Ainda hoje teremos mais capítulos. Peço desculpas pela falta de publicação, estive no hospital com o meu filho e foi impossível atualizar o livro.
PedroUma semana depois...— Manu, pode trazer o relatório do mês de julho para mim? — peço para a minha mais nova secretária pelo telefone. Cristiane Alves é uma moça... como devo dizer? Estranha. Ela nunca me olha nos olhos e estremece sempre que falo com ela. Não, ela não é uma típica submissa, eu odiaria ter uma garota tão encolhida assim perto de mim. Ela é loira, magra demais para o meu gosto e usa óculos de grau daqueles que praticamente toma conta do rosto todo. Sem falar nas suas bochechas que estão o tempo todo coradas. Mas devo dizer que apesar desse conjunto desastroso ela até que é bonitinha.— Sim, Senhor. — Ela fala com uma voz doce, porém trêmula e me pergunto se ela pensa que sou algum tipo lobo mal?— Ah, e preciso que me traga o relatório de TI também, e procure nos arquivos a pasta do RH desse mês. — Nem espero a garota confirmar o meu pedido e desligo o telefone.Como vocês estão vendo, estou seguindo em frente... só que não. Na verdade, estou mergulhando de cabeç
PedroNão podia ser pior. Penso quando fecho a porta da sala de reuniões. Eu até apostei que seria bem fácil assim. Não pensar nela, não falar com ela e não a olhar. E droga estava dando certo, mas a peste trabalha praticamente do meu lado e com certeza terei que vê-la mais vezes do que eu possa suportar, e consequentemente pensarei mais nela, e inevitavelmente terei de falar com ela. O pior dessa merda toda é ter que ver a minha mulher com aquele engomadinho colado nela. — Meu Deus Pedro, que demora! — Matheus retruca me despertando e com um suspiro alto encaro os meus irmãos ao redor da mesa retangular. — Até parece que você veio de outro... espera, você está bem? — Ele inquire me analisando.Eu devo mesmo está com uma cara péssima. Penso encarando os olhares especulativos. — Não está vendo? Eu estou ótimo! — respondo evasivo. Pode me dizer o motivo dessa reunião? — Desconverso com nítido mal humor, tirando a sua atenção de cima de mim.— Meu Deus, que humor de cão! — Meu irmão
MillaAssim que as portas do elevador se fecharam me encostei na parede revestida de camurça e segurei o choro puxando uma respiração profunda. Por um instante eu jurei que ele diria que mudaria por mim ou que se esforçaria para ser o homem com que sempre sonhei.— Mas que tolice, Milla! — sussurro irritada comigo mesma.... Eu te desejo toda felicidade desse mundo!Mordo meu lábio inferior.— Isso é o melhor a se fazer, Milla. É o melhor para nós dois — Tento me convencer disso. A verdade, é que Pedro Rios nasceu para ser quem ele é. Um maldito pervertido, dominador e com certeza eu não me encaixo nesse seu cenário de jogos sensuais. — Droga! — Solto outro suspiro alto e as portas se abrem.— Você demorou. — Ian comenta abrindo um sorriso largo assim que vir e eu forço um sorriso para ele.— Eu tive um pequeno contratempo.— Eu trouxe pra você. — Ele me estende uma linda margarida, me fazendo forçar outro sorriso e logo a sua mão toma posse da minha cintura, me puxando para um beijo
Milla— Me desculpe! É só... que eu não quero que você se machuque — confesso em meio ao abraço.— E eu não vou. Eu prometo. — Me afasto para olhá-la com mais atenção e sorrio outra vez.— Está bom. Agora vai lá para o seu passeio com o seu amigo, que eu vou tomar um banho e estudar um pouco antes de ir para a cama.— Eu vou, mas depois quero que me fale sobre essa sua carona misteriosa. Não pense que não percebi que você evitou esse assunto. — Minha irmã pisca um olho e sai, fechando a porta em seguida.? Coração Pervertido ?Alguns dias depois...— Tenha um bom dia de trabalho, meu amor! — Ian diz docemente assim que entramos na recepção e entre um beijo, e outro tento me despedir do meu namorado, mas ele simplesmente não me deixa ir. Sempre que me afasto ele me puxa para mais um beijo rápido e isso me faz rir.— É sério, Ian, eu vou chegar atrasada por sua culpa — retruco baixinho em meio ao beijo.— É que eu vou sentir saudades. — Ele lamenta com um sussurro, levando a mão a minha
PedroUm dia de cada vez. Essa porra existe mesmo? Porque parece que quanto mais os dias passam, mais difíceis as coisas ficam para mim. A merda toda é que ela parece ter dominado tudo dentro de mim. Se fecho os meus olhos ela está lá e parece que para onde vou, está lá também. Uma semana inteira olhando de longe o mais novo casal da Wash entre beijos e abraços, tanto na entrada como na saída. Não tenho sossego nem mesmo na hora de dormir.— Mais um copo, Senhor? — O bar tender pergunta apontando para o meu copo vazio em cima do balcão.— Cheio, por favor! — peço sem muita vontade de falar e observo o movimento do grande salão quase obscuro, se não fossem as luzes amareladas nos cantos das paredes onde algumas mulheres lindas e seminuas se movem provocantes, acariciando os seus parceiros e tem até algumas usando um tipo de coleira com pedras graciosas, acomodando-se ao lado do seu dominador. Suspiro recebendo o copo cheio de uísque e bebo um gole gêneros dele.— Pedro Rios? Você anda
PedroNo dia seguinte...Solto uma respiração alta, abrindo os meus olhos e encontro a luz do dia invadindo o quarto de hóspedes da casa dos meus pais. Sim, porque não dá para ficar naquele apartamento enorme sozinho e perdido nas suas lembranças. Saio praticamente me arrastando para fora da cama e vou direto para o banheiro. Contudo, paro em frente do balcão de mármore negro e me olho no espelho passando a mão na barba por fazer e nos meus cabelos que agora estão um pouco maiores. Fito as malditas olheiras com desagrado e decido ir para debaixo do chuveiro. Minutos depois estou descendo as escadas e escuto o som de vozes alteradas vindo do escritório do meu pai.— Que porra está acontecendo aqui? — questiono confuso quando escuto a voz de Cecília vinda de dentro do escritório e logo em seguida escuto Lucian rebater.— Pedro, já disse para moderar as suas palavras! — Dona Fabi reclama na mesma hora.— Ok, mamãe! — ralho com sarcasmo. — Agora podem me explicar o que está acontecendo aq
Milla— O que o Senhor Rios queria? — Ian me pergunta assim que liga o motor do carro. Contudo, mantenho o meu olhar fixo na chuva fina que cai lá fora e os meus pensamentos estão preenchidos com as suas últimas palavras. No entanto, abaixo a minha cabeça e fito as minhas mãos no meu colo.— Ele disse que me ama — falo baixinho. É quase um sussurro, mas é como se eu gritasse essa frase para o mundo inteiro ouvir. Isso fez o meu coração bater enlouquecidamente. Então volto a erguer a minha cabeça para encontrar os olhos especulativos do meu namorado. — Ele disse que me ama — repito um pouco mais alto agora e me pego sorrindo.— E você, o ama também? — A verdade, é que estou segurando a minha euforia porque não quero magoá-lo. Ian é uma pessoa especial e ele merece ser feliz.— Ian, eu te falei sobre...— Ama ou não ama, Milla? — Ele insiste dessa vez determinado.— Eu... sim, eu o amo! — confesso completamente vencida. Então ele para o carro e o meu coração acelera um pouco mais.— No
Milla — Hum! — Solto um gemido baixo demais e me viro em cima da cama a sua procura e o encontro adormecido do meu lado. Algumas lembranças da noite passada me fazem abrir um sorriso preguiçoso e mordo o meu lábio inferior para reprimir outro gemido. Respiro fundo me mexendo outra vez e encaro o teto.... Eu te amo, Pretinha!Meu sorriso se alarga consideravelmente e aproveito para olhá-lo. Minhas mãos coçam de vontade de mexer nas suas madechas escuras e agora mais crescidas. Meus olhos descem para os cílios longos e escuros, que tremulam um pouco enquanto dorme e depois pelo peitoral firme e com poucos pelos. Ele sobe e desce seguindo o ritmo lento da sua respiração. Tenho vontade de acordá-lo com os meus beijos e com o meu toque, mas decido sair da cama e ir até a cozinha. Portanto, entro no seu closet, escolho uma camisa sua e antes de vesti-la aprecio o seu cheio. Depois, saio do quarto e vou direto para a sua cozinha, ligo a cafeteira e ponho algumas torradas na torradeira. Na