Parte 2...Ele franziu a testa. Passou uma ideia nova por sua mente.— Se é assim... Seu desejo é uma ordem - a puxou para um abraço — O castelo é muito grande... O que acha de mandar trazer a Daniele para cá, montamos um espaço para ela - Dominique abriu a boca surpresa — Você escolhe um dos quartos e transforma em sua agência fora de casa, com tudo o que precisa para trabalhar daqui e a Joane continua cuidando da outra... E... Podemos começar nossa família aqui... O que me diz?— E-eu... Eu nem sei - riu nervosa — De onde saiu tudo isso? Você não me falou nada antes.— Porque eu não tinha pensado nisso até agora - a beijou devagar, acalmando sua ansiedade — Mas você está tão animada com a propriedade que acho que tem razão - deu de ombro — É um absurdo que algo desse nível seja abandonado como se fosse uma coisa qualquer. Antes teve muita vida aqui... Meus antepassados viveram e morreram aqui...— Eu nem sei o que dizer... Bem, sei lá... - riu de novo, balançando a cabeça — Acha que
Parte 3...— Nico, já somos casados. Temos um contrato, esqueceu?— Eu sei, mas agora quero me casar de verdade... Porque eu te amo e você me ama... Não por causa de um contrato para cosneguir receber uma herança.— Mas... - ela secou o rosto com a mão — As pessoas vão falar se nos casarmos de novo. Vão desconfiar.— Não se a gente se casar na igreja agora - ele encostou a testa à dela — Nunca fizemos uma cerimônia e isso causou a maior parte da dúvida... Podemos fazer uma cerimônia digna de um marquês, o que me diz? - sorriu.— E os documentos que assinamos?— Não vão ser perdidos - ele mexeu a cabeça — E esse último que você assinou, liberava você do peso de carregar qualquer obrigação do título. Você é uma marquesa agora, mas se não quiser o título, pode repassar para minha irmã e ela que se vire com as obrigações.Ela parou e pensou no que tinha acontecido esse tempo desde que o conheceu. Depois de passar um tempo desconfiando de cada pessoa que se aproximava dela, ter encontrado
Parte 1...Dominique estava chegando em casa. Quando desceu do carro, o empregado que pegou sua sacola grande e pesada, a informou que o marido estava no jardim do fundo.— Obrigada, Silas, vou dar a volta até lá.Ela entregou a bolsa também e foi dando a volta pela grande parede de pedra escura, caminhando com cuidado porque na noite anterior havia chovido muito e por isso ela teve que ficar em uma pousada na cidadezinha antes de chegar ao castelo.O caminho era de pedras também, mas estavam sendo trocadas a mando do marido, porque algumas eram pontudas e podiam causar ferimentos.Depois de seis anos de casamento, eles tinham três filhos. Dois meninos gêmeos e uma menina.Depois que eles se isolaram pela primeira vez no castelo, a mudança na relação deles foi enorme. Eles ficaram mais unidos e entraram em um acordo pessoal, de cumplicidade acima de tudo, mesmo nos assuntos mais difíceis.O processo contra Mike correu até mais rápido do que ela havia pensado. Por causa das escutas, el
Parte 1...Nicolau estava agoniado, preso no trânsito infernal do centro de Paradiso. Ele detestava ir ao centro, mas pelo jeito, foi o único horário que teriam para ele.Ele tinha um encontro marcado com uma pessoa e mesmo sem vontade de se enfiar no centro a essa hora, não poderia perder. Tinha que ser agora ou talvez não tivesse mais tempo de consertar um problema sério.Checou o relógio de pulso pela quarta vez. Já estava atrasado mais de dez minutos e isso era péssimo. Ele odiava se atrasar, mas infelizmente não dependia apenas dele agora. Até por isso mesmo enviou uma mensagem para o número que tinha registrado no celular, avisando que estava preso no trânsito.Era muito deselegante chegar atrasado a um encontro, ainda mais de negócios, porém nada podia fazer. — Calma, não tem jeito a dar, vai ter um troço.Ele ouviu a risada irônica do amigo do outro lado da ligação. Estava perto, mas ainda teria que achar um local para estacionar o carro. Esperava que o estacionamento do rest
Parte 2...— Não seja tonto, Diogo - entrou no salão grande e foi analisando as pessoas em volta. Não sabia como seria o senhor Fussô — Isso não tem nada a ver com namoro, é tudo um acerto. Cada pessoa deixa claro o ponto que espera do outro e se houver concordância entre as vontades e gostos pessoais, começam um relacionamento, mas é só interesse pessoal.— Credo, que coisa nada romântica.— O que eu menos quero é romance, Diogo - um menino passou correndo por ele.— Só você mesmo para aparecer com uma coisa dessa.— Diogo, eu prefiro ser honesto. Não me adianta nada ficar com bobagens românticas apenas para conseguir o que quero. É mais rápido e simples abrir o jogo.— Tudo bem, mas você poderia fazer um acordo desse com a Lívia, por exemplo.Dessa vez foi ele quem riu.— Lívia sempre quis que eu assumisse um namoro com ela. O que acha que ela iria fazer se eu pedisse que se casasse comigo para depois de um ano cada um ir para seu lado?— É... Você tem razão - ele pausou — E a Noeli
Parte 3...Enquanto ia caminhando pelo local, algumas cabeças se viravam para olhar para ele, curiosas. Nicolau chamava mesmo a atenção pela sua altura e pelo seu tom de pele, herdado de sua mãe espanhola.Parou e colocou a haste dos óculos na boca, virando a cabeça devagar.Viu um casal com um bebê no carrinho ao lado. Um rapaz muito jovem para ser o dono de uma agência de tal porte e que estava concentrado em seu notebook. Nem mesmo levantou a cabeça quando ele passou ao lado da mesa.Do outro lado do salão ele notou uma mulher de costas, com a mão apoiando o queixo e olhando pela grande janela de vidro, vendo o movimento que passava lá fora na calçada do outro lado. O cabelo loiro escuro estava preso em uma trança longa que chegava até o meio da coluna.Parecia bem distraída. Avançou mais um pouco e viu um homem em outra mesa, a cabeça baixa, lendo algo. Ele se aproximou e o homem levantou a cabeça, o encarando, mas logo depois voltou a baixar sem lhe dar a mínima atenção. Então nã
Parte 4...— Muito decepcionado com esse fato? - ela perguntou séria — Por acaso é machista ao ponto de achar que uma mulher não pode comandar uma empresa? - ela ergueu a sobrancelha.— Não sou machista... Não muito, eu acho - ele respondeu de uma forma quase infantil.Dominique sorriu de novo e ele sentiu um arrepio gostoso na nuca que desceu por sua coluna. Ela parecia bem centrada e direta. Gostava disso.Quando ela parou de sorrir para pegar uma pasta, ele logo sentiu falta do sorriso. Era impressionante. Em pouco mais de um minuto a mulher o deixara deslocado do ambiente, totalmente ligado nela.— E não é machismo - ele quis reforçar — É que eu achava que estaria lidando com um homem, apenas isso.— Tudo bem, um engano comum - ela deu de ombro.— Já foi confundida com um homem antes?A pergunta era idiota, mas ele se sentia idiota. Não conseguia tirar os olhos daquela boca.— Apenas pelo nome - ela riu de leve e tirou os óculos.Então ele pode ver seus olhos. Eram de uma cor que
Parte 5...— E será mesmo que você irá conseguir me ajudar? - ele cruzou as mãos sobre a mesa — Como vou ter a certeza de que a mulher que me apresentar, será a ideal para o que quero?— Bem, o seu assistente fez uma pesquisa e achou minha agência no topo, porque fazemos um trabalho sério e dedicado - ela também se inclinou para a frente — Temos muitos clientes, homens e mulheres que buscam um par por vários motivos.— Mas com tanta gente, será que vai achar uma a tempo? O meu prazo realmente é curto.— Sei bem disso. Uma triagem será feita com todo cuidado, levando em consideração as informações de ambos os lados. Eu vou precisar que o senhor responda a um questionário da forma mais honesta possível - ela passou a língua pelo lábio — Eu não aceito que um cliente tente enganar o outro, usando minha agência. Sou uma pessoa responsável.Ele ouvia o que ela dizia, mas seus olhos seguiram o movimento da língua ao acariciar aquele lábio delicado. Imaginou como seria dar uma mordida nele.—