Mônica Cheguei na casa do Luiz, ou nossa casa, não sei mais ao certo, pouco depois que ele me ligou. Estava em uma faxina pesada na minha outra casa porque ultimamente é só o que tem me desestressado. Encontrei os meninos na sala vendo filme. Pedro: Oi Mônica. Luan: Mônica. Daniel: E aí? _ Oi meninos. Qual o problema da vez? Luan: Gabriela né? _ Entendo. Vocês trouxeram alguma coisa? Gabriela sempre foi a pedra no sapato de qualquer pessoa, principalmente dessa família. Ela pode ser agradável no início, mas do nada surta, vira bicho, não é à toa que quase me destruiu quando brigamos. Agora acho que todos aqui estão percebendo quem ela realmente é. Os meninos me disseram o que trouxe e eu fui ver os quartos. Na parte de cima da casa haviam três, como Daniel já estava em um e o outro era meu e do Luíz, arrumei o que restou para os meninos. Tive que ir na loja de móveis pedir beliche e um guarda roupa para os dois. E eles juntinhos comigo. Depois ainda passei no mercado para fa
Levei o meu tempo para me arrumar, mesmo Luiz enchendo meu celular de mensagens, assim que cheguei no portão da casa o Luiz apareceu todo sério. Fael saiu logo atrás dele e o Zulu junto com os meninos. Luizão: Bora, Zulu vai por teu carro pra dentro. Ainda permanecia no modo sério. Desci do meu carro com cuidado porque a saia era bem justa, material de couro fake é danado para pregar peça. Luizão: Oooooo, porra. Que saia é essa? _ Gostou? Linda né? Luizão: Vou falar nada, entra. Abri a porta do carro dele e entrei no carona. Fael entrou na parte de trás. Achei estranho, normalmente quem sempre anda em sua companhia é o Zulu. _ O quê tá acontecendo Fael? Fael: Sobre? _ Porque ele tá nervoso? Fael: Engano seu Mônica, tá tudo tranquilo. _ Sei. Abaixei o vidro e vi ele falando com o Zulu que estava no carro de trás com os meninos e as meninas. Luizão: Você presta atenção na sua responsa. Depois nós conversa sobre essa fita aí. Zulu falou alguma coisa só que eu não consegui
A rua lotada, nunca vi nada igual. Boatos que era o maior baile de São Paulo, eu ouvi, mas ver do jeito que estou vendo agora, nunca. Luizão: Fica perto tá, pra se perder aqui é muito fácil. Só assenti com a cabeça. Ele saiu andando segurando em minha mão com o Fael na frente. O som alto fazia tudo tremer dentro de mim. Entramos num bar onde já tinham outros homens e mulheres, incluindo Daniel e Luan com as meninas. Luíz cumprimentou alguns deles, não me apresentando para nenhum. Depois me levou no balcão e pediu refrigerante para mim. _ Sou criança? Luizão: Não, mas tá com uma na barriga. _ Para de ser sem graça, eu não estou grávida. Luizão: Dúvida? Ele me olhou com uma cara que até eu fiquei em dúvida da minha certeza. É claro que eu não estou, eu sou toda correta com meu contraceptivo, até porque eu sei o que é passar mal com o remédio comum. Aposto que é a TPM que me deixa ora nervosa, ora sentimental. Para não causar mais confusão, eu não quis contrariar, peguei
Lourdes: Vai fazer o que Mônica? A criança já não tá aí? Não quisesse filho cuidasse pra que não acontecesse. Faz sexo e não espera consequências? Ela me encarou no sofá da sala da minha casa. Depois de me acalmar Luiz me deixou aqui. Ele mesmo ligou para minha mãe e contou a notícia. Não é que eu não aceite, só que a ficha não caiu. Lourdes: Agora é cuidar, assim como eu estive pra Emily, eu tô aqui pra você minha filha. Seu pai ia estar tão feliz se estivesse aqui. Ele não via a hora disso acontecer. Tu formada, com teu diploma formando família dando os netinhos dele. _ Aí mãe. Lourdes: Eu também sinto falta filha. Homem como ele não vou achar nunca mais. Por mais que Roberto seja bom pra mim, nunca vai ser igual meu nego. Nunca. ... Passei uma semana meio que aérea. Na segunda mesmo eu fui a minha ginecologista e iniciei os exames após eu fazer um de sangue e ter a absoluta certeza de que uma semente crescia dentro de mim. Preciso falar sobre como o Luiz ficou? Bom acho q
Mônica Já estávamos a algumas horas no carro. Fael no volante, o primo dele, Doni, no carona e eu e Luiz atrás. O novo "cara na segurança", como me foi apresentado, não tinha nada da aparência dos meninos. Quem olhava dizia que era um universitário qualquer, porém se estava fazendo segurança para o Luiz, as aparências ali enganavam e muito. Estávamos anuviados em meio ao silêncio enquanto o Doni não tirava os olhos do retrovisor e da estrada a frente. As ruas escuras me davam uma sensação de fuga terrível, e cada vez mais eu me preocupava. Agora mais que nunca eu estava envolvida com o Luiz. A certeza? Essa criança. Estávamos em um laço eterno, para sempre, sem volta. Não sei se isso me preocupa ou me acalma. _ Onde estamos indo? Luizão: Vai ver quando chegar. Encarei ele, que me encarou de volta. Me acheguei mais para o seu lado e deitei em seu ombro, ele estava no aplicativo de mensagens em uma conversa com um número sem identificação. Tentei bisbilhotar, mas era co
Nelson Estava fazendo uma ronda pelas minhas lojas no Capão. Boi só engorda com o olhar do dono. Pra muitos eu sou ourives. É bom, é bom que eles pensem isso, porque por detrás de tudo isso tem o esquema que realmente é rentável pros meus e pra mim. Jogo do bicho e agiotagem. Tava ouvindo o que o Tadeu me passava da loja próximo a estação quando meu celular toca. Camille. A história com essa novinha é antiga. Ela é toda abusada, cheia de si. A resposta sempre na ponta da língua. Linda demais além da conta para o seu próprio bem. Eu não gosto de novinha, até porque sei que são tudo emocionada, querem alguém pra bancar, pra mostrar pras amigas que tão por cima e depois da minha mulher, a mulher da minha vida, eu decidi que não assumiria mais ninguém. Tenho meus rolo, como todo homem, mas nada explanado. Até porque meus filhos não aceita outra no lugar da falecida. E eu também nem me importo em colocar alguém. Só que a Camille chegou de um jeito diferente. Tava com meu filho
Camille A ansiedade tomou conta de mim. Ele não poderia me rejeitar depois do que eu acabei de confessar. O desejo que eu vi em seu olhar era recíproco. Ele também sentia o mesmo. Me ergui nos meus simplórios 1,53 e puxei sua nuca para que meus lábios encontrassem os seus. Sabia que ele não resistiria e foi aí que eu aproveitei. Em mim, explodiu um misto de alegria e euforia. Senti suas mãos se arrastando pelas minhas costas até a minha bunda. Ele apertou com força que eu gemi alto, mesmo com nossos lábios colados. Nelson: É errado neguinha. _ Não, não é. Eu quero, você também quer. Montei em seu colo e ele me apertou mais. Voltei a beija-lo com desejo até sentir nossos corpos afundar no sofá. Aproveitei que estava por cima e dei uma rebolada, com o contato, senti seu membro duro, a onda de prazer que invadiu meu corpo foi inebriante. Eu sempre desejei estar assim com o Nelson. Apesar de nossa diferença de idade eu sempre enxerguei ele com olhar diferente. Quando ele esteve
Mônica Era madrugada e eu senti uma pequena luz em cima de mim. E de repente vozes uma em cima da outra. Logo meu corpo começa a ser chacoalhado. Fael: Chefe, deixa ela. Doni sabe o que faz. Ele não é nem louco. Luizão: Não vou deixar ela. Tá louco que esses Zé ruela pode fazer aqui pra me atingir. Eu sento na cama e me deparo com a cena mais confusa da minha vida. Luiz está ao meu lado puxando o lençol que me cobria vestido todo de preto, enquanto Fael e Doni estão parados na porta com uma cara de desespero. Fael: Bora caralho, vai esperar eles se aproximar nessa porra. Doni: Chefe, na boa vai, eu prometo pela minha vida, tua mulher vai tá segura. Luiz me encarou e eu ainda confusa não sabia o que estava acontecendo. Que sonho maluco. Ou é realidade? Em meio ao seu desespero, Luiz me deu um selinho e me abraçou. Luizão: Doni vai tá contigo. Te amo preta. Te amo pra caralho. Preciso que tu seja foda agora, polícia tá chegando aí. Na hora as palavras dele caíram como um b