Giovanni BianchiSento-me em uma das poltronas enquanto observo o frenesi que se instala no ambiente. As pessoas murmuram, ansiosas pelo que está por vir. Muitos estão aqui apenas para assistir. Outros desejam participar.Quando tudo está pronto, a mulher que escolhi é trazida até o palco. Seu nome é Verônica, uma submissa experiente que eu já havia usado antes. Ela é bela, com pele clara e curvas convidativas. Seus olhos brilham com expectativa e um toque de medo que eu conheço bem.Verônica é erguida do chão, os pulsos amarrados por cordas de couro pretas que pendem do teto, deixando seu corpo exposto e vulnerável. Suas pernas estão ligeiramente abertas, os tornozelos também amarrados e fixados no chão para que não haja nenhum movimento desnecessário.O ambiente silencia quando eu me levanto e me aproximo dela. Cada passo meu é calculado, cada movimento exala poder e controle.Pego o chicote fino de couro que repousa sobre a mesa ao lado e o seguro com firmeza.Minha mente fervilhav
Giovanni BianchiO silêncio é um veneno doce que se espalha pelo salão, misturado aos olhares sedentos da plateia que assiste ao espetáculo. Para eles, eu sou o mestre do prazer e da dor, o homem que controla corpos e mentes com um simples comando. Para Verônica, eu sou o seu senhor. O homem que a possui e a devora com um desejo que beira a crueldade.Todos os olhares estão fixos em mim e na mulher pendurada diante de mim, braços atados acima da cabeça, corpo exposto, completamente à mercê do meu controle. A plateia é um borrão irrelevante. Para eles, eu sou um espetáculo. Para ela, eu sou o poder absoluto.Eu caminho lentamente ao redor de Verônica, os saltos dos meus sapatos ecoando como trovões abafados pelo ambi
Giovanni BianchiO salão está mergulhado em expectativa. Os olhares famintos se voltam para mim, ávidos por cada movimento que eu faço, por cada comando que eu emito. Para eles, eu sou o espetáculo. Para Verônica, sou o senhor que define cada fôlego que ela é autorizada a tomar.Minha presença domina o ambiente, e o silêncio que se espalha é o reconhecimento do meu poder absoluto. Verônica está pendurada diante de mim, os braços presos acima da cabeça, os pulsos marcados pela tensão das cordas que a seguram. Seu corpo nu está completamente exposto, vulnerável e entregue.Eu me movo ao redor dela como um predador calculista. Meus olhos percorrem sua pele marcada, a visão das linhas vermelh
O hospital novo era um verdadeiro colosso de tecnologia e luxo. Um edifício imponente com vidros reluzentes que se erguiam em direção ao céu como uma promessa de esperança. Sophia nunca tinha pisado em um lugar tão bem equipado. Hanna fora instalada na melhor ala possível, cercada por médicos e especialistas que pareciam não descansar um segundo. Equipes médicas inteiras dedicadas exclusivamente à saúde da menina, revisando exames, discutindo diagnósticos e planejando cada detalhe da cirurgia que seria realizada dali a poucos dias.Mas o que realmente chamava a atenção de Sophia era a quantidade absurda de recursos que haviam sido disponibilizados para Hanna. Equipamentos de última geração, medicamentos que ela nunca tinha ouvido falar e procedimentos caríssimos que só poderiam ser pagos por alguém com uma fortuna sem fim.Blanca, por outro lado, sorria mais do que nunca. A fé renovada em cada olhar esperançoso que dirigia para a filha. O brilho em seus olhos refletia a gratidão abso
Sophia desviou o olhar para a janela, os olhos fixos na paisagem nebulosa que se estendia além do vidro. A pergunta de Amélia ecoava em sua mente, trazendo de volta memórias que ela lutou para enterrar desde o momento em que deixou a Itália.Mas ali, no hospital, rodeada pelo luxo que Giovanni havia fornecido, ela sabia que não podia mais fugir. Era impossível ignorar a sombra dele que pairava sobre sua vida como uma ameaça constante.— Sophia? — Amélia insistiu, a voz um pouco mais suave, mas ainda cheia de preocupação. — O que aconteceu entre você e Giovanni na Itália?Sophia respirou fundo, fechando os olhos por um instante antes de encarar a amiga.— Nós… — Ela hesitou, o peito apertando e a garganta queimando como se as palavras fossem cacos de vidro. Mas era hora de enfrentar a verdade. — Nós tivemos um caso, Amélia. Um caso que nunca deveria ter acontecido.Amélia arregalou os olhos, o rosto dela se contorceu em uma expressão de incredulidade.— Um caso? Com Giovanni Bianchi? —
A reunião se arrastava como uma tortura desnecessária. Giovanni encarava os homens e mulheres diante de si com a mesma impaciência que dedicaria a uma pilha de documentos insignificantes. As vozes ressoavam pelo escritório luxuoso, cifras e estratégias sendo lançadas como balas que jamais o atingiriam. Ele não precisava ouvir mais nada. Aquilo era entediante, uma distração ridícula que só servia para alimentar sua irritação crescente.Vitor Portinari, seu advogado pessoal e sócio, estava sentado ao seu lado, observando o comportamento do amigo com atenção. O olhar sombrio de Giovanni, os dedos impacientes tamborilando sobre a mesa de mogno, os maxilares apertados como se um erro fosse suficiente para ele destruir todos ali. Percebendo o risco de prolongar aquela reunião e acabar com algum funcionário chorando ou demitido, Vitor interveio, sua voz firme cortou o ar como uma lâmina.— Acho que por hoje é suficiente. Todos têm suas instruções, agora saiam e façam o que deve ser feito.Os
Giovanni BianchiA raiva queima dentro de mim como um veneno que se recusa a ser expurgado. Meu corpo grita por alívio, cada músculo tenso, cada célula clamando por um tipo de prazer que não consigo encontrar em lugar nenhum. Porque o que eu quero… o que eu realmente desejo, está fora do meu alcance.Maldito seja o nome de Sophia Romano. Maldita seja a maneira como ela se enfiou na minha cabeça e se recusa a sair.Eu não aguento mais. Preciso encontrar uma forma de silenciar essa obsessão antes que ela me destrua.O clube está lotado esta noite. Homens e mulheres se perdem em seus próprios desejos perversos, buscando controle, submissão, dor, prazer. Tudo o que querem. Tudo o que precisam. E eu não sou diferente.Caminho pelo corredor estreito com passos decididos. Meu olhar é uma ameaça, afastando qualquer um que ouse se colocar no meu caminho. Aqui, eu sou o rei. Aqui, eu sou o deus impiedoso que destrói e reconstrói o que bem entender.Os olhos dos presentes me seguem com uma mistu
O dia da cirurgia de Hanna chegou como uma tempestade implacável, devastando o coração de Sophia com uma brutalidade que ela jamais imaginara suportar. A angústia dilacerava sua alma, deixando-a em pedaços enquanto caminhava de um lado para o outro pelos corredores assépticos e frios do hospital. Cada segundo era uma tortura sem fim, uma eternidade que se arrastava em sua dor silenciosa.Blanca, ao seu lado, não conseguia parar de murmurar preces, o terço apertado com tanta força entre os dedos que seus nós ficaram esbranquiçados. Os olhos inchados e avermelhados denunciavam o desespero que corroía suas entranhas.— Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora da nossa morte… — sussurrava repetidamente, como se aquelas palavras fossem a última esperança de proteger a filha.A visão da mãe tão desolada fazia Sophia se sentir sufocada, presa em um mar de emoções que a afogavam. Queria abraçar Blanca, garantir que tudo ficaria bem, mas como poderia mentir quando seu