5. Capítulo

**Anya**

Volto para o quarto pegando a xícara de chá quente e bebendo um pouco. Senti-me na cama apreciando o calor gostoso do chá.

Stefano voltou e pega a outra xícara sentando em uma poltrona.

— Anya, enquanto esperamos a chuva passar podemos falar sobre o assunto que me trouxe aqui? — Fecho os meus olhos, eu não queria voltar para esse assunto. — Sei que não quer falar sobre isso, mas peço que me escute.

Quando ele movimento a sua mão, eu sinto aperto no meu coração ao ver o círculo dourado em seu dedo. Uma aliança? Mas é claro que ele deveria ser casado.

— Tudo bem! Eu vou lhe escutar, mas não mudarei de ideia.

Ele concorda com um movimento de cabeça.

— Eu não posso entrar em detalhes sobre o testamento sem a presença de suas irmãs, mas posso te dizer que se uma das três não comparecer, todas perdem a herança e suas irmãs perderam também. Não é sobre você, tem muita coisa envolvida, Katherine a irmã do meio não teria onde morar se algo assim acontecer.

Eu entendo e sinto por ela, mas não posso sacrificar a minha vida e sanidade por alguém que não conheço.

— Então a única coisa que eu preciso fazer é comparecer?

— A princípio sim! Claro que depois vocês terem as cláusulas do testamento para analisar e aceitar ou não.

Suspiro se fosse só por minha vontade, eu diria não, mas não posso deixar de sentir pena da garota.

Eu preciso pensar no assunto, nas consequências para mim e para elas.

— Vou pensar no assunto, então me dê dois dias e te darei a resposta.

Ele concordou e voltou a beber do seu chá, e eu fiz mesmo com minha cabeça cheia.

Passou um tempo em um silêncio agradável, observo ele, é uma pena, Stefano é um homem encantador, mas é comprometido, então por mais interessante que ele seja não passará de uma atração que ninguém poderá saber da existência.

Mordi os meus lábios ao vê-lo sair e voltar com o meu vestido, o tempo ao lado dele foi tão agradável que nem mesmo percebi que a chuva tinha parado.

Ele me entregou o vestido e vou até o banheiro, o tecido estava frio, mas não seria algo insuportável usá-lo are chegar em casa.

Já é noite, deveria ser umas nove horas da noite e posso até imaginar o escândalo que me espera em casa.

Quando sair do banheiro vejo a minha jaqueta em cima da cama, eu nem mesmo lembrava dela. O olhar dele sequer o meu e ele responde a minha pergunta muda.

— Você esqueceu ela na praça e eu a trouxe comigo, estava na moto, por isso você não viu.

Eu concordo com ele, e vejo ele pegando a jaqueta e me ajudando a vestir ela.

Saímos juntos e vejo a amiga de minha mãe no balcão da recepção, ela estava ao telefone e seus olhos estavam vidrados em mim. Não precisa ser um gênio para saber com quem ela estava falando.

Ele pega o capacete e ajusta ele em mim, e com cuidado me ajudou a subir em sua moto. E dessa vez eu não esperei nem mesmo ele pedir antes de envolver os meus braços em sua cintura.

Saímos em sua moto, eu expliquei onde ficava a fazenda do meu pai. Mas ele parecia já saber o endereço, e deve saber mesmo já que disse que estava aqui a minha procura.

Aperto os meus braços ao redor de sua cintura e sinto um arrepio em minha espinha ao sentir o seu cheiro amadeirado.

Fecho os meus olhos com a sensação inebriante, mas ela não durou muito.

A viagem a minha casa que normalmente dura horas, hoje ao lado dele foi extremamente rápida.

Sei que o tempo de viagem é o mesmo, o que mudou foi a sensação.

Mordi os meus lábios ao vê o meu padrasto, o meu irmão, Nikolas e seus amigos em frente da entrada da minha casa.

Eu sabia que isso poderia ser problema e não queria envolver Stefano em mais, principalmente por que quem deve resolver essa questão sou eu.

— Stefano, eu tenho o seu número e assim que eu decidir vou te ligar. — Desci da moto, e olhei em volta. — É melhor você ir.

O olhar dele foi em direção a Nikolas.

— Não quer que eu explique a sua família o que aconteceu.

— Não precisa já me ajudou demais e agora é a minha vez de resolver o meu problema. — Vejo o seu olhar ainda fixo nos rapazes. — Não se preocupe, eu vou ficar bem. O meu pai está lá.

Aponto para o meu padrasto que tinha o olhar serio. Ele não disse nada sobre o fato que de tê-lo chamado de pai.

— Tudo bem! Mas salve o meu número em seu celular e me ligue se algo acontecer.

Vejo pelo canto o olho Nikolas irritado, e seus amigos segurando ele. Faço como ele disse, pego o meu celular dentro da minha bolsa e o seu cartão e salvo o seu número.

— pronto agora pode ir!

— Peço que me ligue para dizer que está tudo.

Eu concordei e ele deu um último olhar para Nikolas e foi embora. Eu suspiro, ergo a minha cabeça e vou em direção à minha casa.

— Temos que conversar Anya.

— Agora não papai! Eu tive um dia difícil e estou cansada, amanhã vocês podem fazer a fogueira da inquisição comigo.

Aponto o dedo para meu irmão, o que ele faz aqui? A minha mãe disse que ele não foi me buscar porque ainda estava viajando.

— Quando chegou de viagem?

— Agora a pouco, eu queria participar da festa da cidade.

Ele diz com a voz rouca e parecia um pouco cansado, deve ser da viagem. É verdade a festa do aniversário da cidade aconteceria em dois dias.

Ele suspirou e fez uma careta, vejo Nikolas abri sua boca e eu não quero escutá-lo. Deixo eles parados e vou para o meu quarto em silêncio, enquanto a minha mãe briga com meu pai.

Passo a chave pela porta e troco de roupas, escovo o meu dente.

Pego o meu celular, sei que ele pediu para fazer a ligação por educação, mas resolvi fazer o seu pedido.

Não uma ligação já é tarde, mas envio uma mensagem para dizendo que estava tudo bem.

Acreditei que ele não iria responder, mas fui surpreendida por uma mensagem dele.

“Estarei com o meu telefone o tempo todo, não hesite em me ligar se precisar.”

Coloco o meu telefone em cima da mesa de cabeceira com um sorriso nos lábios. A mulher dele é tem muita sorte, eu nunca conheci um homem como ele.

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