Giovanni Bianchi
A lembrança do corpo de Sophia pressionado contra a parede ainda queimava como brasas em minha mente. Sua respiração entrecortada, os lábios entreabertos em um gemido desesperado… Aquilo era êxtase cru. Era poder destilado em forma de prazer. Um vício que se infiltrava na minha corrente sanguínea, mais potente do que qualquer droga que já tenha experimentado.
Ela tremia sob meu toque, não de medo, mas de necessidade. Uma necessidade que a consumia de dentro para fora, que a fazia perder a razão e abandonar as próprias defesas. Eu a tinha exatamente como queria: vulnerável, submissa, rendida a algo que nem ela conseguia nomear. E, droga, como eu adorava vê-la assim. Despida não apenas de roupas, mas de todas as suas armaduras. Entregue, despro
Sophia RomanoA manhã surgiu fria e cinzenta, mas o mundo lá fora parecia distante, irrelevante. Meus olhos se abriram lentamente, mas minha mente já estava acesa, incendiada por lembranças que não me deixaram dormir. Giovanni. A maneira como ele me olhou, como me tocou. A forma como me deixou, não apenas sozinha, mas tremendo, ofegante, faminta por algo que eu nem sabia como nomear.Eu me sentia ridícula, desesperada, ansiosa. E, pior, incrivelmente excitada.O toque dele ainda estava impregnado na minha pele. Era como se minhas células o reconhecessem, como se o corpo gritasse por algo que a razão tentava desesperadamente negar. Depois de um banho longo, tentando esfriar o desejo que insistia em pulsar sob a pele, me envolvi num robe felpudo, buscando conforto. Mas nada parecia suficiente para aplacar aquela inquietação.Queria odiá-lo. Queria sentir raiva do modo possessivo com que ele invadia meus pensamentos, da forma como se infiltrava em mim como um veneno doce. Mas o proble
Sophia RomanoEu ainda estava sentada na beira da cama quando a porta da minha suíte se abriu sem cerimônia. Giovanni entrou como se fosse dono do lugar e, de certa forma, ele era. Cada movimento dele exalava poder e controle, e meu corpo reagiu a isso imediatamente.Meu coração disparou ao vê-lo ali, tão imponente e autoritário em seu terno escuro perfeitamente ajustado. Os olhos azuis fixaram-se em mim com intensidade predatória, como se ele fosse um lobo à espreita, pronto para atacar sua presa.Eu senti o corpo inteiro se retesar sob aquele olhar. Giovanni mordeu os lábios, deixando o sorriso debochado e perigoso brincar em seus lábios antes de murmurar:—
Sophia RomanoSeu olhar percorreu meu corpo como uma carícia silenciosa, mas era tudo, menos gentil. Era insuportavelmente intenso, descaradamente provocador, como se estivesse me despindo centímetro por centímetro com os olhos. Giovanni Bianchi me observava como um predador faminto e eu me sentia como a presa que, absurdamente, desejava ser devorada.Meus músculos estavam tensos, o coração descompassado. Minha pele queimava onde seus olhos se demoravam, como se ele fosse capaz de tocar meu corpo apenas com a força do olhar.— Veio até aqui só para me testar, não é? — minha voz saiu mais trêmula do que eu gostaria, e o tremor me irritou. Eu odiava me sentir vulnerável diante dele, mas Giovanni… ele sempre sabia como me desarmar.— Vim garantir que você seguisse minhas instruções — respondeu com aquela voz baixa, rouca e precisa, como se estivesse acariciando cada sílaba só para me provocar. Parou no meio do corredor do hotel e, sem hesitar, me puxou pela cintura com uma firmeza que m
O restaurante era uma obra de arte de luxo e sofisticação. Lustres de cristal pendiam do teto alto, suas luzes refletindo em cada superfície brilhante, criando uma atmosfera elegante e quase surreal. Músicos tocavam uma melodia suave ao fundo, como se tudo ali tivesse sido cuidadosamente planejado para enfeitiçar seus convidados. E, claro, Giovanni se movia por aquele ambiente como se fosse parte do cenário. Como se o mundo inteiro fosse um palco criado especialmente para ele.As pessoas olhavam para nós enquanto Giovanni me guiava pelo salão com sua mão possessivamente pousada na base das minhas costas. Eu podia sentir cada par de olhos curiosos e invejosos que se voltavam para nós, mas principalmente para ele.Giovanni não se importava. Não se importava com os ol
O jantar estava impecável. Velas delicadamente dispostas sobre a mesa de linho branco, luzes douradas refletindo nas taças de cristal, e o aroma refinado de vinho tinto francês preenchendo o ar como uma promessa. Ao redor, casais conversavam com suavidade, sorrisos ensaiados e gestos medidos. Era o tipo de lugar onde a etiqueta importava mais que o sabor da comida.Mas, para mim, tudo era uma névoa.Porque Giovanni Bianchi estava sentado diante de mim — e isso já bastava para incendiar cada sentido. A presença dele era sempre demais. Intensa demais. Perversa demais. Ele sabia o efeito que tinha sobre mim. E se alimentava disso.Vestido com um terno sob medida, o paletó deixado de lado com uma casualidade estudada, ele parecia um lobo disfarçado de cavalheiro. O olhar escuro …o olhar escuro de Giovanni era uma armadilha. Um abismo de promessas e ordens silenciosas. Seus olhos não me observavam com desejo — observavam com posse. Com uma fome que ultrapassava o físico. Era como se ele qu
O jantar seguiu como se nada tivesse acontecido. Giovanni continuou falando sobre trivialidades, mantendo o sorriso satisfeito e aquele olhar predador cravado em mim o tempo inteiro. Era como se ele estivesse se deleitando com o meu estado miserável, com o fato de que havia me reduzido a um tremor involuntário em público e que, mesmo assim, eu continuava ali, completamente à sua mercê.Minha mente ainda girava, os ecos do prazer que ele havia me proporcionado me deixavam tonta e incapaz de pensar claramente. Giovanni sabia o que fazia. Sabia como me desestabilizar com a precisão de um homem que estava acostumado a destruir e moldar o mundo à sua vontade.Quando finalmente deixamos o restaurante, eu estava sem palavras. O corpo inteiro tremia levemente enquanto ele me guiava até o carro com a mão firme na base das minhas costas, como se aquilo fosse um lembrete silencioso de que eu ainda era dele.O motorista nos aguardava do lado de fora, e Giovanni abriu a porta para que eu entrasse
Sophia Romano— Boa menina… — A voz dele era uma carícia grave e cortante, tão baixa que parecia uma prece profana murmurada contra a minha pele em brasa. Os dedos de Giovanni passearam pelas minhas coxas como lâminas de desejo, afiados, precisos, conhecedores de cada centímetro meu. Ele sabia. Sabia exatamente como me despir por dentro, como me desmontar sem pressa.Agarrou-me com firmeza pela parte de trás das coxas, erguendo-me do chão com a brutalidade elegante de um predador que sabe que a presa já não quer fugir. Minhas costas bateram contra a parede com um leve baque, e minhas pernas se abriram como uma flor ao calor do sol, como se meu corpo reconhecesse nele seu dono, seu algoz, sua perdição.— Giovanni… — Minha tentativa de protesto foi um fracasso desde o início. O nome dele escapou como um gemido envenenado de desejo, trêmulo, fraco… deliciosamente rendido.— Shh… — ele sibilou, seu olhar azul acendendo em brasas. — Não me faça perder a paciência, nena. Eu prometi que iri
O tom dele me fez estremecer. Não havia espaço para discussão ou protesto. E, por mais que eu quisesse manter algum resquício de orgulho, a verdade era que eu estava ansiosa para o que quer que ele planejasse fazer comigo.Giovanni empurrou a porta da minha suíte e me guiou para dentro com firmeza, fechando-a atrás de nós como se aquilo fosse uma declaração de que, a partir daquele momento, eu era completamente dele.— Tire o vestido. — Ele ordenou, com os olhos cravados em mim, como lâminas afiadas.Minha respiração falhou, meu peito subia e descia de maneira descompassada. Eu hesitei, mas o olhar dele deixou claro que ele não aceitaria nada além da obediência absoluta.