...Não posso vê-lo...se Alessandro descobrir...- Ele disse que é algo importante e tem que entregar pessoalmente a senhora. Posso deixa-lo subir? - Diga a ele que eu desço para pegar com ele, então. - peço.- Só um minuto, Senhorita...- coloca o telefone no mudo. - Ele disse que é melhor subir para entregar... é algo muito particular segundo ele. Se a senhora não quer recebe-lo, posso mandar a segurança o retirar...O que pode ser tão importante? Eu não comprei nada que foi para a s
Após o ocorrido de ontem, de Alessandro ter colocado uma aliança no meu dedo, não disse mais nada.Quando quando fomos dormir, eu, incapaz de fazer ele se sentir rejeitado ao manda-lo dormir na sala, apenas esperei que ele caísse no sono e levei uma coberta e um travesseiro para o andar de baixo, e foi onde dormi. Um sono tão pesado, profundo e conturbado pelos horrores que eu tinha visto e escutado, que nem notei quando já era de manhã e Alessandro havia partido e me deixado sozinha.Ao me arrumar, querendo sair sem saber para onde, para casa de Esther, para sede, até a casa de Lana, atrás de Nádia...ou sair para tomar um café, pensar em qualquer lugar, mesmo sem alguém para conversar...a porta estava trancada, e não havia chave nenhuma para que eu pudesse sair, ao ligar para o porteiro e perguntar se ele podia abrir com uma cópia, porque eu "acidentalmente" acabei presa em casa, ele disse que não poderia segundo ordens do senhor Petrov.E o que me restou, foi me resignar e ficar em
A porta dupla de madeira rangequando a abro, dando de cara com a sala de treino enorme e vazia, branca, gelada e parcialmente escura. Não tem ninguém aqui também, não tem ninguém em lugar algum, em nenhuma das salas, não tem nem mesmo os seguranças na entrada. Onde foram todos?- Barry?...- minha voz ecoa da porta para o resto do cômodo. - Barry? - vou mais para o meio, a porta se fechando sozinha atrás, rangendo mais e se misturando com o eco da minha voz. Meus tênis brancos de treino fazendo um barulho leve no chão, mas que indicam cada passo que dou emdeterminada direção. Parando no meio exato da sala de treino, olho para um lado e para o outro. Ele não veio? Ele nunca falta... talvez tenha se atrasado, mas ele também nunca se atrasa. Começo a lentamente, Hesitante, a caminhar na direção da porta do lado norte que dá acesso ao vestiário.Faço o caminho todo pela longa sala até chegar a está porta, a qual eu abro com cuidado, todos as cabines de chuveiro estão com a porta abe