_ Fala Zezinho. Suave? Cumprimentei ele que estava parado na porta do mercadinho, cara do coroa chega dava dó. Meti o carão pra dentro do estabelecimento e vi várias coisas destruídas no chão. Gabriela é foda, a porra briga igual homem, fica possuída quando tá no ódio. Conheço aquela peste. Quero saber qual é a dela nesse caralho arrumar briga com a Amanda assim? A outra também vai ser cobrada. Com criança na barriga arrumando confusão? Bento e o Fael me acompanhou naquela inspeção pra saber o tamanho do prejuízo que ia sair do meu bolso, pouco papo nessa porra. Zezinho: Ô Luizão, boa tarde. _ Boa, fala aí o que aconteceu. Zezinho: Tava de boa aí, tudo normal. A mulher grávida chegou e tava pegando as coisas dela. Aí a loira já veio na direção e começaram a brigar. A loira bateu mesmo na grávida, foi obrigado meus meninos segurar ela. Aí ela quis partir pra cima dos meus funcionários, e como eles respeitam mulher não revidou, aí ela começou a destruir o que via pela frente. Até um
_ Não pode olhar? Emily: Não. Tem nada pra você aqui. _ Vai pensando. Bora. Emily: Vamos, deixa eu só passar a escova aqui no cabelo e separar uma troca de roupa pro Be. _ Ele não acabou de tomar banho? Emily: Tomou, mas com criança toda precaução é pouco ainda. Tem que tá preparada pra tudo. _ Suave parça, bora. Ela terminou de se ajeitar e arrumou as coisas do meu menor. Peguei ele e desci, no inicio era maior treta de eu segurar, agora? Largo nem a pau. Menor chegou e desbaratinou legal. Lourdes: Vai sair Emily? Emily: Vou tia. Vou ali rapidinho e já volto. Lourdes: Não vai engravidar minha sobrinha de novo não né Bento? Dessa vez eu juro que te caço, pra largar de ser safado. Fiquei como? Rosto chega ficou vermelho. Essa dona Lourdes é foda. _ Maior respeito dona Lourdes. Quero bagunçar ninguém não. Tô indo levar a Emilly na casa que eu comprei pra eles. Lourdes: A é? Que maravilha. Tomou vergonha né? Acho até bom. Filho nenhum merece crescer sem pai e sem mãe. Ainda
Mônica Cheguei na casa do Luiz, ou nossa casa, não sei mais ao certo, pouco depois que ele me ligou. Estava em uma faxina pesada na minha outra casa porque ultimamente é só o que tem me desestressado. Encontrei os meninos na sala vendo filme. Pedro: Oi Mônica. Luan: Mônica. Daniel: E aí? _ Oi meninos. Qual o problema da vez? Luan: Gabriela né? _ Entendo. Vocês trouxeram alguma coisa? Gabriela sempre foi a pedra no sapato de qualquer pessoa, principalmente dessa família. Ela pode ser agradável no início, mas do nada surta, vira bicho, não é à toa que quase me destruiu quando brigamos. Agora acho que todos aqui estão percebendo quem ela realmente é. Os meninos me disseram o que trouxe e eu fui ver os quartos. Na parte de cima da casa haviam três, como Daniel já estava em um e o outro era meu e do Luíz, arrumei o que restou para os meninos. Tive que ir na loja de móveis pedir beliche e um guarda roupa para os dois. E eles juntinhos comigo. Depois ainda passei no mercado para fa
Levei o meu tempo para me arrumar, mesmo Luiz enchendo meu celular de mensagens, assim que cheguei no portão da casa o Luiz apareceu todo sério. Fael saiu logo atrás dele e o Zulu junto com os meninos. Luizão: Bora, Zulu vai por teu carro pra dentro. Ainda permanecia no modo sério. Desci do meu carro com cuidado porque a saia era bem justa, material de couro fake é danado para pregar peça. Luizão: Oooooo, porra. Que saia é essa? _ Gostou? Linda né? Luizão: Vou falar nada, entra. Abri a porta do carro dele e entrei no carona. Fael entrou na parte de trás. Achei estranho, normalmente quem sempre anda em sua companhia é o Zulu. _ O quê tá acontecendo Fael? Fael: Sobre? _ Porque ele tá nervoso? Fael: Engano seu Mônica, tá tudo tranquilo. _ Sei. Abaixei o vidro e vi ele falando com o Zulu que estava no carro de trás com os meninos e as meninas. Luizão: Você presta atenção na sua responsa. Depois nós conversa sobre essa fita aí. Zulu falou alguma coisa só que eu não consegui
A rua lotada, nunca vi nada igual. Boatos que era o maior baile de São Paulo, eu ouvi, mas ver do jeito que estou vendo agora, nunca. Luizão: Fica perto tá, pra se perder aqui é muito fácil. Só assenti com a cabeça. Ele saiu andando segurando em minha mão com o Fael na frente. O som alto fazia tudo tremer dentro de mim. Entramos num bar onde já tinham outros homens e mulheres, incluindo Daniel e Luan com as meninas. Luíz cumprimentou alguns deles, não me apresentando para nenhum. Depois me levou no balcão e pediu refrigerante para mim. _ Sou criança? Luizão: Não, mas tá com uma na barriga. _ Para de ser sem graça, eu não estou grávida. Luizão: Dúvida? Ele me olhou com uma cara que até eu fiquei em dúvida da minha certeza. É claro que eu não estou, eu sou toda correta com meu contraceptivo, até porque eu sei o que é passar mal com o remédio comum. Aposto que é a TPM que me deixa ora nervosa, ora sentimental. Para não causar mais confusão, eu não quis contrariar, peguei
Lourdes: Vai fazer o que Mônica? A criança já não tá aí? Não quisesse filho cuidasse pra que não acontecesse. Faz sexo e não espera consequências? Ela me encarou no sofá da sala da minha casa. Depois de me acalmar Luiz me deixou aqui. Ele mesmo ligou para minha mãe e contou a notícia. Não é que eu não aceite, só que a ficha não caiu. Lourdes: Agora é cuidar, assim como eu estive pra Emily, eu tô aqui pra você minha filha. Seu pai ia estar tão feliz se estivesse aqui. Ele não via a hora disso acontecer. Tu formada, com teu diploma formando família dando os netinhos dele. _ Aí mãe. Lourdes: Eu também sinto falta filha. Homem como ele não vou achar nunca mais. Por mais que Roberto seja bom pra mim, nunca vai ser igual meu nego. Nunca. ... Passei uma semana meio que aérea. Na segunda mesmo eu fui a minha ginecologista e iniciei os exames após eu fazer um de sangue e ter a absoluta certeza de que uma semente crescia dentro de mim. Preciso falar sobre como o Luiz ficou? Bom acho q
Mônica Já estávamos a algumas horas no carro. Fael no volante, o primo dele, Doni, no carona e eu e Luiz atrás. O novo "cara na segurança", como me foi apresentado, não tinha nada da aparência dos meninos. Quem olhava dizia que era um universitário qualquer, porém se estava fazendo segurança para o Luiz, as aparências ali enganavam e muito. Estávamos anuviados em meio ao silêncio enquanto o Doni não tirava os olhos do retrovisor e da estrada a frente. As ruas escuras me davam uma sensação de fuga terrível, e cada vez mais eu me preocupava. Agora mais que nunca eu estava envolvida com o Luiz. A certeza? Essa criança. Estávamos em um laço eterno, para sempre, sem volta. Não sei se isso me preocupa ou me acalma. _ Onde estamos indo? Luizão: Vai ver quando chegar. Encarei ele, que me encarou de volta. Me acheguei mais para o seu lado e deitei em seu ombro, ele estava no aplicativo de mensagens em uma conversa com um número sem identificação. Tentei bisbilhotar, mas era co
Nelson Estava fazendo uma ronda pelas minhas lojas no Capão. Boi só engorda com o olhar do dono. Pra muitos eu sou ourives. É bom, é bom que eles pensem isso, porque por detrás de tudo isso tem o esquema que realmente é rentável pros meus e pra mim. Jogo do bicho e agiotagem. Tava ouvindo o que o Tadeu me passava da loja próximo a estação quando meu celular toca. Camille. A história com essa novinha é antiga. Ela é toda abusada, cheia de si. A resposta sempre na ponta da língua. Linda demais além da conta para o seu próprio bem. Eu não gosto de novinha, até porque sei que são tudo emocionada, querem alguém pra bancar, pra mostrar pras amigas que tão por cima e depois da minha mulher, a mulher da minha vida, eu decidi que não assumiria mais ninguém. Tenho meus rolo, como todo homem, mas nada explanado. Até porque meus filhos não aceita outra no lugar da falecida. E eu também nem me importo em colocar alguém. Só que a Camille chegou de um jeito diferente. Tava com meu filho