Mônica Já estávamos a algumas horas no carro. Fael no volante, o primo dele, Doni, no carona e eu e Luiz atrás. O novo "cara na segurança", como me foi apresentado, não tinha nada da aparência dos meninos. Quem olhava dizia que era um universitário qualquer, porém se estava fazendo segurança para o Luiz, as aparências ali enganavam e muito. Estávamos anuviados em meio ao silêncio enquanto o Doni não tirava os olhos do retrovisor e da estrada a frente. As ruas escuras me davam uma sensação de fuga terrível, e cada vez mais eu me preocupava. Agora mais que nunca eu estava envolvida com o Luiz. A certeza? Essa criança. Estávamos em um laço eterno, para sempre, sem volta. Não sei se isso me preocupa ou me acalma. _ Onde estamos indo? Luizão: Vai ver quando chegar. Encarei ele, que me encarou de volta. Me acheguei mais para o seu lado e deitei em seu ombro, ele estava no aplicativo de mensagens em uma conversa com um número sem identificação. Tentei bisbilhotar, mas era co
Nelson Estava fazendo uma ronda pelas minhas lojas no Capão. Boi só engorda com o olhar do dono. Pra muitos eu sou ourives. É bom, é bom que eles pensem isso, porque por detrás de tudo isso tem o esquema que realmente é rentável pros meus e pra mim. Jogo do bicho e agiotagem. Tava ouvindo o que o Tadeu me passava da loja próximo a estação quando meu celular toca. Camille. A história com essa novinha é antiga. Ela é toda abusada, cheia de si. A resposta sempre na ponta da língua. Linda demais além da conta para o seu próprio bem. Eu não gosto de novinha, até porque sei que são tudo emocionada, querem alguém pra bancar, pra mostrar pras amigas que tão por cima e depois da minha mulher, a mulher da minha vida, eu decidi que não assumiria mais ninguém. Tenho meus rolo, como todo homem, mas nada explanado. Até porque meus filhos não aceita outra no lugar da falecida. E eu também nem me importo em colocar alguém. Só que a Camille chegou de um jeito diferente. Tava com meu filho
Camille A ansiedade tomou conta de mim. Ele não poderia me rejeitar depois do que eu acabei de confessar. O desejo que eu vi em seu olhar era recíproco. Ele também sentia o mesmo. Me ergui nos meus simplórios 1,53 e puxei sua nuca para que meus lábios encontrassem os seus. Sabia que ele não resistiria e foi aí que eu aproveitei. Em mim, explodiu um misto de alegria e euforia. Senti suas mãos se arrastando pelas minhas costas até a minha bunda. Ele apertou com força que eu gemi alto, mesmo com nossos lábios colados. Nelson: É errado neguinha. _ Não, não é. Eu quero, você também quer. Montei em seu colo e ele me apertou mais. Voltei a beija-lo com desejo até sentir nossos corpos afundar no sofá. Aproveitei que estava por cima e dei uma rebolada, com o contato, senti seu membro duro, a onda de prazer que invadiu meu corpo foi inebriante. Eu sempre desejei estar assim com o Nelson. Apesar de nossa diferença de idade eu sempre enxerguei ele com olhar diferente. Quando ele esteve
Mônica Era madrugada e eu senti uma pequena luz em cima de mim. E de repente vozes uma em cima da outra. Logo meu corpo começa a ser chacoalhado. Fael: Chefe, deixa ela. Doni sabe o que faz. Ele não é nem louco. Luizão: Não vou deixar ela. Tá louco que esses Zé ruela pode fazer aqui pra me atingir. Eu sento na cama e me deparo com a cena mais confusa da minha vida. Luiz está ao meu lado puxando o lençol que me cobria vestido todo de preto, enquanto Fael e Doni estão parados na porta com uma cara de desespero. Fael: Bora caralho, vai esperar eles se aproximar nessa porra. Doni: Chefe, na boa vai, eu prometo pela minha vida, tua mulher vai tá segura. Luiz me encarou e eu ainda confusa não sabia o que estava acontecendo. Que sonho maluco. Ou é realidade? Em meio ao seu desespero, Luiz me deu um selinho e me abraçou. Luizão: Doni vai tá contigo. Te amo preta. Te amo pra caralho. Preciso que tu seja foda agora, polícia tá chegando aí. Na hora as palavras dele caíram como um b
Luciana Jota acha que eu sou boba. Fica rondando, comendo pelas beiradas acha que eu não percebo que já é o quinto dia que dorme aqui. Jota: Nega, vou na padaria pegar pão pro café, quer alguma coisa? _ Nada. Jota: Vou ver aquele sonho de chocolate que toda vez que tu engravida fica com vontade. Safado! Cachorro! Ele quer me pegar no ponto fraco. A verdade é que eu banco a durona, mas gosto mesmo de um mimo. Afinal que mulher não gosta? Pode ser a mais braba, a mais independente, a mais foda, mas no final todas querem ser cuidada, mimada. E ele faz muito bem isso, cuida tão bem de mim A verdade é que eu nunca tive o que reclamar, ele sempre foi muito presente na minha vida e na vida dos filhos, sempre cuidou de nós, tirando até da própria boca pra colocar na nossa. Jota: Que foi? Tá me encarando aí porquê? _ Nada. Jota: Nada é o caralho Nana, te conheço. Que tá passando aí na tua mente? Quer perdoar teu preto e o orgulho não deixa né? Já te falei que esse orgulho bobo va
Mônica Lourdes: E agora doutora? Estava em casa, assim que cheguei a minha mãe apareceu aqui com minha prima desesperada por causa do meu bebê. Mariza estava explicando a situação de maneira que ela pudesse entender. Ela conseguiu a liberação do Doni, que foi confirmado que ele era do exército, infelizmente vai responder pelo porte de arma. Até o momento não tenho notícias do Luíz e isso me aflige a cada segundo. Mariza: Fica calma Lourdes. Não vai acontecer nada. Eles com toda certeza estão recebendo informações privilegiadas e eu espero que Luiz descubra quem é o mais rápido possível, não sei quanto mais eu posso ajudar sem comprometer minhas fontes. A verdade é que essa história já está fedendo e não é de hoje. Lourdes: E a Mônica, eles vão vir atrás dela? Mariza: Não dou certeza, até porque esse investigador tem sede pela cabeça do Luiz. Ele quer atingir a Mônica de toda maneira. Lourdes: Tá vendo, quanto mais Mônica? Esse homem é tão egoísta que não percebe o mal que tá te
Luíz Mente tá como? Coração tá como? Tenta levar essa porra na maciota, relevar certas paradas pra não fazer mãe de vagabundo chorar, mas eles ligam pra isso na hora de ser judas com quem estende a mão? Porra nenhuma. Já tava no meu não sei quantos beck. Só na intenção desse filho da p**a. Aguardando a chegada dele. Porque aqui a firma trabalha com mais inteligência que a polícia de merda desse país. Tava na casinha que os irmãos usam nessa quebrada pra resolver os perreco. Tô no aguardo da encomenda que mandei buscar. Fael tá comigo desde ontem quando fugimos lá do sítio. Não dormiu, se comeu nem sei, porque nem eu me dei esse luxo. Eu sabia quem tinha me entregado, porque além de mim e da minha segurança quem sabia era o Bento, ele sempre sabe das coisas. E quando um faltou eu tentei não me escaldar, poderia ter dado algum BO. A cobrança ia vir, mas naquele momento só queria lazer com minha preta que tava com a mente cheia de paranóia. Tava querendo relaxar ela. Teria cons
Zulu: Alandelon não irmão, o mano aí já tá com a mulher dele e ela já tá em outra. Bento: Muito pau no cu mesmo. Meu ódio tava gritando na minha cabeça, só que eu precisei silenciar aquela voz. Nunca em momento nenhum agi por impulso, sempre tenho que pesar de forma igual pra cobrança ser justa. Tava pouco me fodendo pro fato do Zulu tá comendo a Gabriela. Um peso que ele tira das minhas costas. Só que quando ele falou que estava com ela quando se atrasou na sexta me chamou a atenção. Eu não sou burro, nunca fui. Isso é o que me fez ser quem eu sou hoje, tá onde eu tô. E caralho sei da treta que a Gabriela tem com a Mônica, sei também que aquela mulher é vingativa pra caralho, quantas vezes ela já me peitou por causa do ciúmes doentio que ela tem por mim? Sabia das minhas traições e corria atrás das minas pra brigar, mas nunca quis largar o osso. Eu nunca prendi, e se traia ela é porque já não tinha mais interesse. Foi perdendo com o tempo depois que ela se apresentou essa pess