PedroNão podia ser pior. Penso quando fecho a porta da sala de reuniões. Eu até apostei que seria bem fácil assim. Não pensar nela, não falar com ela e não a olhar. E droga estava dando certo, mas a peste trabalha praticamente do meu lado e com certeza terei que vê-la mais vezes do que eu possa suportar, e consequentemente pensarei mais nela, e inevitavelmente terei de falar com ela. O pior dessa merda toda é ter que ver a minha mulher com aquele engomadinho colado nela. — Meu Deus Pedro, que demora! — Matheus retruca me despertando e com um suspiro alto encaro os meus irmãos ao redor da mesa retangular. — Até parece que você veio de outro... espera, você está bem? — Ele inquire me analisando.Eu devo mesmo está com uma cara péssima. Penso encarando os olhares especulativos. — Não está vendo? Eu estou ótimo! — respondo evasivo. Pode me dizer o motivo dessa reunião? — Desconverso com nítido mal humor, tirando a sua atenção de cima de mim.— Meu Deus, que humor de cão! — Meu irmão
MillaAssim que as portas do elevador se fecharam me encostei na parede revestida de camurça e segurei o choro puxando uma respiração profunda. Por um instante eu jurei que ele diria que mudaria por mim ou que se esforçaria para ser o homem com que sempre sonhei.— Mas que tolice, Milla! — sussurro irritada comigo mesma.... Eu te desejo toda felicidade desse mundo!Mordo meu lábio inferior.— Isso é o melhor a se fazer, Milla. É o melhor para nós dois — Tento me convencer disso. A verdade, é que Pedro Rios nasceu para ser quem ele é. Um maldito pervertido, dominador e com certeza eu não me encaixo nesse seu cenário de jogos sensuais. — Droga! — Solto outro suspiro alto e as portas se abrem.— Você demorou. — Ian comenta abrindo um sorriso largo assim que vir e eu forço um sorriso para ele.— Eu tive um pequeno contratempo.— Eu trouxe pra você. — Ele me estende uma linda margarida, me fazendo forçar outro sorriso e logo a sua mão toma posse da minha cintura, me puxando para um beijo
Milla— Me desculpe! É só... que eu não quero que você se machuque — confesso em meio ao abraço.— E eu não vou. Eu prometo. — Me afasto para olhá-la com mais atenção e sorrio outra vez.— Está bom. Agora vai lá para o seu passeio com o seu amigo, que eu vou tomar um banho e estudar um pouco antes de ir para a cama.— Eu vou, mas depois quero que me fale sobre essa sua carona misteriosa. Não pense que não percebi que você evitou esse assunto. — Minha irmã pisca um olho e sai, fechando a porta em seguida.? Coração Pervertido ?Alguns dias depois...— Tenha um bom dia de trabalho, meu amor! — Ian diz docemente assim que entramos na recepção e entre um beijo, e outro tento me despedir do meu namorado, mas ele simplesmente não me deixa ir. Sempre que me afasto ele me puxa para mais um beijo rápido e isso me faz rir.— É sério, Ian, eu vou chegar atrasada por sua culpa — retruco baixinho em meio ao beijo.— É que eu vou sentir saudades. — Ele lamenta com um sussurro, levando a mão a minha
PedroUm dia de cada vez. Essa porra existe mesmo? Porque parece que quanto mais os dias passam, mais difíceis as coisas ficam para mim. A merda toda é que ela parece ter dominado tudo dentro de mim. Se fecho os meus olhos ela está lá e parece que para onde vou, está lá também. Uma semana inteira olhando de longe o mais novo casal da Wash entre beijos e abraços, tanto na entrada como na saída. Não tenho sossego nem mesmo na hora de dormir.— Mais um copo, Senhor? — O bar tender pergunta apontando para o meu copo vazio em cima do balcão.— Cheio, por favor! — peço sem muita vontade de falar e observo o movimento do grande salão quase obscuro, se não fossem as luzes amareladas nos cantos das paredes onde algumas mulheres lindas e seminuas se movem provocantes, acariciando os seus parceiros e tem até algumas usando um tipo de coleira com pedras graciosas, acomodando-se ao lado do seu dominador. Suspiro recebendo o copo cheio de uísque e bebo um gole gêneros dele.— Pedro Rios? Você anda
PedroNo dia seguinte...Solto uma respiração alta, abrindo os meus olhos e encontro a luz do dia invadindo o quarto de hóspedes da casa dos meus pais. Sim, porque não dá para ficar naquele apartamento enorme sozinho e perdido nas suas lembranças. Saio praticamente me arrastando para fora da cama e vou direto para o banheiro. Contudo, paro em frente do balcão de mármore negro e me olho no espelho passando a mão na barba por fazer e nos meus cabelos que agora estão um pouco maiores. Fito as malditas olheiras com desagrado e decido ir para debaixo do chuveiro. Minutos depois estou descendo as escadas e escuto o som de vozes alteradas vindo do escritório do meu pai.— Que porra está acontecendo aqui? — questiono confuso quando escuto a voz de Cecília vinda de dentro do escritório e logo em seguida escuto Lucian rebater.— Pedro, já disse para moderar as suas palavras! — Dona Fabi reclama na mesma hora.— Ok, mamãe! — ralho com sarcasmo. — Agora podem me explicar o que está acontecendo aq
Milla— O que o Senhor Rios queria? — Ian me pergunta assim que liga o motor do carro. Contudo, mantenho o meu olhar fixo na chuva fina que cai lá fora e os meus pensamentos estão preenchidos com as suas últimas palavras. No entanto, abaixo a minha cabeça e fito as minhas mãos no meu colo.— Ele disse que me ama — falo baixinho. É quase um sussurro, mas é como se eu gritasse essa frase para o mundo inteiro ouvir. Isso fez o meu coração bater enlouquecidamente. Então volto a erguer a minha cabeça para encontrar os olhos especulativos do meu namorado. — Ele disse que me ama — repito um pouco mais alto agora e me pego sorrindo.— E você, o ama também? — A verdade, é que estou segurando a minha euforia porque não quero magoá-lo. Ian é uma pessoa especial e ele merece ser feliz.— Ian, eu te falei sobre...— Ama ou não ama, Milla? — Ele insiste dessa vez determinado.— Eu... sim, eu o amo! — confesso completamente vencida. Então ele para o carro e o meu coração acelera um pouco mais.— No
Milla — Hum! — Solto um gemido baixo demais e me viro em cima da cama a sua procura e o encontro adormecido do meu lado. Algumas lembranças da noite passada me fazem abrir um sorriso preguiçoso e mordo o meu lábio inferior para reprimir outro gemido. Respiro fundo me mexendo outra vez e encaro o teto.... Eu te amo, Pretinha!Meu sorriso se alarga consideravelmente e aproveito para olhá-lo. Minhas mãos coçam de vontade de mexer nas suas madechas escuras e agora mais crescidas. Meus olhos descem para os cílios longos e escuros, que tremulam um pouco enquanto dorme e depois pelo peitoral firme e com poucos pelos. Ele sobe e desce seguindo o ritmo lento da sua respiração. Tenho vontade de acordá-lo com os meus beijos e com o meu toque, mas decido sair da cama e ir até a cozinha. Portanto, entro no seu closet, escolho uma camisa sua e antes de vesti-la aprecio o seu cheio. Depois, saio do quarto e vou direto para a sua cozinha, ligo a cafeteira e ponho algumas torradas na torradeira. Na
Pedro— E então, como vai ser? — Milla pergunta assim que entramos no quarto. — Eu tenho que baixar os olhos pra você e ficar aos seus pés esperando as suas ordens? — Eu realmente gostaria que ela não comparasse essa situação com os seus livros de romance.— Não, baixinha. Você não precisa de nada disso. — Cruzo os meus braços e a olho de um jeito divertido, imaginando o que farei com ela dentro desse cômodo, a final tudo que preciso para oferecer-lhe os seus melhores orgasmos está bem aqui ao meu dispor. Então solto os meus braços e começo a andar calmamente na sua direção, sem tirar os meus olhos dos seus. E a vejo resfolegar sutilmente apenas com esse gesto. Seus lábios se abrem um pouco para deixar o ar passar com facilidade.Devo dizer que isso é simplesmente fantástico!A maneira como mexo com ela, como fica mole nos meus braços, como anseia por cada toque meu. Tudo nela me fascina. Ao me aproximar, levo os meus dedos aos botões da minha camisa que está no seu corpo e abro um a