O táxi parou em frente ao clube, e Sophia respirou fundo antes de abrir a porta. O coração batia tão forte que ela se perguntou se os outros poderiam ouvir. A fachada do prédio era imponente, discreta, mas todos sabiam o que acontecia ali. Especialmente na ala VIP, onde apenas os mais influentes e poderosos tinham acesso.Ela saiu do carro com passos decididos, mas cada movimento parecia mais pesado que o anterior. Mesmo enquanto pagava o motorista e caminhava para a entrada, uma parte dela queria correr para o lado oposto. Ir para casa e se enfiar sob as cobertas ao lado de Hanna e fingir que o mundo lá fora não existia.Mas Giovanni não era alguém que você simplesmente ignorava. Ele era um vórtice que a puxava cada vez mais para o seu mundo sombrio e fascinante. E Sophia não conseguia mais distinguir se aquilo era um peso ou um prazer.A noite estava envolta em um silêncio denso e carregado de promessas não ditas quando Sophia adentrou o clube privado. As luzes suaves, o cheiro de c
Sophia entrou no quarto especial, com os pés hesitantes atravessando uma linha invisível entre controle e a rendição. Giovanni fechou a porta atrás dela com um clique suave, mas que soou como uma sentença inevitável.O ambiente era sofisticado e escuro, paredes de madeira elegante e cortinas pesadas que garantiam a privacidade absoluta. A iluminação era baixa, lançando sombras misteriosas que se arrastavam pelo chão polido. Havia uma cama larga ao centro, mas também poltronas luxuosas e prateleiras decoradas com objetos que sugeriam prazer e poder em medidas equivalentes.— Tire o casaco. — A voz de Giovanni soou firme, autoritária, sem deixar espaço para questionamentos. Sophia obedeceu sem pensar, deslizando o casaco dos ombros e revelando o vestido verde que abraçava seu corpo de forma provocante. O olhar de Giovanni percorreu cada linha de seu corpo como um toque palpável, analisando cada detalhe.— Aproxime-se de mim, Sophia. — Ele ordenou, com os olhos azuis escuros como a noi
A cadeira era confortável, mas a vulnerabilidade que ela provocava em Sophia era incômoda e intensa. A madeira fria contra sua pele exposta contrastava com o calor que se acumulava sob a superfície do seu corpo. Suas mãos repousavam no colo, tensas, enquanto os olhos fixavam-se em Giovanni, que agora caminhava até uma prateleira discreta ao lado da lareira.Quando ele se virou novamente, algo em sua postura fez o estômago de Sophia se contrair. Giovanni segurava fitas e cordas negras de seda, o tecido macio brilhando sob a luz morna do ambiente. Seus olhos estavam escuros, famintos.— Sente-se bem, nena? — ele perguntou, com a voz baixa, carregada de intenção.Sophia assentiu, mas o gesto foi pequeno, quase imperceptível. Giovanni se aproximou com a lentidão de um predador.— Relaxe. Hoje, vou apenas dar um vislumbre do que se entregar para mim. A voz dele a envolveu como um toque invisível. Ela abriu a boca para responder, mas a respiração vacilante só permitiu que um sopro escapass
Giovanni manteve os olhos cravados nela enquanto seus dedos continuavam explorando-a com uma precisão cirúrgica e um domínio cruel. Ele não tocava com pressa. Cada movimento era estudado, como se estivesse esculpindo suas reações com toques sutis e profundos. O som da respiração ofegante de Sophia preenchia o silêncio do quarto, misturando-se ao tilintar quase imperceptível das cordas tensionadas a cada estremecimento involuntário de seu corpo.— Você sente isso, não sente? — ele sussurrou, curvando-se para beijar o canto de sua boca, os lábios provocando sem dar — sente o quanto seu corpo me obedece, mesmo quando sua mente ainda tenta resistir.Sophia arfou, os olhos fechados, os lábios entreabertos como se tentasse conter algo — uma confissão, um grito, um pedido.— Eu devia odiar você… — ela pensou, mas a frase se dissolveu dentro do calor que a consumia.Porque não havia ódio naquele instante. Havia submissão. Havia a entrega de uma mulher que, por mais que carregasse orgulho e f
A porta pesada do The Black Room se fechou atrás deles, selando Sophia em um mundo que não lhe pertencia, mas que, de alguma forma, parecia ter sido feito para ela.Seu coração batia frenético contra o peito, não por medo, mas pela promessa do desconhecido. O ar era carregado, denso com uma eletricidade que parecia vibrar em sintonia com seu próprio corpo. O perfume amadeirado de Giovanni envolvia seus sentidos, um lembrete constante da presença dominante dele, enquanto sua mão firme a guiava com precisão, pressionando a base de suas costas nuas.Ela sentia o calor dele, a força silenciosa que exalava de cada movimento, de cada toque, de cada palavra não dita.— Confie em mim, Sophia. — A voz dele veio baixa, um sussurro grave que reverberou por sua espinha como uma promessa perigosa.Ela engoliu em seco, seus dedos tremendo levemente, mas não recuou. Porque, apesar do desconhecido, apesar da tensão quase insuportável entre eles, ela queria aquilo.O quarto era um santuário de control
— Sophia… — Amélia chamou baixinho, puxando a cadeira e sentando-se ao seu lado. Seus olhos escuros estavam carregados de preocupação. — Você não pode continuar assim. Se matar de trabalhar em dois empregos não será suficiente, você precisa de uma solução real.Sophia apertou os olhos, sentindo as lágrimas ameaçarem cair.Jogou sobre a mesa, a carta do hospital onde informava o prazo final da cirurgia da sua irmã. Hanna, tinha apenas cinco anos e sofria de uma condição cardíaca grave que necessitava de uma cirurgia de urgência, apenas essa cirurgia salvaria a vida de Hanna e o tempo estava se esgotando. — E qual é a solução, Amélia? Eu já tentei tudo! Bancos, empréstimos, associações de caridade… ninguém quer ajudar. O hospital exige o pagamento antes da cirurgia. Se eu não conseguir esse dinheiro em dois meses, Hanna…Ela não terminou a frase, a dor que sentiu apenas em pensar na possibilidade de perder sua irmã era demais para ela. Amélia respirou fundo, hesitando mas pensou em al
Giovanni Bianchi era um homem machucado, um homem que conheceu um tipo de amor doentio e sádico. Um amor que o transformou no que ele era hoje, frio e sem coração. Mas por trás de toda a frieza e controle, havia um lado de Giovanni que quase ninguém conhecia.Apenas duas pessoas no mundo conseguiam enxergar além da máscara do magnata implacável: sua mãe, Isabella, e sua irmã caçula, Antonella.Com elas, ele era diferente.Ainda que tivesse herdado a rigidez e a disciplina do pai, sua mãe sempre foi o seu equilíbrio. Isabella Bianchi era a única que ainda via nele o garoto que um dia acreditou em sentimentos, antes que as pessoas o tornassem tão cético. Sua relação com Antonella era ainda mais intensa. Dez anos mais nova, a irmã era sua fraqueza. Ele a protegia como um guardião implacável, certificando-se de que nada, nem ninguém, a machucasse.Mas para o resto do mundo, Giovanni Bianchi era apenas o bilionário intocável, o homem de negócios dominador e implacável.O aroma amadeirado
O restaurante luxuoso estava banhado por uma iluminação quente e elegante, refletida nas taças de cristal dispostas sobre as mesas de linho impecável. O som discreto de conversas e risadas se misturava ao tilintar dos talheres, criando uma sinfonia refinada de sofisticação e exclusividade.Giovanni estava sentado em um dos melhores lugares do salão, girando lentamente o uísque em seu copo de cristal, seu olhar afiado varrendo o ambiente com impaciência contida.Vitor havia entrado em contato pessoalmente com o dono da Elite Diamonds, garantindo que a garota escolhida se encaixava em todos os requisitos do empresário. Mas Giovanni, um homem acostumado a exigir o melhor e aceitar nada menos do que a perfeição, permanecia cético.Por isso, ele marcou aquele jantar.Não gostava de surpresas.Não gostava de perder tempo.E, acima de tudo, não gostava de se decepcionar.Mas quando ergueu o olhar e viu a mulher atravessando o salão em sua direção, algo dentro dele estremeceu.Seu corpo ficou